Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CUIABÁ
2017
Georger Lúcio Silva Cardoso
CUIABÁ
2017
AGRADECIMENTOS
Figura 22. Reagentes necessários para medição dos níveis de CO2 na água.......... 35
Figura 23. Kit de análise de água Acqua Supre.......................................................... 36
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8
2. OBJETIVO ...................................................................................................... 10
3. REVISÃO ........................................................................................................ 11
6. CONCLUSÕES ............................................................................................... 46
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 48
8
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. REVISÃO
consumida o oxigênio que foi produzido durante o dia pelas algas, juntamente com
carboidratos, tendo como produto final gás carbônico (SILVA et al., 2007). Durante a
fotossíntese, o fitoplânctons produz de 50 a 95% do oxigênio presente nos sistemas
de produção. No entanto, o plâncton chega a consumir, durante o processo de
respiração, cerca de 50 a 80% do oxigênio dissolvido (KUBITZA, 1998).
Segundo Kubitza (1998), os parâmetros de oxigênio dissolvido e temperatura
devem ser aferidos diariamente em cada viveiro ou tanque de produção. São
identificados os maiores e menores níveis de oxigênio dissolvidos nos tanques com
baixa renovação de água, respectivamente, no final da tarde e ao amanhecer. O
monitoramento diário destes valores ajudam a prever a ocorrência de níveis críticos
de oxigênio dissolvido, possibilitando a aplicação de aeração de emergência.
A temperatura é um dos fatores químicos e biológicos mais importantes
presentes em um viveiro. Todas as atividades fisiológicas exercidas pelos peixes
(digestão, respiração, reprodução, alimentação, entre outros), estão diretamente
ligadas à temperatura ambiente, ajustando sua temperatura corporal de acordo com
a temperatura da água. Cada espécie possui uma temperatura na qual é mais
adaptado e melhor se desenvolve, sendo esta faixa de temperatura chamada de
temperatura ótima. Temperaturas abaixo ou acima dessa faixa ótima acarretam na
redução de seu crescimento, e em casos de temperaturas extremas acarretando a
morte dos animais (SILVA et al., 2007).
De um modo geral, o pH é um parâmetro que está diretamente ligado a
concentração de íons hidrogênio (H+) dispersos na água. Essa concentração e
mensurada através da unidade de pH, podendo variar de 0 a 14. Valores de pH igual
a sete significa que a água é neutra, deste modo valores de pH maior que sete é
considerada alcalina e abaixo de sete ácida (OSTRENSKY; BOEGER, 1988).
O pH considerado ideal varia de acordo com cada espécie de peixe. De modo
geral, o valor recomendado para que haja um ótimo desenvolvimento da maioria das
espécies é entre 6,5 a 8,5. Valores superiores a 8,5 e inferiores a 6,5 podem acarretar
problemas fisiológicos diversos tanto na reprodução quanto no crescimento dos
animais. O valor do pH varia de acordo com outros parâmetros de qualidade como
dureza e alcalinidade (LIMA et al, 2013).
Como definição técnica, a alcalinidade total é a concentração de bases
existentes na água, expressa em partes por milhão (ppm) ou miligramas por litro
(mg/L) de carbonato de cálcio (CaCO3). Podendo-se dizer que a alcalinidade mede a
15
4. RELATÓRIO DE ESTAGIO
distribuídos por todo o país que trabalham na engorda e venda de pescado. Trabalha
também com a venda de alevinos e juvenis das espécies de tambaqui e pintado da
Amazônia. Possuindo 150 matrizes de cachara, 100 matrizes de tambaqui
(Colossoma macropomum), e 100 matrizes de jundiá (Leiarius marmoratus).
1.1- Escritório (Figura 04) - Onde são realizadas as reuniões com os funcionários
da empresa e é feita a recepção e fechamento de vendas com os clientes.
1.4- Sala de Deposito de Ração e Sal (Figura 07) - Sala na qual são estocadas
as diversas rações que são fornecidas aos alevinos e juvenis, de acordo com
o tamanho e suas exigências nutricionais, e o sal que será fornecido devido
as diversas circunstancias que possam causar ou ser um fator estressante
aos peixes durante esse período.
1.5- Sala de reprodução (Figura 08) - local na qual são colocadas em caixas
d’agua de 1000 litros, sendo seis caixas no total, na qual é aplicado o extrato
de hipófise, induzindo as matrizes produção e maturação de ovócitos
espermatozoides, e assim acompanhadas contabilizando as horas grau
necessárias, serão extraídos os ovócitos das fêmeas e o espermatozoide
dos machos maturados, misturando-os, fecundando-os e levados
posteriormente as incubadoras para a eclosão. Local também onde é
colocado um moedor, que realiza o processamento da carne de lambari,
para a confecção das almondegas, que são armazenas em um freezer, para
posteriormente serem fornecidos as matrizes de jundiá e cachara.
Figura 08: Sala de reprodução - local onde ocorre reprodução das matrizes e
processamento das almondegas.
Figura 09: Pavilhão destinadas a eclosão dos ovos e treinamento dos alevinos
nas incubadoras e caixas.
Com base nesses dois parâmetros, junto ao comportamento dos animais era
decidido se seria fornecido ração ou não para cada viveiro individual, sendo o oxigênio
dissolvido com valores menor que dois, durante a parte da manhã e valores menores
que quatro durante a parte da tarde era suspendido o arraçoamento. Segundo Lima
et. al (2013), quando ocorre alterações dos níveis dos parâmetros como O 2 dissolvido,
amônia, pH e a salinidade, podem afetar no consumo dos peixes. Para os peixes de
águas mais quentes (tropicais) o ideal é uma concentração acima de 3,0 mg/L (LIMA
et al., 2013).
Semanalmente, uma vez ao dia eram mensurados os parâmetros de pH (Figura
18), alcalinidade total (Figura 19), dureza da água (Figura 20), amônia total (Figura
21) e gás carbônico (Figura 22) dos viveiros, através do kit de análise Acqua Supre
(Figura 23). Condizendo em partes com que é recomendado segundo Lima et al
(2013), os parâmetros de dureza total, alcalinidade e transparência total deve ser
mensurados semanalmente uma vez ao dia, entretanto pH, amônia, temperatura e
oxigênio dissolvido devem ser mensurados diariamente, duas vezes ao dia antes do
nascer do sol e ao final da tarde. Já segundo Kubitza (1998), parâmetros de
alcalinidade e dureza devem ser avaliados mensalmente, principalmente em viveiros
com filtração excessiva, ocorrendo diluição dos efeitos da calagem devido a
necessidade de reposição da água.
de gotas necessárias para deixar a cor dá amostra rosa claro, multiplicado por dois,
determina o nível de mg de CO2 presente na água por litro (Figura 22). Durante o
período da noite, ocorrendo o processo de respiração, na qual é consumida o oxigênio
que foi produzido durante o dia pelas algas, juntamente com carboidratos, tendo como
produto final gás carbônico (SILVA et al., 2007).
Figura 18: Reagente utilizado para mensurar o pH da água dos respectivos viveiros.
Figura 19: Reagentes utilizados para realizar o teste de Alcalinidade Total da água.
Figura 22: Reagentes necessários para realização dos parâmetros de níveis Gás
Carbônico (CO2) presente na água.
Figura 23: Kit de análise de água Acqua Supre, utilizado para mensuração dos
parâmetros de qualidade d’agua na Fazenda Bom Futuro Genética de Peixes.
De acordo com Kubitza (2012), existem dois caminhos para que se possa ter
uma produção com eficiência e aos mesmo tempo reduzindo custos. O primeiro é
cuidar de fato da qualidade da água na criação. Em geral, os produtores enfatizam
que a qualidade da água é de extrema importância para atividade, mas poucos
realmente a monitoram de forma profissional. A grande maioria nem a monitora. O
segundo é tomar para si a responsabilidade pelo bom resultado das rações que usa
na piscicultura, já que a ração escolhida e a forma de seu fornecimento é inteiramente
da escolha do produtor, e não atribuir essa responsabilidade aos fabricantes. Vê-se
então a necessidade de registrar os resultados e índices de produção, avaliando a
qualidade das rações utilizadas, controlando os resultados e utilizando com melhor
eficiência a ração.
A alimentação adequada dos peixes é de suma importância para que haja um
bom empreendimento na piscicultura, já que, peixes estocados em viveiros não
conseguem obter a quantidade de nutrientes necessários para mantença e
crescimento. Então, é necessário que se forneça um alimento de boa qualidade e que
seja aproveitado devidamente pelos animais.
Segundo Kubitza (2010), fornecer uma adequada alimentação é essencial
para que se possa otimizar as características de ganho de peso e conversão alimentar
dos peixes. Podendo também influenciar no seu desempenho produtivo, bem como
qualidade, desenvolvimento e sobrevivência das pós-larvas e alevinos. O
Fornecimento de rações de alta qualidade contribui para a saúde e vigor dos peixes,
além de uma boa preservação da qualidade da água, deixando-os menos susceptíveis
a agentes patógenos e suportando maiores pressões de manejo. Deste modo a
qualidade das rações é um dos elementos mais importantes para se obter sucesso no
seu empreendimento.
O arraçoamento na fazenda Bom Futuro era realizado duas vezes ao dia todos
os dias. Às 7:00h da manhã e às 13:00h da tarde eram fornecidas rações da marca
Guabi mirim QS com 1 mm de tamanho para alevinos até 5 cm de comprimento e
acima de 5 cm Guabi pira alevino de 2 a 3 mm de espessura (Figura 24). Segundo
Ribeiro et al. (2015), recomenda-se que na fase de alevinagem, o fornecimento de
ração deve ser distribuir de duas a três vezes por dia. Já os horários que se deve
fornecer a ração, varia de acordo com a espécie cultivada. Porém, espécies onívoras
e carnívoras, recomenda-se o fornecimento nas primeiras horas do dia e o entardecer.
38
Sendo o ideal fornecer a ração sempre nos mesmos horários, todos os dias, e assim
ocorra um condicionamento dos peixes.
carregados com baldes ou sacos plásticos. Peixes de maior tamanho devem ser
carregados com sacolas de vinil ou mesmo com sacos de ráfia (em geral são usados
sacos de ração) (KUBITZA, 2009).
material eutrofizado presente no fundo dos tanques, foi colocado uma nova camada
de solo no fundo dos tanques e refeito os taludes, e por fim devidamente compactado
o solo para que não haja uma posterior infiltração.
Figura 29: A primeira imagem mostra o viveiro seco após a despesca, e a segunda
imagem o mesmo viveiro após a retirada do material eutrofizado e reconstrução do
viveiro.
6. CONCLUSÕES
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
LIMA, A. F.; RODRIGUES, A. P. O.; ALVES, A. L.; LUIZ, D. B.; HASHIMOTO, D. T.;
VARELA, E. S.; REZENDE, F. P.; MATOS, F. T.; BERGAMIN, G. T.; MORO, G. V.;
LIMA, L. K. F.; LUNDSTEDT, L. M.; TORATI, L. S.; KIRSCHNIK, L. N. G.; IWASHITA,
M. K. P.; CHICRALA, P. C. M. S.; MACIEL, P. O.; KIRSCHINIK, P. G.; BARROSO, R.
M.; SANTOS, V. R. V. Piscicultura De Água Doce: Multiplicando Conhecimentos.
Brasília, DF: EMBRAPA, 2013.