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Polícia Rodoviária Federal

Língua Portuguesa
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após
uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de
gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vo-
cábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo
derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros
sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper,
isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o
vírus se apossa do organismo infectado.
1. Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que
o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão
é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro
pelo uso da elipse. No fragmento do texto “Supõe-se que fizesse referên-
cia ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”, há
coesão por elipse do sujeito.
( ) Certo ( ) Errado
2. Em “O mecanismo é extremamente complexo, mas seu princípio é sim-
ples: todos querem repetir experiências capazes de provocar prazer.”, o
verbo QUERER está no plural, porque concorda com o núcleo do sujeito
EXPERIÊNCIAS.
( ) Certo ( ) Errado
3. Sobre ambas as orações “Somos o que comemos” e “Comemos o que
somos”, podemos afirmar que apresentam sujeito indeterminado.
( ) Certo ( ) Errado
4. Em “Deixaram a biblioteca limpa e arrumada.”, temos um sujeito inde-
terminado.
( ) Certo ( ) Errado
Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de
países — incluindo Brasil, Argentina e Venezuela — com acesso ao Oceano Atlânti-
co, que confere ao Estado grande papel na economia. A segunda — composta por
países de frente para o Pacífico, como México, Peru, Chile e Colômbia — adota o
livre comércio e o mercado livre.
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Os dois grupos de países compartilham de uma geografia, de culturas T
e de histórias semelhantes, entretanto, por quase dez anos, a economia dos
países do Atlântico cresceu mais rapidamente, em grande parte graças ao au-
mento dos preços das commodities no mercado global. Atualmente, parece
que os anos vindouros são mais promissores para os países do Pacífico. Assim,
a região enfrenta, de certa forma, um dilema sobre qual modelo adotar: o do
Atlântico ou o do Pacífico?
Há razões para pensar que os países com acesso ao Pacífico estão em
vantagem, como, por exemplo, o fato de que, em 2014, o bloco comercial
Aliança do Pacífico (formado por México, Colômbia, Peru e Chile) provavel-
mente crescerá a uma média de 4,25%, ao passo que o grupo do Atlântico, for-
mado por Venezuela, Brasil e Argentina — unidos pelo MERCOSUL —, crescerá
2,5%. O Brasil, a maior economia da região, tende a crescer 1,9%.
Segundo economistas, os países da América Latina que adotam o livre
comércio estão mais preparados para crescer e registram maiores ganhos de
produtividade. Os países do Pacífico, mesmo aqueles como o Chile, que ainda
dependem de commodities como o cobre, também têm feito mais para fortale-
cer a exportação. No México, a exportação de bens manufaturados representa
quase 25% da produção econômica anual (no Brasil, representa 4%). As eco-
nomias do Pacífico também são mais estáveis. Países como México e Chile têm
baixa inflação e consideráveis reservas estrangeiras.
Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos
econômicos sem solução. Na Venezuela, a inflação passa de 50% ao ano —
igual à da Síria, país devastado pela guerra.
David Juhnow. Duas Américas Latinas bem diferentes. The Wall Street Journal.
In: Internet: <http://online.wsj.com> (com adaptações).

5. A ideia defendida no texto, que se classifica como dissertativo, é constru-


ída por meio de contrastes.
( ) Certo ( ) Errado
6. Infere-se do texto que o Brasil apresentará o menor índice de crescimento
econômico entre os países latino-americanos em 2014, a despeito de ser
a maior economia da região.
( ) Certo ( ) Errado
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7. Infere-se do texto que países não banhados pelo Atlântico ou pelo Pacífi-
co, como Paraguai e Equador, não estão inseridos em nenhuma das duas
Américas Latinas citadas pelo autor.
( ) Certo ( ) Errado
8. O texto diferencia aspectos econômicos de países da América Latina que
convergem em outros aspectos, como os geográficos, culturais e históricos.
( ) Certo ( ) Errado
9. Em “começam a se parecer” (em destaque), o pronome “se” poderia ser
deslocado para imediatamente após a forma verbal “parecer”, escreven-
do-se “começam a parecer-se”.
( ) Certo ( ) Errado
10. A forma verbal “há” (em destaque) poderia ser corretamente substituída
por existem.
( ) Certo ( ) Errado
11. No trecho “o do Atlântico ou o do Pacífico” (em destaque), subentende-
-se a palavra “modelo”.
( ) Certo ( ) Errado
12. Sem prejuízo da correção gramatical do texto, a vírgula empregada logo
após o travessão, em destaque, poderia ser suprimida.
( ) Certo ( ) Errado
13. Sem prejuízo da correção gramatical ou do sentido original do texto, a
forma verbal “representa” (em destaque) poderia ser flexionada no plural
— representam —, caso em que concordaria com “bens manufaturados”
(em destaque).
( ) Certo ( ) Errado
O objetivo da livre concorrência é preservar o processo de competição, e
não os competidores. O processo de competição, no modelo concorrencial, é o
que possibilita a repartição ótima dos bens dentro da sociedade, contribuindo
para a justiça social. Isso não significa que a concorrência não deve ser sope-
sada com outros interesses, como, por exemplo, a defesa do meio ambiente, a
manutenção de empregos e o desenvolvimento sustentável. Embora por vezes
excludentes entre si, todos esses interesses devem ser ponderados a fim de
que se atinja o bem-estar social.
Carlos Emmanuel Joppet Ragazzo. Notas introdutórias sobre o princípio da livre concorrência. In: Scientia Iuris.
Londrina, v. 10, p. 83-96, 2006. Internet: <www.uel.br> (com adaptações).

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14. No texto, conceitua-se livre concorrência, processo que predomina sobre T
interesses como o desenvolvimento sustentável e a justiça no mercado
de trabalho.
( ) Certo ( ) Errado
15. Infere-se do texto que a competição por bens entre os indivíduos de uma
sociedade leva à justiça social.
( ) Certo ( ) Errado
O filósofo francês Jean-Paul Sartre costumava dizer que o homem é um
projeto. Se assim for, as sociedades humanas deveriam ter a mesma ambição.
A palavra “projeto” remete-se à antecipação e, em boa parte, ao volun-
tarismo. Não se trata unicamente de prever o futuro e, sim, de mudar o seu
rumo em consequência de um conjunto de valores e de necessidades. Porém,
precisamos de um voluntarismo responsável que se esforce por formular pro-
postas viáveis, sem cair na ilusão de que é possível medir as forças pelas inten-
ções generosas, como sugeria o poeta romântico polonês Adam Mickiewicz.
Em outras palavras, para ganhar a guerra contra a pobreza e o atraso, devemos
voltar ao planejamento, um conceito oriundo da economia de guerra, indis-
pensável à ecossocioeconomia de desenvolvimento.
O planejamento caiu em descrédito com a queda do Muro de Berlim, a
implosão da União Soviética e a contrarreforma neoliberal baseada no mito dos
mercados que se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito desapareceu
com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está. Chegou, portanto,
o momento de reabilitar e atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — dire-
tor do Earth Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e conselheiro do
secretário-geral das Nações Unidas — pronuncia-se em favor de um planeja-
mento flexível a longo prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios
simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e redução da pobre-
za, buscando uma cooperação tripartite entre os setores público e privado e a
sociedade civil.
Para tanto, convém prever vários níveis territoriais de planejamento,
desde o nacional até o local, com um processo interativo de cima para baixo
e de baixo para cima. No nível técnico, essa tarefa se torna hoje mais fácil por
termos saído da era do ábaco para a dos computadores.
O fenomenal crescimento da economia mundial no decorrer dos dois úl-
timos séculos, baseado no uso das energias fósseis, provocou um aquecimento
global de consequências deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entan-
to, um erro considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais podem
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esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de indigentes e 46,3 milhões


de pobres. E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares — 3% do total
das propriedades rurais do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis, 4,8
milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para plantar.
O planejamento digno deste nome deve enfrentar simultaneamente os de-
safios ambientais e sociais.
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

16. De acordo com o texto, o trabalho voluntário é fundamental na etapa de


planejamento de um projeto.
( ) Certo ( ) Errado
17. Os desafios relativos à segurança energética, à segurança alimentar e à
redução da pobreza, mencionados no terceiro parágrafo do texto, são
afetos ao setor público, ao setor privado e à sociedade civil, respectiva-
mente.
( ) Certo ( ) Errado
18. A conservação ambiental e as desigualdades sociais são matérias cuja re-
levância se encontra no mesmo nível nos dias atuais.
( ) Certo ( ) Errado
19. Embora o texto apresente passagens que denotam imparcialidade do au-
tor, determinadas escolhas vocabulares feitas por ele vão de encontro a
essa imparcialidade.
( ) Certo ( ) Errado
20. A supressão da preposição antes dos vocábulos “antecipação” (em desta-
que) e “voluntarismo” (em destaque), com a manutenção dos artigos defi-
nidos, não acarretaria prejuízo sintático ao texto.
( ) Certo ( ) Errado
21. O vocábulo “baseada” (em destaque) faz referência aos termos “implo-
são” (em destaque) e “contrarreforma” (em destaque), mas concorda
apenas com o último.
( ) Certo ( ) Errado
22. O sentido da expressão “mal das pernas” (em destaque), característica da
oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.
( ) Certo ( ) Errado
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23. O emprego de “Até” (em destaque) contribui para reforçar o argumento T
apresentado pelo autor na defesa de suas ideias, mas a retirada desse ter-
mo não acarretaria prejuízo à correção gramatical do trecho em questão.
( ) Certo ( ) Errado
24. A expressão “Para tanto” (em destaque) retoma as ideias apresentadas
no trecho “um planejamento (...) sociedade civil” (em destaque).
( ) Certo ( ) Errado
25. O termo “consequências deletérias” (em destaque) significa resultados
que não podem ser apagados, alterados.
( ) Certo ( ) Errado
26. O emprego do sinal indicativo de crase na expressão “à espera” (em destaque) é
obrigatório; portanto, sua retirada acarretaria prejuízo ao sentido do texto.
( ) Certo ( ) Errado
1 Tem-se afirmado que o Brasil pegou a doença holandesa, ou seja,
o efeito de descobertas ou aumento de preços de recursos naturais, que
valorizam a taxa de câmbio e por isso acarretam desindustrialização. A
4 ideia foi inspirada no surgimento de gás da Holanda. Pesquisas acadêmicas
comprovaram que ocorre a valorização cambial, mas não ficou claro se tal
doença causa desindustrialização ou redução do crescimento econômico.
7 Na Holanda, o boom da exportação de gás valorizou a taxa de câmbio. Ao
mesmo tempo, a indústria têxtil e de vestuário praticamente desapareceu
e a produção de veículos e navios diminuiu. Foi daí que veio a tese da do-
10 ença holandesa. No Brasil diz-se que a valorização cambial decorrente da
expansão das exportações de commodities evidenciaria a tese da doença
holandesa. Nada disso tem comprovação.
(Adaptado de Veja, 30 de maio de 2012)

27. A flexão de plural em “acarretam” (L.3) indica que a “desindustrialização”


(L.3) resulta tanto do “efeito de descobertas” (L.2) quanto do “aumento
de preços” (L.2).
( ) Certo ( ) Errado
28. O substantivo “ideia” (L.4) resume a informação do período sintático an-
terior, que compara causas e consequências da valorização da taxa de
câmbio na Holanda e no Brasil.
( ) Certo ( ) Errado

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29. A flexão de masculino em “claro” (L.5) estabelece relação de coesão entre


esse qualificativo e a oração condicional como um todo.
( ) Certo ( ) Errado
30. O advérbio “daí” (L.9) tem a função textual de localizar no boom da ex-
portação as consequências da doença holandesa.
( ) Certo ( ) Errado
31. A opção pelo uso do futuro do pretérito em “evidenciaria” (L.11), junta-
mente com o termo “diz-se” (L.10), indica a posição argumentativa de
distanciamento do autor e seu não comprometimento com a veracidade
da informação veiculada.
( ) Certo ( ) Errado
32. Em correspondências oficiais destinadas a delegados da Polícia Civil do Dis-
trito Federal, deve-se utilizar o seguinte vocativo: Senhor Doutor Delegado.
( ) Certo ( ) Errado
33. A correspondência oficial adequada para a comunicação entre autoridades
da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal e da Secreta-
ria da Segurança Pública e da Paz Social é o ofício.
( ) Certo ( ) Errado
34. Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idên-
ticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente
por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo
que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como
finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração
Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
( ) Certo ( ) Errado
35. Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício,
com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário (exemplos: Ex-
celentíssimo Senhor Presidente da República, Senhora Ministra, Senhor
Chefe de Gabinete).
( ) Certo ( ) Errado
36. O cabeçalho e o rodapé do ofício não precisam conter as informações a
seguir: nome do órgão ou setor; endereço postal; telefone e endereço de
correio eletrônico.
( ) Certo ( ) Errado
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37. Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com T
a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo
que ocupa, como atestam os exemplos: Ao Sr. Chefe do Departamento de
Administração / Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos.
( ) Certo ( ) Errado
38. O correio eletrônico (“e-mail”), não tem uma forma rígida para sua estru-
tura, e, no que tange ao uso da língua, só não é permitido o uso de gírias.
Por fim, nos termos da legislação em vigor, o correio eletrônico já tem
valor documental e é aceito como documento original.
( ) Certo ( ) Errado
39. O telegrama é uma forma de comunicação oficial que, por ser dispendiosa
e tecnologicamente ultrapassada, foi substituída integralmente por for-
mas de comunicação mais modernas, econômicas e rápidas, como o fax
e o correio eletrônico.
( ) Certo ( ) Errado
O conceito de brasileiro cordial cai por terra ante a violência que se alastra
de norte a sul do país. Não se fala aqui apenas de atos imoderados como os prati-
cados pelos black blocs; ou de ação de justiceiros que algemam pessoas a poste;
ou de bandidos que ateiam fogo a ônibus e a seres humanos; ou de sequestros
relâmpagos que assustam cidadãos e lhes limitam o direito de ir e vir; ou de
homicídios que ultrapassam cifras registradas em países em guerra. Fala-se do
crime de racismo. Discriminar adultos e crianças com base na cor da pele é, além
de caduco, inaceitável. Baseia-se no prejulgamento de que há seres superiores e
inferiores não em decorrência de obras por eles realizadas, mas de característi-
ca física biologicamente herdada. Além da punição prevista em lei, impõem-se
ações aptas a evitar que cenas de preconceito se repitam. Entre elas, campanhas
governamentais destinadas à mudança de mentalidade da população. O brasi-
leiro pode tornar-se cordial de fato. Ser movido pelo coração pressupõe valores
humanistas e democráticos. Conviver com as diferenças é fruto da civilização.
(Adaptado do Correio Braziliense)

40. Mantém-se a correção gramatical do período e o respeito às suas informa-


ções originais ao se substituir “ante a” (1º período do texto) por diante da.
( ) Certo ( ) Errado
41. O segmento “que algemam pessoas a poste” tem natureza restritiva em
relação a “justiceiros”.
( ) Certo ( ) Errado
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42. Preserva-se a correção gramatical ao se reescrever “lhes limitam” (lhes


limitam o direito de ir e vir) como limitam a eles, porém o sentido é al-
terado.
( ) Certo ( ) Errado
43. O termo “caduco” (além de caduco, inaceitável) está sendo empregado
com o sentido de ultrapassado, sem validade, vencido.
( ) Certo ( ) Errado
44. O pronome “elas” (impõem-se ações aptas a evitar que cenas de pre-
conceito se repitam. Entre elas, campanhas governamentais destinadas
à mudança de mentalidade da população) retoma o antecedente “cenas
de preconceito”.
( ) Certo ( ) Errado
Os trechos a seguir são adaptados da Folha de S. Paulo. Julgue-os quanto à
correção gramatical.
45. Sem a pujança econômica de outrora, a Europa registra nos últimos
tempos o fortalecimento de pressões xenófobas e anti-imigração.
( ) Certo ( ) Errado
46. Após à crise global, iniciada em 2008, e ao consequente aumento dos
índices de desemprego no continente, grupos de extrema direita con-
quistaram níveis inéditos de participação nos Parlamentos nacionais da
Suécia e da Grécia.
( ) Certo ( ) Errado
47. Não satisfeitos em exercer a representação política, tais agremiações têm
protagonizado lamentáveis episódios de agressão as minorias de outras
nacionalidades.
( ) Certo ( ) Errado
Julgue os itens a seguir quanto à correção gramatical.
48. Desta forma, o poder de tributar nada mais é que um aspecto da soberania
estatal, ou uma parcela desta. Neste contexto, antes, a tributação era rea-
lizada de modo tirânico: o monarca, que reivindicava a soberania para si,
“criava” os tributos, e os súditos deviam suportá-los, sem qualquer garantia
ou possibilidade de resistência.
( ) Certo ( ) Errado
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49. O Estado é entidade soberana. No plano internacional representa a nação T
em sua relação com as outras nações, e, no plano interno, têm o poder de
governar todos os indivíduos que se encontrem em seu território. Logo,
a soberania é um poder que não reconhece outro que lhe seja superior, e
no exercício dessa soberania, ele exige que os indivíduos lhe forneçam os
recursos de que necessita: institui tributos.
( ) Certo ( ) Errado
50. Conforme foram sagrando-se vitoriosos, os movimentos constitucionais,
através do constitucionalismo clássico e da evolução do Estado, a tribu-
tação também se altera, a exemplo das contribuições, que são tributos
que somente se justificam na compreensão de um Estado Social interven-
cionista, em que a uma consolidação da máquina pública para propiciar
prestações positivas aos cidadãos.
( ) Certo ( ) Errado
51. Conforme se consolida a recuperação — ainda que lenta — das economias
desenvolvidas e fica mais próximo o momento dos juros mais altos nos
países emergentes, os investidores redirecionam o capital para o centro.
( ) Certo ( ) Errado
52. Tende a haver saída em massa de divisas de países que há pouco eram a
coqueluche. Os alvos são os que apresentam maior déficit externo, fragi-
lidades orçamentárias e baixo crescimento. Nesse grupo estão Turquia e
África do Sul, por exemplo.
( ) Certo ( ) Errado
53. Nos últimos 20 anos, os emergentes viram dobrar sua participação no
PIB mundial. Conforme o progresso técnico se dissemina nesses países,
surge uma nova classe média global - e não há nenhum sinal de que esse
movimento se esgotará logo.
( ) Certo ( ) Errado
54. A prosperidade, é claro, não está garantida. A questão principal, no longo
prazo, diz respeito mais as reformas internas que precisam ser implementa-
das do que o jogo de comparações e modismos.
( ) Certo ( ) Errado

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55. Serão vitoriosos os países que conseguirem não só integrar melhor suas
economias nas cadeias produtivas de alto valor por escala mundial, como
também modernizar suas instituições e, especialmente, desenvolveram
capital humano.
( ) Certo ( ) Errado
O Subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal
comentou os resultados das atividades aduaneiras em 2013. De acordo com o
Subsecretário, os números corroboram uma série de avanços nos processos
administrados pela Receita Federal como, por exemplo, na questão de controle
de exportações e importações. “Dentro da diretriz de ter mais agilidade, cele-
ridade e transparência, conseguimos reduzir tempos de despacho aduaneiro
tanto na exportação quanto na importação, e o destaque é que na exportação
a redução do tempo foi da ordem de 34%”.
Ressaltou ainda que houve melhora nos resultados de controle, com au-
mento nos valores de créditos lançados na auditoria, fiscalização e incremento
no número de operações nas fronteiras do país. Ao longo de 2013, foram re-
alizadas 2.999 operações de vigilância e repressão ao contrabando e desca-
minho. O número representa um crescimento de 11,9% em relação ao mesmo
período de 2012. A apreensão total de mercadorias processadas pela Receita
resultou em um montante de R$ 1,68 bilhão. Entre as mercadorias apreendidas
encontram-se produtos falsificados, tóxicos, medicamentos, entre outros.
56. Mantêm-se as informações originais do período se a palavra “corrobo-
ram” (primeiro parágrafo) for substituída por enfraquecem ou reduzem.
( ) Certo ( ) Errado
57. O emprego da primeira pessoa do plural em “conseguimos” (primeiro pa-
rágrafo) significa que o autor se refere a uma parcela específica do povo
brasileiro moradores de fronteiras.
( ) Certo ( ) Errado
58. Mantêm-se a correção gramatical do período e a coerência textual ao se
substituir “foram realizadas” (segundo parágrafo) por realizaram-se.
( ) Certo ( ) Errado
59. Prejudica-se a correção gramatical do período e a coerência textual ao se
substituir “encontram-se” (final do segundo parágrafo) por foi encontrado.
( ) Certo ( ) Errado
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60. Prejudica-se a correção gramatical do período e a coerência textual se a T
forma verbal “comentou” (primeiro parágrafo) for substituída por “havia
comentado”.
( ) Certo ( ) Errado
Duas pesquisas divulgadas recentemente revelam que os brasileiros não
são tão solidários quanto parece. Uma delas aponta ainda que, quando abri-
mos a mão, a preferência é pelos pedintes, a quem se destinam 30% da ajuda.
As organizações não governamentais (ONGs) levam só 14%. Além disso, pou-
cos contribuintes sabem que é possível abater impostos através de doações
– embora o complicado processo afaste também quem conhece o sistema.
61. Preserva-se a coerência textual e o respeito às regras de pontuação ao
inserir uma vírgula depois de “recentemente” (em destaque).
( ) Certo ( ) Errado
62. É possível substituir o primeiro sinal de parênteses em “(ONGs)” por um
travessão, e o segundo por uma vírgula.
( ) Certo ( ) Errado
63. Prejudica-se a correção gramatical ao inserir uma vírgula antes de “que”
(poucos contribuintes sabem que).
( ) Certo ( ) Errado
64. Preserva-se a coerência textual e o respeito às regras de pontuação ao
substituir o travessão antes de “embora” (embora o complicado proces-
so afaste) por uma vírgula.
( ) Certo ( ) Errado
65. A reescrita do trecho sublinhado preserva a correção gramatical e respeita
a coerência textual: Independentemente de sua inserção na esfera públi-
ca ou privada, as ouvidorias são norteadas por princípios comuns, ainda
não regulamentados, destacando-se a acessibilidade, a confidencialidade,
a independência e a transparência. Se efetivas, podem contribuir para a so-
lução de alguns dos complexos problemas contemporâneos, muitas vezes
gerados pela redução dos espaços de diálogo. “Caso efetivas, a solução de
alguns dos complexos problemas contemporâneos pode ser sua contribui-
ção, gerados pela redução, muitas vezes, dos espaços de diálogo”.
( ) Certo ( ) Errado
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No Brasil, a criação e a paulatina expansão das ouvidorias são consequ-


ência da centralidade dos direitos fundamentais e do princípio da dignidade da
pessoa humana na Constituição de 1988, relacionando-se à democratização do
Estado e da sociedade brasileira.
Na administração pública, além de concretizar o direito constitucional
de petição, fornecendo aos cidadãos um canal adequado para tratamento de
reclamações, denúncias e sugestões, as ouvidorias ampliam a transparência
de órgãos e entidades estatais, além de ensejar o contato do gestor público
com problemas da população. De forma complementar, as ouvidorias públicas
emergem como um importante instrumento de gestão participativa, aproxi-
mando o Estado da população, que pode sugerir correções de medidas go-
vernamentais e se informar do amplo portfólio de políticas públicas. Ademais,
podem impedir a judicialização de pleitos ordinários, o que não é pouco, visto
que os direitos podem ser efetivados com mais celeridade.
66. No desenvolvimento da textualidade, ficam prejudicadas as relações de co-
esão e a coerência argumentativa ao retirar do texto o artigo na contração
em “Na administração”, escrevendo apenas “em”.
( ) Certo ( ) Errado
67. Ouvidorias tornaram possível a inserção do princípio da dignidade da
pessoa humana na Constituição de 1988.
( ) Certo ( ) Errado
68. A transparência de órgãos e entidades estatais é ampliada com o direito à
petição e com a aproximação entre o gestor e os problemas da população.
( ) Certo ( ) Errado
69. A diminuição na judicialização de pleitos ordinários permite uma efetiva-
ção mais rápida dos direitos.
( ) Certo ( ) Errado
A prefeitura municipal, através da Secretaria de Assistência Social, pro-
move a Campanha Imposto de Renda Solidário, projeto cujo objetivo é, através
de doação do imposto de renda devido, ajudar a financiar projetos de defesa e
promoção dos direitos de crianças e adolescentes de Chapadão do Sul.
A ideia é que todos que queiram participar direcionem parte do valor
devido ao Fundo Municipal dos Direitos da Infância e Adolescência (FMDCA) e
assim participem da Campanha. A doação, estabelecida pela Lei nº 8.069/90,
é simples, não traz ônus a quem colabora e os valores doados são abatidos do
imposto de renda devido.
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O valor destinado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do T
Adolescente, respeitados os limites legais, é integralmente deduzido do IR
devido na declaração anual ou acrescido ao IR a restituir. Quem quiser contri-
buir deve procurar um escritório de contabilidade e solicitar que seu imposto
de renda seja destinado ao FMDCA de Chapadão do Sul.
A doação pode ser dirigida a um projeto de escolha do doador, desde
que esteja inscrito no CMDCA- Conselho Municipal de Direitos da Criança e do
Adolescente, que analisará e aprovará o repasse do recurso e posteriormente
fiscalizará sua execução.
70. Em “ao Fundo Municipal...” (segundo parágrafo), a preposição a é exigida
pelo termo “devido”.
( ) Certo ( ) Errado
71. Em “a quem” (segundo parágrafo) a preposição a introduz um comple-
mento do verbo trazer.
( ) Certo ( ) Errado
72. Em “ao Fundo Municipal...” (terceiro parágrafo), a preposição a é exigida
pelo termo “valor”.
( ) Certo ( ) Errado
73. Em “ao IR” (terceiro parágrafo), introduz um paralelo entre os comple-
mentos de “declaração anual”.
( ) Certo ( ) Errado
74. Em “a um projeto” (quarto parágrafo), introduz um complemento para o
substantivo “doação”.
( ) Certo ( ) Errado
A despeito das suas imperfeições, a Lei da Transparência Tributária re-
presenta um notável avanço institucional. A conscientização da população
brasileira é fundamental para a construção de uma República efetivamente
democrática, em que os eleitores tenham plena ciência da repercussão das
decisões tomadas pelos seus representantes. Somente assim poderão exigir
a construção de um sistema tributário simples, coerente e justo, que não
onere os cidadãos carentes e não seja regressivo, gravando os contribuintes
menos abastados de modo (proporcionalmente) mais severo que os mais
favorecidos economicamente.
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Polícia Rodoviária Federal

75. O uso da preposição em “em que” (em que os eleitores tenham plena ciência)
torna-se desnecessário se, no lugar de que, o pronome utilizado for a qual.
( ) Certo ( ) Errado
76. O uso do modo subjuntivo em “tenham” (os eleitores tenham) remete à
possibilidade de uma “República efetivamente democrática”.
( ) Certo ( ) Errado
77. O advérbio “assim” (Somente assim poderão exigir) tem a função coe-
siva de resumir e retomar as ideias do período sintático imediatamente
anterior.
( ) Certo ( ) Errado
78. O uso do gerúndio em “gravando” (gravando os contribuintes) imprime à
oração uma ideia do modo de funcionamento do sistema tributário.
( ) Certo ( ) Errado
79. A retirada dos sinais de parênteses não prejudica sintaticamente a oração,
mas sua presença diminui a relevância da ideia expressa por “proporcio-
nalmente” [de modo (proporcionalmente) mais severo].
( ) Certo ( ) Errado
Em um regime democrático, todo poder emana do povo, prevalecendo
a vontade da maioria sobre a vontade de indivíduos ou de grupos. Desse
modo, o bom governante é aquele que compreende as demandas da popu-
lação e se empenha em atendê-las. No entanto, numa democracia saudável,
é também responsabilidade dos dirigentes tomar medidas que podem even-
tualmente desagradar a uma parte dos eleitores, pois eles devem adminis-
trar pensando no conjunto da sociedade que governam, e não na estridência
de interesses insatisfeitos ou contrariados.
80. Em “se empenha” (em destaque) o pronome “se” indica que o sujeito é
determinado.
( ) Certo ( ) Errado
81. Ao se substituir “em” (em atendê-las) por para, prejudicam-se a coerên-
cia e a correção gramatical do período.
( ) Certo ( ) Errado
82. Preservam-se as relações sintáticas e a correção gramatical do período ao
se substituir “No entanto” (No entanto, numa democracia) por qualquer
um dos seguintes termos: Contudo, Entretanto, Porquanto, Uma vez que.
( ) Certo ( ) Errado
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Língua Portuguesa P
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R
83. Em “a uma parte”, o emprego de “a” decorre da regência de “podem”, T
que exige complemento regido por essa preposição.
( ) Certo ( ) Errado
84. A palavra “estridência” está sendo empregada em sentido figurado e se
associa ao barulho provocado pelas manifestações e protestos populares.
( ) Certo ( ) Errado
É preciso considerar a direção que devem tomar as políticas públicas
para alcançar maior eficiência. Primeiramente, deve-se pensar em maneiras
para motivar o servidor de carreira, incentivando-o a empreender ações que
propiciem melhoras na administração pública. Isso inclui tanto a oferta de
treinamento adequado, quanto uma maior interação entre órgãos de controle:
Controladoria-Geral, Tribunal de Contas, Ministério Público e o restante da ad-
ministração pública. Outra ideia para motivar os servidores públicos de carreira
é a regulamentação da possibilidade de ascensão funcional, das atividades de
nível médio para outras de nível superior, por meio de concursos internos.
85. Não se prejudicam a informação original e a correção gramatical do perí-
odo ao se substituir “É preciso” por “É necessário”.
( ) Certo ( ) Errado
86. A forma verbal “devem” (em destaque) está no plural porque concorda
com o sujeito “as políticas públicas”.
( ) Certo ( ) Errado
87. O segmento “que propiciem melhoras na administração pública” tem na-
tureza explicativa.
( ) Certo ( ) Errado
88. A substituição de “quanto” (quanto uma maior interação) por como pre-
judica as relações sintáticas do período.
( ) Certo ( ) Errado
89. As duas ocorrências de “para” (para motivar os servidores; para outras
de nível superior) têm função sintática diferente nos períodos em que são
empregadas.
( ) Certo ( ) Errado
Julgue se a pontuação das assertivas que se seguem está correta.
90. A administração pública, possui características muito distintas da admi-
nistração de uma empresa privada. É preciso compreender, como se dão
as relações na esfera pública.
( ) Certo ( ) Errado
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Polícia Rodoviária Federal

91. Na atual atmosfera competitiva, onde novas tecnologias dominam a


atenção da sociedade, a lealdade dos trabalhadores está em declínio em
muitos ambientes organizacionais.
( ) Certo ( ) Errado
92. Os locais de trabalho precisam, ser transformados, redesenhados e dirigi-
dos com um real comprometimento com aqueles que, realmente realizam
o trabalho necessário.
( ) Certo ( ) Errado
93. Só quando as pessoas tiverem entusiasmo e forem capazes, as organi-
zações poderão atingir, alto desempenho e eficiência na prestação de
serviços.
( ) Certo ( ) Errado
94. Só quando as pessoas tiverem uma sensação de satisfação pessoal em seu
trabalho será possível produtividade numa base contínua.
( ) Certo ( ) Errado
Julgue os itens a seguir, considerando o MRPR.
95. A despedida em correspondências para o Presidente da República deve
ser: Renovo meus protestos da mais profunda estima e alta consideração.
( ) Certo ( ) Errado
96. No cabeçalho do Memorando deve constar o Assunto, ou seja, o resumo
do teor da comunicação.
( ) Certo ( ) Errado
97. Emprega-se a forma de tratamento Vossa Excelência para Ministros de
Estado e o endereçamento é Excelentíssimo Senhor Fulano de tal – Mi-
nistro da ....
( ) Certo ( ) Errado
98. O vocativo “Senhor Chefe de Gabinete,” é empregado em um ofício para
um chefe de gabinete.
( ) Certo ( ) Errado
99. O fecho das comunicações oficiais deve ser simples: Respeitosamente,
para autoridades superiores, e Atenciosamente, para autoridades de
mesma hierarquia.
( ) Certo ( ) Errado
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R
Para muitos, a vida pulsa no compasso das notificações que o smartphone T
recebe. Enquanto a tela pisca e mais um símbolo de aplicativo se enfileira no dis-
play, o usuário desempenha as suas atividades diárias. Com um olho no aparelho
e outro no trabalho ou no estudo, ele trava uma luta para manter a produtividade
e não se render às tentações dos compartilhamentos ou do grupo de bate-papo
instantâneo. Há quem participe dessa disputa até enquanto dirige. A conexão
permanente – facilitada pelos celulares com acesso à rede – já altera hábitos
e modifica as relações sociais. Tanto que o termo vício tornou-se comum para
definir as repetitivas conferências de postagem. Para alguns, pode se tratar, de
fato, de uma patologia. Aos casos comuns, bastam algumas mudanças de hábito
para evitar que o tempo, literalmente, escorra pelas mãos. Uma das etapas desta
tomada de consciência é voltar à proposta inicial da tecnologia – a de agilizar
tarefas para que se tenha mais tempo para se dedicar ao que realmente importa.
100. Infere-se que, em oposição às atividades relacionadas ao uso patológico
da tecnologia, está a ideia de a vida pulsar “no compasso das notificações
que o smartphone recebe”.
( ) Certo ( ) Errado
101. Depreende-se da argumentação do texto que, em oposição às atividades
relacionadas ao uso patológico da tecnologia, está a ideia de ter “mais
tempo para se dedicar ao que realmente importa”, com a agilização de
tarefas.
( ) Certo ( ) Errado
102. No trecho “bastam algumas mudanças de hábito para evitar que o tem-
po”, o uso da flexão verbal se justifica pelo termo “casos”.
( ) Certo ( ) Errado
ISTOÉ – A tecnologia mudou os problemas e a maneira de enxergar o
mundo?
Françoise Héritier – Os problemas fundamentais que se apresentam para
os seres humanos são os mesmos. Creio no universal. A maneira de responder
a esses problemas é que muda, e a maneira atual é com o uso intensivo da
tecnologia. Acho que isso gera uma bestialização e uma alienação voluntárias,
sem promover o fundamental, que é a busca pela emancipação do espírito.
103. Pode-se substituir a vírgula depois de “muda” (esses problemas é que
muda) por ponto e vírgula.
( ) Certo ( ) Errado
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Polícia Rodoviária Federal

104. É possível inserir uma vírgula depois de “fundamentais”, sem problemas


para a correção gramatical.
( ) Certo ( ) Errado
É comum que se faça uma associação imediata entre a polícia e a parte
problemática da sociedade: crimes, violência, desordem, ilegalidade. Até por ter
sido inspirada nas forças do exército, as polícias são preparadas para situações de
confronto, sendo cultuado que seus componentes sejam fortes, viris, corajosos e,
preferencialmente, másculos. Dessa forma, o imaginário da sociedade é povoado
de policiais fortes, broncos, truculentos, pois acredita-se que o trabalho árduo,
sujo e perigoso tenha de ser realizados por homens – o ethos guerreiro.
Dessa forma, a atividade policial, vista como uma atividade excitante
e perigosa, acaba sendo cobiçada por muitos homens para a reafirmação de
suas identidades. Para muitos, o perigo, a agitação, a camaradagem masculina
e a demanda, ainda que ocasional, por força física e coragem, são os traços
atrativos da polícia.
A entrada de mulheres na corporação e, sobretudo, o desempenho das ativi-
dades historicamente reservadas aos homens implica, indiretamente, admitir que
as tais características masculinas sejam menos importantes do que se imaginava.
As mulheres que decidem entrar na polícia sabem que encontrarão um
ambiente inóspito. A profissão é dura. E com isso, não se quer dizer que ha-
verá perigos, aventuras, perseguições e prisões de criminosos a cada dia. Há
policiais que nunca participaram de uma troca de tiros durante toda a sua vida
profissional. Os casos que necessitam de força física, de luta corporal, são ex-
ceções. Entretanto, os longos turnos de trabalho, a necessidade de horas a fio
em pé ou em ronda dentro de uma viatura, a exposição a ruídos constantes,
produtos químicos, poluição, a necessidade de carregar equipamentos pesa-
dos, o contato frequente com desgraças (acidentes, homicídios, agressões) são
alguns dos fatores que fazem desta profissão uma atividade difícil e que acar-
reta desgastes físicos e psicológicos. É comum entre policiais que haja fadiga
e perturbação dos ritmos fisiológicos, bem como problemas familiares e de in-
serção social. As condições de trabalho precárias, e às vezes indignas, também
marcam fortemente o dia a dia do policial.
Não é usual que um homem adulto encare com naturalidade o fato de
depender de uma mulher, sobretudo, quando essa dependência pode dizer
respeito à sua integridade física ou mesmo sobrevivência. Somente isso, já
acarreta uma dificuldade para a convivência de colegas homens e mulheres
nessa profissão. Muitas vezes, as mulheres são vistas com ressalva por muitos
de seus colegas homens e têm de provar constantemente a sua capacidade e
competência.
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Além de problemas de relacionamento, algumas mulheres acabam so- T
frendo discriminações dentro da polícia. Sem contar que algumas mulheres,
para obterem sucesso na interação social com os colegas, acabam masculini-
zando suas atitudes (modo de agir, jeito de falar...) ou se anulando, para serem
aceitas.
Na Polícia Rodoviária Federal, o ingresso da primeira mulher em seus
quadros se deu em 1975. Apesar desta instituição ter sido criada pelo cla-
mor público solicitando guardiões nas rodovias e apesar de muitas vezes ser
considerada uma polícia cidadã, a PRF ainda carrega em si traços militares e
também apresenta a problemática de inserção do gênero feminino em seus
quadros, exatamente como descrito de maneira geral acima.
Ainda hoje, as estruturas físicas da Polícia Rodoviária Federal não são
condizentes com a intimidade, a saúde e as peculiaridades das mulheres, pois,
na maioria dos postos não há banheiros nem alojamentos femininos. Em casos
isolados, policiais femininas relataram situações vexatórias e constrangedoras
por conta do compartilhamento de banheiros e alojamentos. Os coletes, uni-
formes e armamentos ainda não são apropriados, levando-se em consideração
a anatomia feminina. O tempo de serviço para aposentadoria (mesmo com a
dupla jornada da mulher) ainda é o mesmo do homem.
Além dos problemas estruturais, enfrentamos também o preconceito. Mui-
tos colegas acreditam que as mulheres não estão preparadas para a atividade
fim. Já ouvimos até absurdos de que mulher não sabe nem dirigir, que só atra-
palha, que sempre apresenta problemas psicológicos e que serve só para passar
o café no posto. O desrespeito chega a pontos extremos de humilhação, mas o
maior problema é o preconceito velado, pois este é o mais difícil de combater.
Há de se ressaltar que este comportamento não é generalizado e percebe-
mos, gradualmente, embora devagar, uma melhora no trato com a policial femini-
na, evolução que tenta acompanhar as recentes mudanças na sociedade em geral.
http://sinprfdf.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=691

105. Seria mantida a correção gramatical e os sentidos do texto caso o ponto


final após inóspito (quarto parágrafo) fosse substituído por vírgula e fos-
se inserida a palavra porque depois dessa vírgula, fazendo-se os ajustes
necessários.
( ) Certo ( ) Errado

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Polícia Rodoviária Federal

106. Depreende-se do texto que as condições de trabalho na Polícia Rodo-


viária Federal para as mulheres ainda não são as ideais, visto que as es-
truturas físicas da PRF não são condizentes com a intimidade, a saúde e
as peculiaridades das mulheres, pois não há banheiros nem alojamentos
femininos nos postos.
( ) Certo ( ) Errado
107. Conforme os sentidos do texto, depreende-se que, no primeiro parágrafo,
a expressão “a parte problemática da sociedade” é uma metáfora para
“crimes, violência, desordem, ilegalidade”.
( ) Certo ( ) Errado
108. A pontuação empregada no texto permaneceria correta e não haveria
mudança nos sentidos se o trecho “algumas mulheres, para obterem su-
cesso na interação social com os colegas, acabam masculinizando suas
atitudes” fosse reescrito da seguinte forma: “para obterem sucesso na in-
teração social com os colegas, algumas mulheres acabam masculinizando
suas atitudes”.
( ) Certo ( ) Errado
109. No trecho “a atividade policial, vista como uma atividade excitante e pe-
rigosa, acaba sendo cobiçada por muitos homens para a reafirmação de
suas identidades”, a expressão entre vírgulas tem função explicativa em
relação à informação anterior: atividade policial.
( ) Certo ( ) Errado
110. No período “O desrespeito chega a pontos extremos de humilhação, mas o
maior problema é o preconceito velado, pois este é o mais difícil de comba-
ter”, o elemento “este” é um conectivo que garante a coesão entre os dois
períodos e retoma o termo “velado”.
( ) Certo ( ) Errado
111. O emprego do sinal indicativo da crase, obrigatório em “quando essa
dependência pode dizer respeito à sua integridade física ou mesmo so-
brevivência”, deve-se à regência da expressão “dizer respeito”.
( ) Certo ( ) Errado
112. As formas “física” e “vexatórias” são acentuadas em decorrência da mes-
ma regra de acentuação.
( ) Certo ( ) Errado
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