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Língua Portuguesa
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após
uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de
gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vo-
cábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo
derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros
sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper,
isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o
vírus se apossa do organismo infectado.
1. Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que
o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão
é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro
pelo uso da elipse. No fragmento do texto “Supõe-se que fizesse referên-
cia ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”, há
coesão por elipse do sujeito.
( ) Certo ( ) Errado
2. Em “O mecanismo é extremamente complexo, mas seu princípio é sim-
ples: todos querem repetir experiências capazes de provocar prazer.”, o
verbo QUERER está no plural, porque concorda com o núcleo do sujeito
EXPERIÊNCIAS.
( ) Certo ( ) Errado
3. Sobre ambas as orações “Somos o que comemos” e “Comemos o que
somos”, podemos afirmar que apresentam sujeito indeterminado.
( ) Certo ( ) Errado
4. Em “Deixaram a biblioteca limpa e arrumada.”, temos um sujeito inde-
terminado.
( ) Certo ( ) Errado
Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de
países — incluindo Brasil, Argentina e Venezuela — com acesso ao Oceano Atlânti-
co, que confere ao Estado grande papel na economia. A segunda — composta por
países de frente para o Pacífico, como México, Peru, Chile e Colômbia — adota o
livre comércio e o mercado livre.
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Os dois grupos de países compartilham de uma geografia, de culturas T
e de histórias semelhantes, entretanto, por quase dez anos, a economia dos
países do Atlântico cresceu mais rapidamente, em grande parte graças ao au-
mento dos preços das commodities no mercado global. Atualmente, parece
que os anos vindouros são mais promissores para os países do Pacífico. Assim,
a região enfrenta, de certa forma, um dilema sobre qual modelo adotar: o do
Atlântico ou o do Pacífico?
Há razões para pensar que os países com acesso ao Pacífico estão em
vantagem, como, por exemplo, o fato de que, em 2014, o bloco comercial
Aliança do Pacífico (formado por México, Colômbia, Peru e Chile) provavel-
mente crescerá a uma média de 4,25%, ao passo que o grupo do Atlântico, for-
mado por Venezuela, Brasil e Argentina — unidos pelo MERCOSUL —, crescerá
2,5%. O Brasil, a maior economia da região, tende a crescer 1,9%.
Segundo economistas, os países da América Latina que adotam o livre
comércio estão mais preparados para crescer e registram maiores ganhos de
produtividade. Os países do Pacífico, mesmo aqueles como o Chile, que ainda
dependem de commodities como o cobre, também têm feito mais para fortale-
cer a exportação. No México, a exportação de bens manufaturados representa
quase 25% da produção econômica anual (no Brasil, representa 4%). As eco-
nomias do Pacífico também são mais estáveis. Países como México e Chile têm
baixa inflação e consideráveis reservas estrangeiras.
Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos
econômicos sem solução. Na Venezuela, a inflação passa de 50% ao ano —
igual à da Síria, país devastado pela guerra.
David Juhnow. Duas Américas Latinas bem diferentes. The Wall Street Journal.
In: Internet: <http://online.wsj.com> (com adaptações).
7. Infere-se do texto que países não banhados pelo Atlântico ou pelo Pacífi-
co, como Paraguai e Equador, não estão inseridos em nenhuma das duas
Américas Latinas citadas pelo autor.
( ) Certo ( ) Errado
8. O texto diferencia aspectos econômicos de países da América Latina que
convergem em outros aspectos, como os geográficos, culturais e históricos.
( ) Certo ( ) Errado
9. Em “começam a se parecer” (em destaque), o pronome “se” poderia ser
deslocado para imediatamente após a forma verbal “parecer”, escreven-
do-se “começam a parecer-se”.
( ) Certo ( ) Errado
10. A forma verbal “há” (em destaque) poderia ser corretamente substituída
por existem.
( ) Certo ( ) Errado
11. No trecho “o do Atlântico ou o do Pacífico” (em destaque), subentende-
-se a palavra “modelo”.
( ) Certo ( ) Errado
12. Sem prejuízo da correção gramatical do texto, a vírgula empregada logo
após o travessão, em destaque, poderia ser suprimida.
( ) Certo ( ) Errado
13. Sem prejuízo da correção gramatical ou do sentido original do texto, a
forma verbal “representa” (em destaque) poderia ser flexionada no plural
— representam —, caso em que concordaria com “bens manufaturados”
(em destaque).
( ) Certo ( ) Errado
O objetivo da livre concorrência é preservar o processo de competição, e
não os competidores. O processo de competição, no modelo concorrencial, é o
que possibilita a repartição ótima dos bens dentro da sociedade, contribuindo
para a justiça social. Isso não significa que a concorrência não deve ser sope-
sada com outros interesses, como, por exemplo, a defesa do meio ambiente, a
manutenção de empregos e o desenvolvimento sustentável. Embora por vezes
excludentes entre si, todos esses interesses devem ser ponderados a fim de
que se atinja o bem-estar social.
Carlos Emmanuel Joppet Ragazzo. Notas introdutórias sobre o princípio da livre concorrência. In: Scientia Iuris.
Londrina, v. 10, p. 83-96, 2006. Internet: <www.uel.br> (com adaptações).
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14. No texto, conceitua-se livre concorrência, processo que predomina sobre T
interesses como o desenvolvimento sustentável e a justiça no mercado
de trabalho.
( ) Certo ( ) Errado
15. Infere-se do texto que a competição por bens entre os indivíduos de uma
sociedade leva à justiça social.
( ) Certo ( ) Errado
O filósofo francês Jean-Paul Sartre costumava dizer que o homem é um
projeto. Se assim for, as sociedades humanas deveriam ter a mesma ambição.
A palavra “projeto” remete-se à antecipação e, em boa parte, ao volun-
tarismo. Não se trata unicamente de prever o futuro e, sim, de mudar o seu
rumo em consequência de um conjunto de valores e de necessidades. Porém,
precisamos de um voluntarismo responsável que se esforce por formular pro-
postas viáveis, sem cair na ilusão de que é possível medir as forças pelas inten-
ções generosas, como sugeria o poeta romântico polonês Adam Mickiewicz.
Em outras palavras, para ganhar a guerra contra a pobreza e o atraso, devemos
voltar ao planejamento, um conceito oriundo da economia de guerra, indis-
pensável à ecossocioeconomia de desenvolvimento.
O planejamento caiu em descrédito com a queda do Muro de Berlim, a
implosão da União Soviética e a contrarreforma neoliberal baseada no mito dos
mercados que se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito desapareceu
com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está. Chegou, portanto,
o momento de reabilitar e atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — dire-
tor do Earth Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e conselheiro do
secretário-geral das Nações Unidas — pronuncia-se em favor de um planeja-
mento flexível a longo prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios
simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e redução da pobre-
za, buscando uma cooperação tripartite entre os setores público e privado e a
sociedade civil.
Para tanto, convém prever vários níveis territoriais de planejamento,
desde o nacional até o local, com um processo interativo de cima para baixo
e de baixo para cima. No nível técnico, essa tarefa se torna hoje mais fácil por
termos saído da era do ábaco para a dos computadores.
O fenomenal crescimento da economia mundial no decorrer dos dois úl-
timos séculos, baseado no uso das energias fósseis, provocou um aquecimento
global de consequências deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entan-
to, um erro considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais podem
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55. Serão vitoriosos os países que conseguirem não só integrar melhor suas
economias nas cadeias produtivas de alto valor por escala mundial, como
também modernizar suas instituições e, especialmente, desenvolveram
capital humano.
( ) Certo ( ) Errado
O Subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal
comentou os resultados das atividades aduaneiras em 2013. De acordo com o
Subsecretário, os números corroboram uma série de avanços nos processos
administrados pela Receita Federal como, por exemplo, na questão de controle
de exportações e importações. “Dentro da diretriz de ter mais agilidade, cele-
ridade e transparência, conseguimos reduzir tempos de despacho aduaneiro
tanto na exportação quanto na importação, e o destaque é que na exportação
a redução do tempo foi da ordem de 34%”.
Ressaltou ainda que houve melhora nos resultados de controle, com au-
mento nos valores de créditos lançados na auditoria, fiscalização e incremento
no número de operações nas fronteiras do país. Ao longo de 2013, foram re-
alizadas 2.999 operações de vigilância e repressão ao contrabando e desca-
minho. O número representa um crescimento de 11,9% em relação ao mesmo
período de 2012. A apreensão total de mercadorias processadas pela Receita
resultou em um montante de R$ 1,68 bilhão. Entre as mercadorias apreendidas
encontram-se produtos falsificados, tóxicos, medicamentos, entre outros.
56. Mantêm-se as informações originais do período se a palavra “corrobo-
ram” (primeiro parágrafo) for substituída por enfraquecem ou reduzem.
( ) Certo ( ) Errado
57. O emprego da primeira pessoa do plural em “conseguimos” (primeiro pa-
rágrafo) significa que o autor se refere a uma parcela específica do povo
brasileiro moradores de fronteiras.
( ) Certo ( ) Errado
58. Mantêm-se a correção gramatical do período e a coerência textual ao se
substituir “foram realizadas” (segundo parágrafo) por realizaram-se.
( ) Certo ( ) Errado
59. Prejudica-se a correção gramatical do período e a coerência textual ao se
substituir “encontram-se” (final do segundo parágrafo) por foi encontrado.
( ) Certo ( ) Errado
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60. Prejudica-se a correção gramatical do período e a coerência textual se a T
forma verbal “comentou” (primeiro parágrafo) for substituída por “havia
comentado”.
( ) Certo ( ) Errado
Duas pesquisas divulgadas recentemente revelam que os brasileiros não
são tão solidários quanto parece. Uma delas aponta ainda que, quando abri-
mos a mão, a preferência é pelos pedintes, a quem se destinam 30% da ajuda.
As organizações não governamentais (ONGs) levam só 14%. Além disso, pou-
cos contribuintes sabem que é possível abater impostos através de doações
– embora o complicado processo afaste também quem conhece o sistema.
61. Preserva-se a coerência textual e o respeito às regras de pontuação ao
inserir uma vírgula depois de “recentemente” (em destaque).
( ) Certo ( ) Errado
62. É possível substituir o primeiro sinal de parênteses em “(ONGs)” por um
travessão, e o segundo por uma vírgula.
( ) Certo ( ) Errado
63. Prejudica-se a correção gramatical ao inserir uma vírgula antes de “que”
(poucos contribuintes sabem que).
( ) Certo ( ) Errado
64. Preserva-se a coerência textual e o respeito às regras de pontuação ao
substituir o travessão antes de “embora” (embora o complicado proces-
so afaste) por uma vírgula.
( ) Certo ( ) Errado
65. A reescrita do trecho sublinhado preserva a correção gramatical e respeita
a coerência textual: Independentemente de sua inserção na esfera públi-
ca ou privada, as ouvidorias são norteadas por princípios comuns, ainda
não regulamentados, destacando-se a acessibilidade, a confidencialidade,
a independência e a transparência. Se efetivas, podem contribuir para a so-
lução de alguns dos complexos problemas contemporâneos, muitas vezes
gerados pela redução dos espaços de diálogo. “Caso efetivas, a solução de
alguns dos complexos problemas contemporâneos pode ser sua contribui-
ção, gerados pela redução, muitas vezes, dos espaços de diálogo”.
( ) Certo ( ) Errado
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75. O uso da preposição em “em que” (em que os eleitores tenham plena ciência)
torna-se desnecessário se, no lugar de que, o pronome utilizado for a qual.
( ) Certo ( ) Errado
76. O uso do modo subjuntivo em “tenham” (os eleitores tenham) remete à
possibilidade de uma “República efetivamente democrática”.
( ) Certo ( ) Errado
77. O advérbio “assim” (Somente assim poderão exigir) tem a função coe-
siva de resumir e retomar as ideias do período sintático imediatamente
anterior.
( ) Certo ( ) Errado
78. O uso do gerúndio em “gravando” (gravando os contribuintes) imprime à
oração uma ideia do modo de funcionamento do sistema tributário.
( ) Certo ( ) Errado
79. A retirada dos sinais de parênteses não prejudica sintaticamente a oração,
mas sua presença diminui a relevância da ideia expressa por “proporcio-
nalmente” [de modo (proporcionalmente) mais severo].
( ) Certo ( ) Errado
Em um regime democrático, todo poder emana do povo, prevalecendo
a vontade da maioria sobre a vontade de indivíduos ou de grupos. Desse
modo, o bom governante é aquele que compreende as demandas da popu-
lação e se empenha em atendê-las. No entanto, numa democracia saudável,
é também responsabilidade dos dirigentes tomar medidas que podem even-
tualmente desagradar a uma parte dos eleitores, pois eles devem adminis-
trar pensando no conjunto da sociedade que governam, e não na estridência
de interesses insatisfeitos ou contrariados.
80. Em “se empenha” (em destaque) o pronome “se” indica que o sujeito é
determinado.
( ) Certo ( ) Errado
81. Ao se substituir “em” (em atendê-las) por para, prejudicam-se a coerên-
cia e a correção gramatical do período.
( ) Certo ( ) Errado
82. Preservam-se as relações sintáticas e a correção gramatical do período ao
se substituir “No entanto” (No entanto, numa democracia) por qualquer
um dos seguintes termos: Contudo, Entretanto, Porquanto, Uma vez que.
( ) Certo ( ) Errado
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83. Em “a uma parte”, o emprego de “a” decorre da regência de “podem”, T
que exige complemento regido por essa preposição.
( ) Certo ( ) Errado
84. A palavra “estridência” está sendo empregada em sentido figurado e se
associa ao barulho provocado pelas manifestações e protestos populares.
( ) Certo ( ) Errado
É preciso considerar a direção que devem tomar as políticas públicas
para alcançar maior eficiência. Primeiramente, deve-se pensar em maneiras
para motivar o servidor de carreira, incentivando-o a empreender ações que
propiciem melhoras na administração pública. Isso inclui tanto a oferta de
treinamento adequado, quanto uma maior interação entre órgãos de controle:
Controladoria-Geral, Tribunal de Contas, Ministério Público e o restante da ad-
ministração pública. Outra ideia para motivar os servidores públicos de carreira
é a regulamentação da possibilidade de ascensão funcional, das atividades de
nível médio para outras de nível superior, por meio de concursos internos.
85. Não se prejudicam a informação original e a correção gramatical do perí-
odo ao se substituir “É preciso” por “É necessário”.
( ) Certo ( ) Errado
86. A forma verbal “devem” (em destaque) está no plural porque concorda
com o sujeito “as políticas públicas”.
( ) Certo ( ) Errado
87. O segmento “que propiciem melhoras na administração pública” tem na-
tureza explicativa.
( ) Certo ( ) Errado
88. A substituição de “quanto” (quanto uma maior interação) por como pre-
judica as relações sintáticas do período.
( ) Certo ( ) Errado
89. As duas ocorrências de “para” (para motivar os servidores; para outras
de nível superior) têm função sintática diferente nos períodos em que são
empregadas.
( ) Certo ( ) Errado
Julgue se a pontuação das assertivas que se seguem está correta.
90. A administração pública, possui características muito distintas da admi-
nistração de uma empresa privada. É preciso compreender, como se dão
as relações na esfera pública.
( ) Certo ( ) Errado
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