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Endereço: Esplanada dos Ministérios, bloco D, anexo, ala A, 4º andar, sala 448.
Tel.:(61)3218-2826
E-mail: cgan.dsn@agricultura.gov.br
Equipe técnica: Carlos Roberto de Carvalho Fonseca, Vanessa Ponce Lima, Ana
Paula Franco de Souza e Janice Baptista Algayer
Introdução..............................................................................................................4
1. Boas práticas regulatórias...............................................................................7
2. Agenda regulatória...........................................................................................8
3. Análise de impacto regulatório – AIR........................................................ 10
3.1. Contextualização sobre a importância do uso da AIR no processo
de regulamentação....................................................................................... 10
5.1. Importância............................................................................................ 33
5. Participação social......................................................................................... 33
5.2. Instrumentos de participação social................................................. 34
A Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a Política Agrícola¹, criou o Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA e os Sistemas Brasileiro de Inspeção de
Produtos e Insumos Agropecuários. Foi regulamentada pelo Decreto nº 5.741, de 30 de março de
2006, que organiza o SUASA e estrutura a execução das atividades de defesa agropecuária, cujo
objetivo é garantir:
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4 Noções deBoas
Noções de
Normativa
BoasPráticas
Práticas
Afetaà àDefesa
Normativa Afeta
Regulatórias
Regulatórias
Defesa
Voltados
Voltados
Agropecuária
Agropecuária
à Produção
à Produção
De acordo com o disposto na legislação, o papel de Instância Central e Su-
perior é exercido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-
-SDA/MAPA, e o papel de Instâncias Intermediárias e Locais é exercido, em
cada Unidade da Federação, pelos órgãos e pelas unidades locais de atenção
à sanidade agropecuária, cabendo a estas instâncias, inclusive, as atividades
de natureza normativa e reguladora relativas à defesa agropecuária.
O MAPA também exerce o papel de órgão coordenador dos SISBI. As Unidades da Federação
têm competência para atuar nas atividades desenvolvidas por meio dos respectivos SISBI, desde
que façam a adesão aos sistemas. Os Municípios têm competência para atuar especificamente
na inspeção de produtos de origem animal e na inspeção de bebidas, nessa última, apenas
quando aderidos aos SISBI. Em relação à regulamentação, as Unidades da Federação e os
Municípios aderidos aos SISBI ficam obrigados a seguir a legislação federal ou dispor de
regulamentos equivalentes.
Neste contexto, é fundamental criar um ambiente jurídico que possibilite o alinhamento dos sistemas
regulatórios implementados, no âmbito dos Governos municipais, estaduais, distrital e federal, para a
construção de políticas públicas direcionadas ao segmento agropecuário.
Este conjunto de ações para a melhoria regulatória encontra-se alinhado às diretrizes exaradas pelo
Governo federal4 e pelos Organismos Internacionais que tratam desta matéria, com destaque para a
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE.
A adoção de Boas Práticas Regulatórias - BPR pelas diversas esferas do Poder Executivo prima por
assegurar que os atos infralegais propostos e editados pelos órgãos de defesa agropecuária sejam
baseados na coleta de evidências robustas que justifiquem tal ação.
Tal ação contribui para a melhoria do ambiente de negócios do País, que promove a cidadania, o
progresso econômico e a minimização dos impactos sociais, econômicos e ambientais. Assim, são
esperados os seguintes benefícios no âmbito da temática Defesa Agropecuária:
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7 Noções deBoas
Noções de
Normativa
BoasPráticas
Práticas
Afetaà àDefesa
Normativa Afeta
Regulatórias
Regulatórias
Defesa
Voltados
Voltados
Agropecuária
Agropecuária
à Produção
à Produção
2. Agenda regulatória
Embora a regulação seja instrumento fundamental para o cumprimento das atribuições dos órgãos
de defesa agropecuária, a elaboração de normas deve ser sempre proporcional e equilibrada, sob
pena de imposição de barreiras indevidas à cadeia produtiva, à inovação, à livre concorrência e
ao comércio exterior. Além disso, é importante lembrar que os recursos humanos e financeiros à
disposição da administração pública são limitados.
Uma forma eficiente de planejar a atuação estatal e de priorizar a aplicação dos recursos
em determinado período de tempo é a instituição de uma Agenda Regulatória - AR. Aliada
à padronização do fluxo de produção normativa, a AR favorece a criação de um ambiente
regulatório seguro e confiável, que confere maior previsibilidade e segurança jurídica à
sociedade e ao setor regulado.
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8 Noções deBoas
Noções de
Normativa
BoasPráticas
Práticas
Afetaà àDefesa
Normativa Afeta
Regulatórias
Regulatórias
Defesa
Voltados
Voltados
Agropecuária
Agropecuária
à Produção
à Produção
Cumpre destacar que cada tema envolve um problema regulatório asso-
ciado à falhas de mercado, regulatórias ou institucionais. Logo, a discussão
acerca da melhor solução para o problema regulatório pode resultar, inclu-
sive, na recomendação de medidas de caráter não-normativo, como a rea-
lização de programas de incentivo, de campanhas educativas, a elaboração
de guias e manuais, entre outras medidas.
Por fim, para que se atinja um nível satisfatório de implementação da AR, é fundamental que ela esteja
alinhada aos objetivos estabelecidos no Plano Estratégico do órgão para que se alcance a priorização
pretendida.
A busca pela qualidade regulatória se tornou objetivo comum e tema de intercâmbio crescente entre
as nações. A experiência positiva dos Governos que adotaram um processo consistente de produção
normativa pautou a ascensão de uma nova agenda de cooperação internacional focada no emprego
e na disseminação de novas ferramentas, tais como as alternativas não-regulatórias, os mecanismos
de participação social e a análise de impacto regulatório - AIR. Promovidos especialmente pela
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - OCDE, estes princípios de boa
governança têm gerado uma cultura administrativa mais estruturada, capaz de avaliar previamente as
consequências da aplicação das opções políticas existentes.
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10 Noções deBoas
Noções de
Normativa
BoasPráticas
Práticas
Afetaà àDefesa
Normativa Afeta
Regulatórias
Regulatórias
Defesa
Voltados
Voltados
Agropecuária
Agropecuária
à Produção
à Produção
Portanto, para atender aos interesses dos cidadãos de maneira efetiva, é
fundamental que a tomada de decisão sobre a elaboração ou a alteração de
regulamento decorra de um processo robusto. Do contrário, a confiança
no Governo pode ser prejudicada por impactos imprevistos ou pela redu-
ção da competitividade.
No Brasil, o peso regulatório tem sido frequentemente associado ao custo de investimentos no País.
De acordo com a Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade da Secretaria Especial
de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, a administração pública
federal possui, no mínimo, cento e sessenta e três órgãos reguladores. Além disso, o Custo Brasil
alcançou o patamar de R$ 1.500.000.000.000,00 (um trilhão e quinhentos bilhões de reais) por ano,
ou seja, cerca de vinte por cento do Produto Interno Bruto - PIB, segundo o estudo do Programa de
Melhoria Contínua da Competitividade, elaborado pelo Ministério da Economia em parceria com o
Movimento Brasil Competitivo - MBC6.
A edição de 2020 do Relatório Doing Business7, elaborado anualmente pelo Banco Mundial, o
País caiu da 109ª posição para a 124ª de um total de cento e noventa países. Já o Indicador de Com-
petitividade Global – GCI (Global Competitiveness Index), divulgado em 2019 pelo Fórum
Econômico Mundial, classificou o País na 71ª posição de um total de cento e quarenta e um países.
O último componente do GCI mensura o peso da regulação e o resultado indica a complexidade e
a instabilidade do estoque regulatório, motivos pelos quais os investidores deixam o País.
No âmbito federal, para apoiar a reversão do quadro exposto anteriormente, a Casa Civil da
Presidência da República publicou, em junho de 2018, as Diretrizes Gerais e Roteiro
Analítico sugerido para análise de impacto regulatório - Diretrizes Gerais AIR
e o Guia Orientativo para a elaboração de análise de impacto regulatório - Guia
AIR8. Condensados em uma única publicação, tais documentos alicerçaram o plano traçado para
disseminar práticas voltadas à melhoria da qualidade regulatória. Em seguida, a Lei nº 13.874, de 20
No País, não há obrigatoriedade de uso da AIR pelos Governos estaduais, distrital e municipais.
Entretanto, espera-se que a ferramenta seja incorporada gradualmente nas suas políticas
regulatórias, em razão dos benefícios sociais e institucionais gerados.
ser preferidas as
alternativas não
normativas,
tais como: II
corregulação ou regulação
compartilhada - o setor desenvolve
seus próprios padrões, mas o Governo
fornece o apoio legal para sua aplicação;
III
incentivos econômicos - os
instrumentos que buscam recompensar
a mudança de comportamento
dos agentes, geralmente por meio
da alteração de preços ou de custos
relativos; e
IV
informações e campanhas de
educação - a divulgação para
equalizar a informação entre os
agentes ou para elevar o conhecimento
público sobre algum fator relacionado
ao problema.
Após a confecção da lista das alternativas de ação, deve-se analisar a viabilidade de cada uma e os
impactos positivos e negativos frente à situação de não normatização. Outro ponto fundamental para
a eficácia do ato proposto é o alinhamento às políticas públicas definidas para o setor agropecuário
e à missão e aos objetivos estratégicos do órgão executor da AIR.
No âmbito federal, o Decreto nº 10.411, de 202010, regulamentou que a AIR será concluída por meio
de relatório que contenha:
I - sumário executivo objetivo e conciso, que deverá empregar linguagem simples e acessível ao
público em geral;
III - identificação dos agentes econômicos, dos usuários dos serviços prestados e dos demais afetados
pelo problema regulatório identificado;
VII - exposição dos possíveis impactos das alternativas identificadas, inclusive quanto aos seus custos
regulatórios;
XII - descrição da estratégia para implementação da alternativa sugerida, acompanhada das formas de
monitoramento e de avaliação a serem adotadas e, quando couber, avaliação quanto à necessidade de
alteração ou de revogação de normas vigentes.
Neste contexto, o § 2º, do art. 3º e o art. 4º, do Decreto nº 10.411, de 202010, trouxeram clareza para
a administração pública federal ao prever os casos de inaplicabilidade e dispensa, respectivamente.
As Unidades da Federação e os Municípios, caso não possuam legislação específica para o tema
e respeitadas as suas competências, poderão utilizar as hipóteses de inaplicabilidade e dispensa
previstos na legislação federal.
que disponham
sobre segurança
nacional; e
I - urgência;
a) não provoque aumento expressivo de custos para os agentes econômicos ou para os usuários dos
serviços prestados;
IV - ato normativo que vise à atualização ou à revogação de normas consideradas obsoletas, sem
alteração de mérito;
VII - ato normativo que reduza exigências, obrigações, restrições, requerimentos ou especificações
com o objetivo de diminuir os custos regulatórios; e
VIII - ato normativo que revise normas desatualizadas para adequá-las ao desenvolvimento tecnológico
consolidado internacionalmente, nos termos do disposto no Decreto nº 10.229, de 05 de fevereiro
de 202011.
Cabe salientar que, nas hipóteses de dispensa de AIR, será elaborada nota
técnica ou documento equivalente que fundamente a proposta de edição ou
de alteração do ato normativo, contendo obrigatoriamente a identificação
do problema regulatório que se pretende solucionar e a descrição dos
objetivos que se pretende alcançar, de modo a subsidiar a elaboração da
avaliação de resultado regulatório - ARR.
A administração pública detém o poder de elaborar normas para disciplinar matérias não privativas de
Lei. Ato normativo, como o próprio nome sugere, estabelece normas, regras, padrões ou obrigações.
O exercício desse poder é legítimo na medida em que sejam observadas as regras fundamentais de
competência, finalidade, forma, motivo e objeto, que são os elementos essenciais de validade dos atos
administrativos.
Competência - define o fato de sempre existir um agente público ao qual a lei dá competência para
prática de ato específico. É um elemento irrenunciável, imprescritível, improrrogável e intransferível.
Em regime de excepcionalidade, pode haver avocação, que é quando um ente toma para si a
competência de agente inferior, somente. Já a delegação acontece quando um órgão de mesma ou
inferior hierarquia toma para si as atribuições de algum órgão, não a titularidade.20
Finalidade – é aquilo que ele procura quando é editado, a finalidade que pretende alcançar, para
afirmar a busca pelo interesse público, mas além disso, sempre há uma finalidade prevista na lei
e passível de controle pelo Judiciário. Qualquer falta de atendimento à finalidade configura vício
insanável, sendo obrigatória a anulação do ato, sem poder ser convalidado.20
Forma - é o meio pelo qual o ato se apresenta. Em geral, é escrito e está baseado no princípio da
instrumentalidade das formas.A forma é um elemento sempre vinculado, por isso, passível de controle
judiciário. Defeito de forma é geralmente possibilita convalidação, a menos que a lei estabeleça
diferente.20
Motivo - é o elemento do ato que dá base e fundamento à sua edição. É a relação entre o
motivo e o resultado (objeto e finalidade). O motivo tem que ser diferenciado da motivação. O
primeiro, constitui-se no propósito do ato. A motivação é a exposição do motivo, sua explicitação
e fundamentação.20
Objeto - constitui aquilo que se pode traduzir no conteúdo/matéria do ato. Por meio dele, a
administração manifesta a sua vontade ou trata sobre situações preexistentes. Consiste, em outras
linhas, na alteração que esse elemento causa no universo jurídico, que é imediato.20
A redação oficial, por sua vez, é a maneira de redigir os atos normativos, as correspondências, os
processos e os documentos relativos à administração pública. A conjunção desses dois preceitos
forma o mecanismo de comunicação que expressa a vontade da administração pública, que, “agindo
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21 Noções deBoas
Noções de
Normativa
BoasPráticas
Práticas
Afetaà àDefesa
Normativa Afeta
Regulatórias
Regulatórias
Defesa
Voltados
Voltados
Agropecuária
Agropecuária
à Produção
à Produção
nessa qualidade, tem por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.”12
O texto das normas jurídicas deve ser unívoco, preciso e completo e sua redação deve ser simples,
clara, precisa, objetiva, coerente e impessoal, de forma a ser facilmente compreendido por seus
regulados.
Note-se que, por definição, um ato normativo é uma norma jurídica que estabelece ou sugere
condutas de modo geral e abstrato, ou seja, sem destinatários específicos e tratando de hipóteses.
Atos normativos, como o próprio nome sugere, têm carga normativa, ou seja, estabelecem
normas, regras, padrões ou obrigações.
As premissas para redação oficial estão dispostas no caput do art. 37 da Constituição, no art. 11
da Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, e no Manual de Redação da Presidência da
República.16
Portarias
atos normativos
c
editados por uma ou
b
mais autoridades
singulares;
a Instruções Normativas
atos normativos que, sem
inovar, orientem a
execução das normas
vigentes pelos agentes
públicos;
Matérias idênticas não poderão ser disciplinadas por mais de um ato normativo da mesma espécie.
Novos dispositivos deverão ser incluídos no ato normativo em vigor, como alterações.
No âmbito das Unidades da Federação e Municípios, serão observadas as legislações que definem
os tipos de atos normativos inferiores a decreto que podem ser editados por órgãos e entidades da
administração pública.
Compreende
a epígrafe, a
a ementa e o
preâmbulo. Epígrafe
é o elemento inicial que tipifica do documento, identifica sua origem e
o situa no tempo. É formado pelo título da espécie normativa, pelo seu
número e pela data de assinatura, grafada em letras maiúsculas, sem ne-
grito e centralizada.
b
Ementa
é o pequeno texto que explicita o objeto do ato normativo contido no
seu primeiro artigo. Portanto, não mencionar apenas um tópico genéri-
co do ato normativo acompanhado do clichê "e dá outras providên-
cias", devendo tal expressão ser utilizada apenas:
c
Preâmbulo
Tem como conteúdo:
I a autoria;
II o fundamento de validade; e
Preâmbulo
II – PARTE NORMATIVA
representa o corpo da norma que contém a matéria legislativa propriamente dita, que regula o
objeto.
A cláusula revogatória apresenta, de forma expressa, no penúltimo artigo do ato normativo, os atos
ou as partes de atos que, em face do novo regulamento, ficam revogados. Caso não haja a revogação
de nenhum dispositivo normativo, o ato não possuirá cláusula revogatória.
IV – ANEXOS
Dispositivo Desdobramento
Parágrafos Incisos
Incisos Alíneas
Alíneas Itens
Itens Subitens
(excepcionalmente)
Figura 2. Representação dos dispositivos que estruturam o ato normativo e seus desdobramentos.
III - Incisos, alíneas e itens - são usados para enumerações. Os incisos são elementos
discriminativos de artigo ou parágrafo, as alíneas são desdobramentos dos incisos e os itens
são desdobramentos de alíneas.
Agrupamento de artigo
LIVRO
TÍTULO
CAPÍTULO
SEÇÃO
SUBSEÇÃO
Livros, títulos, capítulos, seções, subseções e artigos são utilizados para a sistematização dos
atos normativos mais complexos, observada a seguinte ordem:
I - livros - para atos mais extensos, geralmente usado para o caso de codificações
ou consolidações;
usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar
sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em
que se esteja legislando;
buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando
preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente;
Precisão
expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o
emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico;
escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do território
nacional, evitando o uso de expressões locais ou regionais;
grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de
lei e nos casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto;
utilizar as conjunções ‘e’ ou ‘ou’ no penúltimo inciso, alínea ou item, conforme a sequência
de dispositivos seja, respectivamente, cumulativa ou disjuntiva.
As siglas possuem regras específicas para a grafia, além de: a) não utilizar para designar órgãos da
administração pública direta; b) utilizar para designar entidades da administração pública indireta,
apenas se previsto em lei; c) não utilizar para designar ato normativo; d) usar apenas se consagrado
pelo uso geral e não apenas no âmbito de setor da administração pública ou de grupo social específico;
e e) na primeira menção, utilizar acompanhado da explicitação de seu significado.
O dispositivo objeto de remissão deve ser indicado expressamente por meio do emprego da
abreviatura “art.”, seguida do número correspondente, ordinal ou cardinal, em complemento às
regras já elencadas.
Ordem lógica
reunir sob as categorias de agregação (subseção, seção, capítulo, título e livro) as disposições
relacionadas com o objeto da norma;
5.1. Importância
Por mecanismos de participação social entende-se o conjunto de meios de comunicação instituídos
para facilitar o diálogo direto entre o Governo e o cidadão na discussão de políticas públicas.
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33 Noções deBoas
Noções de
Normativa
BoasPráticas
Práticas
Afetaà àDefesa
Normativa Afeta
Regulatórias
Regulatórias
Defesa
Voltados
Voltados
Agropecuária
Agropecuária
à Produção
à Produção
5.2. Instrumentos de participação social
A consulta interna submete a minuta de ato normativo às críticas e às sugestões dos colaboradores
do próprio órgão, para avaliar a proposta do ponto de vista institucional. Ocorre previamente à
Consulta pública.
No âmbito federal, a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 199918, que regula o processo administrativo,
exige a justificativa de aceite ou rejeição de contribuições.
Ao final, a minuta deve ser revisada com a incorporação das sugestões de acréscimos, alterações ou
exclusões de texto.
A condução do processo de consulta pública compete à área responsável pelo tema regulado e será
necessária a divulgação da consulta nos canais de comunicação oficial (Diário Oficial), contendo:
Cumpre destacar que as contribuições apresentadas na consulta pública não têm caráter
vinculante. Porém, a fim de garantir a transparência do processo, deve ser fundamentado o
aceite ou a rejeição da proposição, de acordo com o disposto na Lei nº 9.784, de 199918, que
regula o processo administrativo no âmbito federal.
Ao final do prazo para o envio de contribuições à consulta pública, a minuta deve ser novamente
revisada com a incorporação das sugestões acatadas de acréscimos, alterações ou exclusões de
texto.
Para que a TPS sirva de subsídio para o enfrentamento do problema regulatório é importante que
seu escopo e objetivos estejam definidos de forma clara. Ademais, deve ser divulgada nos canais de
comunicação oficial (Diário Oficial), com o estabelecimento de prazo para o envio de comentários
compatível com o grau de complexidade dos questionamentos apresentados para a sociedade.
Cumpre destacar que as manifestações, assim como ocorre na consulta pública, não têm
caráter vinculante, mas o órgão deve fundamentar o seu aceite parcial ou a sua rejeição, de
acordo com o disposto na Lei nº 9.784, de 199918, que regula o processo administrativo no
âmbito federal.
“A participação na sessão presencial deve se restringir aos assuntos constantes da pauta e depende
de inscrição prévia, sendo facultada a apresentação de documentos. A presidência deve observar a
ordem de registro, bem como estabelecer e cronometrar o tempo para as exposições, em função
do número de inscritos. O participante pode reformular ou complementar sua manifestação inicial,
bastando se inscrever novamente. À critério da presidência, a sessão pode ser gravada por meios
eletrônicos, assegurando-se o acesso dos interessados ao conteúdo. Ao final, os debates devem
ser registrados em ata e a minuta deve ser novamente revisada, com a incorporação das sugestões
acatadas de acréscimo, alteração ou exclusão de texto”11.
Em recente levantamento feito pelo MAPA, foram listados dois mil duzentos e sessenta e oito atos
normativos vigentes, que foram expedidos pelo órgão, afetos à matéria. O resultado é um arcabouço
legal disperso e, muitas vezes, obsoleto, o que dificulta a sua implementação e a formulação de políticas
e estratégias integradas e intersetoriais. E a percepção geral é de que o mesmo cenário se apresenta
nas demais esferas de Governo, uma vez que a Constituição atribui competência aos Estados e aos
Municípios para legislarem sobre a referida temática de forma concorrente e suplementar.
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37 Noções deBoas
Noções de
Normativa
BoasPráticas
Práticas
Afetaà àDefesa
Normativa Afeta
Regulatórias
Regulatórias
Defesa
Voltados
Voltados
Agropecuária
Agropecuária
à Produção
à Produção
Desta forma,
estabeleceu-se a
I gestão do estoque III
regulatório que
o levantamento e a compreende: a criação de
revisão do acervo de bibliotecas temáticas
de atos normativos,
atos normativos II de acordo com as
vigentes;
áreas de maior
a consolidação dos atos interesse dos
normativos por assunto usuários; e
temático, buscando dar
clareza e objetividade às
regras estabelecidas;
IV
A ARR é de fundamental importância para o ciclo regulatório, pois uma regulação inicialmente
eficaz pode se tornar ultrapassada ou inútil.
a) fatores imprevisíveis;
c) mudanças de contexto;
d) inovações tecnológicas; ou
3 ______. Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991. Diário Oficial da União. Brasília, 1991.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8171.htm>. Acesso em 01 jul. 2021.
6 MBC - Movimento Brasil Competitivo. Avanço Regulatório. In: Revista Brasil+. Ano 5. 9. ed.
Dez. 2020. P. 58. Disponível em: <https://www.mbc.org.br/wp-content/uploads/2020/12/Revista-
Brasil-9%C2%AA-edi%C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso em 30 mar. 2021.
7 BANCO MUNDIAL. Doing Business 2020: Comparing Business Regulation in 190 Economies.
Washington, DC: World Bank. 2020. Disponível em: <https://openknowledge.worldbank.org/
handle/10986/32436>. Acesso em 30 mar. 2021.
8 BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Diretrizes Gerais e Guia Orientativo para
elaboração de análise de impacto regulatório - AIR. Brasília: Presidência da República. 2018.
Disponível em: <https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/diretrizes-
gerais-e-guia-orientativo_final_27-09-2018.pdf/view>. Acesso em 30 mar. 2021.
9 ______. Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2020. Diário Oficial da União. Brasília, 2020.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13874.htm.
Acesso em 01 jul. 2021.
10 ______. Decreto nº 10.411, de 30 de junho de 2020. Diário Oficial da União. Brasília, 2019.
Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2020/decreto-10411-30-junho-
2020-790371-norma-pe.html>. Acesso em 30 mar. 2021.
13 MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 36. ed. São Paulo: Malheiros Editores. 2010.
14 ______. Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998. Diário Oficial da União. Brasília,
1998. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/leicom/1998/leicomplementar-95-
26-fevereiro-1998-363948-norma-pl.html>. Acesso em 30 mar. 2021.
18 ______. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Diário Oficial da União. Brasília, 2011.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>.
Acesso em 01 jul. 2021.
19 ______. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Diário Oficial da União. Brasília, 1999.
Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1999/lei-9784-29-janeiro-1999-
322239-norma-pl.html>. Acesso em 30 mar. 2021.
20 ______. Lei nº 13.848, de 25 de junho de 2019. Diário Oficial da União. Brasília, 2019.
Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2019/lei-13848-25-junho-2019-
788523-veto-158409-pl.html>. Acesso em 30 mar. 2021.
21 ABREU FERREIRA, P. H.. Atos Administrativos. Revista do Âmbito Jurídico. São Paulo,
2016.Disponível em: < https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-administrativo/atos-
administrativos/>. Acesso em 01 jul. 2021.