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Abscesso Medular em Bezerra:

Relato de Caso

Luiz Eduardo de Brito Barbosa

Araçatuba - SP
2022

Abscesso Medular em Bezerra:


Relato de Caso

Trabalho de Conclusão de Curso de Medicina Veterinária


Orientador: Prof Dr. Diogo Gaubeur de Camargo
Centro Unisalesiano Católico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO – Araçatuba

Araçatuba - SP
2022

BARBOSA, Luiz Eduardo de Brito – 2001

Abscesso Medular em Bezerra: Relato de Caso


Quantidade de páginas – Trabalho de Conclusão de Curso

UniSALESIANO – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

1. Bovinos; Onfalopatia; Sistema Nervoso.


RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo abordar e informar um pouco sobre uma
complicação não tão comum que acomete os bovinos, a compressão medular devido a
um abscesso intervertebral, que advém normalmente de uma infecção primária que
dissemina as bactérias pela corrente sanguínea do animal podendo se alojar em qualquer
parte do corpo. Ressaltar a importância da colostragem, que deve ser feita logo após o
nascimento do neonato pelo fato de sua placenta não permitir a transferência de
imunidade na sua fase gestacional, por isso a relevância do fornecimento do colostro na
fase de maior absorção do recém-nascido, por conta de ali conterem os anticorpos que
irão ajudar o animal a se defender dos patógenos nessa fase inicial até que seu sistema
imune esteja completamente desenvolvido e da correta cura do umbigo, uma porta de
entrada importantíssima de micro-organismos com trajetórias que podem leva-los ao
fígado, bexiga, coração... e que se não desinfetada corretamente acarreta grandes
prejuízos econômicos na produção. Dependendo do local e da força de compressão da
medula, o animal fica com dificuldade ou até impossibilitado de se mover, com um
prognostico reservado devido a dificuldade de tratar tal enfermidade. Neste trabalho
será relatado um caso que ocorreu na cidade de Araçatuba- SP de uma bezerra de
aproximadamente 45 dias de vida com a complicação citada acima atendida no hospital
veterinário Unisalesiano que só foi possível confirmar diagnostico após necropsia que
foi feita com consentimento do proprietário devido à evolução do caso e alto custo de
um tratamento com poucas chances de sucesso.

Palavra-chave: Bovinos; Onfalopatia; Sistema Nervoso


ABSTRACT

The present work aims to approach and inform a little about a not so common
complication that affects bovines, the spinal cord compression due to an intervertebral
abscess, which usually comes from a primary infection that disseminates bacteria
through the animal's bloodstream and may lodge in any part of the body. To emphasize
the importance of colostrum, which must be done soon after the birth of the newborn
due to the fact that the placenta does not allow the transfer of immunity in its gestational
phase, therefore the relevance of the supply of colostrum in the phase of greater
absorption of the newborn, because it contains the antibodies that will help the animal to
defend itself from pathogens in this initial phase until its immune system is fully
developed and the correct healing of the umbilicus, a very important gateway of entry of
microorganisms with trajectories that can take them to the liver, bladder, heart . ... and
that if not disinfected correctly causes great economic losses in production. Depending
on the location and the compression force of the spinal cord, the animal has difficulty or
even impossibility to move, with a poor prognosis due to the difficulty of treating this
disease. In this paper we report a case that occurred in the city of Araçatuba-SP of a calf
of approximately 45 days of life with the complication mentioned above seen at the
Unisalesiano veterinary hospital that was only possible to confirm diagnosis after
necropsy that was made with the consent of the owner due to the evolution of the case
and high cost of a treatment with few chances of success.

Keywords: Cattle; Omphalopathy; Nervous System.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Desenvolvimento progressivo do sistema imune no bezerro fetal................10


Figura 2 – Níveis de imunoglobulinas do colostro e do leite em animais domésticos...11
Figura 3 – Ilustração do ramo medular...........................................................................13
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..............................................................................................................8
CAPÍTULO I – REVISÃO DE LITERATURA.........................................................10
1.1 – Imunidade do recém-nascido...............................................................................10
1.2 – Infecção umbilical.................................................................................................11
1.3 – Abscessos medulares.............................................................................................12
1.4 – Sinais clínicos do sistema nervoso.......................................................................13
CAPÍTULO II – ABSCESSO MEDULAR EM BEZERRA......................................15
Introdução....................................................................................................................... 15
Relato de Caso.................................................................................................................19
Discussão ........................................................................................................................20
Conclusão .......................................................................................................................23
Referências......................................................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................26
ANEXO A - TCLE ........................................................................................................27
8

INTRODUÇÃO

A pecuária é um dos grandes pilares da economia brasileira, os bons resultados


na criação de bovinos se dão ao clima tropical e a grande extensão territorial. Outros
fatores que interferem positivamente na produção qualitativa e quantitativa são a
capacitação profissional, controle da sanidade, políticas públicas que auxiliam na
produção, e principalmente a tecnologia (AUAD et al., 2010).
Ao nascerem, os bovinos principalmente no 1º mês de vida, encontram um
grande desafio imunológico por dependerem, exponencialmente, da imunidade passiva
adquirida através do colostro, já que durante a gestação, não se observa a transferência
de grande quantidade de anticorpos da mãe para o feto (SUÑE,2009). A colostragem é
um fator de extrema importância para o desenvolvimento e sobrevivência do neonato
bovino, a eficiência desta transferência de anticorpos está relacionada com a qualidade
imunológica, qualidade microbiológica, quantidade ingerida na primeira mamada e
tempo de oferecimento do colostro ao neonato (TIZARD,2014).
O Colostro contém imunoglobulinas como IgG, IgA, IgM e IgE, quando ocorre
uma falha seja na produção da mãe ou absorção do neonato, o animal jovem fica
susceptível e desprotegido imunologicamente a infecções (TIZARD,2014).
A maioria das infecções se dá pelo manejo e exposição à ambientes ou outros
neonatos contaminados, adentrando o organismo do animal pelas vias respiratórias,
enterais ou pelo umbigo. No momento do parto, o cordão umbilical que servia como
principal meio de comunicação, do feto com a mãe, é rompido, porém até que aconteça
o fechamento completo deste canal o umbigo se torna uma grande porta de entrada para
patógenos (ALVES, CURTI, MELLO,2022).
Dentre as infecções, as onfalopatias são as enfermidades que mais acometem os
bezerros recém-nascidos de criação extensiva, acarretando problemas de sanidade e
prejuízos econômicos de grande importância no rebanho (HINTZ et al.,2019).
A partir de uma Onfalite, pode ser que tenha uma disseminação de patógenos
para a bexiga, fígado ou qualquer outra região do organismo, como nas articulações,
podendo formar abscessos em diferentes regiões. O Abscesso é um agregado de debris
piogênicos, bactérias e neutrófilos que ficarão circunscritos por uma cápsula, até que
ocorra sua drenagem. Oriundo de bactérias que através de uma porta de entrada,
9

adentram o organismo do animal e causam uma infeção localizada, podendo se formar


em diversas localizações anatômicas (RADOSTITS et al. 2002).
O abscesso epidural, devido ao seu crescimento em um espaço limitado, causa
compressão da medula espinhal gerando déficits de propriocepção (RADOSTITS et al.
2002).
O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de abcesso medular em
uma bezerra que foi atendida no Hospital Veterinário UniSalesiano no dia 24 de março
de 2022.
10

Capítulo I
REVISÃO DE LITERATURA
1.1 – Imunidade do recém-nascido

Os mamíferos quando em fase gestacional, no útero de sua progenitora, estão em


um ambiente estéril e adequado para completar todo seu desenvolvimento. Logo após
ao parto são imediatamente expostos à um novo mundo, infestado de micro-organismos.
Para sua sobrevivência o neonato deve ser capaz de se adequar e suportar essa invasão
microbiana, uma vez que seu sistema imune leva algum tempo para se tornar totalmente
funcional, pois para que ocorra o completo desenvolvimento da imunidade necessita-se
da estimulação antigênica, dependendo nesta fase inicial da vida dos mecanismos inatos
nas respostas iniciais às infecções (TIZARD,2014).
A transferência passiva de imunidade da progenitora para seu filhote é essencial
para sobrevivência do mesmo, os bezerros são muito vulneráveis a qualquer tipo de
infecção nas primeiras semanas de vida, mesmo que o sistema imune esteja formado,
ele nunca fora utilizado, necessitando de um suporte para se defenderem nesse período,
essa assistência temporária é garantida pela mãe na forma de anticorpos e possivelmente
células T (TIZARD,2014).
Figura 1 – Desenvolvimento progressivo do sistema imune no bezerro fetal

Fonte:( TIZARD, 2014)


Nos fetos mamíferos o sistema imune tem todo um roteiro a seguir, sendo o timo
o primeiro órgão linfoide a completar seu desenvolvimento. Os anticorpos se forem
encontrados, geralmente serão em fase final da vida fetal, já logo após baço e linfonodos
desenvolverem-se à o aparecimento de células B. O sistema imune se desenvolve
11

gradualmente, e cada nova fase desse desenvolvimento permite ao feto responder a mais
antígenos, melhorando a capacidade de montar respostas imunes mediadas por células e
a quantidade de anticorpos, com o aumento gradual do uso da conversão gênica ou
mutações somáticas (TIZARD,2014).
Mesmo os micro-organismos que para um adulto seja de fácil e simples
eliminação, para um neonato pode ser mortal se não provido dos anticorpos maternos,
que são essenciais e atuam como forma de assistência imunológica vindos do colostro,
devido aos ruminantes possuírem uma placenta sindesmocorial que não permite a
passagem transplacentária das imunoglobulinas (TIZARD,2014).
O colostro trata-se de secreções acumuladas da glândula mamaria no período
final da gestação, juntamente com proteínas transferidas a partir da corrente sanguínea,
sob ação dos estrógenos e da progesterona (TIZARD,2014).
Figura 2 – Níveis de imunoglobulinas do colostro e do leite em animais domésticos

Fonte: (TIZARD, 2014)

1.2 – Infecção umbilical

No momento do parto os vasos sanguíneos do cordão umbilical se rompem


perdendo a maior parte de sangue nele contido, sobre tudo permanecendo aberto e
permitindo a entrada de micro-organismos, causando a onfalite, onfaloflebite
onfaloarterite ou infecção do úraco, umas das infecções mais comuns na fase inicial da
vida dos bezerros (ANDREWS et al. 2008). A infecção local e o acumulo de debris
piôgenicos junto ao tecido necrótico podem se agregar e tomar uma forma circunscrita
por uma cápsula fibrótica densa ou contíguo a tecido normal que leva o nome de
abscesso (RADOSTITS et al. 2014). Os micro-organismos mais comuns de se
envolverem nesse tipo de situação são: Streptococcus spp., Escherichia coli,
12

Erysipelothrix insidiosa, Pasteurella multocida, Arcanobacterium (Actinomyces,


Corynebacterium) pyogenes e Fusobacterium necrophorum (ANDREWS et al. 2008).
A maioria das infecções progride para áreas além do umbigo, podendo ocorrer
bacteremia e localização em articulações, endocárdio, olhos, cérebro, orelhas e cauda.
Quando ocorre a septicemia, pode haver o aparecimento de abscessos em diferentes
regiões como fígado, articulações ou junto ao disco intervertebral que no caso irá
comprimir a medula espinhal e dificultar ou até impossibilitar a locomoção do animal
(ANDREWS et al. 2008).
Os sinais clínicos são variáveis, geralmente o umbigo torna-se mole, inchado e
dolorido, o seu diagnóstico é facilitado pelo aumento de volume umbilical e presença de
pus. O tratamento consiste na administração de antibióticos por via intravenosa ou
parenteral, e reposição eletrolítica em casos de desidratação. O controle da doença
baseia-se na correta cura do umbigo logo ao nascimento em solução desinfetante
apropriada como tintura de iodo ou outros derivados, para esterilizar e ressecar o coto
umbilical, e alojando o neonato em um ambiente com o mínimo de contaminação
possível (ANDREWS et al. 2008).

1.3 – Abscessos medulares

Alterações medulares nos bovinos estão geralmente ligadas a causas infecciosas


e traumáticas, sendo nos primeiros meses de vida do animal os casos mais encontrados,
especialmente quando em associação com infecções piogênicas do umbigo oriundos
regularmente de uma septicemia facilitada pela falha de transferência de imunidade
passiva (RADOSTITS et al. 2002).
A incidência de abscessos da coluna vertebral em ruminantes é mais localizada
nos segmentos que estão entre o coração e os rins (T5 a L3). O crescimento dos
abscessos normalmente comprime a medula espinhal provocando ataxia e paralisia
caudal a lesão. Animais acometidos com abscessos nos segmentos da coluna cervical
apresentam tetraplegia, enquanto no segmento tóraco-lombar tem sinais de paralisia em
membros pélvicos (ANDREWS et al.2008).
O desenvolvimento gradual da lesão pela massa expansiva do abscesso no canal
vertebral gera síndrome de fraqueza e paralisia progressivos, na maioria das vezes há
13

envolvimento de todos os tratos motores e sensoriais. Pode ocorrer hemiplegia ou


hemiparesia, se a lesão for localizada lateralmente, monoplegia por lesão unilateral na
mesma área, tetraparesia a tetraplegia em lesões bilaterais na região cervical e uma lesão
bilateral na medula torácica ou lombar pode causar paraparesia ou paraplegia
(RADOSTITS et al. 2014).
O surgimento de paralisia e paresia na maioria das vezes é súbito em casos de
abscedação ou osteomielite das vértebras, que podem fraturar e fragmentos ósseos se
deslocarem para o canal vertebral causando compressão e lesão traumática da medula
espinhal. Fraqueza dos membros pélvicos e reflexos flexores de retirada normais dos
membros pélvicos advém de abscessos no corpo vertebral entre T2 e o plexo lombar,
Lesões no local do plexo lombar resultam em paralisia flácida dos membros pélvicos
(RADOSTITS et al. 2014).

1.4 – Sinais clínicos do sistema nervoso

Os sinais clínicos de uma compressão medular pelo abscesso podem ser


confundidos com um trauma na coluna, diferencia-se ambos pelo tempo de
aparecimento dos sinais, uma vez que em um trauma a sintomatologia será aguda
enquanto na compressão pelo abscesso serão progressivos. As alterações apareceram em
nervos caudais ao abscesso formado, tornando os reflexos diminuídos ou até ausentes,
os nervos craniais estarão normais e no local da formação do abscesso observa-se
hipersensibilidade com reflexos aumentados (FEITOSA, 2014).
Figura 3 – Ilustração do ramo medular

Fonte:(FEITOSA, 2014)
Em casos de lesões leves na coluna vertebral cervical o animal apresentara
ataxia e deficiências de propriocepção, podendo apresentar disfunção do nervo frênico e
consequentemente parada respiratória em casos de lesões graves. Lesões entre C1 e C5
prejudicam o neurônio motor superior, podendo encontrar os reflexos espinais e o tônus
muscular normais ou levemente aumentados (FEITOSA, 2014).
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Lesões que acometem o espaço entre C6 e T2 prejudicam o plexo braquial, local


que saem os neurônios motores inferiores, diminuindo a percepção de dor nos membros
torácicos, hiporreflexia ou arreflexia, enquanto nos membros pélvicos os reflexos
estarão normais ou aumentados e em casos crônicos devido a perda de tônus muscular
nota-se atrofia muscular do pescoço e membros torácicos (FEITOSA, 2014).
Todos os membros apresentando hipertonia e somente pélvicos com ambulação
anormal advém de lesão na coluna vertebral torácica, sendo que em casos mais graves o
animal adotará a posição de “cão sentado’’, decúbito lateral ou ainda decúbito esternal
com extensão de membros pélvicos. Quando a lesão está entre T3 e L3, espaço entre os
plexos braquial e lombossacral, prejudica o neurônio motor superior, geralmente
mantém os membros torácicos normais prejudicando a inervação dos membros pélvicos,
apresentando normorreflexia ou hiperreflexia. O estimulo pode estar normal por não
necessitar passar pelo cortéx cerebral para que o mesmo ocorra, indo á medula e
retornando direto ao membro, entretanto por não ocorrer a modulação do estimulo pelo
córtex o mesmo pode se apresentar aumentado (FEITOSA, 2014).
No espaço entre L4 e S2 lesões prejudicam o plexo lombossacral, de onde saem
os neurônios motores inferiores, consequentemente terá hiporreflexia ou arreflexia de
membros pélvicos, hipotonia e dessensibilização cutânea. Dependendo da gravidade da
lesão não será produzido uma resposta reflexa, devido estimulo não conseguir retornar
para medula, membros torácicos apresentaram normorreflexia nesses casos (FEITOSA,
2014).
Quando a lesão se encontra na coluna vertebral sacrococcígea, afeta diretamente
o tônus anal e caudal tornando-o ausente ou diminuído, simultaneamente ocorre a
distensão hipotonicidade da bexiga pela perca da inervação da musculatura lisa da
mesma, podendo predispor a cistite, incontinência urinária também é comum
(FEITOSA, 2014).
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Capítulo II

Abscesso medular em bezerra: relato de caso


Medullary abscess in heifer: case report

Diogo Gaubeur de Camargo1


Luiz Eduardo de Brito Barbosa2

RESUMO
O presente artigo relata o atendimento de uma bezerra, de aproximadamente 45 dias de
vida, com a queixa de nã o conseguir se manter em estaçã o, com presença de fraqueza e
atrofia muscular nos 4 membros. Foi feito todo o atendimento padrã o do Hospital
Veteriná rio Unisalesiano, onde notou-se um aumento de volume na regiã o umbilical do
animal, como nã o havia muitas informaçõ es complementares por parte do tutor devido o
animal ficar a pasto com outros animais mais velhos, foi considerado a hipó tese de um
trauma ou um abscesso na regiã o medular devido à infecçã o umbilical. Foi de comum
acordo a realizaçã o da eutaná sia devido a evoluçã o do caso e estado do animal. Na
necró psia foi confirmado o abscesso medular.

Palavras–Chave: Atrofia muscular; Infecçã o Umbilical; Necró psia.

ABSTRACT
The present article reports the case of a calf, approximately 45 days old, with the
complaint of not being able to keep in station, with the presence of weakness and
muscle atrophy in the 4 limbs. All the standard care of the Unisalesiano Veterinary
Hospital was performed, where an increase in volume was noticed in the animal's
umbilical region. As the guardian did not have much complementary information
due to the animal being grazed with other older animals, the hypothesis of a
trauma or an abscess in the medullary region due to the umbilical infection was
considered. Euthanasia was agreed upon due to the evolution of the case and the
animal's condition. The medullary abscess was confirmed at necropsy.

Keywords: Muscular Atrophy; Necropsy; Umbilical Infection.

Introdução
A pecuá ria bovina possui importâ ncia significativa na economia brasileira,
começando seu desenvolvimento desde a terceira década apó s o início do processo
de colonizaçã o, a atividade teve grande influência na expansã o econô mica, pelo

1
Médico Veterinário, Doutor em Ciência Animal pela Faculdade de Medicina Veterinária - UNESP –
FMVA, docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de
Araçatuba, gaubeur@unisalesiano-ata-.br
2
Acadêmico do 9º termo do curso de Medicina Veterinária no Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium de Araçatuba, luizedu45936@gmail.com
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abastecimento do mercado de consumo interno do país e principalmente nas


exportaçõ es [10].
O brasil é um dos mais importantes produtores de carne bovina no mundo,
isso devido a investimentos e tecnologia que vem sendo aplicados a décadas, nã o
só quantificando muito mais a produçã o brasileira como qualificando seu produto.
Segundo dados do IBGE em 2021 o Brasil era redentor de um rebanho de
aproximadamente 224.602.112 cabeças de gado, com expectativa de crescimento a
cada ano que se passa [6].
O avanço das tecnologias nas propriedades e na criaçã o dos bovinos é
extremamente visível, melhoras na reproduçã o, nutriçã o, melhoramento genético e
instalaçõ es sã o a base para uma produçã o eficiente e rentá vel. Grandes avanços
também ocorreram na á rea da medicina veteriná ria, com novas técnicas de
diagnostico, novas medicaçõ es, estudos e melhor entendimento das doenças,
porém ainda sim encontra-se altas taxas de morbidade e mortalidade na etapa de
criaçã o de bezerros, sendo a septicemia, diarreia, pneumonia e a tristeza
parasitá ria as principais enfermidades responsá veis [2].
O traçado de metas dentro da propriedade na fase de criaçã o norteia o
produtor ao sucesso, minimizar a incidência de doenças e mortalidades nos
primeiros quatro meses de vidas, dobrar o peso ao nascimento nos primeiros 60
dias e atingir maturidade sexual e precocidade aos 13 meses sã o algumas visadas
dentro das grandes produçõ es. Para que isso ocorra recomenda-se a implantaçã o
de monitoramento constante dos animais, da capacitaçã o dos trabalhadores, das
boas prá ticas de manejo e adequaçã o das instalaçõ es de acordo com a atividade
proposta na propriedade, para que consequentemente haja a reduçã o da exposiçã o
dos animais jovens a fatores de risco, prevenindo as infecçõ es [2].
A alta mortalidade e morbidade nas primeiras semanas de vida do neonato,
está geralmente associada a falha de transferência de imunidade passiva, que
advém dos anticorpos contidos no colostro materno, tornando o animal mais
sensível e susceptível a infecçõ es [4]. Dentre os fatores que influenciam esta falha
destacam-se a idade da mã e (a quantidade de colostro produzida nas primeiras
lactaçõ es é menor comparada as subsequentes e neonatos de mã es idosas
demonstram uma atividade menos vigorosa no ato de amamentar-se), manejo,
temperatura ambiente (temperaturas muito baixas ou muito altas), ingestã o
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insuficiente de colostro (negligência ou rejeiçã o materna, conformaçã o inadequada


do ú bere ou tetos ou síndrome do bezerro fraco) e absorçã o insuficiente de
colostro (ingestã o tardia, interferência na absorçã o[4].
Para que se assegure a transferência de imunidade é necessá rio atentar-se
principalmente a algumas prá ticas tradicionais como fornecer o colostro da
primeira ordenha (10% a 15% o mais breve possível apó s o nascimento), manter a
alimentaçã o colostral por no mínimo 3 dias, as vacas devem adentrar o piquete
onde irá ocorrer o parto 1 mês antes para reconhecimento de antígenos do
ambiente, e realizaçã o de um banco de colostro para suprir as progenitoras
deficientes [4].
Outro manejo importantíssimo é a cura do umbigo, que se nã o feita
corretamente leva a infecçõ es do ú raco, da veia umbilical ou artéria umbilical e
secundariamente acometimento de outros ó rgã os. Artrite secundaria à infecçã o
umbilical é o mais comum de acontecer, porém em alguns bezerros podem se
encontrar abscessos em outros ó rgã os e regiõ es, como nos trajetos da veia e
artéria umbilical, ú raco, intervertebrais e principalmente no fígado, cursando com
depressã o, perda de peso e febre, podendo vir à ó bito em alguns dias ou semanas.
Alguns bezerros podem apresentar ocasionalmente meningite ou endocardite [3].
A medula espinal tem vá rias funçõ es e uma delas é a integraçã o entre o SNP e o
encéfalo, carreando informaçõ es motoras do encéfalo para o SNP, ou sensoriais do
SNP para o encéfalo, além disso ela contém importantes centros responsá veis pela
postura e coordenaçã o de movimentos [5]. Além da limitaçã o de movimentos
provocada pela compressã o causada pelo abscesso, sã o sintomas adicionais o
calor, dor, tumefaçã o, ou crepitaçã o sobre as á reas afetadas e sinais associados de
bacteremia [9].
Quase todos os abscessos da medula espinal sã o secundá rios a uma
osteomielite preexistente no corpo vertebral, em geral a lesã o ó ssea sofre uma
infecçã o hemató gena, os abscessos hematogenamente derivados ocorrem devido a
embolizaçã o de trombos sépticos nas artérias metafisá rias. Vasos metafisá rios se
comunicam com o plexo vertebral ventral, que por sua vez drenam até a veia pó s-
cava, veia porta e veias pulmonares. Por nã o conter valvas, o plexo vertebral
ventral consequentemente recebe o retorno de fluxo sanguíneo quando há
aumento na pressã o pleural ou abdominal, o sangue regurgitado proveniente de
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tecidos infectados nas cavidades do corpo pode inundar as vértebras e medula


espinal com bactérias [9].
Os locais mais comuns de formaçã o do abscesso nos achados de necropsia
sã o as vértebras lombares, encontrando o osso desigual, deformado e amolecido,
junto há á rea abscedada entremeada com trabéculas calcificadas e bolsõ es de
restos necró ticos. Em alguns casos as meninges podem estar aderidas ao local
abscedado e ocasionalmente pode ser observado o trajeto fistuloso desde o centro
do bolsã o abscedado até o espaço subaracnó ide [9].
A locomoçã o dos seres vivos dependem da integridade de todos seus
componentes, encéfalo, medula espinal, nervos, mú sculos, ossos, ligamentos,
tendõ es e receptores nervosos das articulaçõ es, pois a atividade motora normal
depende da iniciaçã o de estímulos originados nos centros motores superiores
localizados no encéfalo transmitindo-os para as estruturas musculares, quando
houver o comprometimento de alguma dessas estruturas, consequentemente
haverá alteraçõ es de propriocepçã o e incoordenaçã o [5].
O termo incoordenaçã o motora será usado quando o animal apresentar
anormalidades locomotoras de origem neuroló gica, advindo de inadequada
formulaçã o, integridade ou transmissã o das informaçõ es motoras e
proprioceptivas ao local destinado final. Quando se fala de propriocepçã o trata-se
da capacidade de percepçã o do posicionamento dos membros, sendo realizada
pela integraçã o das informaçõ es obtidas por receptores periféricos com os nú cleos
encefá licos por vias proprioceptivas na medula espinal, divididas em fascículos e
tratos podendo ser consciente ou inconsciente [7].
Tal como o cérebro, a medula espinhal é formada por uma substâ ncia
cinzenta e uma branca, a substancia cinzenta está localizada no interior da branca
com formato de um H possuindo três colunas de cada lado, conhecidas como
ventral, dorsal e lateral. A coluna ventral contém os corpos celulares das células
nervosa motoras que transmitem informaçõ es do cérebro ou da medula espinhal
para os mú sculos, estimulando o movimento, já as colunas dorsais contêm sinapses
de neurô nios sensitivos periféricos e corpos celulares de neurô nios sensitivos
ascendentes que transmitem informaçõ es sensoriais de outras partes do corpo
através da medula espinhal até o cérebro [5,7].
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A porçã o externa chamada de substancia branca é formada por fibras, sendo


a maioria mielínica, que se agrupam e formam os feixes de axô nios, verdadeiros
caminhos, ou vias por onde passaram os impulsos nervosos. Os feixes
descendentes transportam impulsos motores do cérebro para os mú sculos e os
feixes ascendentes transportam informaçõ es sensoriais do resto do corpo para o
cérebro, quando haver um abscesso intervertebral vai ocasionar uma compressã o
da medula que vai dificultar ou até impossibilitar a passagem dos estímulos
nervosos, levando geralmente a sinais de ataxia, paresia, espasticidade e
hipermetria [5,7].
Ataxia é caracterizada pelo aumento dos deslocamentos laterais do tronco e
garupa, passos mais largos, cruzar os membros abaixo do corpo e pisar no membro
oposto, espasticidade é a diminuiçã o da flexã o articular, acarretando passos mais
curtos podendo ser chamada de um andar rígido ou espá stico, hipermetria é
caracterizada principalmente por exagerada flexã o articular, já a paresia é
reconhecida como uma fraqueza muscular, que leva a tremores musculares, animal
tropeçar em objetos, passos mais curtos entre outros [7]

Relato de caso
Foi atendido no dia 24 de março de 2022 uma bezerra de aproximadamente
45 dias de vida, alimentada na mamadeira e mantida à pasto com outros bovinos
de diversas idades, onde se encontrava debilitada, sem forças para se levantar e
manter-se em estaçã o. O paciente foi medicado pelo proprietá rio com 3 doses de
“AGROVET” e 2 doses de “DICLOTRIL”, porém a medicaçã o nã o surtiu efeito.
Como foi o vizinho do tutor que trouxe o animal para o atendimento, nã o se
obteve informaçõ es detalhadas sobre o histó rico. Dado inicio no exame clinico do
animal obteve-se os seguintes resultados.
No exame físico notou-se o animal em estado de alerta, magro e levemente
desidratado com mucosas pá lidas e TPC 2’’, foi aferida sua temperatura que nã o
apresentou anormalidades com 39.1°, valor normal para bezerros.
Quando realizado o exame do sistema cardiovascular a frequência cardíaca
mostrou uma bradicardia com 76bpm e taquipnéia com 64 mpm. Havia presença
de diarreia e aumento de volume na regiã o umbilical juntamente com um acú mulo
de secreçã o purulenta no local.
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Partindo para o exame do sistema nervoso foi observado tremores


musculares, paresia e ausência de tô nus muscular em membros pélvicos, no teste
do panículo externo notou-se um aumento de resposta em regiã o lombossacra e o
animal sem reflexo patelar.
Devido ao tempo de evoluçã o do quadro, a viabilidade e a dificuldade do
tratamento, optou-se pela eutaná sia e necró psia, onde foi constatado a presença de
um abscesso junto a um disco intervertebral lombar.

Discussão
Em ruminantes, o abscesso epidural ou no corpo vertebral é comum em
animais jovens com sítios de infecçõ es associados, como infecçã o piogênica do
umbigo, abscessos pulmonares, enterites por bactérias invasivas e feridas
contaminadas [2]. No relato citado neste artigo como nã o foi encontrado nenhum
sinal de trauma, edema muscular ou ferida na regiã o lombar do animal, dá a
entender que a onfaloflebite foi a infecçã o desencadeadora do abscesso
intervertebral.
Sabe-se que as primeiras semanas de vida do neonato apresentam um
desafio muito grande para o mesmo, devido ao primeiro contato com pató genos
em um ambiente totalmente hostil para seu sistema imunoló gico, que ainda nã o é
independente em termos de combater e debelar uma infecçã o, devido
principalmente a grande necessidade da ajuda dos anticorpos contidos no colostro.
A ingestã o adequada em quantidade e qualidade é um fator determinante na saú de
e desenvolvimento do bezerro, diminuindo drasticamente o índice de morbidade e
mortalidade durante o aleitamento, diminuiçã o da mortalidade pó s aleitamento,
antecipando o primeiro parto e aumento a produçã o leiteira durante a primeira e a
segunda lactaçã o [4].
Tã o importante quanto a quantidade fornecida é a qualidade do colostro,
que pode ser avaliada de maneira simples com um refratô metro de brix (Figura I).
A porcentagem de brix é uma medida que avalia a concentraçã o de sacarose.
Quando utilizado em líquidos que nã o contém sacarose, há uma alta correlaçã o
entre a porcentagem e o teor de só lidos totais do líquido, sendo assim a
porcentagem de brix pode ser correlacionada com a concentraçã o de IgG do
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colostro e o valor limite que indica que o colostro é de alta qualidade, (> 50 mg de
Ig/mL) é 21% de brix [1].

Figura I - Avaliaçã o da qualidade do colostro através do refratô metro de brix digital.

Fonte: BITTAR, PAULA, 2014.

De maneira simplificada para fazer a avaliaçã o, apó s a ordenha, retira-se


uma amostra do colostro já homogeneizado em um recipiente e coloca-se uma gota
sobre o prisma do aparelho para realizar a leitura, o limite de qualidade é de 21%,
valores abaixo disso nã o sã o ideais para o fornecimento a bezerros com menos de
12 horas de vida [1]. Podemos ver no exemplo da (Figura-I) um colostro de alta
qualidade com 25,7%. Além da colostragem eficiente, é interessante a realizaçã o
da avaliaçã o da transferência de imunidade passiva, realizado com um
refratô metro de proteínas séricas, sendo valores menores que 5g/dl uma falha na
transferência, entre 5g/dl e 5,4g/dl transferência parcial e acima de 5,5
transferência total de imunidade [1].
A eficiência na colostragem e na absorçã o irá implicar diretamente nas
respostas imune frente a infecçõ es como a de umbigo, pois uma contaminaçã o no
umbigo por bactérias leva as mesmas a qualquer ponto do organismo do bezerro,
comprometendo a sua vida se nã o tomarmos os devidos cuidados com a estrutura,
como a higienizaçã o e a cauterizaçã o química o mais breve possível apó s o
nascimento, acaba sendo uma enfermidade que comumente acomete os neonatos,
e caso o mesmo nã o seja provido de uma transferência de imunidade adequada,
terá dificuldade em debelar a infecçã o. A evoluçã o da onfaloflebite, acaba
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disseminando as bactérias e a ocorrência de sepse é uma possibilidade de


formaçã o de abscesso devido à localizaçã o hemató gena dos capilares de fluxo lento
na fise vertebral [2,9].
Pelo relato do caso, nã o se tem a certeza de que houve uma falha de
transferência de imunidade no nascimento do animal, mas pela evidenciaçã o de
uma infeçã o supurativa no umbigo na necró psia, dá a intender que devido a
infestaçã o bacteriana adquirida na onfaloflebite, houve uma disseminaçã o pela
corrente sanguínea, alocando bactérias junto ao disco intervertebral, provocando a
abscedaçã o e consequentemente compressã o da medula e apresentaçã o dos sinais
neuroló gicos. Pode-se notar abaixo (figura II) os aspectos macroscó picos de um
caso parecido relatado de um cordeiro atendido no Hospital Veteriná rio
"Governador Laudo Natel" da FCAV/UNESP de Jabuticabal no estado de Sã o Paulo
em 2003, onde também foi descrito uma onfaloflebite no histó rico.

Figura II - Aspecto macroscópico de coluna vertebral de cordeiro com coleção purulenta


extradural e desvio do eixo medular em L3 e L4.

Fonte: MARQUES, L. C. et al. 2004.

Particularmente, nos bezerros e nos cordeiros, parece existir correlação direta


entre as infecções umbilicais e o desenvolvimento de abscessos da coluna vertebral. A
gravidade da sintomatologia observada nos animais portadores de abscessos epidurais
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parece estar diretamente correlacionada ao grau de compressão da medula espinhal,


devido a dura-máter ser raramente penetrada pelos agentes infecciosos [8].
O teste do panículo externo realizado no atendimento sugeriu o local da
abscedaçã o pró ximo as regiõ es de L1 e L4, com confirmaçã o na necropsia e pelos
sinais clínicos (Figura III) apresentados de paresia em membros pélvicos e
ausência de reflexos.

Figura III – Sinais clínicos de acordo com a lesã o no canal medular.

Fonte: MARQUES, L. C. et al. 2004.

Institui-se o tratamento a partir dos resultados de cultura de sangue, urina,


fezes e liquido céfalo-raquidiano do paciente ou quando a cultura bacterioló gica é
inconclusiva utiliza-se antibió ticos de amplo espectro como a gentamicina ou
amicacina, juntamente com a penicilina G potá ssica. Na maioria dos casos o
tratamento em bovinos é inviá vel sendo recomendado a eutaná sia ou abate
emergencial do animal [9].

Conclusão
A casuística de abscessos comprimindo a medula espinal é baixa, porém se
encontra grande dificuldade na reversã o do quadro, intensificando a importâ ncia
do manejo sanitá rio correto em recém-nascidos e a prevençã o dessas
enfermidades, se atentando principalmente ao fornecimento do colostro, cura do
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umbigo e alojamento do animal em um ambiente com menor taxa de contaminaçã o


possível.
Nota-se que apesar da evoluçã o e dos grandes avanços nas tecnologias de
produçã o animal, ainda nã o se dá a devida importâ ncia a simples medidas
sanitá rias e de higiene, particularmente deixando a desejar no quesito de
desinfecçã o de umbigo dos recém-nascidos, que acarretam doenças de difícil
tratamento e consequentemente prejuízos econô micos considerá veis a pecuá ria
brasileira.

Referências
1. BITTAR CMM., PAULA MR. Uso do colostrô metro e do refratô metro para
avaliaçã o da qualidade do colostro e da transferência de imunidade passiva.
[Publicaçã o online]; 2020 [acesso em 29 de mar 2023]. Disponível em:
https://www.milkpoint.com.br/colunas/carla-bittar/uso-do-
colostrometro-e-do-refratometro-para-avaliacao-da-qualidade-do-colostro-
e-da-transferencia-de-imunidade-passiva-89692n.aspx

2. Anais do VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE BUIATRIA; 21-24 out 2009; Belo


Horizonte; Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG; 2009.

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5. FEITOSA FLF. Semiologia Veteriná ria a arte do diagnó stico. 3ª ed. Sã o Paulo:
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25

6. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [homepage na internet].


Rebanho de bovinos (bois e vacas) no Brasil. [Acesso em 14 de mar 2023].
Disponível em:
https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/bovinos/br

7. MAIESE K. Biologia do sistema nervoso. [Publicaçã o online] 2021. [Acesso


em 1 de abril de 2023]. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-
br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/
biologia-do-sistema-nervoso/medula-espinhal

8. MARQUES LC, CADIOLI FA, NETTO A de C, Á VILA LG, CANOLA JC, ALESSI
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Contin. Med. Vet. Zootec. [Revista em internet]2004. [Acesso em 1 de abril
de 2023] 7(1/3):15 -22. Disponível em: https://www.revistamvez-
crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/3233

9. SMITH BP. Tratado de Medicina Interna de Grandes Animais. Vol. 2. Sã o


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO A – TCLE

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