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Bem-vindo(a), caro(a)
nutricionista!
Neste material vamos apresentar a você informações sobre a impor-
tância da microbiota intestinal e da comunicação entre o cérebro e
o intestino no bem-estar dos pacientes, assim como situações em
que esse balanço é afetado e possíveis formas de auxiliar nesses
desequilíbrios.
2
Sumário
3
A microbiota e o eixo
cérebro-intestino
4
FIGURA 3. Lactobacillus e Bifidobacterium,
cepas importantes de probióticos
As recomendações para o uso de probióticos devem
estar ligadas a cepas específicas já estudadas e
cujos benefícios foram relatados em artigos cien-
tíficos. Embora algumas cepas tenham proprie-
dades únicas que levam a efeitos neurológicos,
imunológicos e antimicrobianos, na sua maioria, os
probióticos acabam tendo também alguns efeitos
em comum: eles estimulam a resistência à colo-
Bifidobacterium Lactobacillus nização intestinal, regulam o trânsito intestinal e
normalizam a microbiota.3
Ao interagir com a microbiota do hospedeiro e o
epitélio intestinal, os probióticos exercem uma va- Dessa forma, os métodos para equilibrar a micro-
riedade de efeitos sobre a saúde do hospedeiro, biota e a relação cérebro-intestino são importantes
com diferentes cepas gerando melhora do meta- e levam o indivíduo de um estado de desequilíbrio
bolismo, imunidade e função endócrina. Benefícios – a disbiose – para a recuperação do estado de
possíveis de diferentes cepas probióticas à saúde equilíbrio – a eubiose. Esse processo pode ocorrer
humana que foram relatados em artigos científicos com o uso de probióticos, mas também com dieta,
estão ilustrados na figura 4. exercícios físicos, medicamentos, transplante de
fezes ou, ainda, com a associação de todos esses
FIGURA 4. Possíveis efeitos benéficos
métodos.8
dos probióticos
5
Problema: O desequilíbrio da microbiota intestinal
FIGURA 5. Relação entre microbiota
e suas consequências intestinal e probióticos
6
Solução: O uso de probióticos Em estudo com voluntários humanos, a combinação
probiótica contendo Lactobacillus helveticus R0052
O uso de probióticos já foi estudado em diferentes e Bifidobacterium longum R0175 apresentou efeitos
situações. Abaixo estão listadas algumas delas, benéficos relacionados a ansiedade e estresse.4
assim como os achados relatados em artigos cien- Outro estudo demonstrou redução de sintomas
tíficos para diferentes combinações probióticas e gastrointestinais relacionados ao estresse.15
grupos variados de pacientes.
Ação na obesidade. A obesidade é uma doença
Desconforto gastrointestinal. Estudos demonstraram multifatorial e um dos maiores problemas de saúde
que os probióticos podem funcionar como auxilia- pública no mundo. A alimentação rica em gorduras
res no tratamento de vários tipos de desconforto e pobre em fibras, indutora da obesidade, está as-
gastrointestinal, agudo ou crônico, como diarreia sociada a relevantes alterações na microbiota do
de origens diferentes, erradicação de H. pylori e intestino distal, sugerindo que a atividade metabólica
doença inflamatória crônica.3 dos microrganismos intestinais atuaria como um
gatilho no desencadeamento da resposta inflama-
Desordens uroginecológicas. As infecções cau- tória.16 Revisões sobre o assunto mostraram que a
sadas por alterações da microbiota vaginal estão suplementação com probióticos, potencialmente,
entre as principais causas de atendimento gine- pode reduzir o ganho de peso e melhorar alguns
cológico.12 Nesse contexto, os probióticos podem dos parâmetros metabólicos associados com a
ser um caminho potencial na busca de alterna- obesidade,16 podendo ser uma estratégia na pre-
tivas aos antimicrobianos,13 ou ser usados como venção da obesidade e na manutenção do peso
terapêutica adjuvante, o que se justifica por seu de adultos.6,16
potencial benefício na acidificação da mucosa,
prevenção da adesão e translocação bacteriana, Ação na resistência à insulina. Estudos mostra-
produção de vitaminas e outros imunomodulado- ram efeitos benéficos do uso de probióticos em
res e sinergismo com o sistema imunológico do pacientes com diabetes mellitus, possivelmente
hospedeiro.14 pela modulação da microbiota intestinal e da res-
posta imune, pela manutenção da sensibilidade à
Alívio do estresse e ansiedade. Pesquisas recentes insulina e por outros mecanismos.17 Uma revisão
têm se concentrado cada vez mais nos efeitos da sistemática mostrou que as cepas de Lactobacillus
comunicação bidirecional entre o intestino e o cérebro e Bifidobacterium podem ter efeitos benéficos no
e muitos estudos da última década documentaram diabetes mellitus. A suplementação de probióti-
como os probióticos podem influenciar vários pro- cos na população diabética auxilia na redução
cessos neuronais centrais, como a neurotransmis- estatisticamente significativa da glicemia de jejum,
são, neurogênese, expressão de neuropeptídeos, da hemoglobina glicada, da frutosamina e da resis-
neuroinflamação e até o comportamento.1 tência à insulina e na melhora do perfil lipídico.17
7
Obstipação intestinal. Vários mecanismos podem Os probióticos recebem cada vez mais atenção
explicar, potencialmente, a ação dos probióticos dos pesquisadores, dos profissionais de saúde
na melhora da obstipação intestinal funcional e e do público em geral. A percepção do público
na modificação da microbiota, como aumento da sobre os microrganismos é de que eles podem
produção de lactato e ácidos graxos de cadeia ter papéis benéficos na saúde humana. Cada
curta e redução do pH luminal, que poderiam vez mais surgem estudos sobre o tema, com
melhorar o peristaltismo do cólon e diminuir o tempo exploração de novas cepas, novas aplicações
de trânsito intestinal.18 e novos formatos.20 No futuro, esses produtos
serão capazes de trazer outros e variados be-
Em duas revisões sistemáticas e metanálises, nefícios para os pacientes.
alguns probióticos demonstraram efeitos bené-
ficos sobre a obstipação, levando a aumento da Vamos agora discutir outro assunto importante
frequência evacuatória18,19 e melhora do tempo de na saúde gastrointestinal e geral dos pacientes:
trânsito intestinal e da consistência das fezes.18 a digestão de carboidratos.
8
A importância dos
carboidratos e sua digestão
A digestão de macronutrientes e micronutrien- Os monossacarídeos e os dissacarídeos são pro-
tes é necessária para a sobrevivência dos or- dutos da digestão dos polissacarídeos, em proces-
ganismos vivos. 21 Dentre os macronutrientes, sos que acontecem ao longo de todo o sistema
destacam-se os carboidratos, por sua impor- gastrointestinal.21-23 (Figura 7)
tância. (Figura 6) Os carboidratos são fontes
de energia, ajudam a controlar a glicose san- FIGURA 7. Digestão de carboidratos ao longo do
sistema gastrointestinal
guínea e o metabolismo da insulina, participam
do metabolismo do colesterol e triglicérides e
ajudam no processo natural de fermentação
que ocorre no intestino grosso.22 Boca
Mastigação
Glândulas salivares
Amilase salivar
FIGURA 6. Os macronutrientes na alimentação Esôfago
Esfíncter
esofágico
Estômago
inferior HCl (ácido clorídrico)
Duodeno Fígado
Carboidratos Proteínas Gorduras Quimo
Cólon
transverso
Vesícula biliar
Esfíncter
pilórico
Jejuno
Absorção de nutrientes,
inclusive oligossacarídeos Cólon
ascendente
Cólon
descendente Pâncreas
Amilase
Apêndice (quebra de carboidratos)
Cólon Íleo
sigmoide
Ânus
9
FIGURA 8. Monossacarídeos e dissacarídeos, FIGURA 10. O intestino grosso
moléculas de carboidratos simples como local de fermentação
Carboidratos simples
Digestão
Monossacarídeos Dissacarídeos
(dissolução, absorção, fermentação)
Glicose Lactose
Estômago
Dissolução
Galactose Sacarose (química e mecânica)
Duodeno
Quimo
Excreção
10
TABELA 1. Alergia ou intolerância?
Alergia Intolerância
Sem ovos Sem glúten Sem nozes Sem lactose Sem soja
• Resposta imune anormal a uma proteína alimentar, mediada por • Resposta não imunológica gerada por alimento ou componente
mecanismos ligados à imunoglobulina E, células T ou ambas;28 alimentar em dose normalmente tolerada;27
• Prevalência de 1%-2% em adultos27 e 4%-7% em crianças em idade • Atinge cerca de 15%-20% da população;29
pré-escolar;28 • Causada pelos efeitos farmacológicos de componentes alimentares,
• Ocorre de forma reprodutível depois da exposição;28 sensibilidade não celíaca ao glúten,* ou defeitos enzimáticos ou de
• Sintomas ausentes quando não há exposição;28 transporte;29
• Diagnóstico requer evidência de sensibilização e sintomas • O teste diagnóstico é a exclusão do alimento em busca de melhora dos
específicos após exposição;28 sintomas, seguida de reintrodução gradual;29
• Reações variam de urticária a anafilaxia e morte.28 • Vários mecanismos de ação: farmacológico (por exemplo, cafeína);
deficiência enzimática (por exemplo, intolerância à lactose); ou
problema inespecífico de funcionamento gastrointestinal.27,28
* A sensibilidade não celíaca ao glúten é uma definição recente para a ocorrência de sintomas gastrointestinais em resposta ao glúten da dieta,
mas na ausência de características diagnósticas da doença celíaca ou alergia ao trigo.29
Adaptada de: Tuck CJ, et al. Nutrients. 2019 Jul 22;11(7):1684.27 Turnbull JL, et al. Aliment Pharmacol Ther. 2015 Jan;41(1):3-25.28 Lomer MC, et al. Aliment Pharmacol Ther. 2015 Feb;41(3):262-75.29
ca que, em geral, aprimora a qualidade do processo Adaptada de: Burke M. Clin Biochem Rev. 2019 Nov;40(4):167-74.23
11
Solução: A suplementação enzimática com de alteração da microbiota intestinal.33 Um estudo
α-galactosidase aleatorizado, cruzado, duplo-cego e controlado
por placebo demonstrou que o uso de α-galacto-
Tendo em vista a possibilidade de deficiências nu- sidase foi capaz de melhorar a tolerância desses
tricionais, a suplementação com α-galactosidase alimentos e se mostrou um importante adjuvante
(Figura 12) se torna uma estratégia importante para à dieta com baixo teor de FODMAPs.30
melhorar o nível de restrições dietéticas necessárias
em pacientes que não toleram galacto-oligossa- Outros estudos, feitos fora do Brasil, também de-
carídeos complexos.27 monstraram que, em várias situações clínicas nas
quais se observa deficiência de alfa-galactosidase,
FIGURA 12. Conformação espacial a reposição dessa enzima pode ser de grande valia
da α-galactosidase
para o alívio do desconforto digestivo, sobretudo da
flatulência, distensão e desconforto abdominal.30,34
Deve-se ter em mente, entretanto, que no Brasil, a
enzima não é aprovada para uso medicamentoso,
sendo considerada um suplemento alimentar.35
12
FIGURA 13. Dieta com baixo teor de FODMAPs
alimentos associados aos sintomas são reduzidos
ou eliminados; na segunda fase, os grupos de
alimentos eliminados são gradualmente rein-
troduzidos, conforme a sintomatologia relatada
pelo paciente.36
13
A intolerância à lactose
14
deficiência da enzima lactase. A hipolactasia pode celíaca, doença inflamatória intestinal etc. Neste
levar à má absorção de lactose, que é a digestão caso, quando o problema primário é solucionado,
ineficiente da lactose. Esta, por sua vez, pode levar os produtos com lactose podem ser consumidos
à intolerância à lactose, a condição clínica definida normalmente;
pela presença de sintomas gastrointestinais da
não absorção da lactose.39 (Figura 16) Congênita: rara; há baixa ou nenhuma produção
de lactase no nascimento.
A literatura científica classifica a intolerância em
alguns tipos diferentes: 39 Diferentes estratégias para o tratamento da into-
lerância à lactose:38-40
Intolerância primária: causada pela diminuição
da quantidade de lactase no intestino à medida a) Retirada da lactose da dieta;
que o indivíduo envelhece;
b) Suplementação de lactase;
Intolerância secundária: desencadeada por lesões
no intestino delgado causadas por infecções, doença c) Uso de probióticos.
FIGURA 16. Relação entre hipolactasia, lactase não persistente, digestão e absorção
inadequadas da lactose e intolerância a esse dissacarídeo
15
Solução: A suplementação com lactase e na redução do desconforto relacionado com
essa intolerância.37,38,41,44
A abstenção do consumo de leite e derivados pode
não ser a melhor opção, já que pode levar a várias Solução: A suplementação de probiótico asso-
consequências do ponto de vista nutricional,41 além ciado a lactase
de interferir na qualidade de vida dos pacientes,
que se veem limitados nas suas opções de ali- Recentemente, o uso de cepas probióticas es-
mentação. (Figura 17) pecíficas, em particular aquelas capazes de
expressar a atividade enzimática da β-galac-
FIGURA 17. Limitações na dieta com
tosidase, foi proposto como adjuvantes para o
baixo teor de lactose
desconforto causado pela intolerância à lactose.39
A deficiência de lactase leva, em última instân-
cia, a um estado de disbiose. Dessa forma, os
probióticos têm atraído interesse considerável
como adjuvantes no tratamento sintomático da
insuficiência de lactase,45 e, como suplementos
alimentares, são bastante úteis como adjuvantes
na intolerância à lactose.37
16
Bifidobacterium já demonstraram benefício pela rótulos são extremamente importantes. No Brasil,
atividade da β-galactosidase em cenários clí- a declaração da presença de lactose nos rótulos
nicos e pré-clínicos.39 é obrigatória para alimentos que possam conter
pelo menos 100 mg/100 g ou mL do alimento.47 Os
Solução: A exclusão de alimentos – Dietas com rótulos que apresentam as frases “Zero Lactose”,
baixo teor de lactose “Isento de Lactose”, “0% Lactose”, “Sem Lactose”
ou “Não Contém Lactose” estão relacionados a
O manejo da intolerância à lactose compreende produtos que contêm menos de 100 mg de lactose
uma mudança no padrão alimentar, devendo-se por 100 g.44,46
evitar (e, se necessário, excluir) alimentos com
lactose. Em muitos dos casos é necessário ingerir Além da exclusão de produtos com lactose, o
alimentos que são fontes de cálcio e/ou fazer a consumo de derivados de leite sem lactose ou
suplementação desse mineral para não desenca- acrescidos industrialmente de lactase também é
dear uma deficiência dele.41 uma opção, embora dificulte o acesso a vários
tipos de derivados que podem não existir na forma
Entretanto, a maioria dos indivíduos com intolerância “sem lactose”. (Figura 18) Soma-se a isso o fato
à lactose tende a excluir o leite e os lácteos da de que a adição de lactase pode mudar o sabor,
sua dieta, porque essa abordagem parece levar à que normalmente fica mais doce, observando-se
diminuição dos sintomas.44 Entre as consequências também alterações proteolíticas da caseína, pode
da exclusão de alimentos lácteos da dieta, está o também contribuir para a alteração da cor e do
desbalanço nutricional, principalmente em termos sabor depois de armazenamento prolongado.44
do consumo de cálcio e vitamina D,41 nutrientes
importantes para a saúde dos ossos e dentes.
FIGURA 18. A opção de produtos sem lactose
17
Considerações finais
Foram abordadas, neste material, várias questões importantes sobre o
funcionamento da digestão, do eixo-cérebro intestino e da complexa
inter-relação entre a nutrição, as intolerâncias e os desconfortos
gastrointestinais. Foram também apresentados caminhos possíveis
para que nutricionistas possam auxiliar seus pacientes a tomarem
decisões informadas quanto ao uso de suplementação enzimática
e probiótica como adjuvantes em desconfortos digestivos, ou na
manutenção da sua saúde digestiva e geral.
Até a próxima!
18
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ÚNICO* com atuação no
eixo cérebro-intestino2-4
PROBIÓTICO
COM ALEGAÇÃO** FUNCIONAL APROVADA
para auxiliar na REDUÇÃO de:1
COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS1
DOR ABDOMINAL1 NÁUSEA � VÔMITO1
UA NO EIXO
AT
O 2�4
CÉ
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N
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1x ao dia
Apresentações com
5, 15 e 30 cápsulas
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Se determinados alimentos sempre
1
EN ZI ID A D E EM
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