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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS TANGARÁ DA SERRA

SUBSTRATOS

Dr. Marcus Vinícius Gonçalves Lima


Introdução

 Até pouco tempo  Exclusivamente no solo.

 A produção de plantas em recipientes permitiu o


aumento da produtividade e a padronização dos
produtos pelo melhor controle das condições e fatores
do crescimento vegetal.

 Cultivar plantas em recipientes requer alguns cuidados


diferentes daqueles do cultivo no solo.

 Hoje já se fala em uma “Ciência do Substrato”, dado o


nível de complexidade e particularidades específicas do
conhecimento envolvido nessa área.
Solo

‘É o meio natural para o crescimento


e desenvolvimento dos vegetais , ou,
é um corpo natural, composto de
materiais mineiras e orgânicos,
situados `superfície da Terra, onde as
plantas desenvolvem.’

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O QUE É SUBSTRATO?
Substrato é o meio poroso onde se desenvolvem
as raízes das plantas cultivadas fora do solo. Pode
ser formado por um único material, como, por
exemplo, o pó de coco ou a casca de pinus, ou
pela mistura de dois ou mais materiais, como a
casca de pinus + a vermiculita, a turfa + a casca
de arroz etc.

Vermiculita + turfa
Substrato
Substrato é o meio que serve de suporte às
plantas e onde desenvolvem as raízes das
mudas produzidas em viveiros de espécies
ornamentais, oleícolas, frutíferas e silvícolas.
(Grolli, 1991)

Como substrato entende-se o produto usado


em substituição ao solo, para produção
vegetal.
(Kampf, 2000)

5
Substrato
Por que usar um substrato:
 Pode ser usado em recipientes;
Pode ser transportado;
Pode ser melhorado;
Pode ser facilmente manuseado.
É mais adequado ecologicamente.

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Objetivos de um substrato
FÍSICO – Melhorar a textura, erodibilidade, estrutura,
drenagem e aeração: aumentar a capacidade de
retenção d’agua disponível às plantas.

QUÍMICOS – Fornecer nutrientes em formas


prontamente disponíveis ou gradativamente pela
Intemperização ou decomposição, aumentar a CTC
e reduzir o impacto deletério de contaminantes.

BIOLÓGICOS – Prover de MO, os microrganismos


desejáveis e permitir a esterilização para eliminar os
indesejáveis.

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Seleção de materiais para
substratos
Misturas aleatórias OU Propriedades selecionadas ?
• Caracterização de cada material;
• Seleção pelas propriedades e objetivos do uso
• “A qualidade final da mistura é determinada pelo
componente de mais baixa qualidade integrante da
mistura.”

8
Seleção de materiais para
substratos
Figura 1 – Composição genérica de um substrato

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MATERIAIS BÁSICOS

 Os materiais básicos dão estrutura ao substrato e,


geralmente, correspondem à fração de 50% a 60% do
volume da mistura.

 Os materiais básicos podem ser identificados como:

 Consagrados: em geral, são aqueles disponíveis


comercialmente, com distribuição nacional, como a turfa a
casca de pinus e a fibra e o pó de coco.

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MATERIAIS BÁSICOS

 A origem das matérias-primas usadas na composição


de um substrato pode ser:
 Orgânica – Exemplos: casca de pinus, casca de arroz,
pó e fibra de coco;
 Mineral – Exemplos: vermiculita, perlita e argila
expandidas, solo mineral, dentre outros;
 Sintética – Exemplos: espuma fenólica e outras
espumas.

MATERIAIS BÁSICOS

Alternativos:
 São característicos de cada pólo produtor, mostrando
particularidades regionais. São a casca de acácia negra, os
produtos de compostagem (fibrosos), a palha de carnaúba, os
caroços de açaí, a casca de amendoim, o capulho de algodão, a
casca-de-arroz etc.

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MATERIAIS BÁSICOS

COMPLEMENTOS
 Os complementos são os materiais selecionados com a
função de melhorar as propriedades dos materiais básicos. O
critério de seleção deve ser baseado na análise de cada
componente. Os complementos são usados normalmente em
quantidades de 30% a 40% do volume da mistura. São
exemplos de complementos: a casca-de-arroz carbonizada, a
vermiculita e os produtos de compostagem.

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MATERIAIS
ADITIVOS
 Os aditivos são os componentes opcionais, adicionados à
mistura em pequenas quantidades, mas com funções definidas.

 São exemplos de aditivos: adubos (orgânicos, inorgânicos,


prontamente solúveis, lentamente solúveis, de deliberação lenta
– adicionados para prover nutrientes na fase inicial do plantio),
aceleradores de crescimento (em determinadas fases do
cultivo), umectantes (aumentar a capacidade de retenção de
água) e biocontroladores (organismos vivos – antagonistas a
determinadas pragas – e biocidas).

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SÓLIDOS E POROS
 Ao observar qualquer substrato de perto, constata-se que
este é formado por partículas com espaços entre elas. As
partículas são denominadas de sólidos (S), enquanto os
espaços são os poros (P).
 Há materiais onde os sólidos predominam, como na areia,
por exemplo. Em outros materiais ocorre o inverso, com mais
poros do que sólidos, e um exemplo típico é o pó de coco.
Características que descrevem a
qualidade de um substrato

•Densidade •pH
•Porosidade •Salinidade
•Retenção/ •Qualidade
liberação de água fitossanitária
•Outras ...

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Analisar : para quê? Porquê?
Fases O que buscar com as análises?
Antes do Conhecer um produto ou um
cultivo: componente.
Caracterizar o efeito da mistura
(interação) de componentes.
Durante o Monitorar as condições do substrato.
cultivo: Esclarecer problemas observados no
cultivo em vaso.

Após o Verificar o aproveitamento da


cultivo: adubação ofertada, para planejar o
próximo cultivo.

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Situação ideal:
Rede de Laboratórios (governamental / particular);
√ Acessibilidade, confiabilidade e
rapidez;
√ Laudos técnicos padronizados;
√ Interpretação dos resultados;
√ Sugestões de ações / próximos
passos.

18
Situação ideal

Situação real

19
Testes rápidos  exploratórios
Vantagens Limitações
Objetivo, rápido, de baixo Aplicação restrita para
custo; cada caso

Simples de ser praticado; Resultados dependem da


experiência e atenção do
operador

Ferramenta para tomada Exige compromisso


de decisões. (disciplina)
Dados apenas indicativos
(exploratórios)

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Métodos rápidos: Observação direta
Características Propriedades associadas

Origem : Faixa de pH ideal;


orgânicos; minerais; sintéticos capacidade de tamponamento
Porosidade

Granulometria e poros: Economia hídrica:


Micro-, Meso- e Macroporos capacidade de retenção e de
liberação de água; aeração

Densidade Penetrabilidade das raízes;


(relação peso/volume da sustentacão física ;
transportabilidade e
amostra) deslocamento dos recipientes
Presença de insetos (adultos, Aspectos de Fitossanidade
larvas ou ovos) e propágulos de
plantas invasoras

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Métodos rápidos: Testes exploratórios

Características Propriedades associadas

Relação Poros:Sólidos (P:S) Adequação ao tamanho de


vaso; porosidade total

Capacidade de Retenção de Necessidade de irrigação


Água (CRA)

Espaço de aeração (EA) Fornecimento de oxigênio e


trocas gasosas no ambiente das
raízes
Valor de pH Disponibilidade e absorção de
nutrientes

Salinidade (CE) Pressão osmótica

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Funções do Substrato
• Prover água;

• Suprir nutrientes;

• Permitir trocas gasosas para as raízes;

• Suporte para as plantas

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Misturas com terra

• Vantagens
• Nutrição mais fácil;
• Deficiência com micronutrientes é raro;

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Misturas com terra
Desvantagens
• Dificuldade no obtenção de solo adequado;
• Continuidade de suprimento;
• Controle de qualidade difícil;
• O solo precisa ser secado e esterilizado antes do uso;
• A mistura torna-se pesada e de difícil manuseio;
• Torna-se mais caro para se preparar;
• Destruição irreparável da camada arável;
• Contaminação de doenças, pragas e plantas indesejáveis.

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Misturas sem terra
Vantagens
• Maior grau de padronização, com menor variação entre os
lotes sucessivos;
• Não necessita esterilização;
• Mais barato para se preparar;
• Mais leve;
• Maior controle do crescimento das plantas, através do
controle dos nutrientes e da água.

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Misturas sem terra
Desvantagens
• Controle de nutrientes é mais difícil;
• Maior dependência da nutrição líquida.

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Materiais Orgânicos, usados como substrato
• Turfa, esfagno, Hypnum, serapilheira;

• Casca de árvore (pinus, eucalipto, etc.)

• Restos de cultura (casca de amendoim, arroz, café,


torta de filtro, bagaço.

• Pó de serra, maravalhas, cavados de madeira;

• Lodo de esterco;

• Esterco, material orgânico. 28


Materiais Minerais, usados como substrato

• Areia (0,2 – 2 mm);

• Cascalho (>2,0 mm);

• Argila (<0,2 mm);

• Terra (condenado);

• Origem rochosa (vermiculita, perlita, púmice).


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Outros materiais, usados como substrato

• Flocos de isopor (4 a 12 mm);

• Bolinha de isopor;

• Espuma de poliuretano;

• Sucatas;

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Características de um substrato para
plantas
• Ter corpo e firmeza;
• Possuir boa capacidade de retenção de água;
• Boa capacidade de arejamento;
• Boa capacidade de drenagem;
• Livre de organismos nocivos;
• Não deve ser salino;
• Permita a esterilização química e física;
• Ser uniforme em toda extensão;
• Ser de manuseio fácil;
• Não deve ser muito alcalino ou ácido. 31
Características de um substrato para
plantas

• Ser reproduzido economicamente;


• Ser encontrado facilmente;
• Sem cheiro desagradável;
• Não atraia insetos indesejáveis;
• Não conter microrganismos nocivos à planta ou a
pessoa;
• Facilite o manuseio;
• Facilite a limpeza;
• Possibilite o armazenamento;
• Seja leve; 32
Para o desenvolvimento de um substrato
•Objetivo;
•Cultivo em vaso;
•Produção de Mudas;
•Para canteiros;

•Materiais disponíveis e quantidade;


•Mercado;
•Estrutura de apoio;
•Tempo de desenvolvimento da pesquisa;
•Local de produção;
•Capital. 33
Regras para se fazer uma mistura
• A argila não deve ultrapassar de 17% do volume da
mistura;

• O componente orgânico não pode ser facilmente


decomponível;

• Um dos componentes deve possuir alta capacidade


de retenção de água;

• Se um dos componentes é areia ou vermiculita, a


sua participação não deve ser superior a 50%;

• Sempre que possível deve ser usado matérias leves.


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Adubação no substrato

• Substratos e/ou soluções nutritivas desbalanceadas


podem causar deficiências de certos elementos:
• Excesso de NH4  Ca, Cu, Mg;
• Excesso de NO3  K;
• Excesso de Ca  P, K, Fe, Mn, NH4, Zn, B, Cu;
• Excesso de P  Fe e/ou Mn;

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O substrato deve conter:
• Todos os nutrientes necessários durante o período de
produção da muda;

• Todo o P necessário para o período de produção de


mudas;

• Não usar adubos em pó ou solução nutritiva em


substrato seco;

• As soluções nutritivas devem ser usadas para controlar


o crescimento da muda. 36
AVALIAR A QUALIDADE DE UM SUBSTRATO
(Aspectos fitossanitários)

Para prevenir e evitar problemas futuros, como a morte


de plantas ou a germinação de plantas invasoras, é
indicado avaliar previamente a qualidade dos substratos
através de um teste de germinação, de preferência usando
sementes de plantas reconhecidamente sensíveis à
presença de agentes causadores de doenças.
Teste preliminar de germinação
Os testes de germinação são usados para avaliar a
qualidade do substrato quanto à:

presença de microrganismos causadores de doenças

capacidade de retenção de água;

presença de fermentação; e

existência de fontes propagadoras de plantas daninhas.


Avalie as propriedades físicas

 As propriedades físicas estão relacionadas ao


equilíbrio entre os volumes de sólidos, de ar e de água,
necessário para se obter um bom resultado no
crescimento das plantas.

Determinação do volume dos sólidos e dos poros


 A operação a seguir dá uma ideia sobre a
quantidade de sólidos e de poros que um determinado
material apresenta em uma amostra de um litro. No
presente método, a amostra é seca ao ar até que não
exista mais vestígio de umidade no material. Na prática,
os resultados assim obtidos são úteis na definição do uso
e do manejo para o material em questão.
Atenção: O valor exato seria obtido em uma amostra
seca, em forno ou estufa, a 105ºC, conforme
procedimentos de laboratório.
Testes exploratórios: Relação Poros : Sólidos

• Deslocamento do nível da água pela inclusão de sólidos.


• Volume de sólidos (Vs) = deslocamento (aumento) do
nível da água (ml).
• Volume de poros (Vp) = volume da amostra (1000 ml)
- Vs (ml)
• Relação Poros : Sólidos (P:S) = Vp/Vs
• Porosidade total (PT) = Vp/10 (% vol.) (subestimada)

40
Exercício: Determinar o volume dos sólidos

1 litro amostra 1 litro água 1,4 litro

41
Exercício: resultados

Amostra Volume Vol.


final (ml) sólidos

Solo arenoso 1790 790


Turfa preta 1340 340
Turfa fibrosa 1220 220
CAC 1200 200

Registrar sempre!

42
Exercício:
Calculando Relação P : S *
1 litro de substrato seco + 1 litro de água
Material Vol. Poros Vol. P/S Relação
Sólidos P:S
Solo 210 790 0,3 0,3 : 1

Turfa 660 340 1,9 1,9 : 1


preta
Turfa 780 220 3,6 3,6 : 1
fibrosa
CAC 800 200 4,0 4,0 : 1

* método exploratório

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Os resultados exploratórios são úteis para
comparar o efeito da adição de materiais
na relação P : S da mistura

material Densidade Vp Vs Vp/Vs Relação P:S


g/litro (ml/litro) (ml/litro)
Solo 1224 360 640 0,56 0,56 : 1
Solo + 1166 480 560 0,92 0,92 : 1
15% CAC

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Tabela 11 – Valores de P/S para os diferentes substratos com
os macro e microporos correspondentes

Valores de Tipo de substrato Porosidade


P/S
0 Solos minerais + microporos
1
+ macroporos
2 Substratos para vasos altos
3 (> 30 cm)
4
5 Substratos para vasos médios (10 a
6 20 cm)
7 Substratos para bandejas
8 (< 5 cm)
9
 10
45
Testes exploratórios: Capacidade de retenção
de água (CRA) e espaço de aeração (EA)

• Princípio: saturação e drenagem do substrato em


vaso de 1 litro de capacidade

1L
Amostra seca ao ar Balança (g)

46
Ar e água no vaso:

seco saturado

vaso vaso + vaso + substrato +


substrato água
Peso 1

47
Ar e água no vaso (2):

AR
drenado

Água retida

Peso 2 - Peso 1 =
drenar Peso 2 água retida
CRA (ml)

48
Resultados
• Capacidade de retenção de água

CRA (% volume) =(P2 – P1) / 100

• Espaço de aeração

EA (% volume) = Vp* – CRA


* Volume de poros ou Porosidade Total

49
Exemplos: valores obtidos em testes rápidos,
com materiais secos ao ar .

MATERIAL Poros Sólidos P/S CRA EA


%v %v
Casca Pinus 63 37 1,7 24 39
Turfa preta 72 28 2,6 50 22
Lixo Urbano 54 46 1,2 40 14
Solo franco 46 54 0,9 36 10
CACarbonizada 84 16 5,3 20 64

50
Exercício
Reduzir a densidade de um substrato

• Acrescentar vermiculita
• Acrescentar CAQ (casca de arroz queimada)

Os dois materiais têm o mesmo


efeito na mistura ?

51
Acréscimo de vermiculita (Ve) e de casca de
arroz queimada (CAQ) em mistura comercial

Amostras Inicial Drenado 24 48 84 120


(seco) na hora h h h h
Peso do vaso (g) + amostra + água
Mistura 575 923 910 897 880 838
original (A)
A+ 538 922 905 883 872 864
20%Ve (B)
B + 10% 496 804 791 764 757 750
CAQ (C)

52
Mistura comercial + Ve + CAQ :
variação no peso (vaso + amostra + água)
ao longo de 12 dias.

1200

1000

800
g / litro substrato

600

400 substrato (A)


A + 20% Ve (B)
200 B + 10% CAQ

0
h

h
h

d
s

do

ra

0h
48

84
24

12
tra

ho
ra

12
em

em
os

tu

na
sa
am
v+

53
Mistura comercial + Ve + CAQ :
volume de água em 12 dias.
600

500
ml / litro substrato

400

300

200
substrato (A)
A + 20% Ve (B)
100
B + 10% CAQ

0
saturado dren. na 24h 48h 84h 120h 12d
hora

54
Mistura comercial + Ve + CAQ :
volume de ar em 12 dias.

350

300
cm3 / litro substrato

250

200

150

100 substrato (A)


A + 20% Ve (B)
50
B + 10% CAQ

0
na hora 24 h 48h 84h 120h 12d

55
Valor de pH e Salinidade
Avalie as propriedades químicas

 O valor de pH e a condutividade elétrica são as


propriedades químicas mais importantes a serem
avaliadas antes do uso do substrato e devem ser
monitoradas durante o cultivo das plantas.

 O pH representa o grau de acidez do substrato. Está


relacionado com o crescimento das plantas, porque
afeta a disponibilidade dos nutrientes e alguns
processos fisiológicos. É prática usual em substratos,
avaliar o pH em uma solução de água.

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Valor de pH e Salinidade
Avalie as propriedades químicas

Existem vários métodos para determinar os valores de


pH e de condutividade elétrica (EC). A maior variação
entre os métodos consiste nas diferentes proporções
usadas entre o volume da amostra analisada e o volume
da água. Entre os mais utilizados estão os métodos 1:1
(pasta saturada), 1:2, 1:5 e o método denominado
“lixiviado” ou pour trhough. Os resultados obtidos pelos
métodos citados variam muito nos valores EC.

Atenção: O método 1:5 está sendo indicado como


método padrão de análise laboratorial de substratos para
fins comerciais, e fiscalização pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
57
Ar e água no vaso:

seco saturado

vaso vaso + vaso + substrato +


substrato água
Peso 1

58
Método de análise “pourthru”
(lixiviado)

Irrigar bem (saturar); Colocar um prato sob os


Aguardar 1 hora para atingir vasos selecionados para
equilíbrio na solução do vaso. análise.

59
Llixiviar com água
destilada suficiente para
obter +/- 50 mlL de
amostra.

Coloque a água de
modo uniforme por toda
a superfície do substrato.
Esta água deve deslocar
a solução do vaso.
60
drenado drenado

Peso 2
drenar

61
Drenar Colocar em um becker

50 mL Calibrar aparelho; medir e


registrar 62
drenado drenado

50 mL
Peso 2
drenar

63
Encerrando as análises
• Registrar os resultados em uma planilha;
• Monitorar regularmente;
• Relacionar os valores lidos com a qualidade das plantas
produzidas.

64
Tabela 7 – Faixa recomendada de pH (em água) para
algumas plantas cultivadas

Faixa de pH
Planta recomendada
Antúrio 4,5 a 5,2
Azaléia 4,5 a 4,8
Crisântemo 5,0 a 6,0
Gérberas 5,8 a 6,2
Kalanchoe 5,5 a 6,5
Orquídeas 4,5 a 5,5
Rosa 5,5 a 6,0
Samambaias 4,5 a 5,5
Violeta africana 5,5, a 6,0
65
Tabela 8 – Faixas de pH de alguns materiais utilizados nos
substratos

Faixas de pH
Substrato
Areia lavada 6,0 a 6,5
Casca de arroz carbonizada 6,5 a 7,5
Casca de pinus 3,5 a 5,0
Espuma fenólica 6,0 a 6,5
Húmus de minhoca 6,5 a 7,0
Perlita expandida 6,5 a 7,5
Turfa fibrosa 4,0 a 4,5
Turfa preta 3,0 a 3,3
Vermiculita expandida 7,5 a 8,5
66
Condutividade elétrica
 Seguindo o método lixiviado, a determinação do
valor EC é utilizada na mesma solução preparada
para a leitura do pH.

 A condutividade elétrica (CE ou EC) é uma medida


usada para avaliar a salinidade do substrato.
Quando o valor for muito alto, ocorre perda de água
pelas raízes, podendo ocasionar manchas ou
queima visíveis na folhas.

67
Condutividade elétrica
As informações sobre os valores referenciais devem ser
verificadas com bastante atenção, pois dados publicados
em diferentes fontes podem variar para um mesmo
substrato.

Tal variação é devida aos métodos de análise que


empregam diferentes proporções entre a amostra e a água
para a extração (1:1; 1:2,5; 1:5; 1:10).

As plantas apresentam diferentes níveis de sensibilidade à


salinidade do substrato. O monitoramento do valor EC no
substrato durante o cultivo previne perdas na qualidade
das plantas.

68
Tabela 9 – Classificação de grupos de plantas quanto a
exigência nutricional, a sensibilidade e a salinidade
Classificação Exigência Sensibilidade Salinidade inicial no Concentração da
das plantas nutricional à salinidade substrato com solução fertilizante na
adubação água
g sais/L de substrato g de adubo/L de água
Grupo A Elevada Baixa 3 3a6
Crisântemo
Gerânio
Hortênsia
Poinsétia
Grupo B Média Média 1,5 1a4
Antúrio
Ciclâmen
Frésia
Gérbera
Rosa
Grupo C Baixa Elevada 0,5 0,5 a 2
Avenca
Azaléia
Bromélias
Orquídeas
Prímula 69
Tabela 10 – Interpretação de valores de condutividade elétrica (em dS m-1 a 25oC) para
vários métodos de extração (Cavins et al., 2000)

Método de extração
Lixiviado * Indicação
Extrato de
1:5 1:2 (Pour
pasta saturada
through)
Muito baixo – o nível de nutrientes pode não
0 a 0,11 0 a 0,25 0 a 0,75 0 a 1,0 ser suficiente para sustentar um rápido
crescimento.

Baixo – adequado para seedlings, forrações


0,12 a 0,35 0,26 a 0,75 0,76 a 2,0 1,0 a 2,6
anuais e plantas sensíveis à salinidade.

Normal – faixa padrão para a maioria das


0,36 a 0,65 0,76 a 1,25 2,0 a 3,5 2,6 a 4,6 plantas em crescimento (limite superior para
as sensíveis à salinidade).
Alto – vigor reduzido e crescimento podem
0,66 a 0,89 1,26 a 1,75 3,5 a 5,0 4,6 a 6,5 ocorrer, especialmente durante épocas
quentes.

Muito alto – pode resultar em danos devido à


dificuldade na absorção de água, assim como
0,9 a 1,10 1,76 a 2,25 5,0 a 6,0 6,6 a 7,8
crescimento reduzido. Os sintomas incluem
queima das bordas das folhas e murcha.

Extremo – a maioria dos cultivos sofrerá


> 1,10 >2,25 >6,0 > 7,8 70
injúrias a esses níveis. A lixiviação imediata
Esterilização do substrato

A esterilização é uma prática recomendada quando se


desconfia da qualidade fitossanitária do material, como a
presença de doenças, pragas ou plantas indesejadas.

71
Esterilização do substrato
1.Utilize os métodos físicos
Os métodos físicos se enquadram entre os de mais fácil
manejo e são os menos agressivos ao meio ambiente.
Consistem no uso de altas temperaturas para o controle
desejado. Conforme o organismo a ser eliminado, a
temperatura deve atingir:
 65 oC – larvas de insetos;
 70 oC – fungos e nematóides;
 80 oC – sementes de ervas daninhas.
2.1.1 Utilize o método da solarização
Este método físico consiste no aquecimento do substrato
através da energia solar.
Em períodos ou regiões de baixa insolação, esta prática
pode não alcançar os resultados desejados.
72
Esterilização do substrato

Solarização

73
Esterilização do substrato

Solarização

74
Esterilização do substrato

Vapor d´água

75
Esterilização do substrato
Método químico

A utilização do método químico requer cuidados


específicos por usar produtos que podem causar reações
indesejáveis ao operador, mas apresenta resultado
satisfatório.

O produto denominado Dazomet vem sendo utilizado


em substituição ao brometo de metila. Informações
técnicas podem ser adquiridas junto a um profissional
competente.

Precaução: Ao utilizar produtos químicos, o operador deve usar os


equipamentos de proteção individual (EPIs) e seguir todas as instruções
do fabricante, para evitar contaminações.
76
Irrigação de substrato
 Não esquecer que, geralmente, os substratos possuem
alta capacidade de retenção de água;

 Se aumentar a quantidade de água, pode reduzir a


quantidade de ar no substrato;

 A quantidade de água é determinado:


 Pelo tamanho e tipo de recipiente;
 Como o substrato é manejado ( compactação, %
de umidade, técnica de enchimento dos vasos)
antes de plantar ou semear.

 Relação água/ar no recipiente é diretamente controlada


pelo produtor;
77
Irrigação de substrato
 O sistema deve fornecer água em quantidade igual para
todos os recipientes, uniformemente.

 O excesso de irrigação causa lixiviação de nutrientes,


musgos, algas e doenças;

 A falta de água provoca brusco aumento na salinidade,


contração do substrato, e em casos severos, morte das
mudas;

 A frequência de irrigação vai depender do recipiente, do


tempo, do substrato, do estágio de crescimento das
mudas;

 O produtor deve ter sempre em mãos um sistema auxiliar


e manual e/ou independente.
78
OBRIGADO!!!

79

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