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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

O ar, a água, o solo e os alimentos podem estar com contaminados com microrganismos que
provocam doenças. O saneamento básico, o calendário de vacinação em dia, e a higienização dos
alimentos e das mão antes das refeições e após ir ao banheiro são medidas que podem nos ajudar a
prevenir uma série de doenças.
Apesar de estarmos em permanente contato com uma grande diversidade de microrganismos
causadores de doenças, não ficamos doentes o tempo todo. Você sabe pro que isto ocorre?

 Nossas Defesas
Apesar de estarmos em permanente contato com uma grande
diversidade de microrganismos causadores de doenças, não ficamos
doentes o tempo todo. Você sabe pro que isto ocorre?
O nosso organismo é capaz de produzir defesa contra esses
microrganismos. Essa defesa é feita pelos anticorpos. Os anticorpos
são proteínas que atuam defendendo nosso corpo contra
microrganismos e substâncias estranhas, que são chamadas de
antígenos. Essas proteínas ligam-se a um determinado antígeno
(microrganismo) e causam a sua destruição ou, então, fazem com
que ele pare sua atividade. Entretanto, a reação do organismo, pode
não ser imediata e é por isso que ficamos doentes. Em muitos casos,
depois de curados, tornamo-nos imunes (protegidos) e não
contraímos mais a mesma doença. Isso acontece com o sarampo e a
catapora, por exemplo.

 Endemia, Epidemia e Pandemia


Há muitas doenças infecciosas que atingem a espécie humana, muitas delas fazem inúmeras
vítimas todos os anos. Recentemente, a palavra “pandemia” foi muito utilizada devido ao exorbitante
número de casos de Coronavírus, mas você sabe a diferença entre pandemia, epidemia, endemia?
Esses conceitos epidemiológicos ajudam na compreensão do comportamento de determinada
doença e contribuem para o direcionamento de políticas públicas de saúde.
A endemia é a ocorrência de um número de casos controlados de alguma doença em uma
determinada região. Normalmente, são doenças sazonais, que podem ressurgir em certos períodos.
Alguns exemplos de endemias são a febre amarela e a malária (presente na região Norte do Brasil).
Uma epidemia é caracterizada pelo aumento do número de casos de determinada doença,
que vai muito além do esperado e não delimitado a apenas uma região, podendo atingir diversos
locais. As epidemias podem ser em nível municipal, estadual e nacional. Alguns exemplos de
epidemias são: poliomielite, sarampo, cólera, varíola e dengue.
Uma pandemia é quando ocorre a disseminação mundial de uma nova doença, que se
espalha entre os continentes e países. O cenário pandêmico acompanha a humanidade há muitos
anos. Alguns exemplos de pandemia são: Peste Negra (1347-1353); Gripe Espanhola (1918-1920),
COVID-19 (2019-2023).

 Vacinas
A vacina é uma das maneiras mais eficazes na prevenção de doenças, sendo uma das
melhores formas de evitar que doenças transmissíveis se espalhem e atinjam várias pessoas. As
vacinas não causam doença, mas estimulam a produção de anticorpos (defesa) pelo organismo. Ao
receber a vacina, nosso corpo inicia a produção de anticorpos, e, graças à nossa memória
imunológica, quando tivermos contato novamente com o agente causador da doença, nossos
anticorpos serão produzidos rapidamente, evitando, desse modo, que fiquemos doentes.

→ Constituição e mecanismo de ação da vacina

Existem vários tipos de vacinas contra diferentes microrganismos (vírus, bactérias e outros
parasitas). As vacinas podem ser produzidas com partes dos microrganismos, com microrganismos
mortos ou com microrganismos atenuados (enfraquecidos - não podem causar doenças). Além do
agente imunizante (agente causador da doença morto, atenuado ou presente em fragmentos), as
vacinas apresentam em sua composição outros produtos, tais como líquido de suspensão,
substâncias conservantes e estabilizadores.
Por ser um método de prevenção, na maioria das vezes, a vacina deve ser aplicada antes da
pessoa ser infectada.
→ Calendário de Vacinação

O Calendário Nacional de Vacinação contém as vacinas de interesse prioritário. Elas são


distribuídas gratuitamente nos postos de vacinação da rede pública. A aplicação é feita de acordo
com a faixa etária e considera também profissionais expostos a riscos (profissionais da saúde,
professores...). A caderneta de vacinação é um documento em que são registradas as vacinas que a
pessoa tomou e a data em que foram aplicadas. Esse documento deve estar sempre atualizado e
ser apresentado em consultas médicas, algumas viagens e em matrículas escolares, por exemplo.
Atualmente, existem aplicativos gratuitos para celular que possibilitam aos adultos acompanhar a
própria vacinação e a dos menores de idade sob sua responsabilidade.
Devido à maior vulnerabilidade de crianças e bebês, a vacinação destes deve seguir
rigorosamente o calendário de vacinação existente no país. Entretanto, é importante destacar que
adultos também devem ficar atentos ao calendário, pois algumas vacinas também devem ser
administradas nessa fase da vida. O Brasil apresenta um dos maiores programas de vacinação do
mundo, disponibilizando na rede pública vacinas contra diversas enfermidades. Quando grande parte
da população está vacinada, a propagação de doenças transmissíveis se torna mais difícil.
Existem vacinas, por exemplo, contra sarampo, rubéola, caxumba, catapora, poliomielite,
raiva, gripe, febre amarela, COVID-19, certos tipos de hepatite, pneumonia, menengite e tétano. Os
cientistas estão constantemente pesquisando vacinas contra outras doenças.
A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também ajuda a
comunidade como um todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficarem protegidas, menor é
a chance de qualquer uma delas – vacinada ou não ficar doente. Além disso, algumas doenças
previnidas por vacina podem ser erradicadas por completo, não causando mais doença em nenhum
local do mundo. Até hoje, a varíola é a única doença já erradicada mundialmente.

 Outros Medicamentos
Os antibióticos são medicamentos são utilizados no tratamento de doenças causadas por
bactérias. Já os antivirais são medicamentos específicos contra certos tipos de vírus, como o do
herpes, gripe e Aids.
Outro tipo de defesa contra doenças
transmissíveis, é o soro terapêutico,
substâncias que contém anticorpos prontos
para combater uma doença, toxinas ou
venenos. Ele é utilizado em casos em que o
organismo não conseguiria produzir
anticorpos específicos a tempo de combater o
agente invasor. Eles atuam como medidas
curativas, o que é considerado imunização
passiva. São conhecidos principalmente pela
sua atuação no tratamento de picadas de
animais venenosos (cobras, aranhas e
escorpiões) ou então para neutralizar
substâncias tóxicas que causam doenças
como raiva, tétano e difteria.
Normalmente, os soros são específicos
para cada doença e tipo de veneno ou toxina.
Para a sua produção é preciso extrair o
veneno do animal ou as toxinas para as quais
queiram produzir anticorpos de combate.
Depois que a substância (antígeno) é
extraída, ela é injetada em um mamífero de grande porte, como cavalos, para que eles produzam os
anticorpos específicos para esse veneno. Quando é produzida a quantidade desejada de anticorpos,
retira-se sangue do animal e então os anticorpos são extraídos.

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