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Doutoramento em Geociências
201210034
Abril
2021
Estudos em Geociências
Doutoramento em Geociências
201210034
up201210034@edu.fc.up.pt
Abril
2021
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O webinar teve lugar no dia 18 de março, pelas 14:00, foi moderado por Dr. José
Centeno, o primeiro palestrante Dr. Robert Finkelman, University of Texas in Dallas
apresentou o tema “Pandemics and COVID-19: A Role for Medical Geology” ele começou
com uma pergunta, alguns podem perguntar: há um papel da geologia médica e do
geólogo na pandemia viral? A resposta curta para esta pergunta é um SIM não
qualificado, argumentou ainda dizendo que podemos usar nosso conhecimento de SIG
para ajudar a mapear o movimento e a rápida propagação das pandemias e revelar sua
relação com inúmeros outros parâmetros existentes que podem estar interligados, por
outro lado podemos prevenir pandemias ajudando a entender melhor as relações entre
geologia, ecologia e as doenças, uma investigação dos centros de controle e prevenção
de doenças dos EUA e as autoridades de saúde de Uganda descobriram que, após uma
operação de mineração tentar exterminar os morcegos de uma caverna em Uganda, os
morcegos restantes apresentaram maior nível de infeção do vírus Marburgo levando ao
surto mais grave de Marburg em 2012. Estimando por excesso a mortalidade durante 1
ano associado à pandêmica COVID-19 agrupado por idades, mostrou que houve mais
morte por esta doença para pessoas acima dos 70 anos (13,7%), seguido de doenças
cardiovascular (2-3%) e diabetes (2%) uma amostra de um corte populacional, a morte
por COVID-19 (22/05/2020) a nível mundial, estava representada pela Bélgica, Espanha
e Itália, sendo os países com maior número de mortes, num outro gráfico mostrou
pessoas acima dos 60 anos tem maior risco de infeção e morte por essa pandemia com
maior enfoque para mulheres na mesma faixa etária. Falou também de potenciais
problemas de saúde causados pela inalação de poeira, por um lado tem a alta carga de
poeira nas alças reduz a capacidade de troca oxigênio, alta carga de poeira no pulmão
torna as pessoas suscetíveis a doenças respiratórias, como tuberculose, alguns minerais
como amianto, orionte e quartzo podem causar cancro, alguns minerais podem ser
hospedeiros de patógenos humanos, partículas vítreas e alguns minerais podem se
dissolver nos fluidos do pulmão e do estômago, liberando elementos potencialmente
prejudiciais ao organismo humano, minerais aciculares e de vidro podem ser irritantes
nas passagens nasais e esofágicas, nas saliências e estômago, resultando em cancro, a
doença do pulmão negro provocado pela inalação de carvão mineral, desde 1990 mais
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de 20.000 mineiros morreram por essa doença, outras mais de 500.000 contraíram a
doença, dentre muitas outras doenças que pode ser causadas pela inalação ou consumo
de diversas substancias de origem mineral temos a fluorite, lesões de pele de arsênico,
provocado pelo arsénio, nefropatia endêmica dos Balcãs / síndrome da água de lenhite,
provocado pela a água subterrânea que se infiltra através da camada de carvão. Virando
o foco na COVID-19, menos recursos estão disponíveis para lidar com questões de
geologia médica, exacerbando esses problemas e tornando mais pessoas suscetíveis ao
vírus, embora todos os esforços devam ser feitos para erradicar o COVID-19, não deve
ser feito à custa do tratamento de questões de geologia médica, para nós pode ser tarde
demais para prever o impacto e os efeitos da COVID-19, mas não é tarde demais para
mitigar os impactos da próxima pandemia, com isso devemos começar a analisar com
muita atenção, como a geologia medica pode ser útil. Os cientistas dizem que é
altamente provável que, sem uma intervenção inteligente, outro novo vírus possa vir a
saltar de animal para hospedeiro humano e encontre condições de se espalhar como um
incêndio, e poderá vir a provocar desastres maiores que das pandemias atualmente já
existentes, isso poderá ser de qualquer natureza. Então o que nós podemos fazer? Seja
COVID-19 ou outra pandemia viral, qualquer que seja, devemos tentar minimizar o
problema que afeta os idosos. Como? Temos que continuar as nossas pesquisas, educar
o público sobre diversos tipos de transmissão ou passagem de doenças, as comunidades
médicas e de saúde pública e os tomadores de decisão em todos os níveis, devem ter a
missão de tomara dianteira, enfatizar a vulnerabilidade do idoso, apontamos que seus
pais estão em risco agora, eles estarão em risco em alguns anos, seus filhos estarão em
risco em algumas décadas. Temos que salientar que a geologia médica e geólogos
médicos podem ajudar a proteger a saúde de todos os idosos, incluindo a minimização
dos impactos de pandemias!
O segundo palestrante foi o Dr. Prosun Bhattacharya, KYH Royal Institute of Technology,
Stockholm, Sweden, apresentou o tema “SARS-Cov_2 genetic materials in wastewater:
opportuniteies and challenges for monitoring the pandemic and water security” começou
destacando série de pontos, tais como o surto atual de COVID-19 devido ao SARS-Cov-2
da China, que afetou severamente a humanidade, interrompendo as interações humanas
normais e a economia global, provocando uma enorme catástrofe á todos níveis. A
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eliminação persistente de RNA viral de SARS-Cov-2 nas fezes humanas nos oferece a
possibilidade de rastrear a prevalência e as tendências da doença em comunidades
referentes à epidemiologia baseada em águas residuais (WBE) e tem havido um impulso
global de compreensão as ondas da pandemia SARS-Cov-2 através da vigilância de
águas residuais. Evidenciou-se que a adoção de práticas WBE sem dúvida ajudará na
contenção e desenvolvimento de estratégias de mitigação apropriadas contra a
propensão do atual surto viral SARS-Cov-2 através da dependência de fontes de água
potável baseadas em lençóis freáticos. É sabido com muita clareza que, a síndrome
respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-Cov-2) foi identificada como a causa da
pandemia contínua de pneumonia severa conhecida como COVID-19, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) declarou a situação desse surto de epidemia a pandemia, á 11
de março de 2020. O primeiro diagnostico clinico em hospital de COVID-19 na UE foi
anunciado á 24 de janeiro de 2020 e os casos clínicos continuaram aumentando
dramaticamente em países de todos os continentes, de realçar que, os números
atualmente relatados baseiam-se principalmente em pacientes que foram clinicamente
testados, exclui nesse caso aquele que por diversos motivos, não chegam as unidades
sanitárias, ou mesmo por vezes chegam em avançado estado, que pouco tempo depois
perdem a vida sem se saber a verdadeira causa que pode ser o SARS-Cov-2.
Especialmente em países em via de desenvolvimento, onde pode notar-se a falta de
unidades sanitárias, por outro lado temos a questão da natureza assintomática do
COVID-19 entre várias partes populacionais levou a consideráveis incertezas na
estimativa do número real de pacientes e a um cenário realista de propagação do
COVID-19, as estimativas são apenas para pacientes com COVID-19 com sintomas
graves que são testados em laboratórios do hospital, os números relatados subestimam o
número real de pacientes com COVID-19. Algo que ainda carece da nossa atenção, as
águas residuais, que são uma matriz complexa, contêm uma ampla gama de marcadores
químicos e biológicos da atividade humana, as mais recentes investigações detetaram os
elementos SARS-Cov-2 em águas residuais em várias regiões na Holanda e Austrália, e
esta é uma fonte potencial de informação sobre a prevalência de infeções nas
comunidades onde existe uma propagação deste vírus, a análise dos resíduos oferece
uma alternativa econômica para testar um grande número de indivíduos aleatórios na
população. Na Holanda, o material genético do novo coronavírus SARS-Cov-2 foi
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Por outro lado, deixou recomendações críticas sobre a dimensão internacional, dizendo
que, os estados membros são fortemente encorajados a: compartilhar as melhores
práticas a nível internacional, promovendo maior harmonização na vigilância de SARS-
Cov-2 em águas residuais; assistência a países terceiros com acesso limitado a outras
fontes de informação para rastrear a circulação da presença do vírus na sua população
através da monitorização de águas residuais; fomentar a cooperação permanente em
estreita coordenação com a OMS, mas também com outros parceiros avançados que
implementaram seus próprios sistemas de vigilância para garantir que os métodos de
amostragem e análise sejam comparáveis e confiáveis, os estados membros devem
garantir isso. A vigilância SARS-Cov-2 no meio ambiente, duração de longo prazo da
excreção de SARS-Cov-2 nas fezes: cerca de 3 semanas na expetoração, 4 semanas
nas amostras de fezes. Os sintomas gastrointestinais não estão associados à
positividade do RNA viral da amostra fecal; a gravidade da doença não foi associada com
duração prolongada nem positividade para RNA viral. Os vírus vivos foram isolados em
amostra de indivíduo afetado. Os viromas nas fezes geralmente não são infeciosos, mas
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