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Formulário de Inscrição

Edital: E_19/2022 - PROGRAMA JOVEM CIENTISTA DO NOSSO ESTADO - 2022


Solicitante: Phillipe Valente Cardoso
Pedido: 281227

Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ


Unidade: Faculdade de Formação de Professores
Departamento: Departamento de Geografia

CEP: 24435-005
Endereço: Rua Francisco Portela Número: 1470
Complemento: Bairro: Patronato
Município: São Gonçalo UF: RJ País: Brasil
Telefone: 21 27287650 Ramal:

Área
Grande Área Área Sub Área
Ciências Humanas Geografia Geografia Humana
Área/Setor Principal
Geografia Humana

Matrícula do Bolsista Nome do Bolsista Email do Bolsista

Tema Principal
Faixa:

Dados Gerais
Dados Gerais
Título do projeto (divulgável)
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO SOCIOESPACIAL DA COVID-19 NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO
Pesquisadora se tornou mãe (Sim/Não)
Não
Ano de doutoramento (4 caracteres)
2019
Resumo em português (divulgável)

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A pandemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave do Coronavírus 2 (Sars-Cov-2), declarada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) em janeiro de 2020, vem se estendendo desde 2020 até os dias atuais (2022). Porém,
atualmente a pandemia encontra-se em um cenário diferente dos períodos iniciais, tanto em seus protocolos de
prevenção e vacinação quanto nas novas cepas e sintomas. Dentro desse contexto, o espaço geográfico permite uma
análise para além dos fatores médicos que condicionam a doença. Portanto, entender os fatores socioeconômicos que
condicionaram e ainda condicionam os avanços e retrações da doença é fundamental dentro do processo de gestão da
pandemia. Junto a essa lógica, o geoprocessamento reafirma sua importância na capacidade de realização de análises
espaciais e tomadas de decisões frente a essa conjuntura sanitária. Nesse contexto, a Região Metropolitana do Rio de
Janeiro tem uma importância estratégia no entendimento dessa dinâmica, pois concentra, por conta de suas
centralidades, grande parte da população com suas desigualdades e conflitos. Dessa forma, o presente trabalho tem
como objetivo mapear e analisar a dinâmica espaço-temporal da COVID-19 na Região Metropolitana do Rio de Janeiro
através de uma perspectiva socioeconômica. Para isso, serão utilizados dados socioeconômicos, juntamente com
técnicas de geoprocessamento para a compreensão no movimento da doença na região metropolitana. Como
resultados esperados tem-se: o entendimento da dinâmica pandêmica, identificando, além das ondas da doença, os
possíveis padrões socioeconômicos internos a cada município e da região metropolitana que condicionam a covid-19;
um ambiente para disponibilização de todos os produtos gerados para aquisição gratuita; materiais didáticos para
divulgação nas escolas; e publicação de livro e em revistas acadêmicas.
Resumo em inglês (divulgável)
The Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (Sars-Cov-2) pandemic, declared by the World Health
Organization (WHO) in January 2020, has been extending from 2020 to the present day (2022). However, it is currently
in a different scenario from the initial prevention protocols and both in its pandemic and in its new strains and symptoms.
Within this context, the geographic space allows an analysis beyond the medical factors that condition the disease.
Therefore, understanding the socioeconomic factors that condition and still condition the advances and retractions of the
disease is fundamental within the pandemic management process. Along with this logic, geoprocessing reaffirms its
spatial importance and decision-making in this health situation. Metropolitana do Rio de Janeiro has a strategic
importance in understanding this dynamic, because in this context, due to its centralities, a large part of the population
with its inequalities and conflicts is concentrated. In this way, the work aims to map and analyze the spatio-temporal
dynamics of COVID-19 in the Metropolitan Region of Rio de Janeiro through a socioeconomic perspective. For this,
socioeconomic data will be used, with techniques for understanding geoprocessing in the metropolitan region. As
expected results we have: the understanding of the pandemic dynamics, identifying, in addition to the waves of the
disease, the possible socioeconomic patterns internal to the municipality of the metropolitan region that condition the
covid-19; an environment for making all generated products available for free acquisition; teaching materials for
dissemination in schools; and book and academic journal publishing.
Introdução

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Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a COVID-19, doença causada pelo
vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave do Coronavírus 2 (Sars-Cov-2), se configurava como uma Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional, ou seja, o nível de alerta máximo emitido pela entidade em seu
Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi alçada ao nível de pandemia, já que os
casos da doença já se comprovavam em inúmeros países, de praticamente todos os continentes. Uma das pandemias
considerada a mais severa da história foi a gripe espanhola, causada pela virulência incomum de uma estirpe do vírus
Influenza A, do subtipo H1N1. Especialistas apontam que esta foi a maior e mais devastadora das doenças que
grassaram no século XX, infectou mais de seiscentos milhões e vitimou entre vinte e quarenta milhões de pessoas em
todo o mundo em um curto espaço de tempo (REID et al., 2001). Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde
(OPAS), esta seria a sexta vez na história que se declara este tipo de emergência. Nas outras situações, a Emergência
de Saúde Pública de Importância Internacional foi declarada em razão da pandemia de H1N1 (2009), disseminação
internacional de poliovírus (2014), surto de Ebola na África Ocidental (2014), vírus zika (2016) e surto de ebola na
República Democrática do Congo (2018). Um dos aspectos que mais causaram preocupação por parte das autoridades
médicas é colapso dos sistemas de saúde das diferentes regiões por onde passa a doença. Esse colapso foi provocado
por: aumento exponencial do número de pessoas contaminadas; alto grau de contaminação dos profissionais de saúde
envolvidos diretamente com os pacientes; longo tempo de tratamento destinado aos pacientes mais graves; e pelo
grande número de pacientes que necessitam da utilização de unidades de tratamento intensivo (UTI) e uso de
respiradores artificiais. A velocidade e capacidade de disseminação da COVID-19 impões, e ainda impõe, uma série de
desafios semanais ou até mesmo diários à saúde pública, dificultando a tomada de decisão por parte das autoridades
em suas diferentes esferas de governo. O que se observou ao longo da pandemia, foi uma corrida, em que se colocou
de um lado a Ciência e a busca por tratamentos ou outros tipos de soluções para reduzir a curva de contaminação da
doença e do outro o aumento exponencial de pessoas contaminadas e internadas em UTI. Sendo assim, as únicas
decisões consensuais na comunidade científica internacional foram o isolamento social, medidas de higiene básicas,
uso de equipamentos de proteção (máscaras, luvas e álcool 70), aplicação de testes para identificação de pessoas
contaminadas e, com o desenvolvimento das vacinas, um calendário de vacinação para a população. No entanto,
muitos problemas se colocam diante da contenção da crise, mesmo em situações em que se dispõe de todas estas
possibilidades. Boa parte destes problemas se originam na dificuldade em compreender a dinâmica temporal e espacial
da doença em diferentes escalas espaciais. A análise da relação entre os fatores ambientais e seus efeitos sobre a
saúde pressupõe uma sequência de eventos na produção de doenças representadas pelo acúmulo de riscos em
determinados locais e reconhecíveis no espaço. (PEDROSA, 2008). Assim sendo, a análise ecológica de dados
ambientais e epidemiológicos ordenados espacialmente pode permitir uma melhor compreensão do contexto em que os
processos socioespaciais são gerados, examinando também as relações entre esses fenômenos (SUSSER, 1994).
Portanto, para entender as diferenças destes espaços faz-se necessário a obtenção de contribuições baseadas em
dados ambientais capazes de subsidiar a compreensão do funcionamento dos diversos sistemas integrados aos
aspectos sociais e a natureza, incorporando uma visão de totalidade fundamental para análise e gestão da pandemia.
Dessa forma, a geografia desempenha um papel fundamental como a ciência do estudo do espaço e suas capacidades
de análise nas diversas escalas. Aliada a geografia estão as técnicas de geoprocessamento para a saúde pública, que
segundo Medronho (1995) são um conjunto de ferramentas responsáveis pela coleta, tratamento e exibição de
informações especializadas através de Sistema de Informação Geográfica (SIG). Portanto, a utilização de ferramentas
de geoprocessamento, permite diagnósticos eficientes, propõe soluções de baixo custo e cria alternativas inteligentes
para os desafios enfrentados frente às mudanças aceleradas que observamos em nosso território. Desta forma, a
pesquisa tem como objetivo central a análise temporal e espacial da dinâmica da COVID-19 na região metropolitana do
Rio de Janeiro (RMRJ). Para isso, serão organizados em banco de dados geográficos os dados da secretaria de saúde
do Estado do Rio de Janeiro e das secretarias de saúde municipais da RMRJ que são disponibilizados da plataforma
DATASUS. Além disso, serão selecionadas variáveis socioeconômicas que ajudaram a entender o padrão de dispersão
da COVID-19 tanto na escala da RMRJ quanto internamente dos municípios que a compõe. Por fim, como forma de
divulgação da pesquisa, além da publicação em revistas científicas e a possibilidade de publicação de um livro, serão
elaborados materiais didáticos em linguagem apropriada para alunos do ensino fundamental e médio. Para tal, será feita
uma articulação desta proposta com projetos de extensão, iniciação à docência e prodocência já em andamento no
Grupo Dinâmicas Ambientais e Geoprocessamento (DAGEOP) e no Departamento de Geografia, da Faculdade de
Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Sendo assim, serão construídas
representações espaciais mostrando a dinâmica da pandemia na RMRJ. Estes mapas serão apresentados e discutidos
em algumas escolas (a definir) e disponibilizados gratuitamente na página web do DAGEOP (www.dageop.com.br) para
download. Algumas versões serão também impressas e distribuídas para escolas onde já são trabalhados projetos de
extensão.
Justificativa para escolha do tema

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A Geografia e suas diferentes áreas do conhecimento podem contribuir na organização e leitura de uma série de
aspectos socioespaciais que podem subsidiar tomadas de decisão, que vão desde adoção de estratégias para proteção
de grupos sociais vulneráveis e desprivilegiados, até na construção de cenários pós crise sanitária. O conceito de
espaço geográfico delineado por Santos (1996) é tratado com espaço social, ou seja, um conjunto de relações que
ocorre através de sua produção, circulação e consumo (funções) e de seus objetos geográficos (forma). Sendo assim,
os objetos geográficos podem ser móveis e imóveis, como por exemplo: uma estrada, prédio, cidade etc., ou seja, tudo
que está disposto na superfície terrestre. Desta forma, o espaço reflete a divisão do trabalho, divisão de classes,
relações de poder, centralização e marginalização e desigualdades na distribuição de recursos. Segundo Czeresnia e
Ribeiro (2000, p. 602), "O conceito de espaço proposto por Milton Santos é uma das referências mais importantes para
analisar a relação entre espaço e doença”. As autoras ainda ressaltam que o conceito permite entender o surgimento e
a sua distribuição de doenças como o resultado da organização social do espaço. Barreto (2000) destaca que Milton
Santos permite uma mudança de foco, nas análises epidemiológicas, tirando o foco da análise da doença em si e o
voltando para o entendimento dos mecanismos relacionais que explicam a distribuição e o desenvolvimento da
enfermidade. Nessa perspectiva, Costa e Teixeira (1999) afirmam que o conceito de espaço se apresenta para a
epidemiologia de forma única na compreensão dos processos interativos que impulsionam a ocorrência de saúde e
doença na coletividade. Portanto, sendo o território um produto das diferentes funções espaciais ou dos diferentes usos
espaciais, não é possível entendê-lo deixando de lado o modelo capitalista e as relações político-econômicas que o
estabelecem. Compreender essas relações à medida que se desdobram em diferentes funções e usos espaciais
permite delinear territorialmente espaços para a implementação de ações eficientes de saúde pública. Para entender as
mudanças destes espaços faz-se necessário a obtenção de contribuições baseadas em dados ambientais capazes de
subsidiar a compreensão do funcionamento dos diversos sistemas integrados ao homem e a natureza. O
Geoprocessamento é a área do conhecimento que envolve um conjunto de metodologias e (Geo)tecnologias voltadas
para aquisição, armazenamento, processamento e representação de dados e informações espaciais. Deste conjunto de
ferramentas, podemos destacar os Sistemas de Informações Espaciais (SIG) que, dentre outras funções, possibilita o
armazenamento e organização de dados espaciais, busca por informações a partir de ferramentas de seleção, análises
espaciais e geoestatísticas, construção de cenários e outros. Podemos afirmar que o uso das geotecnologias possibilita
diagnósticos eficientes, propõe soluções de baixo custo e cria alternativas otimizadas para as questões enfrentadas
diante das mudanças aceleradas que observamos atualmente. Além disso, a falta de recursos financeiros e de
profissionais, verificada nos diversos órgãos governamentais, coloca o uso das geotecnologias como a mais relevante
fonte de aquisição e manipulação de dados e, em muitas vezes, a única para os estudos socioeconômicos, de saúde ou
ambientais. Também percebemos que a necessidade de manipulação de grandes volumes de variáveis tornou
imprescindível o uso das geotecnologias para o acompanhamento das modificações espaço-temporais que ocorrem no
mundo. As técnicas específicas ao estudo do comportamento espacial dos objetos e fenômenos dispostos na superfície
terrestre, como no caso das ferramentas de geoprocessamento, permitem a interligação de diversas ciências voltadas
para estudos desta natureza. A necessidade de se trabalhar todos estes conjuntos de dados, de naturezas e fontes
diversas, possibilitando análises de forma mais diversificada e integradora, promove uma incorporação crescente do uso
das geotecnologias como suporte as análises em geografia. O uso desses instrumentos torna-se ainda mais importante
quando tratamos de estudos que envolvam análises das mudanças ocorridas no espaço, onde temos uma enorme
heterogeneidade de atores envolvidos em organização e diferentes outras condições diversificando o seu uso. A Região
Metropolitana do Rio de Janeiro é um recorte político e espacial complexo, contendo uma cidade central que se polariza
e energiza outras cidades ao seu redor, com impactos econômicos, sociais e políticos. Criada originalmente em 1974, a
RMRJ sofre diversas alterações ao longo de sua história e atualmente é originada por 22 municípios: Belford Roxo,
Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japerí, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu,
Paracambi, Petrópolis, Queimados, Seropédica, São Gonçalo, São João de Merití, Tanguá, Cachoeiras de Macacu e
Rio Bonito. Responsável por uma contribuição de aproximadamente 70% do PIB do estado, a RMRJ concentra os fluxos
de capital e de serviços o que contribui para que sua população estimada em aproximadamente 13 milhões de
habitantes (IBGE,2021). Apesar disso, a região possui intensa desigualdade, tanto entre os municípios como
internamente nos próprios municípios. Segundo os dados do Mapa da Desigualdade da Região Metropolitana do Rio
de Janeiro (Casa Fluminense, 2020), duas milhões de pessoas precisam se deslocar diariamente para capital, onde
acessam oportunidades de emprego, estudos, lazer, hospital, entre outros. Apesar disso, sabemos que a RMRJ possui
outras centralidades que acentuam o deslocamento de pessoas e, consequentemente, facilitam o deslocamento de
doenças como a COVID19. Por esse motivo, o recorte da RMRJ foi escolhido para entender o comportamento da
pandemia em uma perspectiva multiescalar ao longo do tempo pandêmico, trazendo as centralidades que compõem a
RMRJ e as centralidades internas de cada município pertencentes a RMRJ.
Objetivos

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A presente pesquisa tem como objetivo mapear e analisar a dinâmica espaço-temporal da COVID-19 na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro através de uma perspectiva socioeconômica. Como objetivos específicos tem-se:
1.Analisar a distribuição e o vetor de direção do número de casos de COVID-19 na RMRJ e em seus municípios a partir
do início da pandemia (fevereiro de 2020), identificando as ondas da doença e os possíveis padrões internos de cada
município e da própria região metropolitana. 2.Espacializar e analisar indicadores socioeconômicos através do censo
2010 (ou 2022 dependendo da disponibilidade dos dados) e de dados do Cadastro Único para Programas Sociais –
CadÚnico. 3.Gerar mapas, gráficos, tabelas e relatórios que descrevam a trajetória da COVID-19 frente aos diferentes
níveis socioeconômicos e de centralidade para RMRJ e de seus municípios. 4.Criar um ambiente de download no site
www.dageop.com.br para disponibilização de todos os produtos gerados para aquisição gratuita. 5.Elaborar materiais
didáticos para divulgação do projeto nas escolas. 6.Publicar livro e artigos em revistas científicas da área. Além disso,
a proposta tem o compromisso de articular as pesquisas em nível de mestrado e graduação (pesquisa e extensão) que
são orientadas no âmbito do Grupo Dinâmicas Ambientais e Geoprocessamento da UERJ-FFP.
Metodologia ou Método
A pesquisa está dividida em seis etapas. A primeira é contínua e consiste na aquisição e organização dos números de
casos da COVID-19 por mês e bairro disponibilizados pela plataforma DATASUS, que é alimentada tanto pela secretaria
de Saúde do Estado do Rio de Janeiro quanto pelas secretarias municipais. Segundo CARDOSO et al. 2022, os dados
são tratados como informações brutas que não têm sentido isoladamente e sem um processamento adequado. Assim,
para ser considerado uma informação geográfica deve ter uma coordenada geográfica ou padrões de associação
espacial, como um bairro por exemplo. Por outro lado, a informação geográfica é uma síntese de dados organizados e
processados, resultando em um valor total. Assim sendo, essa etapa é fundamental para a pesquisa, uma vez que a
organização e tratamento garantem a minimização de ruídos nas informações geradas. Para isso, será utilizada a
linguagem de programação R através do software RStudios que irá auxiliar na compatibilização dos dados que
posteriormente serão processados em ambiente de SIG por meio do software ArcGis Pro, sendo após integrado ao
banco de dados geográficos do projeto. Cabe destacar que essa etapa irá se encerrar no quarto mês do terceiro ano,
para que haja tempo de se concretizar as atualizações tardias feitas pelo DATASUS e para que se consiga concretizar
as etapas seguintes dentro do prazo do projeto. Já a segunda etapa consiste na identificação da alta de casos da
doença. Essa identificação será realizada através dos dados organizados e pelo mapeamento do vetor de direção da
doença ao longo dos meses. Nesse caso, serão gerados centroides dos meses considerando o número de casos por
bairro de cada município. Para isso, serão aplicadas as fórmulas propostas por (HERMUCHE, 2013), onde fmédia e
?média representam respectivamente a latitude e longitude média dos bairros (1), já fbairro e ? bairro representam
respectivamente a latitude e longitude do centroide de cada bairro (2) e por fim x simboliza a variável, no caso o peso,
que cada bairro terá referente a quantidade de casos de Covid-19 no período. ( fmédia= S(fbairro.(x)))/S(x) (1)
(?média= S(?bairro.(x)) )/(S(x)) (2) Essa etapa será feita em três momentos, uma vez que ainda estamos em um estado
pandêmico sem previsão término. Ou seja, primeiro será feita essa análise para os 3 três primeiros anos de pandemia e
depois em dois momentos subsequentes a aquisição e organização dos dados. A terceira etapa consiste na
identificação dos elementos principais da estrutura espacial urbana na RMRJ. Rodrigue (2006) considera que a
estrutura espacial é articulada através de nós e ligações. As ligações são infraestruturas responsáveis pelo fluxo dos
nós, esse último reflete na centralidade das atividades urbanas podendo se concentrar em acessibilidade ao sistema de
transporte. Desta forma, a acessibilidade está vinculada ao sistema de transporte de um determinado lugar que podem
auxiliar na identificação de pontos focais de concentração de pessoas (centros e subcentros). Assim sendo, nessa etapa
será mapeada as centralidades através das vias de transporte da RMRJ, sendo utilizado para isso a base de vias
disponibilizada pelo IBGE, já para o processamento do dado será utilizado o ArcGis Pro. A quarta etapa está na
seleção, organização e mapeamento dos indicadores socioeconômicos para atender as escalas de análise. Para tal,
serão utilizados dados do CENSO 2010, com a possibilidade de atualização dos dados para o CENSO 2020 que está
em andamento. Além disso, serão requisitados os dados atualizados do CadÚnico para auxiliar na identificação das
áreas de vulnerabilidade. Por fim, também serão analisados e mapeados o Índice de Vulnerabilidade Social proposto
pelo Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA que resulta da média aritmética do IVS Infraestrutura Urbana, IVS
Capital Humano e IVS Renda e Trabalho que são calculados a partir de dados do CENSO. A quinta etapa consiste na
sobreposição e análise dos dados da COVID-19, regiões de centralidades e indicadores socioeconômicos com o
objetivo de entender a dinâmica da doença em suas ondas, tanto na RMRJ quanto internamente nos municípios. Essa
análise será feita através de correlação espacial tanto na plataforma ArcGis Pro quanto no RStudios tendo como
produto mapas e gráficos representativos da Covid-19 ao longo do tempo. Desta forma, será possível considerar as
diferenças internas de cada município e sua participação da dinâmica da RMRJ. Por fim, a última etapa tem como
objetivo a adaptação dos produtos gerados em materiais didáticos para a distribuição e apresentação nas escolas.
Resultados Esperados

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Todos os dados serão compatibilizados para monitoramento da COVID-19, assim como estarão estruturados em banco
de dados geográfico. Todos esses resultados contribuem para pesquisas futuras, não somente dos pesquisadores
envolvidos neste projeto (alunos e orientador), como também por qualquer grupo interessado em realizar suas
pesquisas na RMRJ. Assim, como resultado esperado da presente pesquisa tem-se: 1.Mapas com a análise do padrão
de distribuição do número de casos ao longo das ondas da doença. 2.Mapas com indicadores socioeconômicos dos
dados do censo e do CadÚnico 3.Mapas, gráficos, tabelas e relatórios que descrevam a trajetória da COVID-19 frente
aos diferentes níveis socioeconômicos e de centralidade para RMRJ e de seus municípios. 4.Ambiente de acesso aos
dados no site www.dageop.com.br de forma gratuita. 5.materiais didáticos para divulgação do projeto nas escolas.
6.Livro e artigos em revistas científicas da área.
Orçamento detalhado e justificado
1) Notebook no valor de R$15.000, para processamento de grande quantidade de dados (bigdata) 2) Datashow no valor
de r$5.000,00 para apresentação de seminários internos e externos e de eventos na escolas 3) Refil de Tinta Epson
EcoTank. 10 unidade no valor de r$ de 250,00 totalizando r$ 2.500,00 para impressões de mapas e boletins informativos
para entregar nas escolas (divulgação do projeto). 4) Folhas de Papel A4 Sulfite 5000 fl. 2 unidades no valor de R$
350,00, totalizando r$ 700,00 para impressões de mapas e boletins informativos para entregar nas escolas (divulgação
do projeto). 5) Impressão de Mapas em Folhas A1. 50 unidades no valor de r$ 150,00, totalizando 7.500,00 para
impressões de mapas e boletins informativos para entregar nas escolas (divulgação do projeto). 6) Combustível para
Veículo. 200 unidades no valor de r$ 5,00, totalizando r$ 1.000,00 para realização de reuniões acadêmicas dentro da
Região Metropolitana do Rio de Janeiro e visitação nas escolas. 7) Diárias para hospedagens. 20 unidades no valor de
r$ 320,00 totalizando r$ 6.400,00 para hospedagem de participação de eventos científicos. 8) Passagens aéreas. 6
unidades no valor de r$2.000,00 totalizando r$ 12.000,00 para eventos e reuniões científicas para divulgação do projeto
e trocas de experiências. 9)Licença Office 360. 3 unidades no valor de r$300,00 totalizando r$ 900,00 para redação do
projeto, criação de gráficos, planilhas e armazenamento na nuvem. 10)Licença ArcGis Pro . 3 unidades no valor de r$
1.000,00 totalizando r$3.000,00 para processamento de dados geoespaciais. 11) Manutenção de Equipamentos de
Informática. no valor de r$17.400,00 para manutenção dos equipamentos ao longo do projeto. 12) Serviços de
carpintaria. no valor de r$ 15.000,00 para adequação do espaço para bancadas para computador e armários para
guardar equipamentos
Bibliografia relacionada ao projeto
BARRETO, Maurício Lima. O Espaço e a Epidemiologia: entre o conceitual e o pragmático. Cadernos de Saúde Pública,
Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 613-614, 2000. CARDOSO, P. V., SEABRA, V.S., COSTA, E.C.P., PIMENTEL, J.R.,
MACHADO, K.P. Análises espaciais dos casos de Covid-19 no município de São Gonçalo (RJ). In: SEABRA, V.S,
CARDOSO, P.V. COVID-19: Análises e representações da pandemia no estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:
Consequência Editora, 2022. CASA FLUMINENSE, Mapa da desigualdade região metropolitana do Rio de Janeiro,
2020. COSTA, Maria da Conceição Nascimento; TEIXEIRA, Maria da Glória Lima Cruz. A concepção de “espaço”
investigação epidemiológica. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.15, n. 2, p. 271-279, 1999. CZERESNIA,
D., RIBEIRO, A. M. "O conceito de espaço em epidemiologia: uma interpretação histórica e epistemológica." Cadernos
de Saúde Pública 16, 595-605, 2000. HERMUCHE, Potira Meirelles. Dinâmica da produção de ovinos naturalizados no
Brasil. 2013. xiii, 136 f., il. Tese (Doutorado em Geografia) —Universidade de Brasília, Brasília, 2013. IBGE –
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Estimativa populacional. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
MEDRONHO, Roberto de A. Geoprocessamento. In: ______. Geoprocessamento e Saúde: Uma Nova Abordagem do
Espaço no Processo Saúde-Doença. Rio de Janeiro: Nect, FIOCRUZ, 1995. p. 47-55. Pedrosa, M. C. N. A vigilância à
saúde na perspectiva de combinação de planos de informação das vigilâncias através de geoprocessamento.
Monografia (Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) – Departamento de Saúde Coletiva, Centro
de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz. 2008 REID, Ann H.; TAUBENBERGER, J.K.; FANNING,
Thomas G. The 1918 Spanish influenza: integrating history and biology. Microbes and Infection, n.3, p.81-87, 2001.
Rodrigue, J. P. (2006) Transportation and Urban Form. In: The Geography of Transports Sistems. Routledge. SUSSER,
M. The logic in ecological: II. The logic of design. American Journal of Public Health, Nova York, v. 84, p. 831-835, 1994.
SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1996. Sites consultados: Organização Panamericana de
Saúde (OPAS). Disponível em: https://www.paho.org/bra/. Acessado em 01/09/2022.
Especialidade 1
Geografia
Especialidade 2
Geocartografia
Especialidade 3
Sistemas e Ciência da Informação Geográfica
Especialidade 4
Geoprocessamento
Palavra Chave1
COVID-19

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Palavra Chave2
Geografia da Saúde
Palavra Chave3
Análise Espacial
Palavra Chave4
Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Cronograma
Nome do cronograma anexado
Cronograma.xlsx

Documentos
Nome do documento anexado
Currículo Lattes/CNPq resumido e (2017 a 2021) (EM PDF)
Plano de Trabalho com cronograma (EM PDF)
Outros Documentos 2 (EM PDF)
Declaração de Comitê (quando obrigatório) (EM PDF)
ANEXO 3 - Anuência da Instituição (EM PDF)
Certidão de nascimento do/a filho/a - item 2.2.1 (quando necessário) (EM PDF)
Projeto Completo em PDF
Relação sucinta de outras produções científicas (EM PDF)
Comprovação PPG credenciado (EM PDF)
Outros Documentos 3 (EM PDF)
Comprovante de atividades - item 2.5 do edital (quando obrigatório) (EM PDF)
Relatório detalhado de atividades (quando obrigatório) (EM PDF)
Outros Documentos 1 (EM PDF)
Recursos financeiros obtidos junto a agência de fomento nacionais etc. (EM PDF)
Diploma de Doutorado ou ata de defesa (EM PDF)

Data de envio para Faperj: 09/09/2022

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