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Estudos em Geociências

Debate na JICT:

“Geoética e divulgação das Ciências” &

“Recursos, Sustentabilidade e Alterações Climáticas”

Doutoramento em Geociências

Fernando Massora Pedro

201210034

Abril

2021
Estudos em Geociências

Debate na JICT:

“Geoética e divulgação das Ciências” &

“Recursos, Sustentabilidade e Alterações Climáticas”

Doutoramento em Geociências

Fernando Massora Pedro

201210034

up201210034@edu.fc.up.pt

Trabalho a ser apresentado na Unidade Curricular Estudos em Geociências, do


programa Doutoral em Geociências da Faculdade de Ciências da Universidade do
Porto em Coordenação com Universidade do Aveiro

Abril

2021
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Jornadas do ICT
As jornadas do Instituto de Ciências da Terra (ICT) correspondem a um momento anual
de encontro, partilha, discussão e reflexão interna relativa aos trabalhos de investigação
desenvolvidos durante o ano pelos membros do ICT. Este centro de I & D está dividido
em três Polos e por isso os seus membros encontram-se acolhidos pelo Polo do Porto
(Universidade do Porto), Polo do Minho (Universidade do Minho) e Polo de Évora
(Universidade de Évora). A organização das Jornadas é por esta razão realizada e
acolhida rotativamente entre os diferentes Polos e Universidades, sendo a Organização
liderada pelo Polo que as acolhe, e apoiada por membros dos restantes polos.

Decurso das jornadas nestas novas condições


Neste ano as jornadas do ICT, decorreram nos dias 11 e 12 de fevereiro, no Polo do
Porto (Universidade do Porto) acolheu presencialmente estas Jornadas que, devido ao
contexto pandémico em que vivemos, viram a sua realização passar exclusivamente para
Online. Assim, o programa teve apresentações dos trabalhos desenvolvidos pelos
membros do ICT e ainda duas sessões de debate. Os tópicos das sessões de debate
foram transversais a todos os grupos do ICT. O primeiro tópico foi “Geoética e divulgação
das Ciências” e o segundo “Recursos, Sustentabilidade e Alterações Climáticas”. Este
contexto obrigou a repensar na totalidade o modo de organização das Jornadas,
adaptando-se a novas ferramentas e modos de comunicar. Mas a ciência faz-se disso, de
adversidade e adaptação. Nestes debates que contou com a participação de diversas
figuras do mundo da geologia de Portugal, entre professores no ativo, professores
jubilados e reformados, membros integrados do ICT, colaboradores e estudantes dos
programas doutorais dos polos da Universidades do Porto, Minho e Évora. Espera-se, no
entanto, que no próximo ano possa encontrar presencialmente na Universidade de Évora
para a edição de 2022.

Estas Jornadas têm como público alvo, e exclusivo, membros integrados, não integrados
e colaboradores do ICT, para além dos estudantes doutorandos dos 3 polos. Não
obstante da privacidade desta reunião científica, os resultados que advêm do trabalho de
investigação desenvolvido no ICT contribuem para a resolução de questões relacionadas
com as ciências da terra que são comuns à sociedade. A multidisciplinaridade que as
Jornadas apresentam é sem dúvida um trunfo valioso para o ICT. A possibilidade de
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partilha entre áreas tão distintas, com membros especializados em temas tão diversos,
promove a definição de guias de investigação importantes e alinhadas com as
necessidades nacionais e europeias.

Geoética e divulgação das Ciências


A geoética lida com as implicações éticas, sociais e culturais das geociências, assim
como com o papel social e a responsabilidade dos geocientistas, os geocientistas deve
levar a sério a sua responsabilidade no que diz respeito a preservação da natureza a
quando da exploração dos recursos. Nesta ocasião foi também partilhada a experiência
de vários outros membros, do ICT, como é caso dos professores reformados, de como
devia ser a ética na comunidade dos geocientistas. Ficou vincado também que nada é
mais relevante do que abordar dilemas e cenários em contexto português onde se
possam discutir essas questões. A responsabilidade das empresas responsáveis por
exploração nas diversas áreas de atuação nível mundial. Qual é o papel da comunidade
geocientista neste âmbito, no webinar, foi referido o caso particular da descoberta,
proteção e preservação desta classe, sob o risco de no futuro não ter candidatos para a
área.

Neste debate também foi frisado que o processo de aprendizagem é reconhecer que a
compreensão geocientífica influência o crescimento económico e o desenvolvimento de
um país e, a sua cultura de forma geral, de forma igual, as atividades humanas interagem
e modificam de forma irreversível o planeta terra e o ecossistema. Essas atividades
sustentam as visões do mundo, os sistemas de crenças e os valores que são
culturalmente definidos e que estabelecem os limites dos comportamentos e práticas
geocientíficas. A geoética deve consistir na investigação e reflexão sobre os valores que
sustentam os comportamentos e práticas certas, onde as atividades humanas interagem
com o sistema da Terra. Por essa razão, a geoética deve ajudar a reavaliar
comportamentos, aumentar a consciência para atividades humanas alternativas ou
mesmo redirecionar modelos económicos de crescimento e desenvolvimento das
sociedades visadas. A geoética é um ramo emergente das geociências por isso, temos
que demonstrar o seu valor e utilidade no desenvolvimento sustentável, o que requere
um esforço conjunto e concertado. A geoética deve ser encarrada como um desafio
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fundamental será promover a compreensão científica e a relação de familiaridade com as


metas do processo de aprendizagem.

Ficou também vincado neste debate a necessidade de fazer-se uma divulgação, mais
eficaz no que diz respeito a formação de novos quadro na área de geociências, como
forma de fazer frente aos novos desafios que o mundo vai enfrentando na área de
atuação, no que diz respeito as responsabilidades das empresas deste ramo e as
responsabilidades dos próprios colaborados que são parte integrante e mais importantes
desta comunidade, salientar a importância de um geocientista na comunidade, na
pesquisa e no ensino.

Recursos, Sustentabilidade e Alterações Climáticas


Este debate contou praticamente com o mesmo elenco que participou no primeiro
debate, uma vez que era uma continuação das atividades dos trabalhos das jornadas ICT
2021. Aqui começou por ser salientado que os recursos estão a ficar escasso na
natureza, devido a exploração irracional dos mesmo pelo homem, e por outro lado devido
a falta de tratamento adequado dos rejeitos por parte de algumas mineradoras que acaba
provocando muitos impactos negativos ao ambiente e a comunidade local. A exploração
sustentável dos recursos deve ser vista como uma forma de evitar o desperdício de dos
recursos, outra forma deve ser o uso de recursos renováveis, a reciclagem de material ou
então a procura de material alternativo. Ficou também vincado que a exploração dos
recursos por algumas empresas, não se reflete na mudança ou melhoria das condições
de vida da maioria da população no local da exploração. Muitas vezes, a ganga é
geralmente acumulada em escombreiras, que são depósitos superficiais junto as
explorações minerais. As escombreiras causam poluição visual, aumenta o risco de
deslocamento de terreno e podem conter substâncias tóxicas que poluem o solo e a
água, desta forma podem também causar desertificação em zonas de acúmulo de
escombreiras, que poderá culminar por outro lado com as grandes situações de
mudanças climáticas que são verificadas no nosso quotidiano.

Ficou dito que toda a dinâmica associada a exploração dos recursos pode afetar o clima,
por meio de alterações e criar danos ambientais irreversíveis. Para evitar os principais
problemas que as explorações de recursos podem provocar as alterações no clima é
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praticar a resiliência climática, desta feita o geólogo tem um papel importante nessa
atividade, que deve começar por; as companhias, devem adotar uma responsabilidade
nas áreas das suas atividades através de gestão ambiental, na sua área de exploração
como forma de garantir a sustentabilidade dos recursos e uma forma mais adequada de
usos dos recursos; deve se privilegiar o uso de recurso que menos poluem por conta da
natureza dos serviços e das implicações no clima; aconselhar as empresas do ramo a
terceirizar as atividades de gestão ambiental, recuperação ambiental, e riscos de
desastres ambientais através de quotas para a sua recuperação e manutenção, propor e
aplicar o plano de recuperação ambiental depois do fecho da atividade, por parte dos
governos deve-se também adotar uma fiscalização muito seria de forma a garantir a
responsabilização das empresas de exploração, a sua parte de recuperação e
preservação do meio. Em suma, ficou que, se pretendermos um ambiente saudável,
devemos pensar em uma atividade sã.

Neste debate estavam quase 100 participantes, dentre eles os membros dos três polos
do ICT, colaboradores dos três polos e estudantes de programas Doutorais em
Geociências dos três polos. O debate teve maior contribuição dos membros e
colaboradores, que possuem uma informação e experiências mais elevadas nessa
matéria.

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