Você está na página 1de 25

Patologia do Trato GastroIntestinal:

1. Esofagites
2. DRGE
3. Gastrites
4. DII: crohn e diverticulites

Esôfago:
Afecções podem ser Motores e Mecânicos:
a. Acalásia (motor)
Relaxamento prejudicado do músculo liso (obstrução esofágica). Acalásia é caracterizada pela
tríade de relaxamento incompleto do EEI (esfíncter esofágico inferior), tônus aumentado do EEI e
aperistalse do esôfago. Acalásia primária é resultado de degeneração dos neurônios inibidores
esofágicos distais, ou seja ,da célula ganglionar.
Acalásia secundária: Chagas - causa destruição do plexo mioentérico, falha no peristaltismo e dilatação
esofágica.
★ Sintomas incluem: disfagia para sólidos e líquidos, dificuldade para eructar e dor torácica.

b. Megaesôfago
É uma evolução da acalásia. Tanto na acalásia quanto no megaesôfago tem o clareamento
esofágico - O clareamento esofágico ocorre toda vez que o material refluído do estômago atinge o
esôfago, independente do refluxo ser fisiológico ou patológico - comprometido - disfagia

★ Quadro Clínico
Refluxo, regurgitamento, tosse, broncoaspiração, disfagia, perda de peso.

Lacerações:
Causas Esofágicas da Hematêmese: vômito com conteúdo sanguinolento
● Lacerações - síndrome de Mallory-Weiss;

a. Varizes (cirrose):
O sangue venoso do trato GI passa pelo fígado através da veia porta, antes de voltar para o
coração. Doenças que impedem esse fluxo causam HIPERTENSÃO PORTAL e podem levar ao
desenvolvimento de varizes esofágicas, uma causa importante de sangramento esofágico.

Patogenia:
A hipertensão portal resulta no desenvolvimento de canais colaterais: varizes - levam o desenvolvimento
de plexos venosos subepiteliais e submucosos congestos dentro do esôfago distal e do estômago
proximal.
Mais comum em pacientes cirróticos (hep. alcóolica); Esquistossomose hepática;

★ Aspectos Clínicos:
Pode ocorrer hemorragias;

b. Esofagite Química e Infecciosa:


A mucosa escamosa estratificada pode ser lesada por uma variedade de irritantes: álcool, ácidos e álcalis
corrosivos, fluidos quentes e fumo intensivo;
Os sintomas: dor autolimitada especialmente ao engolir, hemorragia, estenose ou perfuração em casos
graves;
Infiltrados de neutrófilos estão presentes na maioria dos casos, mas podem estar ausentes nas lesões
induzidas por químicos;

c. Esofagite de Refluxo (erosiva):


Epitélio sensível ao ácido. Glândulas submucosas (no esôfago proximal e distal contribuem com
mucina e bicarbonato). O tônus do esfíncter esofágico inferior previne o refluxo de conteúdos gástricos
acídicos.
O refluxo de conteúdos gástricos no esôfago inferior é a causa mais frequente de esofagite. A
condição clínica associada é chamada de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

Patogenia: Relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior. Assume-se de que ele é mediado por
vias vagais e que pode ser desencadeado pela distensão gástrica, por gás ou alimentos, estimulação
faríngea moderada que não induz a deglutição, e estresse. Há outras causas (tosse, esforço ou movimento
de curvar-se); Álcool, tabaco, obesidade, depressivos, gravidez, hérnia de hiato.
Hérnia hiatal.

★ Aspectos Clínicos: DRGE - azia, disfagia, regurgitação de conteúdos gástricos com sabor ácido;
>= 2x/semana, por 1-2 meses. EDA pode estar normal, geralmente com esofagite, mas não determinante.

Sintomas X Gravidade:
Nódulos de corda vocal, otite, sinusite, faringite, laringite, asfixia noturna, tosse crônica, fibrose
pulmonar…

Refluxo -> alterações histológicas; Anatômicas: pinçamento do diafragma, ângulo agudo do esôfago,
abertura inadequada; Fisiológicas: alterações EEI; Clareamento esofágico - motilidade; Fatores
genéticos;

-> Hérnia de Hiato:

d. Esofagite Eosinofílica:
Os sintomas incluem a impactação dos alimentos e disfagia em adultos e intolerância à
alimentação ou sintomas semelhantes à DRGE em crianças. Grande número de Eosinófilos intraepiteliais.
A maioria dos indivíduos com esofagite eosinofílica é atópica e muitos têm dermatite atópica, rinite, asma
ou eosinofilia periférica moderada.

Hipersensibilidade -> alergia -> inflamação recorrente/crônica.

e. Esôfago de Barrett: Lesão precursora do câncer


Complicação da DRGE crônica, caracterizada por metaplasia - Metaplasia é uma alteração
reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo
celular - intestinal dentro da mucosa escamosa esofágica. Ele confere um grande risco de
adenocarcinoma - é um tipo de câncer que afeta as glândulas e o tecido epitelial dos órgãos excretores.
Pode ser reconhecido como uma ou várias línguas ou placas vermelhas de mucosa aveludada, se
estendendo para cima, a partir da junção gastroesofágica. Mucosa metaplásica se alterna com uma
mucosa escamosa (esofágica); Diagnóstico: requer evidência endoscópica e biópsia.

★ Aspectos Clínicos:
Em debate. Ressecção cirúrgica, esofagectomia, ablação por laser e mucosectomia endoscópica.

f. Tumores Esofágicos
Sintomatologia: Disfagia, obstrução crônica e tardia, emagrecimento e debilidade física.
Cânceres esofágicos distribui-se em dois tipos:
1. Adenocarcinoma
Maioria surge do esôfago de Barrett (EB). Alta incidência devido ao refluxo gastroesofágico relacionado à
obesidade e o esófago de Barrett. Progressão do EB para o adenocarcinoma ocorre durante um longo
período, com aquisição gradual de alterações genéticas e epigenéticas. Anormalidades cromossômicas,
mutação do TP53 e a regulação negativa do inibidor de cinase dependente da ciclina CDKN2A.
Geralmente ocorre no terço distal do esôfago e pode invadir a cárdia adjacente.

★ Aspectos Clínicos:
Eles se apresentam mais comumente com dor ou dificuldade de deglutição, perda de peso progressiva,
hematêmese, dor torácica ou vômitos.

2. Carcinoma - tumores malignos que se originam nos tecidos epiteliais - de Células Escamosas
Alimentos contaminados por fungos (nitrosamina); Infecção pelo HPV; Bebidas quentes;
O carcinoma de células escamosas esofágicas está associado ao uso de álcool e tabaco, pobreza,
lesões esofágicas cáusticas, acalásia, tilose e síndrome de Plummer‑Vinson.

Estômago
Gastrite
A gastrite é um processo inflamatório da mucosa. Quando há a presença de neutrófilos: gastrite aguda;
Quando células inflamatórias são raras ou estão ausentes, o termo gastropatia é aplicado. Agentes que
causam a gastropatia incluem: AINES, álcool, bile, lesões por estresse.
Tanto a gastropatia quanto a gastrite aguda podem ser assintomáticas ou causar graus variáveis
de dor epigástrica, náusea e vômito. Em muitos casos graves pode haver erosão da mucosa, ulceração,
hemorragia, hematêmese, melena, perda sanguínea maciça.

Patogenia: A gastropatia, gastrite aguda e crônica podem ocorrer como consequência da perda de
“mecanismos protetores”.
AINES: inibem a síntese de prostaglandinas E2 e I2 dependente da COX, as quais estimulam quase todos
os mecanismos de defesa, incluindo muco, o bicarbonato e a secreção de fosfolipídios, fluxo sanguíneo da
mucosa e restituição epitelial.
H. pylori: secretor da urease pode decorrente da inibição dos transportadores gástricos de bicarbonato
pelos íons amônio. (combinações de antibióticos e inibidores de bombas de prótons);

COMPLICAÇÕES DA GASTRITE CRÔNICA:


Doença Ulcerosa Péptica:
Refere-se à ulceração crônica da mucosa, que afeta o duodeno ou o estômago. Quase todas as úlceras
pépticas estão associadas à infecção por H. pylori, AINES ou ao consumo de cigarros. Resulta de
desequilíbrios entre os mecanismos de defesa da mucosa e fatores lesivos que causam gastrite crônica.
Logo, a DUP geralmente se desenvolve em um ambiente de gastrite crônica.

★ Aspectos Clínicos: Queimação epigástrica ou dor forte, complicações como anemia por
deficiência de ferro, hemorragia ou perfuração.
Dor tende a ocorrer de 1 a 3 horas após as refeições durante o dia, sendo pior à noite. Náusea,
vômito, distensão, arrotos e perda de peso.

Aula 2: Doença Inflamatória Intestinal


● Processo inflamatório espontâneo
● Hipótese: contra germes da microbiota fisiológica
● Idiopático
● História familiar
● Apresentam diferenças clínicas, histo, radio e endoscópicas
● Diagnóstico diferencial: infecções, diverticulites, apendicite, vasculite intestinal
● complicações: sangramentos, megacólon tóxico, perfuração e peritonite, estenoses: abdome
agudo obstrutivo, fístulas, câncer

Doença Intestinal Inflamatória:


É uma condição crônica resultante da ativação imunológica inapropriada da mucosa. Os dois
distúrbios que compreendem a DII são a colite ulcerativa e a doença de Crohn. A distinção entre ambas
baseiam-se em grande parte na distribuição do local afetado e na expressão morfológica da doença. A
colite ulcerativa é limitada ao cólon e ao reto e estende-se apenas à mucosa e à submucosa. Por outro
lado, Crohn, pode comprometer qualquer trecho do trato GI e é tipicamente transmural.
Patogenia: Resulta dos efeitos combinados de alterações nas interações de hospedeiros com a
microbiota intestinal, disfunção epitelial intestinal, respostas imunológicas aberrantes da mucosa e
composição alterada do microbiota do intestino; Genética (um dos genes mais fortemente associados à
doença de Crohn é o NOD2, o qual codifica uma proteína intracelular que se liga aos peptidoglicanos
bacterianos e ativa eventos de sinalização, incluindo a via NF-kB; ATG16L (autofagia) e IRGM (relacionada
com a imunidade);

Respostas Imunológicas da Mucosa: Muitas citocinas pró‑inflamatórias, incluindo a TNF, interferon‑γ e


IL‑13, bem como moléculas imunorregulatórias, como a IL‑10 e TGF‑β, aparentam ter um papel
importante na patogenia da DII. O papel do IL‑10 é apoiado por observações que mostram que as
mutações autossômicas recessivas na IL‑10 e no gene receptor de IL‑10 estão ligadas ao surto precoce e
grave da DII.

Defeitos epiteliais: Defeitos na função de barreira da junção epitelial intestinal; Polimorfismos;

Um modelo que unifica os papéis da microbiota intestinal, da função epitelial e da imunidade


da mucosa sugere um ciclo pelo qual o fluxo transepitelial dos componentes bacterianos luminais ativa as
respostas de imunidade inata e adaptativa. Em hospedeiros geneticamente suscetíveis, a liberação
subsequente de TNF e outros sinais imunomediados direciona o epitélio para aumentar a
permeabilidade das junções oclusivas, o que causa aumento subsequente no influxo do material luminal.
Esses eventos podem estabelecer um ciclo autoamplificador que dá origem a respostas imunes de má
adaptação e de lesões.

Doença de Crohn

Pode ocorrer em qualquer área do trato GI, mas os locais mais comumente envolvidos, na
apresentação, são o íleo terminal, a válvula ileocecal e o ceco.

● Presença de lesões salteadas, diferem da colite ulcerativa;


● Presença de granulomas não caseosos (a ausência de granulomas não exclui o diagnóstico de
Crohn);
● As características microscópicas da doença de Crohn ativa incluem neutrófilos abundantes que se
infiltram e
● lesionam o epitélio da cripta.
● Transmural (afeta + de 1 camada);
● + em Mulheres;

Aspectos Clínicos:
1. Extremamente variáveis;
2. Começa com ataques intermitentes de diarreia, febre e dor abdominal;
3. Apresentam doença aguda com dor no QID, febre e diarreia sanguinolenta;
4. A reativação da doença pode estar associada a uma variedade de estímulos externos, incluindo
estresse físico ou emocional, itens da dieta e tabagismo;
5. Estreitamentos fibrosantes, particularmente do íleo terminal;
6. Fístulas se desenvolvem entre as alças intestinais e podem envolver a bexiga urinária, a vagina e
pele abdominal;
7. Manifestações extraintestinais: uveíte, poliartrite migratória, sacroileíte, espondilite,
branqueamento das pontas dos dedos.
8. Fístulas (complicação);
9. Massa palpável QIF (DOR), diarreia invasiva, dor abd., febre, anorexia, perda de peso, doença
perianal.

Retocolite Ulcerativa:
● Limitada ao cólon e ao reto;
● Manifestações extraintestinais sobrepõem-se às da doença de Crohn e incluem poliartrite
migratória, sacroileíte, espondilite anquilosante, uveíte e lesões na pele;
● Macroscopicamente, a colite ulcerativa sempre envolve o reto e se estende proximamente e de
modo contínuo para envolver parte ou todo o cólon. O delgado é normal, embora inflamações
leves da mucosa do íleo distal, chamadas de ileíte por refluxo, possam estar presentes em casos
graves de pancolite (doença do cólon inteiro);
● Características histológicas da mucosa afetada na colite são similares às da doença de Crohn e
incluem infiltrados inflamatórios, abscessos crípticos;
● + em Homens.
● Lesões ascendentes e uniformes;
● Só lesa íleo em casos graves;
● Hiperemia, edema, mucosa friável, erosões, ulcerações, exsudação de muco, pus ou sangue.
Mucosa pálida, atrófica. Forma pseudopólipos.

★ Aspectos Clínicos:
1. Caracterizado por ataques de diarreia sanguinolenta, com material mucóide viscoso, dor
abdominal inferior e cólicas que são temporariamente aliviadas pela defecação (podem persistir
por dias, semanas, meses);
2. Urgência fecal, cólicas, diarreia invasiva, insidioso, febre (RCU);

Complicações de qualquer DII:


1. Sangramentos, megacólon tóxico, perfuração e peritonite, estenoses, fístulas, câncer.

TRATO BILIAR
Intencionalidades: Colelitíase, Colecistite, Pancreatite Aguda.
Vesícula Biliar:
Cerca de 1L de bile é secretado pelo fígado, por dia. Entre as refeições, a bile é armazenada na
vesícula biliar, onde é concentrada. O órgão não é essencial para função biliar, uma vez que humanos não
sofrem de indigestão ou má absorção de gorduras após colecistectomia.

Colelitíase: Principal causa de pancreatite aguda


Os cálculos de vesícula afetam 10% a 20% das populações adultas nos países desenvolvidos.
Existem duas classes gerais de cálculos de vesícula: cálculos de colesterol e cálculos pigmentados,
compostos predominantemente de sais de bilirrubinato de cálcio.

Patogenia dos Cálculos de Colesterol: O colesterol é solubilizado na bile pela agregação aos sais biliares
hidrossolúveis e lecitinas insolúveis em água, que atuam como detergentes. Quando as concentrações de
colesterol excedem a capacidade de solubilização da bile (supersaturação), o colesterol pode não
permanecer disperso e tornar-se nucleado em cristais monoidratados de colesterol sólido.
1. Supersaturação da bile com colesterol
2. Hipomotilidade da vesícula biliar
3. Nucleação de cristais de colesterol acelerada
4. Hipersecreção de muco na vesícula biliar

Cálculos Pigmentares (bilirrubina): sais de cálcio de bilirrubina não conjugada.

Quadro: cólicas, dores após refeição gordurosa, náuseas, dor hipocôndrio direito. Complicações
colecistite, pancreatite aguda.
Fatores de Risco: Obesidade e SM, redução rápida de peso, estase da vesícula biliar, hiperlipidemia, sexo
fem.

★ Aspectos Clínicos
1. Podem ser assintomáticos;
2. Cólica biliar, que pode ser excruciante; Após uma refeição gordurosa;
3. A dor é localizada no quadrante superior direito ou na região epigástrica, que pode irradiar para o
ombro direito ou costas;
4. Complicações mais severas incluem empiema, perfuração, fístulas, inflamação da árvore biliar
(colangite), colestase obstrutiva e pancreatite.
5. São cálculos muito pequenos, ou “pedregulhos” que são os mais perigosos.
6. Cálculos biliares estão associados com um risco aumentado de carcinoma da vesícula biliar.

Colecistites
Inflamação da vesícula biliar pode ser aguda, crônica, ou aguda superposta à crônica. Quase sempre
ocorre em associação com cálculos de vesícula.

Colecistite Aguda:
A colecistite calculosa aguda resulta da irritação química e inflamação da vesícula biliar obstruída por
cálculos.
A camada de muco de glicoproteína normalmente protetora é rompida, expondo o epitélio da mucosa à
ação detergente direta dos sais biliares. As prostaglandinas liberadas dentro da parede da vesícula biliar
distendida contribuem para a inflamação da mucosa e mural; distensão e aumento da pressão
intraluminal comprometem o fluxo de sangue para a mucosa.

Morfologia: vesícula aumentada e tensa, com coloração vermelho-viva ou irregular. Violácea e


verde-negra por hemorragias subserosas.

★ Quadro Clínico: Dor progressiva hipocôndrio ou no epigástrio; Febre leve; Anorexia; Taquicardia;
Náusea e vômitos; Leucocitose; ++FA.
A maioria dos pacientes não apresentam icterícia.

Complicações:
Superinfecção bacteriana com colangite ou sepse; Perfuração da vesícula e formação de abscesso;
Ruptura da vesícula com peritonite difusa; Fístulas.

Pancreatites:
Normal:
A maioria das enzimas digestivas são sintetizadas como proenzimas inativas (zimogênios), que são
contidas dentro de grânulos de secreção.
• A maioria das proenzimas são ativadas pela tripsina, que é ativada por enteropeptidase duodenal
(enterocinase) no intestino delgado; assim, a ativação de proenzimas intra pancreáticas é normalmente
mínima.
• Células acinares e ductais secretam inibidores de tripsina, incluindo inibidor de serina protease tipo 1 de
Kazal (SPINK1), o que limita ainda mais a atividade de tripsina intrapancreática.

A pancreatite ocorre quando esses mecanismos de proteção são desordenados ou


sobrecarregados.

Aguda:
● Lesão reversível do parênquima pancreático;
● Associada à inflamação e tem diversas etiologias;
● Álcool e Obstrução do ducto pancreático;
● Resulta da liberação e ativação inadequadas de enzimas pancreáticas, que destroem o tecido e
estimulam uma reação inflamatória aguda. Ativação intrapancreática de tripsina provoca a
ativação de outras proenzimas (pró-fosfolipase e pró-elastase).
O consumo de álcool pode causar pancreatite através dos mecanismos.

Morfologia: inflamação e edema a uma grave extensa e necrose com hemorragia. Extravasamentos
microvasculares e edema, necrose gordurosa, inflamação aguda, destruição do parênquima pancreático,
destruição de vasos sanguíneos e hemorragia intersticial.

★ Aspectos Clínicos: Dor abdominal (faixa), anorexia, náuseas, vômitos acompanham a dor. Níveis
elevados de amilase e lipase favorecem o diagnóstico; Enzimas tóxicas, citocinas e outros
mediadores na circulação e à explosiva ativação da resposta inflamatória sistêmica, resultando
em leucocitose, coagulação intravascular disseminada, edema, síndrome da angústia respiratória
aguda e necrose gordurosa difusa. Icterícia.

USG/Tomografia; Opióide; Amilase/LIpase.

Crônica:
A pancreatite crônica é definida como uma inflamação prolongada do pâncreas associada com uma
destruição
irreversível do parênquima exócrino, fibrose e, nos estágios mais avançados, destruição do parênquima
endócrino.
Álcool é a causa mais comum.

Patologia Do Trato Genitourinário


● Cistites: “infecção da bexiga”
● Pielonefrites: “acometimento de pelve, cálice, infecção urinária, cálculo, regurgitação”;
● Litíase renal: “cálculo renal”
● HPB - hiperplasia prostática benigna
● Carcinoma: “bexiga rins”;

Infecções do Trato Urinário (ITU):


Pode ser:
● baixa (cistite, uretrite)
● alta (pielonefrite)

Em qualquer parte do trato urinário: pielonefrite (parênquima renal, tecido invadido por leucócitos),
orquite, epididimite, cistite, uretrite (IST), prostatite
● Dor abdominal, ardência ao urinar (disúria), polaciúria.

Patogenia
1. Via ascendente (floral normal -> bactérias);
a. Cistite -> pielonefrite (adesão ao epitélio ou refluxo);
2. Via Hematogênica: bacteremia;
3. Via linfática (SE aumento pressão intravesical HPB);
4. Fístula Vesicoenteral: TGI + TU

Fatores de Risco
● redução da flora não patogênica; AB, atrofia pós menopausa, uso de espermicidas
● adesão bacteriana e/ou sangue P (sangue mais propenso a infecções)- E. coli e proteus - fímbrias
(antígenos do grupo sg P); refluxo vesicoureteral; corpo estranho catéter (biofilme); cálculos;
gravidez; reduz tônus e peristalse; pressão uterina - RVU; tamanho do inóculo; bacteremia grande;
fatores de defesa do hospedeiro; DM2, HIV, CA, IRC, corticoide

Morfologia: Cistites: hiperemia de mucosa, com exsudato; Infiltrado inflamatório;


Pielonefrite: nefrite túbulo intersticial;

Nefrite Tubulointersticial
Este grupo de doenças renais envolve lesões inflamatórias dos túbulos e interstício, sendo muitas vezes
de início insidioso e se manifestando principalmente por azotemia.

Cistites
Infecção da bexiga, trato baixo, de modo geral, da quadro clínico mais brando superficial em mucosa da
bexiga.
A pielonefrite bacteriana frequentemente é precedida por infecção da bexiga urinária, com disseminação
retrógrada de microrganismos para rins e seus sistemas coletores.

Agentes etiológicos mais comuns: E. coli, proteus, klebsiella, enterobacter.


Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver cistite como resultado de suas uretras mais curtas.

Morfologia:
hiperemia de mucosa, com exsudato, infiltrado inflamatório.
★ Clínica: (1) frequência, que em casos agudos pode exigir micção a cada 15 a 20 minutos; (2) dor
abdominal baixa, localizada na região da bexiga ou na suprapúbica; e (3) disúria — dor ou
queimação ao urinar.

Pielonefrite e Infecção do Trato Urinário:


É definida como uma inflamação afetando os túbulos, o interstício e a pelve renal.

Ocorre em duas formas:


● Pielonefrite aguda - causada por infecção bacteriana e é associada à infecção do trato urinário;
● Pielonefrite crônica - distúrbio mais complexo; A infecção bacteriana desempenha papel dominante,
mas outros fatores (refluxo vesicoureteral, obstrução) predispõem a repetidos episódios de
pielonefrite aguda.

É uma complicação séria das infecções do trato urinário que afetam a bexiga (cistite), os rins e os
seus sistemas coletores (pielonefrite), ou ambos.
A infecção do trato urinário inferior sempre carrega o potencial de se propagar para o rim.

Patogenia
1. A maioria dos casos de infecção do trato urinário são causados por bacilos Gram-Neg que são
residentes normais do trato urinário.
2. Na maioria da ITU, os organismos são derivados da própria flora fecal do paciente. (Escherichia
coli**, Proteus, Klebsiella e Enterobacter).
3. Qualquer outro tipo de agente bacteriano ou fúngico também podem causar infecção do trato
urinário inferior e dos rins.

Duas rotas pelas quais as bactérias podem alcançar os rins:


1. Através da corrente sanguínea (infecção hematogênica)
a. Menos comum;
b. Resulta da semeadura dos rins por bactérias de focos distantes no curso de uma septicemia ou
de infecções localizadas;
c. mais provável que ocorra na presença de obstrução ureteral;

2. A partir do trato urinário inferior (infecção ascendente)


a. Mais comum;
b. Parênquima renal, tecido invadido por leucócitos
c. Em geral dá sintomas sistêmicos, febre, leucocitose, sepse.

Os mecanismos pelos quais os micróbios se deslocam da bexiga para os rins:


- Obstrução do trato urinário e estase da urina.
- Refluxo vesicoureteral;
- Refluxo intrarrenal

Morfologia:
Nefrite túbulo intersticial

1. AGUDA
A p. aguda é uma inflamação supurativa do rim causada por infecção bacteriana e, às vezes, viral que
pode atingir o rim por disseminação hematogênica ou, mais comumente, através do ureteres em
associação com refluxo vesicoureteral.

● Histologicamente edema intersticial


● Infiltração leucocitose do interstício e túbulos
● Necrose tubular focal
● Bacteriúria assintomática - cistite - ascendente infecção e lesão renal

MORFOLOGIA
1. inflamação supurativa intersticial
2. agregados intratubulares de neutrófilos
3. necrose tubular

★ Aspectos Clínicos:
1. Dor no ângulo costovertebral de início abrupto; Infecção, como febre e mal-estar. Geralmente há
indicações de irritação da bexiga e da uretra, como disúria, frequência e urgência.

2. CRÔNICA
A pielonefrite crônica é uma condição na qual ocorre inflamação tubulointersticial crônica e
concretização, envolvendo os cálices e a pelve renal.

a. Nefropatia de refluxo;
b. Pielonefrite obstrutiva crônica;

● Infiltração leucócitos mononucleares


● Fibrose intersticial proeminente
● Atrofia tubular
● Cistite e outros fatores (obstrução, RVU)

★ Clínica: Disúria, dor abdominal. Difícil: < 2 anos, debilitados e comatosos, febre, leucocitose,
estado geral, dor lombar (giordano).

Litíase Renal: Complicações ITU


Produzida no mesmo local que a urina;
Pode ser causa / consequência de uma infecção urinária
● complicação - ITU
Proteus, Moranela - produz urease - pH alto (alcalino) - precipitação de Mg, Ca, amônia - cálculos de
estruvita

UROPATIAS OBSTRUTIVAS (Uropatia obstrutiva é o bloqueio do fluxo urinário, que pode ocorrer em
qualquer nível do trato urinário.)
1. baixas
causa congênitas: estenose do meato externo nos meninos, estenose no interior do meato externo
(uretra distal) nas meninas, válvula de uretra posterior, lesão das raízes sacrais S2-S4 como nos casos de
espinha bífida e mielomeningocele.
Causas adquiridas: Litíase vesical, HPB, neoplasias da bexiga;
2. altas
Cálculo ureteral;

Hidronefrose:
Termo usado para descrever a dilatação da pelve renal e cálices associados a uma atrofia progressiva do
rim devido à obstrução do fluxo de saída da urina.

Urolitíase:
1) Cálculos de cálcio (principais);
Embora possa haver muitas causas para o início e a propagação dos cálculos, o determinante mais
importante é uma concentração urinária aumentada dos constituintes dos cálculos, de modo que exceda
sua solubilidade (supersaturação).
● Concentração aumentada de constituintes dos cálculos;
● Alterações no pH urinário;
● Volume diminuído de urina;
● Presença de bactérias
Influenciam na formação de cálculos.

★ Aspectos Clínicos: Urolitíase pode ser assintomática, produzir dor abdominal, cólica renal severa,
causar dano renal significativo. Os cálculos também predispõem a infecção secundária.

HPB
Mais comum doença prostática benigna em homens com mais de 50 anos. Resulta da hiperplasia nodular
das células do estroma prostático e células epiteliais, e muitas vezes leva à obstrução urinária.

Formação de grandes nódulos, bastantes nítidos, na região periuretral da próstata, os quais comprimem e
estreitam o canal uretral, causando obstrução parcial ou praticamente completa da uretra.

A HIPERPLASIA NODULAR NÃO É CONSIDERADA UMA LESÃO PRÉ-MALIGNA.

★ Aspectos Clínicos: Obstrução urinária, aumento da resistência ao fluxo urinário provoca


hipertrofia e distensão da bexiga, acompanhadas de retenção urinária. Noctúria. Gotejamento
pós-miccional, disúria.
● CARCINOMA

O Trato Genital Feminino


Intencionalidades:
1. Colo Uterino:
a. Cervicites (agudas e crônicas)
b. Neoplasias
2. SUA/SUD
3. Endométrio
a. Endometrites
b. Leiomiomas
Útero tem a forma de pêra;
Sua porção estreitada, que se abre na vagina, é a cérvice ou colo uterino;
A parede do útero é relativamente espessa e formada por três camadas;

1. Inflamações
A. Cervicites Aguda e Crônica
Os lactobacilos produzem ácido lático, que mantém o pH vaginal abaixo de 4,5, suprimindo o
crescimento de outros organismos saprófitas e patogênicos. Lactobacilos produzem peróxido de
hidrogênio (H2O2) bacteriotóxico. A terapia com antibióticos que suprime os lactobacilos também pode
fazer com que o pH aumente. Com isso, o ambiente alterado promove o crescimento excessivo de outros
microrganismos, o que pode resultar em cervicite ou vaginite.

Antibióticos, Duchas, Sexo, Estresse, Vulvovaginites;


Vulvovaginites (principalmente por gardnerella e candidíase) -> corrimento;
Vulvovaginites -> cervicites.
IST -> cervicite (tricomoníase, gonorreia, chlamydia)

Algum grau de inflamação cervical pode ser encontrado virtualmente em todas as mulheres, e geralmente
tem poucas consequências clínicas.

Infecções por:
● Gonococos;
● Clamídia;
● Micoplasma;
● Vírus de Herpes Simples;

Podem produzir cervicite aguda ou crônica significativa. Uma inflamação cervical pronunciada
produz alterações reparadoras e reativas no epitélio e descamação de células escamosas de aparência
atípica e, portanto, podem causar um resultado anormal e inespecífico no exame de Papanicolau.

Causas de corrimento vaginal: Candidíase, tricomoníase, vaginose bacteriana, gardnerella, mycoplasma,


bacteroides sp., cervicite gonocócica, cervicite não gonocócica.

★ Sintomas: Dor pélvica, dor na relação sexual (dispareunia), corrimento, sangramento pós-coito,
febre, leucocitose.

B. Neoplasia pré-malignas e malignas do colo uterino


Carcinoma cervical é o terceiro câncer mais comum em mulheres;
Rastreamento: O exame do papanicolau também pode detectar cânceres em estágios iniciais, altamente
curáveis;

Patogenia:
● As HPVs de alto risco são de longe o fator mais importante no desenvolvimento do câncer de colo
uterino. (HPV-16 e 18);
● Os HPVs de alto risco também estão associados nos carcinomas de células escamosas que surgem
em muitos outros locais, incluindo a vagina, a vulva, o pênis, ânus, tonsilas palatinas e outros
locais da orofaringe;
● A maioria das infecções é transitória e eliminada pela resposta imune em meses;
● IST: fator de risco.
● HPV -> síntese de DNA (replicação);
● HPV possui proteínas que interagem com os genes supressores de tumor p53 e erb.

★ Aspectos Clínicos: INÍCIO - assintomático;


AVANÇADO - dor, corrimento vaginal e perdas sanguíneas anormais.

Carcinoma Cervical:
★ Aspectos Clínicos:
Embora os cânceres invasores precoces do colo uterino (carcinomas microinvasores) possam ser tratados
apenas por biópsia em cone, a maioria dos cânceres invasivos é tratada por histerectomia com dissecção
de linfonodos, e, para lesões avançadas, irradiação e quimioterapia.
Rastreamento e Prevenção do Câncer do Colo Uterino
Como é bem conhecido, o rastreamento citológico tem reduzido significativamente a mortalidade por
câncer cervical.
Essas lesões descamam células anormais que podem ser detectadas no
exame histológico. Usando uma espátula ou escova, a zona de transformação do colo uterino é raspada
de modo circunferencial, e as células são vistas em lâminas histológicas sob a forma de esfregaços ou
após centrifugação. Após a fixação e coloração usando o método de Papanicolaou, os esfregaços são
triados microscopicamente por observação ou
(de maneira crescente) com sistemas de análise de imagens automatizados.

• O rastreamento para câncer cervical e as medidas preventivas são conduzidos em etapas. As


recomendações para frequência da triagem de Papanicolaou variam, mas em geral o primeiro esfregaço
deve ocorrer aos 21 anos ou 3 anos após o início da atividade sexual, e a partir daí anualmente. Após os
30, as mulheres que tiveram resultados normais de citologia e são negativas para o HPV podem ser
rastreadas a cada 5 anos. As mulheres com um resultado citológico normal, mas positivas para o teste de
DNA de HPV de alto risco, devem passar por citologia cervical frequentemente, em intervalos de 6 a 12
meses.

Um novo aspecto na prevenção do câncer cervical é a vacinação contra HPVs oncogênicos de alto risco, a
qual agora é recomendada para todas as meninas e meninos de idades entre 11 e 12 anos, e para jovens
de ambos os sexos até 26 anos.

Corpo do Útero e Endométrio


Dois componentes principais: o miométrio (feixes entrelaçados de músculo liso) e o endométrio
(glândulas em meio a um estroma celular). O útero está sujeito a uma variedade de distúrbios, sendo que
os mais comuns resultam de desequilíbrios endócrinos, complicações da gravidez e proliferação
neoplásica.

[Fisiologia Menstrual]

Distúrbios Endometriais Funcionais (Sangramento Uterino Disfuncional)


SUA: (sangramento uterino anormal - tempo, fluxo, intensidade, ciclo);
SUD (qualquer pertubação no sistema de hormônios hipofisários) não é sinônimo de SUA.
O SUD é uma das causas de SUA.
SUA -> ausência de um substrato orgânico.

Todo SUD é uma SUA, mas nem todo SUA é um SUD.

Disfuncional: é o sangramento de origem uterina, na ausência de gravidez, doença pélvica ou


sistêmica.
1. atribuída às alterações endocrinológicas;
2. é um diagnóstico de exclusão;
3. quando todas as causas orgânicas forem afastadas;

Endometrite Crônica, Pólipos Endometriais, Leiomiomas Submucosos ou Neoplasias Endometriais, ele é


gerado a partir de perturbações hormonais que produzem SANGRAMENTOS UTERINOS DISFUNCIONAIS
(termo clínico sem qualquer anormalidade orgânica [estrutural] subjacente). Qualquer perturbação no
sistema de hormônios hipofisários (liberados no tempo certo) causam o evento exposto.
Ciclo Anovulatório:
A causa mais frequente de SUD é a anovulação (falha na ovulação). Os ciclos anovulatórios são resultado
de desequilíbrios hormonais sutis, e são mais comuns na menarca e no período perimenopausa.
● Estimulação estrogênica excessiva e prolongada, sem pico de LH.
● Menos comumente, a anovulação pode ser resultado de:
● Distúrbios endócrinos (ex. tireóide);
● Lesões ovarianas;
● Distúrbios metabólicos generalizados (obesidade, desnutrição, doenças crônicas);

★ Clínica: Infertilidade, aumento do sangramento ou amenorreia.

Fase Lútea Inadequada:


Se refere à condição que se manifesta clinicamente como infertilidade associada ou com aumento de
sangramento ou com amenorreia.
Produção inadequada de progesterona durante o período pós-ovulatório.

Distúrbios Inflamatórios:

Endometrite Aguda: Endometrite aguda é rara e limitada a infecções bacterianas originadas após o
parto ou aborto. Produtos de concepção retidos constituem o fator predisponente usual; os agentes
causadores incluem estreptococos hemolíticos do grupo A, estafilococos e outras bactérias.

Endometrite Crônica: Ocorre em associação com os seguintes distúrbios:


- Doença Inflamatória Pélvica (DIP);
- Tecido gestacional retido, pós-parto ou pós-aborto;
- Dispositivos contraceptivos intrauterinos;
- Tuberculose;

Diagnóstico se baseia em plasmócitos presentes no estroma.

★ Clínica: Sangramento anormal, dor, secreção e infertilidade.


Endometriose

Definida por: presença de tecido endometrial “ectópico” em um local fora do útero; Inclui glândulas
endometriais quanto estroma, mas pode consistir apenas em estroma em alguns casos.

(1) ovários; (2) ligamentos uterinos; (3) septo retovaginal; (4) fundo de saco; (5) peritônio pélvico; (6)
intestinos grosso e delgado, e apêndice; (7) mucosa do colo uterino, vagina e tubas uterinas; e (8)
cicatrizes de laparotomia.

Várias teorias (regurgitação, metaplasia, metástase e origem das células‑tronco) são propostas para
explicar a distribuição da endometriose.

★ Aspectos Clínicos:
Infertilidade, dismenorréia (menstruação dolorosa), dor pélvica, dispareunia (dor na relação sexual).

Tumores do Miométrio:
Leiomiomas: constituem o tipo de tumor mais comum em mulheres. São neoplasias benignas de
músculo liso, que podem ocorrer isoladamente, porém são mais frequentemente múltiplas. Eles podem
ocorrer dentro do miométrio (intramurais), logo abaixo do endométrio (submucosos) ou abaixo da serosa
(subserosos);

Fatores de risco: história familiar, idade, raça negra, nuliparidade, HAS, álcool, menarca precoce.
Maioria assintomático:
★ Sintomas possíveis: sangramento anormal, compressão da bexiga, dor súbita se ocorrer
interrupção do fluxo sanguíneo e prejuízo da fertilidade.
Miomas em gestantes aumentam abortos, má apresentação fetal, inércia uretina e hemorragia pós-parto.
A transformação maligna (leiomiossarcoma) é extremamente rara.

A pele:
Principal papel como uma das primeiras linhas de defesa contra agentes infecciosos e físicos
potencialmente prejudiciais. Órgão sensorial altamente sofisticado, ainda possui um papel endócrino,
particularmente a síntese da vitamina D, que é estimulada pela exposição ao sol.
À esquerda, A pele é composta por uma camada epidérmica (e) a partir da qual anexos especializados (folículos pilosos, h; glândulas sudoríparas, g; e
glândulas sebáceas, s) descem para a derme subjacente (d). Detalhe, Esta projeção da camada epidérmica (e) e a derme superficial subjacente demonstram a maturação
progressiva ascendente das células basais (b) em células epiteliais escamosas cornificadas do estrato córneo (sc). Melanócitos dendríticos contendo melanina (m) (e células
de Merkel raras contendo grânulos neurossecretores) e células dendríticas de Langerhans epidérmicas (lc) também estão presentes. A derme subjacente contém pequenos
vasos (v), fibroblastos (f), mastócitos perivasculares (mc), e dendrócitos (dc), que participam das respostas imunológicas e do reparo.

Queratinócitos: produção de queratina - barreira física resistente, citocinas, defensinas.


Melanócitos: interior da epiderme - pigmento marrom que protege contra radiação ultravioleta (UV);
DCs: células de Langerhans – resposta imune inata;
Linfócitos;
Fibras nervosas aferentes e eferentes;
Componentes anexos - As glândulas sudoríparas protegem contra as variações deletérias da temperatura
corporal; os folículos pilosos, além de produzirem o pelo, abrigam os nichos protegidos de células-tronco
epiteliais capazes de regenerar as estruturas epiteliais superficiais da pele, que podem ser destruídas por
trauma, queimaduras e outros tipos de lesões.

1. Dermatoses Inflamatórias Agudas:


De modo geral, as lesões agudas duram dias a semanas e são caracterizadas por infiltrado inflamatório
(linfocitos e macrófagos que neutrófilos), edema e graus variados de lesão epidérmica, vascular e
subcutânea.

a. Urticária:
Distúrbio comum da pele caracterizado por degranulação localizada de mastócitos, resultando
em aumento da permeabilidade microvascular dérmica.
Placas edemaciadas e pruriginosas chamadas vergões;
Angioedema está intimamente relacionado à urticária e é caracterizado por edema mais profundo tanto
da derme como do tecido adiposo subcutâneo.

Patogenia:
Normalmente resultado da libertação induzida por antígeno de mediadores vasoativos a partir de
mastócitos;
a. Dependentes de mastócitos, dependentes de IgE; Pólens, alimentos, medicamentos, veneno de
insetos;
b. Dependente de mastócitos, independentes de IgE; Substâncias que estimulam diretamente a
degranulação de mastócitos, tais como opiáceos, certos antibióticos, curare e meios de contraste
radiológicos;
c. Independentes de mastócitos, independentes de IgE. Fatores locais que aumentam a
permeabilidade vascular. Aspirina, inibidores da COX. Inibidor de C1 que resulta na ativação
descontrolada dos componentes iniciais do sistema complemento e produção de mediadores
vasoativos.

Dermatite Eczematosa Aguda:


1. Dermatite de contato alérgica (indução - sensibilização, elicitação - ativação/reação, inibição -
resposta inflamatória)
2. Dermatite atópica (patogenia multifatorial)
3. Dermatite eczematosa relacionada a fármacos
4. Dermatite fotoeczematosa
5. Dermatite irritante primária

As causas de eczema são por vezes amplamente separadas em interiores e exteriores: doença resultante
da aplicação externa de um antígeno ou uma reação de um antígeno em circulação interna.
O tratamento envolve busca por substâncias que podem ser removidas do ambiente. Os esteróides
tópicos não específicos bloqueiam a resposta inflamatória.

Patogenia:
Resulta de reações inflamatórias mediadas por células T (hipersensibilidade tipo IV); Antígenos
são capturados por células de Langerhans, que migram através dos linfáticos dérmicos para os linfonodos
de drenagem; Na reexposição ao antígeno, as T de memória expressam moléculas teleguiadas como
antígenos comum de linfócitos e receptores específicos de quimiocinas migram para os sítios de
concentração de antígeno. Esses locais liberam citocinas e quimiocinas que recrutam as numerosas
células inflamatórias características do eczema.

Morfologia:
Lesões papulovesiculares avermelhadas, secretivas e crostosas, que, se persistentes, desenvolvem
acantose e hiperceratose reacionais.

c. Eritema Multiforme:
Reação de Hipersensibilidade incomum e autolimitada e certas infecções e medicamentos.
(1) infecções como herpes simples, infecções por micoplasma, histoplasmose, coccidioidomicose, febre
tifóide e hanseníase, entre outras; (2) exposição a certos fármacos (sulfonamidas, penicilina, barbitúricos,
salicilatos, hidantoínas e antimaláricos); (3) neoplasias malignas (carcinomas e linfomas); e (4) doenças
vasculares do colágeno (lúpus eritematoso, dermatomiosite e poliarterite nodosa).

Patogenia: Destruição de queratinócitos mediada por linfócitos T citotóxicos CD8+ que se alojam na pele.
Leque de lesões diversificadas (multiformes);

Inflamações Crônicas:
Meses, anos; Alterações no crescimento, atrofia, hiperplasia e fibrose da derme.
a. Psoríase
● Incomum;
● Algumas vezes associada à artrite, miopatia, enteropatia, doença da articulação ou SIDA.
● Patogenia: multifatorial, com fatores genéticos e ambientais; Estresse emocional, medicamentos:
betabloqueadores, antimaláricos, sais de lítio e inibidores da ECA; Infecções: S. pyogenes
(psoríase gutata) ou HIV; Fatores físicos: trauma cutâneo/dermatites.
● Inflamação derme papilar;
● Hiperproliferação da epiderme;
● A doença é mediada pelo linfócito T - TNF-alfa uma das principais citocinas na patogênese da
doença.
b. Dermatite seborreica
Envolve classicamente regiões com alta densidade de glândulas sebáceas, como couro cabeludo, testa,
canal auditivo externo, área retroauricular, sulco nasogeniano, área pré-esternal.
Genética, HIV - casos intensos. Outros fatores: malassezia sp, parkinson (sebo secundária à deficiência de
dopamina), obesidade e diabetes.
c. Líquen Plano

Autoimune. Envolve linfócitos T ativados contra queratinócitos da camada basal da epiderme.

Seis P’s:
1. Placas
2. Pápulas
3. Poligonais
4. Planas
5. Pruriginosas
6. Púrpuras

Você também pode gostar