Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução...................................................................... 3
2. Epidemiologia............................................................... 4
3. Etiologia.......................................................................... 6
4. Fisiopatologia............................................................... 9
5. Quadro clínico.............................................................12
6. Diagnóstico.................................................................14
7. Tratamento..................................................................25
Referências Bibliográficas .........................................32
PNEUMONIAS 3
SAIBA MAIS!
De acordo com o artigo do Uptodate: Overview of community-acquired pneumonia in
adults, o termo “pneumonia associada aos cuidados de saúde” foi usado para identificar pa-
cientes em risco de infecção por patógenos multirresistentes. No entanto, essa categorização
pode ter sido excessivamente sensível, levando a um aumento do uso inadequado de anti-
bióticos e, portanto, foi aposentada. Em geral, os pacientes previamente classificados como
portadores de pneumonia associada aos cuidados de saúde devem ser tratados de maneira
semelhante aos pacientes com PAC.
Já o livro-texto Murray & Nadel -Tratado de Medicina Respiratória, em sua 6ª edição, traz
que as infecções associadas aos cuidados de saúde possuem uma epidemiologia única mais
semelhante àquela observada nas infecções adquiridas no hospital, sendo reconhecida como
uma entidade distinta pela American Thoracic Society (ATS) e pela Infectious Diseases So-
ciety of America (IDSA). Comparada à PAC, pacientes com PACS manifestam doença mais
grave, maior mortalidade e tempo de internação hospitalar mais prolongado, além de maior
custo em cuidados da saúde.
PNEUMONIAS 4
PAH: pneumonia
Pneumonia nosocomial: adquirida ≥ 48 horas após
pneumonia que a internação hospitalar
surge ≥ 48 h após
admissão hospitalar
ou pouco tempo PAV: pneumonia
após alta hospitalar adquirida ≥ 48 horas após a
intubação endotraqueal
Figura 1. A Incidência da pneumonia adquirida na comunidade eleva-se nos extremos da idade. Fonte: Goldman-Ce-
cil Medicina, 2018
SAIBA MAIS!
Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), a pneumonia é uma
das principais causas de internação no Brasil, perdendo apenas para parto/puerpério que não
são considerados doenças.
Adultos acometidos
Incidência alta entre
frequentemente apresentam Epidemiologia
lactentes e crianças
condições predisponentes
Tosse Dispneia
Sintomas
Mal-estar Febre
Fadiga Calafrios
Figura 4. Pneumonia pneumocócica do lobo inferior esquerdo em incidência posteroanterior (A) e de perfil (B). Fonte:
Goldman-Cecil Medicina, 2018
PNEUMONIAS 16
Figura 6. Infiltrados intersticiais bilaterais difusos com infecção por Mycoplasma pneumoniae. Fonte: Uptodate: Over-
view of community-acquired pneumonia in adults, 2020
PNEUMONIAS 17
Figura 7. Radiografia de tórax em pacientes com pneumonia por Pneumocystis jirovecii, uma que mostra opacifica-
ção em vidro fosco peri-hilar com consolidação precoce (A) e outra que mostra opacificação em vidro fosco do lado
esquerdo e consolidação precoce do lado direito (B). Fonte: Uptodate: Overview of community-acquired pneumonia in
adults, 2020
Figura 8. Imagens radiográficas das complicações da pneumonia pneumocócica. Esquerda: Abscesso pulmonar com
nível líquido no pulmão direito. Direita: Radiografia de pneumonia necrosante no pulmão esquerdo. Fonte: Uptodate:
Overview of community-acquired pneumonia in adults, 2020
PNEUMONIAS 18
SAIBA MAIS!
A atual pandemia global de COVID-19 está relacionada a uma doença respiratória aguda
causada por um novo coronavírus (SARS-CoV-2), altamente contagioso e de evolução ainda
pouco conhecida. Até o momento, a radiografia de tórax não tem sido recomendada como
modalidade de triagem de primeira linha diante da suspeita de COVID-19, uma vez que apre-
senta limitada sensibilidade na detecção de opacidades em vidro fosco e outros achados
pulmonares incipientes da infecção. Por outro lado, estudos recentes têm demonstrado papel
central da tomografia computadorizada (TC) na detecção e gerenciamento precoce das ma-
nifestações pulmonares do COVID-19, com alta sensibilidade, porém especificidade ainda
limitada. A maioria dos casos publicados até o momento apresenta achados tomográficos
semelhantes aos da imagem abaixo, predominando alterações alveolares, como opacidades
em vidro fosco, consolidações focais e opacidades mistas, geralmente com acometimento
bilateral e multifocal, distribuição periférica e predomínio nos campos pulmonares médios,
inferiores e posteriores.
Avaliação da gravidade e
definição do local de tratamento
Os pacientes com diagnóstico de PAC
devem ser sempre avaliados quanto
à gravidade da doença, pois isso tem
impacto direto na redução da mor-
talidade. Os escores de prognóstico
disponíveis dimensionam a gravida-
de e ajudam a predizer o prognósti-
co da PAC, guiando a decisão quanto
ao local de tratamento — ambulato-
rial, hospitalar ou UTI — quanto à ne-
cessidade de investigação etiológica,
quanto à escolha do antibiótico e sua
via de administração.
Os instrumentos validados incluem:
• Pneumonia Severity Index (PSI):
Figura 9. Imagens de TC de tórax (cortes axiais) de-
monstrando opacidades em vidro fosco multifocais e Tabelas 3 e 4.
bilaterais, com predomínio periférico e posterior, que
são achados pulmonares típicos da infecção por CO- • Mental Confusion, Urea, Respira-
VID-19. Fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2020.
Volume 46.
tory rate, Blood pressure, and age
≥ 65 years (CURB-65):
PNEUMONIAS 20
• Severe Community-Acquired
Pneumonia (SCAP); tabela 7.
CURB-65
0-1 2 ≥3
CRB-65
0 1-2 3-4
Candidato ao tratamento
Avaliar tratamento hospitalar Hospitalização urgente
ambulatorial
Anamnese + exame
Definição do
físico + radiografia de Avaliação da gravidade
local de tratamento
tórax PA e perfil
PNEUMONIAS 25
β-lactâmico associado
Macrolídeo e
Monoterapia com β-lactâmico a um macrolídeo ou
um β-lactâmico, ambos
ou macrolídeos fluoroquinolona
por via endovenosa
respiratória isolada
2 a 5 dias no hospital
Pneumonia branda a ẞ-lactâmico/Inibidor de ẞ-lactamase OU
Enterobacteriaceae
moderada Ceftriaxona OU Fluoroquinolona
Streptococcus pneumoniae Todos ± um aminoglicosídeo
Pneumonia grave de “baixo Haemophilus influenzae
risco” Staphylococcus aureus sensível à
meticilina
≥ 5 dias no hospital
Pneumonia branda a
Como anteriormente Como anteriormente
moderada
Carbapenem OU ẞ-lactâmico/inibidor de
Pseudomonas aeruginosa
ẞ1-lactamase OU Cefepima
PAH grave de “baixo risco”
Enterobacter spp. Todos mais amicacina ou fluoroquinolona
Acinetobacter spp.
≥ 2 dias no hospital
PAH grave de “alto risco” Como anteriormente Como anteriormente
Tabela 10. Diretrizes para o Tratamento Empírico de Pneumonia Nosocomial com Antibióticos. Fonte: Murray & Nadel
Tratado de Medicina Respiratória, 2017
DEFINIÇÃO
Pneumonias associadas
TC de tórax
aos cuidados de saúde
Radiografia de tórax
PRINCIPAIS
Estratificação de risco S.pneumoniae
ETIOLOGIAS
Sorologias
Vírus respiratórios
CURB 65
QUADRO CLÍNICO TRATAMENTO
Escarro
Febre
Ambulatorial: β-lactâmico
Hemocultura OU Macrolídeo
Tosse
Internamento:
β-lactâmico + Macrolídeo
Dispneia
OU
Fluoroquinolona isolada
Dor torácica
UTI:
β-lactâmico IV +
Macicez ou submacicez Macrolídeo IV
PNEUMONIAS 32
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Goldman, Lee. Schafer, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina, volume 2. 25. Ed. Rio de Janei-
ro: Elsevier, 2018
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Comissão de Infecções Respiratórias e
Micoses. Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos
imunocompetentes. J Bras Pneumol. 2009;35(6):574-601
Ramirez JA. Overview of community-acquired pneumonia in adults. Post TW, ed. UpTo-
Date. Waltham, MA: UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 22 de março de
2020).
Broaddus, Courtney V., et al. Murray & Nadel Tratado de Medicina Respiratória. 6. ed. Rio
de Janeiro : Elsevier, 2017
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Recomendações para o manejo da
pneumonia adquirida na comunidade 2018. J Bras Pneumol. 2018;44(5):405-424
PNEUMONIAS 33