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Bronquiteé a inflamação dos brônquios que ocorre quando seus minúsculos


cílios param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. Esse acúmulo de
secreção faz com que os brônquios fiquem permanentemente inflamados e contraídos.

Existem dois tipos, a bronquite aguda, que é causada geralmente por vírus,
embora, em alguns casos, possa ser uma infecção bacteriana. O cigarro é o principal
responsável pelo agravamento da doença. Poeiras, poluentes ambientais e químicos
também pioram o quadro. A bronquite crônica instala-se como extensão da bronquite
aguda e pode ser provocada unicamente pela fumaça do cigarro. Por isso, é conhecida
por ³tosse dos fumantes´, por ser rara entre não-fumantes.

A bronquite aguda surge subitamente e é de curta duração, ao passo que a


bronquite crónica é uma afecção que se repete ao longo de vários anos.

Doenças pulmonares crônicas não-específicas motivam número grande de


internações a cada ano.As doenças do aparelho respiratório se colocam em primeiro
lugar como causa de internaçãoe podemos relaciona-las a variáveis como o fumo,
poluição ambiental, infecções bacterianas, poeira domiciliar e fatores constitucionais.

Segundo Marcelo de Carvalho Ramos,em pesquisa realizada na população


da cidade de Ribeirão Preto(SP) foi considerado como portador de sintomas sugestivos
de asma brônquica o respondente que relatasse dispnéia em crises, associada a chiado
no peito. Aquele que relatasse tosse acompanhada de expectoração por período maior
que 3 meses em um ano, era considerado como bronquítico crônico.

Encontrou-se uma prevalência de 5,54% para o sexo masculino e de 3,37%


para o feminino de pessoas com bronquite crônica.No sexo masculino, a variação
segundo o grupo etário, evidenciou uma prevalência crescente à medida que aumenta a
idade Os valores encontrados são bastante elevados quando se examina os grupos
etários individualmente. Não houve no sexo feminino distribuição crescente de casos
com a idade, como observado no masculino.
As crianças são as que mais sofrem com a incidência dos casos de bronquite
Estudos realizados em diferentes países sugerem que a prevalência entre crianças e
adolescentes em idade escolar está aumentando, assim como a taxa de hospitalização.

A repercussão da doença é muito importante, tanto econômicacomo


socialmente, contribuindo para a sobrecarga dos serviços de saúde e constituindo um
grave problema de saúde pública.

Em pesquisa realizada no Brasil constatou-se uma alta prevalência dos


sintomas que sugere uma elevada prevalência da doença, mesmo a colheita dos dados
sendo evitada nos meses em que o ar fica mais poluído na cidade.

O resultado serve de alerta, de que este é um problema importante de saúde


pública.

Conforme afirmamAntonio J. Amorim e Júlio C. Daneluzzi, empesquisa


realizada também com o objetivo de estimar a prevalência de bronquite em escolares, o
resultado da amostra estudada foi elevado e com alguns sintomas predominantes no
sexo feminino. A ocorrência de "sibilos no último ano" mostrou-se associada à história
familiar, contato com animais domésticos e localização urbana das escolas.

O termo "bronquite" tem amplo significado, que inclui a inflamação


alérgica e infecciosa; isoladamente ou associado à adjetivação "alérgica" ou
"asmática",e é muito usado pela comunidade em geral, incluindo pacientes, familiares e
até médicos para designar a asma.

Caracterizou-se a distribuição dessa prevalência segundo tabagismo ativo e


passivo, exposição a animais domésticos, história familiar de asma e local de residência
(urbana ou rural).

Já a incidência de bronquite em menores de um ano de idade deu-se pelo


VSR que foi o principal causador de infeções do trato respiratório inferior em lactentes
que necessitaram de hospitalização.O vírus sincicial respiratório (VSR) é considerado o
principal agente causal de infecções do trato respiratório inferior (ITRI) em lactentes em
todo o mundo
Em Estudo observacional realizado com crianças menores de 12 meses de
idade, internadas nos serviços de pediatria de hospitais públicos que atendem
principalmente a população de baixa renda.Os diagnósticos de 89 lactentes, com base
em dados clínicos e radiológicos, foram: 44 (49,4%) com bronquiolite; 26 (29,2%) com
pneumonia e 19 (21,3%) com bronquiolite e pneumonia .

O oxigênio foi prescrito em 21/42 (50%) lactentes VSR positivos.

No Rio de Janeiro, foi observada maior incidência de doença causada por


VRS nos meses de março, abril e maio e no final do outono e início do inverno,
enquanto na região sul do país, o padrão epidemiológico se assemelha mais ao dos
países de clima temperado, com picos no inverno e início da primavera.

Ao Avaliar a prevalência de morbidade respiratória entre crianças expostas


ao fumo passivo e ao determinar os efeitos do fumo ambiental no sistema respiratório
inferior e superior de certas crianças,verificou-se queem relação ao trato respiratório
inferior as queixas mais comuns foram sibilância, dispnéia, asma e bronquite

A fumaça do tabaco no ambiente doméstico é o principal irritante do trato


respiratório de crianças e a principal fonte de exposição ao tabagismo no domicílio. A
asma/bronquite é a patologia que esteve mais fortemente associada com o tabagismo
edentre os fatores de risco incluem-se: a ventilação do domicílio, o estado nutricional da
criança, o nível de escolaridade dos pais, a densidade domiciliar e o tabagismo dos
moradores da casa, principalmente o da mãe.

A exposição de crianças ao fumo ambiental é um fator de associação para a


morbidade do trato respiratório superior e inferior entre menores de cinco anos. . Essas
apresentam mais tosse e infecções virais e estão mais propensas a sofrer infecções do
trato respiratório superior e do inferior

São elevadas as taxas de exposição de crianças ao tabagismo passivo no


Brasil. Com isso, um grande número de crianças continua sendo exposta ao tabagismo
domiciliar.

Em uma pesquisa realizada em Londres, de 2.205 crianças, de zero a cinco


anos, a incidência anual de bronquites e pneumonias foi de 7,8% com pais abstêmios, de
11,4% quando um desses era fumante e de 17,6% quando ambos eram tabagistas.
É provável que exista um efeito protetor biológico do leite materno contra a
irritação do fumo no trato respiratório das crianças. Entre as que mamaram mais de seis
meses, não há elevação no risco de doenças respiratórias associadas ao fumo materno.

Entretanto em pesquisa cujo objetivo era determinar a prevalência de


morbidade do trato respiratório em crianças de zero a cinco anos de idade, a prevalência
de crianças fumantes passivas e a associação entre morbidade do trato respiratório e
exposição ao fumo passivo nesse grupo, constatou-se maior prevalência de asma,
bronquite ou pneumonia, assim como tosse e/ou expectoração em crianças fumantes
passivas, quando comparadas com as não fumantes passivas. Também houve
constatação através dos estudos que mofo e aglomeração foram fatores de risco somente
para a morbidade do trato respiratório inferior.

A literatura tem demonstrado que filhos de mães que fumavam e tinham


história de asma, bronquite ou outros problemas respiratórios sofriam de rinite e sinusite
mais frequentemente.

Sabendo-se que o tabagismo é um elemento nocivo às vias aéreas das


crianças, esforços devem ser envidados no sentido de que não apenas os pais, mas
também os demais moradores dos domicílios se abstenham de fumar, pelo menos na
presença das crianças, de forma a reduzir os efeitos deletérios à saúde infantil.
Programas de educação para a saúde devem ser fomentados visando a esse objetivo.

Também existe um tipo de bronquite cujo nome é: bronquite plástica. Este


tipo de bronquite é uma doença infrequente na criança, sendo caracterizada por moldes
ou cilindros mucofibrinosos na árvore traqueobrônquica. Faz parte do diagnóstico
diferencial de crianças com insuficiência respiratória de início agudo, e o tratamento
precoce é importante para a resolução do quadro. Ocorre na bronquite plástica (BP) a
impacção ou moldagem da árvore traqueobrônquica por cilindros mucofibrinosos,
raramente constituindo doença primária.

Como a bronquite plástica é uma condição infrequente, foi recebido por


outras denominações anteriores, tais como bronquite fibrinosa ou O   O 
.
Geralmente ocorre em doentes com asma, fibrose cística, na anemia falciforme (como
síndrome torácica aguda), e no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
No relato em pesquisa realizada, os autores descrevem um caso de paciente
pediátrico admitido por insuficiência respiratória aguda, de instalação súbita, com
quadro de dificuldade respiratória e portador de talassemia alfa.

O paciente evoluiu para insuficiência respiratória, sendo colocado em


ventilação mecânica e foi tratado com sucesso por endoscopia.

A suspeita de bronquite plástica pelo pediatra, com indicação precoce de


broncoscopia flexível em casos como o deste relato, podem tornar o diagnóstico
etiológico mais precoce e melhorar o prognóstico dos pacientes com essa condição.

A bronquite foi uma das queixas de morbidade aguda ou crônica de maior


prevalência entre mulheres (de faixa etária entre 10 a 49 anos) que informaram ter
atividade remunerada. Informação esta deuma pesquisa realizada em São Paulo.

A maioria das mulheres eram responsáveis pelo sustento familiar, não


tinham companheiro, eram jovens e com pouca escolaridade. A situação de abandono, a
dificuldade e a necessidade de sobreviver com os filhos impulsionam a mulher de baixa
qualificação profissional para modos de produção precários, desfavoráveis à sua saúde
física e mental. Assim, percebe-se que a mulher toma para si o papel de provedora
familiar mesmo quando os indícios apontam para obstáculos intransponíveis, como o de
oferecer à prole qualidade de vida com recursos inadequados e quando não pode contar
com a ajuda financeira de outros membros da família, o pai das crianças principalmente.
Esta situação de desvantagem se materializa quando se observa que as mulheres ocupam
um terço dos postos oficiais de trabalho no mundo, apesar de representarem cerca de
metade da população mundial.

O mundo cada vez mais globalizado aumenta a competitividade dos


mercados e exige crescente produtividade, o que tem afetado amplamente as condições
de trabalho, saúde e de vida do trabalhador, em especial, da mulher.A doença e a saúde
formam um processo dinâmico, que reflete a ligação estrutural entre corpo e sociedade e
uma das maneiras de se verificar as desigualdades sociais é por meio de avaliação dos
indicadores de saúde de determinada população.

As mulheres de níveis sociais inferiores são arrimo de família mais


frequentemente que aquelas de níveis sociais superiores e as mulheres com atividade
remunerada fazem mais referência a queixas tanto de morbidades agudas quanto de
crônicas que as donas de casa.

A bronquite crônica em mulheres ainda continua sendo tema de estudo,


quando fazemos referência a mulheres que utilizam biocombustíveis para a preparação
de alimentos nas áreas rurais do estado de Ekiti, sudoeste da Nigéria.

As mulheres que utilizavam biocombustíveis relataram mais sintomas


respiratórios que aquelas que não os utilizavam(bronquite crônica (10,6% vs. 2,8%).

Cerca de 50% da população mundial utiliza os biocombustíveis como


principal fonte de energia doméstica para a preparação de alimentos. Os combustíveis
sólidos incluem o carvão, que é um combustível fóssil, e os biocombustíveis (madeira,
carvão vegetal, esterco e resíduos de cultura).

Na fumaça gerada pela queima de combustíveis sólidos (carvão e


biocombustíveis), foram identificados mais de 200 produtos e compostos químicos,
90% dos quais são materiais particulados inaláveis. A maioria desses agentes letais tem
sido associada a doenças infecciosas. Vários estudos apontam a fumaça dos
biocombustíveis como uma das causas de bronquite crônica.A inalação aguda de
fumaça de biocombustíveis causa irritação brônquica aguda, inflamação e reatividade
brônquica, enquanto a exposição prolongada causa inflamação crônica das vias aéreas e
também aumenta a suscetibilidade a infecções bacterianas e virais.

A alta taxa de utilização de biocombustíveis se deve ao fato de que os


biocombustíveis são as fontes mais baratas e acessíveis de energia disponíveis para as
mulheres rurais. Na Nigéria, o gás e a eletricidade não são amplamente utilizados em
razão do custo e o papel do nível socioeconômico como um determinante do tipo de
combustível utilizado para a preparação de alimentos é descrito em outros estudos em
países em desenvolvimento.

O uso de biocombustíveis aumenta o risco de desenvolvimento de sintomas


respiratórios e bronquite crônica. Os resultados do estudo enfatizam a necessidade de se
mudar a fonte de energia nos domicílios - dos tóxicos biocombustíveis para tipos mais
limpos e atóxicos de combustível, como eletricidade ou gás. O governo também deveria
ajudar a população na mudança para combustíveis mais limpos, subsidiando os custos
desses combustíveis e garantindo um fornecimento constante de eletricidade.

Os resultados enfatizam a necessidade de se substituir o uso de


biocombustíveis nos domicílios pelo de um tipo de combustível atóxico, como
eletricidade ou gás.

Os homens também são vítimas dos efeitos da bronquite. Foram


investigados o histórico laborativo, as condições do ambiente e trabalho, a saúde
respiratória e o hábito tabágico nos suinocultores do município de Braço do Norte,
Santa Catarina.

O 'fenômeno saúde do trabalhador' pode explicar a associação entre


tempo/intensidade de trabalho e a menor prevalência de manifestações respiratórias.
Entretanto, o evidente comprometimento do aparelho respiratório entre os suinocultores
e a baixa adoção de medidas de proteção específica nesta população apontam para a
necessidade de um programa de controle da exposição e regulamentação dos fatores
ambientais.

Sintomas como tosse aguda e crônica, expectoração, dispnéia e sibilância,


bem como o diagnóstico de laringite, bronquite crônica, asma brônquica têm sido
descritos como mais prevalentes.

A hiper-reatividade brônquica, a inflamação da mucosa brônquica


observada através da fibrobroncoscopia e o predomínio de neutrófilos na análise do
lavado broncoalveolar têm sido utilizados para comprovar as alterações determinadas
por esta atividade laborale já foi descrita a síndrome da disfunção reativa das vias
aéreas, uma situação aguda e de maior gravidade, que ocorreu em conseqüência da
inalação de gases num confinamento fechado cujo sistema de ventilação falhou. Além
disso, os efeitos da exposição à poeira orgânica da suinocultura, por períodos superiores
a três horas, causa inflamação intensa nas vias respiratórias, detectando-se o
envolvimento de interleucinas 1 e 6 e do fator de necrose tumoral alfa na mediação
deste processo inflamatório.

Como portadores de sinais e sintomas específicos das vias aéreas superiores,


foram classificados os indivíduos que apresentaram diagnósticos clínicos de asma
brônquica e bronquite crônica. A bronquite crônica foi duas vezes mais prevalente
naqueles que utilizavam fogão a lenha e a prevalência de bronquite crônica foi bem
maior nos usuários de desinfetantes. Quanto ao tipo específico de desinfetante, a
creolina e o iodo mostraram associações importantes com manifestações respiratórias.

Tanto o tempo de trabalho, em anos na suinocultura, quanto o tempo gasto


na granja apareceram como fatores de proteção para o desenvolvimento das
manifestações respiratórias.

A prevalência de bronquite crônica encontrada entre os suinocultores foi de


5,1%. Este achado está um pouco abaixo dos valores encontrados em suinocultores
acima de 40 anos de outros países. Um fator que pode explicar esta prevalência mais
baixa é o fato de que a suinocultura praticada no Brasil ocorre em ambiente diferente
daquele descrito na literatura internacional, especialmente nos países com baixas
temperaturas e, por isso, o sistema de criação é realizado em ambientes fechados.
Pocilgas muito fechadas, encontradas nos climas mais frios, propiciam uma
concentração maior de exposição a poluentes.

O tabagismo, além de significar um fator que aumentou em quase quatro


vezes o risco do desenvolvimento de manifestações respiratórias e de doença entre os
suinocultores estudados, pode ter apresentado um efeito aditivo na manifestação dos
sintomas crônicos, já descrito por outros autores. Entretanto, nos suinocultores de Braço
do Norte não foi encontrada uma diferença importante na prevalência de bronquite
crônica ao comparar tabagistas e não tabagistas. Ainda que vários estudos demonstrem
uma maior prevalência destas manifestações entre os suinocultores comparados às
outras atividades da agropecuária no presente estudo, a prevalência de bronquite crônica
entre aqueles que também exerciam a atividade agropecuária foi em torno de 7%, muito
abaixo do encontrado por outros.

No estudo realizado, resultados de uma associação positiva entre o uso de


fogão a lenha e existência de sinais e sintomas respiratórios, apenas confirmam o já
conhecido risco da exposição passiva à fumaça.

Conclui-se que o evidente comprometimento do aparelho respiratório entre


os suinocultores e a baixa adoção de medidas de proteção específica nesta população
apontam para a necessidade de um programa de controle da exposição e regulamentação
dos fatores ambientais em Braço do Norte, SC. O fenômeno saúde do trabalhador pode
explicar a aparente associação entre tempo e intensidade de trabalho.

Há situações graves de morbidade respiratória, dentre elas citamos a doença


pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) cujo tratamento clínico está bem padronizado por
consensos nacionais e internacionais. Junto com transplante pulmonar, a cirurgia
redutora de volume pulmonar (CRVP) é alternativa de tratamento cirúrgico para o
enfisema. No entanto pacientes que apresentem quadro clinico de bronquite crônica são
contra-indicados

A bronquite crônica representou a principal contra-indicação em 29% dos


casos em seleção de pacientes no Hospital Universitário Antônio Pedro, Universidade
Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, RJ.Pacientes com indicação de CRVP,
freqüentemente, apresentam mais de um fator mórbido a contra-indicar e a análise dos
31 pacientes resultou na seguinte contra-indicão para a CRVP: bronquite crônica (29%
ou nove pacientes).

Quanto ao critério de contra-indicação à realização da CRVP, pode-se citar:


pacientes hipersecretivos caracterizando bronquite crônica. Sabe-se que estes não
evoluem satisfatoriamente no pós operatório, tendem a apresentar com maior freqüência
infecções respiratórias que aumentam a morbidez e a mortalidade. Eis a justificativa da
contra-indicação.

A bronquite também é um problema encontrado nas aves. A Bronquite


Infecciosa das galinhas (IB ou BIG) é uma doença viral aguda , que ocorre em J 


  
O
é causada pelo vírus da bronquite infecciosa das galinhas (IBV ou
VBIG).É altamente contagiosa e provoca grandes perdas econômicas à indústria avícola
em todo o mundo.

As mudanças ativas e constantes da população viral permitem a seleção da


subpopulação de IBV melhor adaptada ao hospedeiro, garantindo sobrevivência longa
do vírus na célula, no organismo e na população hospedeira, levando as mudanças na
patogenicidade e à emergência de novos patógenos virais.
Em poedeiras, o IBV pode causar severo declínio na produção e,
posteriormente, diminuição do tamanho, da qualidade interna e da casca do ovo. Esses
efeitos podem ser acompanhados por sinais respiratórios moderados ou ausentes.

O período de incubação da IB pode ser de até 50 dias, e as infecções podem


ocorrer associadas a infecções respiratórias bacterianas e virais.

Estudou-se as respostas de IgM e IgG específicas contra IBV após as


vacinações com vacinas vivas (duas doses, via ocular) e vacina inativada oleosa,
aplicada na 17a semana e cultivos de anéis de traqueia foram usados para estudos de
cepas de IBV e da resposta imune em galinhas experimentalmente e naturalmente
infectadas. O estudo em cultivos de anéis de embriões SPF é o método laboratorial que
melhor se aproxima das condições in vivo, embora seja técnica trabalhosa e não
oferecida pelos laboratórios em rotina. Testes complementares incluem microscopia
eletrônica, uso de anticorpos monoclonais e testes imunohistoquímico.

A IB é uma doença endêmica no Brasil, permanecendo como problema


econômico importante para a avicultura, apesar das tentativas de controle por vacinação.
Os surtos no país têm ocorrido com frequência e com a emergência de novas variantes
do vírus. O controle da bronquite infecciosa das galinhas (BIG) é difícil devido à
existência de diversos sorotipos do vírus da BIG (VBIG). Isolados capazes de causar a
doença em aves vacinadas foram identificadas por diversos autores. Com a
possibilidade da existência de novos sorotipos, semelhante ao que ocorre em todo o
mundo, ficou evidente a necessidade de estudos de classificação sorológica das
amostras isoladas no país.

O tratamento clínico da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) está


bem padronizado por consensos nacionais e internacionais. Junto com transplante
pulmonar, a cirurgia redutora de volume pulmonar (CRVP) é alternativa de tratamento
cirúrgico para o enfisema. No entanto pacientes que apresentem quadro clinico de
bronquite crônica são contra-indicados

A bronquite crônica representou a principal contra-indicação em 29% dos


casos em seleção de pacientes no Hospital Universitário Antônio Pedro, Universidade
Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, RJ.Pacientes com indicação de CRVP,
freqüentemente, apresentam mais de um fator mórbido a contra-indicar e a análise dos
31 pacientes resultou na seguinte contra-indicão para a CRVP: bronquite crônica (29%
ou nove pacientes)

Quanto ao critério de contra-indicação à realização da CRVP, pode-se citar:


pacientes hipersecretivos caracterizando bronquite crônica. Sabe-se que estes não
evoluem satisfatoriamente no pós operatório, tendem a apresentar com maior freqüência
infecções respiratórias que aumentam a morbidez e a mortalidade. Eis a justificativa da
contra-indicação.

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