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VENOSA
Editores
ANESTESIA
VENOSA
SAERJ
Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
2004
Copyright © 2004 by Sociedade de Anestesiologia do Estado do
Rio de Janeiro
Todos os direitos reservados à SAERJ
Responsável
Carlos Eduardo Lopes Nunes
Editores
Ismar Lima Cavalcanti
Fernando Antônio de Freitas Cantinho
Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre
Editoração Eletrônica
Ito Oliveira Lopes
Wellington Luís Rocha Lopes
Revisão
Gleris Suhett Fontella
Ficha catalográfica
D693d Anestesia Venosa/Ismar Lima Cavalcanti, Fernando Antônio de
Freitas Cantinho e Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre;
Editores.
Rio de Janeiro: Sociedade de Anestesiologia do Estado do
Rio de Janeiro, 2004.
p. 354; 21cm. ; ilust.
ISBN 85-98045-02-0
Vários colaboradores.
1. Anestesia Venosa. 2. Anestesia. I. Sociedade de
Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro. II. Cavalcanti, Ismar
Lima. III. Cantinho, Fernando Antônio de Freitas. IV. Vinagre,
Ronaldo Contreiras de Oliveira
CDD - 617-96
Presidente
Dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes
Vice-Presidente
Dr. Henri Braunstein
1º Secretário
Dra. Ana Maria da Costa Marques
2º Secretário
Dr. Fernando Antônio de Freitas Cantinho
1º Tesoureiro
Dr. Jorge de Albuquerque Calasans Maia
2º Tesoureiro
Dra. Deise Martins Rosa Gelli
Diretor Científico
Dr. Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre
COMISSÃO CIENTÍFICA
Barbitúricos ................................................................................... 25
Propofol ......................................................................................... 39
Etomidato ...................................................................................... 55
Diazepam ....................................................................................... 71
Midazolam ..................................................................................... 83
Interação de Drogas
Ismar Lima Cavalcanti*
Introdução
13
Anestesia Venosa
Conceito
14
Interação de Drogas
Tipos de Interação
1 - Interações farmacêuticas
2 - Interações farmacocinéticas
15
Anestesia Venosa
16
Interação de Drogas
17
Anestesia Venosa
3 - Interações farmacodinâmicas
19
Anestesia Venosa
20
Interação de Drogas
21
Anestesia Venosa
Conclusão
22
Interação de Drogas
Referências Bibliográficas
23
Anestesia Venosa
24
FARMACOLOGIA DA DOR
Capítulo 2
FARMACOLOGIA DA DOR
37
DOR
1 - Medicamentos Analgésicos
38
FARMACOLOGIA DA DOR
39
DOR
NIMESULID
MELOXICAM
CELECOXIB
ROFECOXIB
ETORICOXIB
VALDECOXIB
III Inibidores da COX-1 e COX-3
1. PIRAZOLÔNICOS DIPIRONA(Metamizol)
2. p-ACETOAMINOFENOL PARACETAMOL
40
FARMACOLOGIA DA DOR
41
DOR
42
FARMACOLOGIA DA DOR
43
DOR
44
FARMACOLOGIA DA DOR
45
DOR
46
FARMACOLOGIA DA DOR
1.4.3 - Antidepressivos
1.4.4 - Corticóides
47
DOR
1.4.5 - Anticonvulsivantes
A clonidina, agonista alfa-2, tem efeito analgésico por via epidural com-
parável ao da morfina, embora de menor duração, sendo recomendada em
substituição à morfina, nos casos de rápido desenvolvimento de tolerância,
ou em associação com a morfina, de forma a se obter uma melhor resposta
analgésica. Acarreta hipotensão arterial e sedação, devendo, por isso, ser
introduzida progressivamente. Por via venosa tem excelente, embora curto,
efeito analgésico, na dor neuropática da distrofia simpática reflexa e da neu-
ralgia pós-herpética. Infelizmente, por via oral, seu efeito analgésico é pouco
potente e ainda não foi plenamente demonstrado.
48
FARMACOLOGIA DA DOR
2 - Escolha do Analgésico
49
DOR
3 - Critérios de Administração
4 - Farmacovigilância
50
FARMACOLOGIA DA DOR
51
DOR
6 - Bibliografia
52
Barbitúricos
Barbitúricos
Carmen Baptista dos Santos*
Introdução
Estrutura Química
* Co-responsável pelo CET Bento Gonçalves do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
da Universidade Federal do Rio de Janeiro
25
Anestesia Venosa
26
Barbitúricos
Figura 2
Tiopental
Tiamilal
Metohexital
27
Anestesia Venosa
Mecanismo de Ação
28
Barbitúricos
Farmacocinética e Metabolismo
29
Anestesia Venosa
31
Anestesia Venosa
Farmacodinâmica
32
Barbitúricos
03 - Barbitúricos.
Figura 6 – Concentração de tiopental versus: 1) tempo e 2) perfil
eletroencefalográfico no paciente idoso (esquerda) e no paciente jovem
(direita). A barra sólida horizontal representa a dosagem de tiopental. Os
círculos sólidos, a medida linear da concentração encontrada do tiopental,
e a linha sólida seguinte, a esperada pelo modelo farmacocinético. O eixo
3.
do perfil espectral foi invertido para melhor compreensão.
0
60 Tiopental medido 0 60 Tiopental medido
50 50
72 anos 27 anos 10
40 40
10
30 30
20 20 20
10 20 10
30
0 5 10 15 20 Tiopental 0 5 10 15 20
Tempo (minutos) µ g/ml Tempo (minutos)
Uso Clínico
33
Anestesia Venosa
Reações Adversas
34
Barbitúricos
Contra-indicações
35
Anestesia Venosa
Resumo
Referências bibligráficas
36
Barbitúricos
37
Propofol
Propofol
Rogério Fragoso de Oliveira Sarmento*
I – Classificação farmacológica
39
Anestesia Venosa
para todo agente anestésico poder entrar no SNC e agir nos seus sítios de
ação . Por outro lado, é insolúvel na água e por isso necessita ser solubilizado,
para facilitar o estoque e permitir a administração venosa2. A fórmula original
do propofol possuía o agente Cremofor, usado por décadas na emulsificação
de agentes lipossolúveis mas, devido à intensa dor à injeção e a relatos de
reação anafilática3, a fórmula foi mudada para uma emulsão lipídica. A nova
formulação diminuiu, mas não eliminou a dor à injeção, complicação freqüente
do uso do propofol, e os estudos realizados mostraram que a nova fórmula
apresentava características farmacocinéticas compatíveis com o uso clínico4.
Porém, pouco depois do lançamento, vários relatos de contaminação do
propofol foram publicados, inclusive com relatos de óbito. Em um relato
mais recente, cinco pacientes submetidos a eletroconvulsoterapia sob hipnose
por propofol apresentaram bacteremia por Stafilococus Aureus5.Em julho
de 1996,devido a esses episódios de contaminação, o fabricante original do
Propofol adicionou o agente antimicrobiano EDTA à formulação e, desde
então, nenhum outro relato de contaminação foi publicado, quando essa
formulação com EDTA foi utilizada. Outras formulações do Propofol
encontradas são: utilizando metabisulfito como conservante, uma formulação
com triglicerídeos de cadeias curta e média além de outras que estão em
desenvolvimento2.
40
Propofol
II – Farmacocinética
41
Anestesia Venosa
42
Propofol
10 Limites terapêuticos
Concentração de propofol
6
µg/ml)
(µ
0
Sedação AVT: Pequena: Grande: AVT:
Propofol/ Propofol/ Propofol/ Propofol/
opióide N20 N20 somente
a) Cardiovasculares
43
Anestesia Venosa
b) Respiratórios
c) Hepáticos e renais
44
Propofol
d) Coagulação
e) Imunológico
45
Anestesia Venosa
a) Em idosos
b) Em crianças
46
Propofol
Controle
Idosos
1
10 -1
-2
10
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Tempo
47
Anestesia Venosa
A) Em gestantes
V – Efeitos colaterais
a) Náuseas e vômitos
48
Propofol
b) Dor à injeção
c) Fenômenos excitatórios
VI – Uso clínico
49
Anestesia Venosa
b) Sedação em UTI
Referências Bibliográficas
50
Propofol
51
Anestesia Venosa
52
Propofol
53
Etomidato
Etomidato
José Abel de Almeida Neto*
Histórico
55
Anestesia Venosa
Características Físico-químicas
Figura 1 – Etomidato
Farmacocinética
56
Etomidato
tos e uma meia vida de eliminação de 2,9 a 5,3 horas9. O volume de distri-
buição é de 2,5 a 4,5 l.kg-1 9. No pH fisiológico de 7,4, cerca de 75% do
etomidato estão ligados a proteínas plasmáticas, principalmente à albumina,
independentemente da concentração da droga. A redução da concentra-
ção de albumina plasmática resulta num importante aumento da fração ati-
va de etomidato no plasma6. A metabolização é rápida e ocorre por hidrólise
do grupo éster, por enzimas microssomais hepáticas e esterases plasmáticas,
resultando em ácido carboxílico, que é metabólito inativo.
Cerca de 85% de uma dose única de etomidato administrada por via
venosa é excretado pela urina e aproximadamente 13% são eliminados por
via biliar. Menos de 3% são excretados não metabolizados pela urina. O
clearence hepático é equivalente a 60% do fluxo sangüíneo hepático, portan-
to, a meia vida de eliminação sofre grande influência da perfusão hepática.
Doenças hepáticas ou renais que diminuem as proteínas plasmáticas podem
causar um aumento na potência do etomidato, pelo aumento da fração livre
da droga, entretanto, não modificam o início ou a duração do efeito clínico8.
As crianças têm um volume do compartimento central maior que os
adultos, por isso necessitam de uma quantidade maior da droga, em relação
ao peso, para a indução da anestesia10. As concentrações plasmáticas do
etomidato em recém-natos, em cujas mães foi administrado o etomidato, su-
gerem que a meia vida de eliminação da droga é de 6 horas, significando que
não existem alterações importantes no tempo de eliminação relacionadas à
idade10.
Os pacientes geriátricos têm uma série de alterações na composição
corporal, assim como alterações na fisiologia hepática, renal e hematopoiética,
que alteram a farmacocinética do etomidato11. Há diversas alterações na
composição corporal associadas à idade, como, por exemplo, redução do
compartimento central, devido a diminuição da água corporal total, redução
do compartimento periférico de equilíbrio rápido, pela diminuição da massa
magra e aumento do compartimento periférico de equilíbrio lento, pelo au-
mento da gordura corporal12. Essas alterações, associadas à redução da
albumina, nos pacientes idosos, levam ao aumento do pico plasmático, quando
se administra um bolus ou uma infusão rápida de etomidato11. Adicional-
mente, o aumento da gordura corporal acarreta um aumento do volume
total de distribuição e, possivelmente, aumento no tempo de ação do
etomidato. O volume e o fluxo sangüíneo hepáticos diminuem de forma
gradual com o envelhecimento, podendo haver redução de até 40% ao final
da 9a década. O principal efeito dessas alterações é a diminuição do clearence
57
Anestesia Venosa
Farmacodinâmica
Canal iônico
Provável sítio de ligação
para o etomidato
58
Etomidato
59
Anestesia Venosa
Sistema Cardiovascular
60
Etomidato
Sistema Respiratório
61
Anestesia Venosa
Uso Clínico
Em Crianças
62
Etomidato
Em Adultos
Mioclonias
63
Anestesia Venosa
100%
Incidência de Mioclonia (%)
80%
60%
40%
20%
0%
25 50 75 100 200 300
Dose de Etomidato (µg icg -1)
64
Etomidato
60
Percentagem
40
20
0
Nenhuma Leve Moderada Severo Total
Supressão Adrenal
Náuseas e Vômitos
Dor a Injeção
66
Etomidato
Referências Bibliográficas
68
Etomidato
69
Diazepam
Diazepam
Levi Afonso Soares Magalhães*
71
Anestesia Venosa
Classificação Farmacológica
- CH3 no R1
= O no R2
- H no R3
- Cl no R7
- H no R2
72
Diazepam
Farmacocinética
73
Anestesia Venosa
Farmacodinâmica do Diazepam
74
Diazepam
75
Anestesia Venosa
Uso Clínico
Em pacientes saudáveis
76
Diazepam
77
Anestesia Venosa
Em hepatopatias
Em nefropatias
79
Anestesia Venosa
Em doenças neurológicas
Em doença pulmonar
Efeitos Adversos
80
Diazepam
Referências Bibliográficas
81
Midazolam
Midazolam
Edmar José Alves dos Santos*
Alfredo Augusto Vieira Portella**
Estrutura química
83
Anestesia Venosa
Farmacocinética
- Metabolismo
86
Midazolam
1, 4, 6
Tabela I – Parâmetros farmacocinéticos do midazolam
Via de Administração Venosa Muscular Oral Sublingual
Biodisponibilidade (%) 100 87±13 40±10 74,5
Início de ação (min) 0,5-2 2-25 20-30 5-10
Ligação protéica (%) 94-96 N N N
T1/2α (min) 1,8-5,4 ——- ——- ——-
T1/2β (h) 1,7-2,6 1,1-4,5 N N
T1/2γ (h) 4-15 ——- ——- ——-
Volume de distribuição (l/kg) 1,1-1,7 N N N
Depuração plasmática (ml/kg/min) 6,4-11 N N N
N= não há alteração significativa relacionada à via de administração.
87
Anestesia Venosa
88
Midazolam
89
Anestesia Venosa
Farmacodinâmica
90
Midazolam
91
Anestesia Venosa
92
Midazolam
93
Anestesia Venosa
94
Midazolam
Uso Clínico
95
Anestesia Venosa
96
Midazolam
97
Anestesia Venosa
- Idosos
- Crianças
98
Midazolam
- Gestação e Lactação
99
Anestesia Venosa
100
Midazolam
Patologias Associadas
- Hepática
- Renal
- Obesidade mórbida
101
Anestesia Venosa
- Hipotireoidismo
- Tolerância
102
Midazolam
- Dependência e Abstinência
Controvérsia
Vários estudos têm sido publicados sobre o uso do midazolam por via
subaracnóidea, como adjuvantes para analgesia pós-operatória ou analgesia
para o parto. Dois estudos publicados recentemente por Tucker et al44, 45
avaliaram a eficácia e segurança do midazolam por via intratecal. Um deles
avaliou o midazolam em associação com anestésico local e fentanil, em
estudo prospectivo com 1100 pacientes, dos quais 547 receberam midazolam
2mg subaracnóideo. O midazolam aumentou a duração do bloqueio motor e
sensitivo, bem como o tempo até a primeira solicitação de analgésicos e o
consumo total de analgésicos no pós-operatório. Não foi constatada a adição
de qualquer efeito colateral pela associação do midazolam, comparado ao
grupo que não o recebeu45. O outro estudo avaliou 60 pacientes em trabalho
de parto com analgesia espinhal, utilizando midazolam 2mg, fentanil 10µg
ou a associação de ambos. O midazolam potencializou a analgesia
proporcionada pelo fentanil, sem adicionar efeitos adversos44.
103
Anestesia Venosa
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Anestesia Venosa
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Midazolam
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Cetamina
Cetamina
Kleber Machareth de Souza*
Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre**
Introdução
111
Anestesia Venosa
112
Cetamina
FARMACOCINÉTICA
113
Anestesia Venosa
FARMACODINÂMICA
114
Cetamina
- Efeitos Analgésicos
115
Anestesia Venosa
116
Cetamina
USO CLÍNICO
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Anestesia Venosa
118
Cetamina
119
Anestesia Venosa
EFEITOS ADVERSOS
120
Cetamina
CETAMINA - S(+)
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Anestesia Venosa
122
Cetamina
123
Anestesia Venosa
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
124
Cetamina
PERSPECTIVAS EM ANALGESIA
125
Anestesia Venosa
1 - Analgesia Preemptiva
126
Cetamina
2 - Analgesia Per-operatória
127
Anestesia Venosa
128
Cetamina
3 - Analgesia Pós-operatória
Tudo indica, até o presente momento, ser uma técnica cujos resulta-
dos têm-se mostrado extremamente satisfatórios. A analgesia é dose-de-
pendente (em geral doses padronizadas e nunca inferiores a 30mg) e, quan-
do associada à morfina, os resultados são ainda mais animadores; a incidên-
cia de efeitos colaterais não difere estatisticamente das técnicas vigentes
nas quais se utiliza opióide como analgésico único, o padrão qualitativo e
quantitativo da analgesia também têm se mostrado adequado13,46,47,48.
O grande desafio está na obtenção da dose adequada de morfina; um
estudo comparativo entre 50mg e 75mg de cetamina levogira sem
conservante, via peridural, para analgesia pós-operatória de colecistectomia,
demonstrou-se que a dose de 75mg não foi capaz de melhorar quantita-
tivamente e qualitativamente a analgesia pós-operatória, porém houve uma
maior incidência de efeitos colaterais44.
Tudo leva a crer que a dose da cetamina levogira peridural gire em
torno de 50mg, quando utilizada isoladamente e em torno de 30mg, quando
associada à morfina (1mg).
Os estudos clínicos cujo objetivo seja estudar a obtenção da dose
adequada são pouco presentes, tanto na literatura nacional como internaci-
onal. É nesse patamar que encontramos o desfio, já que muitos estudos
realizados já demonstraram a eficácia da cetamina levogira via peridural
associada à baixa incidência de efeitos colaterais.
129
Anestesia Venosa
Referências Bibliográficas
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Cetamina
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133
Morfina
Morfina
Judymara L Gozzani*
Histórico
135
Anestesia Venosa
136
Morfina
Receptores opióides
137
Anestesia Venosa
Mecanismo de ação
138
Morfina
139
Anestesia Venosa
140
Morfina
Uso clínico
141
Anestesia Venosa
Referências bibliográficas
142
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
OBJETIVO:
Avaliar as vantagens e as desvantagens da anestesia venosa total em relação
à anestesia inalatória e/ou balanceada em pacientes submetidos a procedimentos
ambulatoriais.
CONFLITO DE INTERESSE:
Os conflitos de interesse declarados pelos participantes da elaboração desta
diretriz estão detalhados na página 5.
INTRODUÇÃO
AVT PARA PROCEDIMENTOS (5,1% versus 16,6%, com NNT = 9 para evitar
AMBULATORIAIS um episódio de uso de terapia antiemética). Da
mesma forma, a incidência de náusea após a
Alguns princípios guiam a anestesia para alta hospitalar (13,5% no grupo AVT e 21,5%
cirurgia ambulatorial. Ela deve ter início e no grupo AI, com NNT = 12 para evitar um
recuperação rápidos, promovendo boa episódio de náusea após a alta) e de vômitos
estabilidade cardiovascular e respiratória e não após a alta (5,9% no grupo AVT e 15,6% no
causando efeitos colaterais adversos, como grupo AI, com NNT = 10 para evitar um
náuseas e vômitos, que prejudiquem a alta episódio de vômito) foram inferiores nos
hospitalar no dia do procedimento. Nos pacientes que usaram propofol4(A).
procedimentos ambulatoriais, duas técnicas
distintas de anestesia geral são comumente RECUPERAÇÃO PRECOCE
usadas: a AVT e a AI. No entanto, comparações
entre o anestésico inalatório e o venoso são A recuperação precoce pode ser definida
complexas em decorrência das diferenças como o tempo necessário para abertura dos olhos
farmacocinéticas e da dificuldade de mensurar e obediência a comandos. Foram encontradas
a concentração do fármaco venoso em tempo duas revisões sistemáticas publicadas sobre o
real, em comparação à concentração alveolar assunto, com resultados diferentes entre os
mínima dos anestésicos inalatórios3(A). Para agentes avaliados5,6(A). A avaliação de estudos
realização de anestesia nos procedimentos publicados até 1994 demonstrou que não houve
ambulatoriais, os anestesiologistas devem ter diferença para obedecer a comandos entre os
conhecimento das resoluções nº 1409/94 e pacientes que receberam desflurano ou propofol.
1802/06 emitidas pelo Conselho Federal de A diferença no tempo para alta foi, em média,
Medicina. 17 minutos menor no grupo que recebeu
propofol. Comparando-se a recuperação da
NÁUSEAS NO PÓS-OPERATÓRIO anestesia com sevoflurano e com propofol foram
detectadas diferenças significativas favorecendo
Em revisão sistemática que incluiu o sevoflurano quanto ao tempo para acordar,
resultados de 18 estudos, foram analisados dados resposta aos comandos, extubação e orientação.
combinados sobre a incidência de náuseas e Não houve diferença quanto ao tempo até a alta.
vômitos pós-operatórios com uso de anestésicos
inalatórios (isoflurano, desflurano e sevoflurano) O tempo para recuperação precoce foi
e anestésicos venosos (propofol). A incidência significativamente menor com desflurano ou
de náuseas foi menor com AVT (14,1%) do sevoflurano, quando comparado ao isoflurano
que com AI (25,8%), com Número Necessário ou propofol4(A). No entanto, níveis residuais
para Tratar (NNT) = 9 para evitar um episódio de fármacos usados na medicação pré-
de náusea. Também houve benefício para o grupo anestésica, tais como opióides e bloqueadores
AVT na redução da incidência de vômitos (5,2% neuromusculares, podem promover interações
versus 14,1%, com NNT = 11 para evitar um com os anestésicos e interferir na recuperação
episódio de vômito) e para o uso de antiemético precoce4(A).
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Meperidina
João Batista Santos Garcia*
Carlos Eduardo Claro dos Santos**
143
Anestesia Venosa
II – Farmacocinética
144
Meperidina
145
Anestesia Venosa
III – Farmacodinâmica
1 - Analgesia
146
Meperidina
3 - Efeitos respiratórios
5 - Aparelho cardiovascular
ras), já, nos indivíduos normais, o T1/2β foi de de 5,2 horas (variando de 4,2
a 8,7 horas)26.
Após indução hepática com fenitoína, a meia-vida de eliminação da
meperidina diminuiu de 6,4 para 4,3 horas, mas a taxa de ligação protéica, o
volume de distribuição e o clearance renal não se alteraram. Nesses paci-
entes, a taxa de acúmulo de normeperidina foi mais elevada, com maior
risco de ocorrência de efeitos excitatórios do SNC27.
Como a eliminação dos metabólitos da meperidina é realizada prin-
cipalmente por via renal (apenas 2% da droga é eliminada inalterada),
o acúmulo da normeperidina pode ocorrer precocemente nos pacien-
tes com deterioração da função renal. Recomenda-se que os pacien-
tes com taxa de filtração glomerular entre 10-50 ml.min -1 devem rece-
ber 75% da dose total de meperidina e pacientes com falência renal
grave (taxa de filtração glomerular<10ml.min-1) devem receber 50%
da dose total 28.
Em pacientes com anemia falciforme, observou-se, após a adminis-
tração intravenosa de 100 mg meperidina, um pico de concentração sérica
de 0,32µg.ml-1, muito inferior ao apresentado em indivíduos sem a doença,
cuja concentração plasmática máxima foi de 0,72 µg.ml-1. Os pacientes
com anemia falciforme alcançaram níveis plasmáticos de apenas 44% do
valor de indivíduos controle, gerando analgesia insuficiente, o que limita o
uso da meperidina nessa população. A cronicidade e os períodos de exa-
cerbação freqüentes da doença causam indução enzimática e tolerância,
com conseqüente prejuízo do efeito analgésico, pela diminuição das con-
centrações séricas de meperidina livre. Concomitantemente, há aumento
dos níveis de normeperidina, gerando maior possibilidade de efeitos
colaterais, como convulsões29,30.
149
Anestesia Venosa
1 - Síndrome Serotoninérgica
150
Meperidina
Comportamento/ Sistema
Neuromuscular
Cognição Autonômico
Confusão e delírio Taquicardia Tremor
Hipomania Hipertensão Ataxia
Ansiedade Sudorese Rigidez muscular
Agitação Diarréia Mioclonia
Euforia Náusea Nistagmo
Insônia Salivação Hiperatividade
Cefaléia Rubor facial Disartria
Convulsões Cólica abdominal
Coma Hiperpirexia
151
Anestesia Venosa
152
Meperidina
3 - Alterações do humor
4 - Dependência
5 - Delírio pós-operatório
155
Anestesia Venosa
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Meperidina
157
Anestesia Venosa
158
Meperidina
159
Fentanil
Fentanil
Alfredo Augusto Vieira Portella*
Edmar José Alves dos Santos**
Estrutura Química
161
Anestesia Venosa
Classificação
Farmacodinâmica
Fentanil Freqüência de
corte espectral
-1
[ng.ml ] [Hz]
[min]
-1
Infusão do Fentanil µg.kg ]
Fentanil [µ
[150µg.min ]
-1
(4)
Tabela III – Índice terapêutico
ED50 LD50 Índice terapêutico
(µg.kg-1) (µg.kg-1) (LD50/ ED50)
0,011 3,1 277
165
Anestesia Venosa
Aparelho Cardiovascular
166
Fentanil
Aparelho Digestivo
Aparelho Urinário
2
Tabela IV – incidência de náusea e vômito, prurido e retenção urinária
VIA DE Náusea e Prurido % Retenção
ADMINISTRAÇÃO Vômito % Urinária %
Venosa contínua 20-60 0-30 40-45
Venosa contínua + PCA 30-40 7-13 ——
Analgesia controlada
pelo paciente (PCA) 20-60 0-40 ——
Pele 50-60(10-90) 4-39 3-27
Peridural 20-30 0-85 12 (0-50)
Subarcnóidea 0-10 0-50 30
Oral 40 20 ——
Nasal <1 (pequena
casuística) —— ——
167
Anestesia Venosa
Farmacocinética
168
Fentanil
4
Tabela V – Características fisicoquímicas e farmacocinéticas do fentanil
Parâmetro Valor
pKa 8,4
% não ionizado pH 7,4 8,5
Coeficiente de lipossolubilidade (octanol:água) 816
Ligação proteica (%) 84
Depuração (ml/min/kg) 10-20
Taxa de extração hepática 0,8-1,0
Volume de distribuição Vdss(l/kg) - estado de equilíbrio 3-5
Meia-vida de distribuição rápida (T1/2α - min) 1-2
Meia-vida de distribuição lenta (T1/2β - min) 20-30
Peso molecular 528,29
Uso Clínico
INTRODUÇÃO
Vias de Administração
Intravenosa
171
Anestesia Venosa
Intramuscular
172
Fentanil
Subcutânea
Epidural e Subaracnóidea
173
Anestesia Venosa
volvimento que a via epidural contínua, motivo pelo qual seu uso e
aceitabilidade ainda sofrem restrições25,26. Nos bloqueios epidurais ou
subaracnóideos com finalidades cirúrgicas, o anestésico local é utilizado
em concentrações elevadas (ropivacaína 1% ou bupivacaína 0,5%), para
proporcionar bloqueio motor eficaz, e geralmente é associado a um opióide
(morfina, sufentanil ou fentanil). Quando indicado, o fentanil é emprega-
do nas mesmas doses anteriormente citadas para analgesia pós-operató-
ria ou analgesia de parto 27,28. Recentemente, com a finalidade de apro-
veitar os benefícios de ambas as técnicas, tem sido preconizado o uso
simultâneo dos bloqueios subaracnóideo e epidural, por meio de uma
punção única, o que se consegue em quatro etapas: 1) punção do espaço
epidural; 2) punção subaracnóidea com a agulha introduzida através da
agulha epidural; 3) injeção subaracnóidea de opióide e/ou anestésico lo-
cal; 4) retirada da agulha de raque e passagem de cateter através da
agulha epidural. As principais vantagens da técnica combinada são: 1)
rápida instalação do bloqueio subaracnóideo; 2) possibilidade de aumen-
tar o nível e/ou a duração do bloqueio através do cateter epidural, com
finalidade cirúrgica ou para analgesia pós-operatória; 3) evitar o uso
subaracnóideo de microcateteres e de suas complicações. Essa técnica
tem despertado maior interesse em obstetrícia, entretanto, ainda não atin-
giu a popularidade adquirida pela subaracnóidea ou pela epidural, quando
empregadas separadamente 29,30.
Os principais efeitos colaterais do fentanil espinhal (prurido, náu-
seas, vômitos, retenção urinária, depressão respiratória e sonolência) são
mais freqüentes e mais intensos quando ele é administrado pela via
subaracnóidea do que pela epidural20,31.
Transmucosa
174
Fentanil
Transdérmica
Indicações
175
Anestesia Venosa
Contra-indicações
Vantagens
Inconvenientes
Antagonista
176
Fentanil
Referências Bibliográficas
177
Anestesia Venosa
178
Fentanil
179
Anestesia Venosa
180
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
OBJETIVO:
Avaliar as vantagens e as desvantagens da anestesia venosa total (AVT)
em relação à anestesia inalatória e/ou balanceada (AI) com a finalidade
de sedação do paciente.
CONFLITO DE INTERESSE:
Os conflitos de interesse declarados pelos participantes da elaboração
desta diretriz estão detalhados na página 8.
INTRODUÇÃO
SEDAÇÃO
até a anestesia geral, que se distinguem entre características estão associadas à popularização
si pela capacidade do paciente em manter crescente do seu uso em procedimentos
reflexos protetores e vias aéreas patentes. Como endoscópicos5(A).
não existem limites precisos separando os
diferentes níveis de sedação, o paciente pode Em estudo concluiu-se que o uso de propofol
transitar rapidamente para níveis mais promoveu sedação de qualidade superior à do
profundos de sedação. Por isso, o profissional midazolam para realização de exames
deve estar capacitado para manejar todos esses endoscópicos 6(A). Em avaliação cega, os
níveis, inclusive de anestesia geral, mesmo que pacientes sedados com propofol apresentaram
a intenção inicial tenha sido apenas a sedação menor tempo de recuperação (14 ± 9 minutos
leve. versus 25 ± 8 minutos, p<0,01), melhor
qualidade da recuperação (8,7 ± 1,3 versus 6,3
Muitos procedimentos e exames médicos são ± 1,1 pontos, p<0,01) e capacidade
invasivos, dolorosos ou trazem desconforto e psicomotora para dirigir mais precoce (p<0,01)
ansiedade aos pacientes. A sedação é um método do que aqueles que receberam associação de
utilizado para alívio da dor e manejo do paciente, midazolam e meperidina7(A).
aumentando as chances de sucesso técnico do
procedimento. No entanto, diferentes drogas Em pacientes submetidos a ultrassonografia
estão disponíveis no mercado, e a escolha por endoscópica, o propofol foi comparado à
determinado fármaco deve ser feita com base associação de midazolam e meperidina. O
no conhecimento de critérios de segurança e propofol demonstrou início da sedação mais
eficácia. rápido (3,9 versus 8,0 minutos; p<0,001) e
menor tempo de recuperação (18,6 versus 70,5
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA minutos; p<0,001). Os pacientes que
utilizaram esse medicamento demonstraram
Os procedimentos endoscópicos do aparelho maior taxa de capacidade de passar da cama
digestivo são comumente realizados com para maca ao final do exame (71,1% versus
sedação, para conforto do paciente, redução das 29,7%; p<0,001) e adquiriram condições de
respostas hemodinâmicas e facilitação técnica alta mais precocemente (76,3% versus 8% e
do exame. Contudo, a sedação pode predispor 100% versus 16,2%, aos 15 e 30 minutos,
ao desenvolvimento de hipoxia 3(C). Clas- respectivamente; p<0,001) 7(A). Não foi
sicamente, os benzodiazepínicos (em especial o obser vada diferença estatisticamente
midazolam) foram utilizados associados ou não significativa em relação à incidência de
aos opióides (principalmente a meperidina na depressão respiratória (saturação O2 < 90%),
sedação para realização dos diferentes nem de variáveis hemodinâmicas.
procedimentos endoscópicos). Com a introdução
do propofol, e diante de suas características Um estudo randomizado avaliou a ação
farmacocinéticas associadas a rápido início de sinérgica do midazolam combinado com o
ação, término de efeito e fácil titulação, propofol, em comparação com o propofol
inúmeros trabalhos avaliaram seu uso em isolado, durante a endoscopia digestiva alta. A
comparação à técnica tradicional4(A). Essas associação com o midazolam reduziu o
consumo de propofol necessário para sedação houve diferenças entre as técnicas com relação
satisfatória, porém comprometeu a recuperação à estabilidade hemodinâmica, depressão
dos pacientes submetidos à endoscopia digestiva respiratória, ou incidência de hipoxia (saturação
alta. Os pacientes que receberam apenas de O2 < 90%)4,11(A).
propofol tiveram tempo médio para recuperação
anestésica de 19 ± 7 minutos e escore de Com resultados semelhantes aos observados
recuperação pós-anestésica de 8,0 ± 1,1 para ultrassonografia endoscópica, a sedação
minutos, enquanto os pacientes que receberam com propofol foi superior à associação de
a combinação de midazolam e propofol midazolam e meperidina para realização de
demoraram 25 ± 8 minutos em média para CPRE, propiciando início e término de efeito
recuperação, com escore de 7,3 ± 1,2 (p<0,05 mais rápidos e consistentes, além de condição
e p<0,001, respectivamente). A qualidade e de alta mais precoce7(A). Da mesma maneira, a
eficácia da sedação foram similares nas duas associação de propofol com midazolam reduziu
técnicas8(A). o consumo total de propofol, mantendo similares
os escores de cooperação e tolerância ao exame.
Outro estudo comparou o uso de infusão Contudo, a associação das drogas levou a maior
alvo-controlada de propofol e a associação tempo de recuperação. Pacientes que receberam
midazolam e propofol na sedação de pacientes a combinação de drogas apresentaram maior
submetidos à ultrassonografia endoscópica. O redução dos níveis de pressão arterial sistólica e
propofol em infusão alvo-controlada se diastólica (21 ± 11% e 13 ± 7%, respec-
demonstrou eficaz e seguro, não ocorrendo tivamente) quando comparados a pacientes que
depressão respiratória clinicamente significativa. receberam apenas propofol (15 ± 9% e 9 ±
A associação de pequenas doses de midazolam 4%, respectivamente; p<0,05)8(A).
(0,02 mg/kg) não reduziu o consumo global de
propofol e não comprometeu a eficácia da A eficácia e a segurança do propofol em
sedação, nem o tempo e a qualidade da pacientes geriátricos (> 80 anos), com
recuperação9(A). comorbidades importantes e submetidos à
CPRE, foram avaliadas. Nesses pacientes de alto
COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA risco, a sedação com propofol mostrou-se
ENDOSCÓPICA superior àquela feita com a associação de
midazolam e meperidina, propiciando melhor
A colangiopancreatografia retrógrada cooperação (p<0,01), tempo de recuperação (22
endoscópica (CPRE) é um procedimento ± 7 minutos versus 31± 8 minutos; p<0,01)
complexo que exige sedação adequada. Alguns e escore de recuperação (8,3 ± 1,2 versus 6,1
estudos demonstraram que o propofol foi ± 1,1; p<0,01)12(A). Apesar de não haver
superior ao midazolam durante a CPRE, diferenças quanto a variáveis hemodinâmicas e
promovendo melhor sedação (97,5% versus depressão respiratória durante o exame, no
80%; p<0,01)10(A), recuperação mais rápida período de recuperação, a associação midazolam/
(p<0,01)4,10,11(A), melhor satisfação do paciente meperidina demonstrou maior potencial para
(p<0,05) e do endoscopista (p<0,01)10(A), e causar hipoxia (saturação O2 < 90%) do que o
melhor colaboração do paciente4,11(A). Não propofol12(A).
movimentação do paciente. Assim, os principais respiratória. Nesse caso, foi utilizada dose de
objetivos da sedação durante esse exame seriam indução, considerada alta, ao final do
promover imobilidade, segurança e conforto ao procedimento.
paciente da faixa etária pediátrica enquanto é
realizado um exame diagnóstico de boa O uso de cetamina antes da indução com
qualidade. A escolha da técnica anestésica propofol preserva a estabilidade hemodinâ-
depende de vários fatores próprios do paciente e mica, sem alterar a duração e a qualidade da
da duração do exame. Técnicas que podem ser recuperação22(A).
utilizadas incluem a ansiólise, a AVT e a AI. A
AI é a mais utilizada para este procedimento, PROCEDIMENTOS ORTOPÉDICOS
mas a AVT se constitui numa boa alternativa.
A desinsuflação do manguito pneumático
Em estudo randomizado, foram comparados após procedimento ortopédico produz a liberação
sedação profunda induzida por anestesia com de radicais livres, relacionados com
propofol ou com associação de pentobarbital, aparecimento de lesão de isquemia-reperfusão.
midazolam e fentanil. A sedação de pacientes
pediátricos com propofol demonstrou menor Pacientes submetidos à cirurgia de joelho sob
tempo para indução (9 ± 4 minutos versus anestesia intratecal receberam sedação com
17 ± 6 minutos; p<0,01), tempo para propofol ou midazolam. Após tempo médio de
recuperação (17 ± 8 minutos versus 34 ± 19 isquemia de 70 minutos, a produção de radicais
minutos; p<0,01), tempo total de sedação e livres aumentou significativamente nos 5 e 20
tempo para alcançar o status funcional basal do minutos de reperfusão no grupo do midazolam,
que a sedação com midazolam/pentobarbital/ mas não no grupo do propofol23(A).
fentanil20(A).
Os efeitos da anestesia com propofol ou
No entanto, estudo demonstrou que apesar sevoflurano na produção de radicais livres de
do propofol proporcionar menores tempos de oxigênio durante a artroplastia de joelho também
indução (4 ± 1,9 minutos versus 11 ± 4 foram avaliados, onde os níveis de MDA
minutos; p<0,01), despertar (18 ± 4,72 versus reduziram significativamente 30 minutos após
27 ± 19 minutos; p<0,05) e alta (27 ± 6,5 a retirada do torniquete no grupo do propofol.
versus 39 ± 24,3 minutos; p<0,05) quando No grupo do sevoflurano, ocorreu elevação dos
comparado à sedação com dexmedetomidina, níveis de MDA no mesmo período24(A). Assim,
seu uso foi associado com maior incidência podemos concluir que a infusão de propofol
de hipotensão arterial (pressão arterial média de correlaciona-se com menores níveis plasmáticos
67 ± 5,9 mmHg versus 74 ± 9,3 mmHg; de radicais livres de oxigênio após isquemia,
p<0,05) e depressão respiratória (frequência quando comparada ao uso de midazolam ou
respiratória de 20 ± 4 movimentos/minuto sevoflurano23,24(A).
versus 24 ± 3,2 movimentos/minuto;
p<0,05) 21(A). Ressaltamos que a dose de Nos atendimentos de urgência, pacientes que
propofol utilizada nesse estudo pode ter necessitam de procedimentos de redução de
influenciado a maior incidência de depressão fraturas e deslocamentos se beneficiam de uma
sedação adequada. O nível de sedação e depressão podem ser mais susceptíveis a hipoxia. Na
respiratória associados ao uso de propofol ou sedação de crianças para ressonância
metohexital em ambiente de pronto-socorro foi magnética, o propofol se mostrou superior à
avaliado, e conclui-se que as duas técnicas podem associação de pentobarbital, midazolam e
ser consideradas de igual eficácia, promovendo fentanil, ou à dexmedetomidina quanto ao
sedação segura e hemodinamicamente estável, tempo de indução e recuperação. Para a
com incidência equivalente de depressão realização da ressonância magnética, a
respiratória25(A). cetamina pode ser associada ao propofol sem
apresentar efeitos hemodinâmicos importantes
Pacientes idosos podem apresentar respostas ou interferência na qualidade de recuperação.
diferentes aos anestésicos. A sedação com Desse modo, é uma alternativa válida ao uso
propofol proporcionou tempo de despertar e da AI. Em procedimentos ortopédicos que
tempo de recuperação precoce (abertura ocular necessitam de isquemia, a sedação com
sob comando) semelhantes entre pacientes propofol promoveu menor liberação de radicais
geriátricos de 65 a 85 anos, ou jovens (20 a 50 livres de oxigênio, resultando em menor
anos), durante raquianestesia para proce- agressão à célula submetida ao processo de
dimentos ortopédicos. Contudo, o tempo para isquemia-reperfusão. A redução de fraturas e
recuperação psicomotora dos pacientes luxações também pode ser realizada de forma
geriátricos foi significativamente maior, quando eficaz e segura com propofol, contudo, esse
comparado ao dos pacientes jovens, com anestésico deve ser usado com cautela em
normalização das funções somente após 120 pacientes idosos.
minutos26(A).
CONFLITO DE INTERESSE
SÍNTESE DA EVIDÊNCIA
Albuquerque MAC, Auler Júnior JOC,
Para sedação em procedimentos endos- Bagatini A, Sales PCA, Santos EJA, Simoni
cópicos, o propofol é eficaz e seguro e, portanto, RF, Vianna PTG são membros do Advisory
o fármaco recomendado nestas condições Board da AstraZeneca do Brasil Ltda. e
clínicas. Cuidados maiores são necessários em participaram do Curso Projeto Diretrizes da
pacientes com idade superior a 80 anos, que AMB a convite da AstraZeneca.
15. Reimann FM, Samson U, Derad I, Fuchs 21. Koroglu A, Teksan H, Sagir O, Yucel A,
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Alfentanil
Maria Betania Dalcomo Azevedo*
* TSA/SBA
Anestesiologista do Hospital Municipal Cardoso Fontes
181
Anestesia Venosa
Farmacocinética
182
Alfentanil
183
Anestesia Venosa
8 horas, apesar de sua meia vida de eliminação curta. Sufentanil tem uma
farmacocinética mais favorável para infusões que tenham esse tempo de
duração. Essa diferença entre os dois agentes pode ser explicada pelo fato
de o modelo farmacocinético do sufentanil ter um compartimento periférico
amplo que continua a ser provido por sufentanil, após o término de sua
infusão, contribuindo para a redução mais rápida na concentração de seu
compartimento central. Ao contrário, o volume de distribuição do alfentanil
equilibra-se rapidamente e a distribuição periférica advinda de seu compar-
timento central não contribui significativamente para a redução da concen-
tração plasmática, após descontinuar sua infusão3,4.
Propofol diminuiu o clearance de eliminação do alfentanil em 15%, a
meia-vida de distribuição rápida em 68% e a meia-vida de distribuição lenta
em 51%, em um estudo de infusão contínua dos dois fármacos em voluntá-
rios humanos saudáveis.As alterações hemodinâmicas induzidas pelo
propofol podem ter uma influência importante na farmacocinética do
alfentanil7.
3,4
Tabela I - Características farmacocinéticas do alfentanil
pΚa 6.5
Percentual não ionizado (pH 7,4) 89%
Percentual de ligação proteica 92%
-1
Clearance (ml.min ) 238
Volume de distribuição (l) 27
Coeficiente de partição (octanol/água) 145
Meia - vida de eliminação (h) 1.4 – 1.5
Meia - vida contexto-sensitiva: 4 horas de infusão (min) 60
Equilíbrio em sitio-efetor (sangue-cérebro) (min) 1.4
Volume de distribuição no compartimento central (l.kg-1) 0.1 – 0.3
Volume de distribuição no estado de equilíbrio (l.kg-1) 0.4 – 1.0
Farmacodinâmica
185
Anestesia Venosa
Uso clínico
186
Alfentanil
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Anestesia Venosa
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Alfentanil
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Alfentanil
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Alfentanil
Referências bibliográficas
193
Anestesia Venosa
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Alfentanil
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Sufentanil
Sufentanil
Leonel dos Santos Pereira*
Introdução
Características Farmacológicas
197
Anestesia Venosa
198
Sufentanil
199
Anestesia Venosa
Farmacocinética e Farmacodinâmica
se estiver livre para isso. Então, quanto maior for sua ligação protéica,
menor será sua disponibilidade. Para atingir o SNC, deve estar na forma
não ionizada, de modo que alterações no equilíbrio ácido/base e o seu pró-
prio pKa alteram essa oferta. Por outro lado, quanto maior seu volume de
distribuição, menor sua concentração efetiva no receptor. O resultado final
será o somatório de inúmeras variáveis, principalmente aquelas ligadas às
condições clínicas do paciente, e o comportamento poderá ser inconstante.
A Tabela III compara as características farmacocinéticas dos derivados da
anilopiperidina.
201
Anestesia Venosa
Metabolismo
203
Anestesia Venosa
Uso Clínico
1. Efeitos Cardiovasculares
204
Sufentanil
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Sufentanil
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-1
Noradrenalina Plasmática (pg.ml )
208
Sufentanil
Conclusões
209
Anestesia Venosa
Referências Bibliográficas
210
Sufentanil
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Anestesia Venosa
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Remifentanil
Remifentanil
Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre*
213
Anestesia Venosa
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Remifentanil
Farmacocinética do Remifentanil
- Introdução
215
Anestesia Venosa
- Distribuição
216
Remifentanil
- Metabolismo
217
Anestesia Venosa
- Eliminação
218
Remifentanil
219
Anestesia Venosa
Farmacodinâmica do Remifentanil
- Introdução
220
Remifentanil
sua vez, é referida normalmente após uma única injeção. O primeiro pro-
blema que observamos é que os opióides podem tanto ser utilizados através
de injeção única como podem ser infundidos continuamente, inclusive atra-
vés de programações de infusão alvo-controlada, com o objetivo de atingir
uma determinada concentração alvo ou uma concentração ideal para atin-
gir o efeito desejado20. Podemos observar que, devido as formas de utiliza-
ção dos opióides, a potência poderá variar de acordo com o modo de admi-
nistração da droga, sendo então preferível considerar que a potência do
opióide é determinada pela sua capacidade de promover alívio da dor. Po-
rém, como alívio da dor é muito subjetivo, várias outras formas de determi-
nar a potência dos opióides têm sido utilizadas, como, por exemplo: a capa-
cidade de supressão do espectro no EEG, incluindo a perda da consciência;
a inibição de movimentos à incisão da pele ou ainda através do grau de
depressão respiratória que pode causar. A dose/concentração necessária
para essas mensurações de efeitos varia de opióide para opióide, mas a
potência relativa dos diferentes opióides parece variar de forma uniforme,
seja qual for a forma de medida utilizada.
O Remifentanil produz efeito analgésico que aumenta de acordo
com a elevação da dose utilizada. Estudado em voluntários, após uma única
injeção o Remifentanil, mostrou ser de 20 a 30 vezes mais potente do que
o alfentanil5. Da mesma forma que o alfentanil, o aumento da potência
analgésica segue uma linha paralela ao aumento da depressão respiratória.
A capacidade do Remifentanil induzir a perda da consciência também foi
comparada com o alfentanil, em um estudo duplo cego que mostrou que
50% da dose efetiva necessária para perda da consciência com o
-1
Remifentanil era de 12 µg.kg e com o alfentanil era de 176 µg.kg-1, con-
firmando a maior potência do Remifentanil com o alfentanil, quando utiliza-
do em uma única dose21.
- Efeitos Hipnóticos
- Efeitos Respiratórios
- Efeitos Circulatórios
222
Remifentanil
como droga indutora, sem outras drogas associadas, doses menores ou iguais a
-1
10 µg.kg de Remifentanil e 200 µg.kg-1 do alfentanil produzem efeitos seme-
lhantes, ou seja, causam uma diminuição de 10 a 40% da pressão arterial sistólica
e diminuição semelhante na freqüência cardíaca22. Em todos os estudos, as
variações hemodinâmicas parecem ser dose-dependentes. Ocasionalmente, ocor-
reram maiores diminuições, do que o esperado, na pressão arterial, quando
outras drogas eram utilizadas, como, por exemplo, o propofol ou o tiopental,
devido ao sinergismo que leva à diminuição da freqüência cardíaca de17 a
23%23 sendo revertida pela administração de atropina. A diminuição da pres-
são arterial não foi maior do que a encontrada com o propofol utilizado isolada-
mente24. A utilização do Remifentanil não resulta em liberação de histamina
em doses de até 5 µg.kg-1 25. A infusão de Remifentanil na dose de 1
µg.kg-1.min-1 demonstrou abolir a resposta ao estresse (avaliado através das
concentrações inalteradas da adrenalina e da noradrenalina) após esternotomia.
223
Anestesia Venosa
- Uso em Adultos
224
Remifentanil
225
Anestesia Venosa
226
Remifentanil
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Anestesia Venosa
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Remifentanil
- No Paciente Obeso
229
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Remifentanil
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Anestesia Venosa
232
Remifentanil
233
Anestesia Venosa
zação de glicina nesses locais pode causar dor, agitação e perda da fun-
ção motora.
A tolerância aguda ao Remifentanil, que é mais aparente do que
com outros opióides, pelo seu início de ação, distribuição, metabolização e
eliminação muito rápidos, faz com que, a partir de um determinado momen-
to da infusão, haja necessidade do aumento da dose utilizada. A ocorrência
dessa tolerância com conseqüente necessidade do aumento da dose duran-
te a infusão é assunto ainda controverso, apesar de esperado e já relaciona-
do ao uso do Remifentanil. Aparentemente, de acordo com alguns obser-
vadores, a partir de tempos que podem variar entre 3 a 5 horas de infusão,
começa a ser observada a necessidade em se aumentar a concentração do
Remifentanil 70-72, 73,74.
Outro aspecto que merece atenção quando da utilização do
Remifentanil é a analgesia no período pós-operatório, quando a ocorrência
de hiperalgesia pela descontinuação súbita da analgesia oferecida pelo
opióide pode ocasionar dor de grande intensidade, comprometendo a esta-
bilidade dos sistemas do paciente no pós-operatório. É importante ter sem-
pre em mente que a analgesia, quando o Remifentanil é utilizado, deve ser
iniciada antes da interrupção da infusão do opióide75, 76.
Sendo uma droga relativamente recente, o nível de satisfação medi-
do, em estudo muticêntrico envolvendo 123 anestesiologistas italianos que
realizaram um total de 1295 anestesias em pacientes classificados como
ASA I – IV, apresentou os seguintes resultados:
- satisfação na indução da anestesia: 64,7% consideraram o
Remifentanil como uma droga ótima enquanto 32,2% considera-
ram como boa;
- na manutenção da anestesia, 60,6% consideraram a droga como
ótima e 34,7% a consideraram boa;
- para o despertar, as opiniões foram: 55,9% consideraram o
Remifentanil como uma ótima droga e 36,2% a consideraram
boa.
Os efeitos adversos mais incidentes nesse estudo foram: tremores,
em 14,5% pacientes; náuseas e vômitos pós-operatórios, em 7,7% , assim
como rigidez muscular na indução em 4,1% e agitação em 4,5% dos paci-
entes77.
Os efeitos adversos e complicações do Remifentanil são inerentes a
sua própria classe farmacológica, comportando-se como um típico agonista
dos receptores µ. Podem ser observados, portanto: diminuição ou perda da
234
Remifentanil
Referências Bibliográficas
235
Anestesia Venosa
236
Remifentanil
237
Anestesia Venosa
238
Remifentanil
239
Anestesia Venosa
240
Clonidina
Clonidina
Túlio César Azevedo Alves*
Introdução
Classificação Farmacológica
241
Anestesia Venosa
Farmacocinética
242
Clonidina
243
Anestesia Venosa
244
Clonidina
Sistema cardiovascular
246
Clonidina
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Anestesia Venosa
Sistema Respiratório
Sistema Endócrino
Sistema Gastrointestinal
248
Clonidina
Sistema Termorregulador
Sistema Renal
Uso Clínico
249
Anestesia Venosa
250
Clonidina
251
Anestesia Venosa
252
Clonidina
Referências Bibliográficas
253
Anestesia Venosa
254
Clonidina
255
Anestesia Venosa
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Clonidina
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Anestesia Venosa
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Anestesia Venosa
260
Clonidina
261
Dexmedetomidina
Dexmedetomidina
Roberto Takashi Sudo*
Jorge de Albuquerque Calasans-Maia**
I - Introdução
263
Anestesia Venosa
II - Propriedades físico-químicas
264
Dexmedetomidina
III - Farmacodinâmica
Tabela II – Seletividade α / α
2 1
Agonistas α α1
Seletividade α 2 /α
Dexmedetomidina 1600
Medetomidina 1200
Mivazerol 400
Clonidina 220
I-medetomidina 23
265
Anestesia Venosa
Sedação
Sedação é um efeito provocado pela dexmedetomidina e seu meca-
nismo de ação foi melhor compreendido a partir do trabalho de Correa-
Sales e cols., em 19927. Estes pesquisadores evidenciaram um local de ação
específico, porém, não o único responsável por este efeito. No cérebro, o
locus coeruleus apresenta alta densidade de receptores α2 que, uma vez
ativados, desencadeiam, por meio da ativação da proteína-G, aumento da
266
Dexmedetomidina
α2
Principais ações da dexmedetomidina nos subtipos de receptoresα
α2A
Controle cardiovascular central
Contração arterial (pós-sináptica)
Inibição da liberação noradrenalina no Sistema Nervoso Central
Sedação, ansiólise, analgesia
Prolonga efeito dos anestésicos (“anesthetic sparing effect”)
α2B
Resposta pressórica periférica - Contração arterial (pós-sináptica)
Ação antitremor (“anti-shivering”)
α2C
Diminuição da CAM de anestésicos e ação anestésica
Comportamento (ex: envolvimento com distúrbios de ansiedade)
Inibe liberação de NOR (pré-sináptico)
Contração venosa (pós-sináptica)
Analgesia
267
Anestesia Venosa
Função motora
268
Dexmedetomidina
Sistema noradrenérgico
descendente
269
Anestesia Venosa
270
Dexmedetomidina
Sistema cardiovascular
Sistema respiratório
Outros efeitos
A ativação de receptores α2-adrenérgicos em outras áreas do corpo
promove diminuição da salivação, diminuição da contratilidade gastrointestinal,
contração da musculatura lisa vascular, inibição da liberação de renina, aumento
da filtração glomerular, aumento da secreção de sódio e água nos rins,
diminuição da pressão intraocular e diminuição da liberação de insulina do
pâncreas6,24-26. No sistema nervoso central, estudos mostram um possível
efeito neuroprotetor, prevenindo a morte neuronal tardia após isquemia focal
e diminuição do volume isquêmico total em até 40%27,28. Em animais
experimentais, a dexmedetomidina reduziu em mais de 40% o fluxo sangüíneo
cerebral e não afetou o consumo metabólico regional de oxigênio (CMRO2)29-
31
. A dexmedetomidina diminui a pressão intracraniana, na presença de
hipertensão, em modelo animal32 e em humanos. Talke e cols. mostraram
que a dexmedetomidina não afetou a pressão lombar do líquido cefa-
lorraquidiano, em pacientes submetidos a ressecção transfenoidal de tumor
pituitário33.
272
Dexmedetomidina
IV - Farmacocinética
273
Anestesia Venosa
274
Dexmedetomidina
Pré-medicação
Cirurgia cardíaca
275
Anestesia Venosa
Cirurgia bariátrica
276
Dexmedetomidina
Pediatria
277
Anestesia Venosa
278
Dexmedetomidina
279
Anestesia Venosa
280
Dexmedetomidina
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281
Anestesia Venosa
282
Dexmedetomidina
283
Anestesia Venosa
284
Dexmedetomidina
285
Flumazenil
Flumazenil
Maria Angélica Abrão*
Introdução
287
Anestesia Venosa
Figura 1
Flumazenil
Midazolam
II - Farmacocinética
288
Flumazenil
III - Farmacodinâmica
- Mecanismo de Ação
289
Anestesia Venosa
uma dose alta de flumazenil para reverter a ansiólise produzida por baixa
dose de midazolam. Ao contrário, a hipnose, que é obtida em dose elevada
do BZD, fica revertida com pequena dosagem do antagonista.
291
Anestesia Venosa
292
Flumazenil
293
Anestesia Venosa
- Efeitos no cérebro
- Pressão intraocular
294
Flumazenil
V - Uso Clínico
295
Anestesia Venosa
296
Flumazenil
VII - Conclusão
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Anestesia Venosa
300
Naloxona
Naloxona
Paulo de Assis Melo*
301
Anestesia Venosa
Morfina Naloxona
302
Naloxona
303
Anestesia Venosa
ção intestinal, pelo uso crônico de alcalóides do ópio (tintura de ópio, morfi-
na, codeína). Nas últimas décadas se demonstrou que a naloxona pode ser
usada na reversão do choque séptico e da isquemia cerebral, no entanto,
esses usos precisam ser confirmados em estudos mais aprofundados.
Referências Bibliográficas
304
Naloxona
305
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
Farmacocinética,
Farmacodinâmica e
Equipamentos
Fernando Squeff Nora*
Marcos Aguzzoli**
I. Kant - 1785
Histórico
307
Anestesia Venosa
Figura 1
308
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
Conceitos
309
Anestesia Venosa
Figura 2
− mg.kg-1
Infusão Contínua Efeito
Biofase
− µg.kg-1.min-1
− mg.kg-1.h-1
310
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
312
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
313
Anestesia Venosa
Figura 4
314
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
Preditividade
Controle
Segurança
315
Anestesia Venosa
Figura 5
316
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
Esta comparação nos mostra por que uma droga tem características
melhores para infusão. Se a droga acumula pouco, elimina rápido e se liga
muito rapidamente ao sítio efetor, ela terá a capacidade de ter um pico de
ação rápido, além de ser eliminada rapidamente, e isto confere um perfil
muito bom para a infusão contínua.
Conforme a tabela de características farmacocinéticas dos opíóides
acima, podemos verificar que o alfentanil, apesar de ter uma velocidade de
ligação ao sítio efetor igual ao do remifentanil, o seu volume de distribuição
no terceiro compartimento é maior e o seu clearance é exponencialmente
317
Anestesia Venosa
menor, portanto, ele terá ligação rápida, acumulará pouco, mas sua eliminação
é muito ruim, em termos de infusão contínua. Isto também torna o sufentanil
uma droga para infusão, apesar de ser um opióide de ação intermediária,
ter características de eliminação melhores que o alfentanil, pois, apesar do
seu t1/2 Ke0 e seu Vd3 serem maiores, o seu clearance é praticamente
três vezes maior que o do alfentanil.
Em termos práticos, conhecer a droga é muito importante, pois
verificamos que muitas vezes a pressa em realizar a laringoscopia nos levará
a ter uma resposta autonômica muito intensa, uma vez que a resposta de
proteção que procuramos ainda não pode ser gerada, pois o pico de ação do
opióide ainda não foi atingido. Dessa forma, podemos concluir que, para
realizar uma manobra de intubação rápida, pelas características
farmacocinéticas, o alfentanil e o remifentanil são indicados para prevenir
uma resposta hemodinâmica intensa.
Saber trabalhar com a droga correta, no momento oportuno, é que
vai nos levar a atingir a janela terapêutica, que é aproveitar o máximo de
efeito que a droga pode nos dar, em combinação com o mínimo de efeitos
deletérios. A janela terapêutica também pode ser descrita para a interação
medicamentosa, pois, quando colocamos drogas como propofol e um opióide,
podemos atingir o nosso objetivo de uma anestesia adequada, com uma
dose um pouco maior de uma ou outra droga, mas a correta correlação nos
dará o melhor resultado. Veja a figura abaixo:
Figura 6
Concentração remifentanil (ng.ml-1)
µg.ml-1)
Concentração propofol (µ
318
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
319
Anestesia Venosa
320
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
321
Anestesia Venosa
Assim, deve ser possível alterar esse valor nas bombas, de acordo
com o comportamento de cada paciente
322
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
(dose eficaz 95) da janela terapêutica, o que nos ajuda a diminuir os efeitos
indesejados uma vez que, ultrapassando esses limites, a possibilidade de
surgirem para-efeitos é tanto maior quanto mais droga se acumula no
organismo.
Bombas de Infusão
Manual
Alvo controlada
323
Anestesia Venosa
324
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
Figura 8
A segunda maneira é:
Soro + Equipo + 1 torneira de três vias + extensão + 2 torneiras de
três vias + acesso venoso
Figura 9
325
Anestesia Venosa
326
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
Remifentanil
Vantagens Desvantagens
Melhor titulação Precisa infusão constante
Menor incidência apnéia PO* Requer cálculos
Infusão contínua Requer bomba infusão
Menor flutuação nas Cp** Analgesia PO* insuficiente
Preditividade maior
*PO = pós operatório
**Cp = concentração plasmatica
327
Anestesia Venosa
Referências Bibliográficas
328
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
329
Anestesia Venosa
330
Farmacocinética, Farmacodinâmica e Equipamentos
331
Anestesia Intravenosa: Técnicas
Anestesia Intravenosa:
Técnicas
Pedro Thadeu Galvão Vianna*
Introdução
333
Anestesia Venosa
Massa volume
60* x P x D = ml / hora *
C
334
Anestesia Intravenosa: Técnicas
335
Anestesia Venosa
Tabela II
336
Anestesia Intravenosa: Técnicas
337
Anestesia Venosa
338
Anestesia Intravenosa: Técnicas
339
Anestesia Venosa
340
Anestesia Intravenosa: Técnicas
341
Anestesia Venosa
Propofol
342
Anestesia Intravenosa: Técnicas
pequenas cirurgias:
propofol + N2O 66% 1,5-4,5 µg.ml-1
grandes cirurgias:
propofol + N2O 66% 2,5-6,0 µg.ml-1
O acordar ocorrerá com: 1,6 µg.ml-1
Orientação com: < 1,2 µg.ml-1
Não deve ser esquecido que a idade afeta estas concentrações.
MANUTENÇÃO
SEDAÇÃO
343
Anestesia Venosa
Dor à injeção
É semelhante ao etomidato e ao methohexital, porém, a incidência é
maior do que com o tiopental. Ela pode ser evitada, usando-se veias de
calibre maior e adicionando-se lidocaína à injeção.
Mioclonia
É mais comum com propofol que com tiopental, mas, em menor
freqüência que as encontradas com a injeção de etomidato ou methohexital.
Apnéia
É comum e a incidência é semelhante ao do tiopental ou methohexital,
porém, é mais prolongada. Essa depressão respiratória aumenta sinergi-
camente com o uso de opióides.
Hipotensão
É a complicação mais comum e é aumentada pela adição de opióides.
Por outro lado, são bem conhecidos os efeitos colaterais dessa droga,
causando: depressões cardiocirculatória e respiratória, vasodilatação periférica
e dor no trajeto venoso da injeção.
Para minimizar essas complicações, as seguintes normas são reco-
mendadas, quando for utilizado o propofol:
1. utilizar técnica asséptica, pois o diluente é ótimo meio de cultura bacteriana;
2. a prévia administração de 1 a 2 ml de lidocaína a 1% minimizará o
efeito doloroso da injeção;
344
Anestesia Intravenosa: Técnicas
Tabela IV
*1 2 3 4 5
**30 ***39 110 181 254 324
**31 – 90 52 106 160 216 269
**Duração em minutos das ***taxas de infusão (µg.kg-1.min-1) para manutenção de
anestesia venosa contínua segundo os atributos farmacocinéticos de Shafer e col l8.
“Bolus” de 3 mg.kg-1
*1 2 3 4 5
**0 -30 ***35 92 150 208 266
30 - 90 38 82 125 170 212
-1 -1
**Duração em minutos das ***taxas de infusão (µg.kg .min ) para manutenção de
anestesia venosa contínua segundo os atributos farmacocinéticos de Marsh et
-1
al.(1991).“Bolus” de 3 mg.kg .
345
Anestesia Venosa
Uso em pediatria
A utilização desse anestésico venoso, em crianças, foi descrita em
21
1985 e daí para cá tem aumentado a popularidade do seu emprego em
pacientes nessa faixa etária, principalmente pelo uso da máscara laríngea,
especialmente em cirurgia ambulatorial ou procedimentos diagnósticos fora
do centro cirúrgico. Marsh e col21 estudaram os parâmetros farmacocinéticos
do propofol em crianças (idade entre 1 e 9 anos), obtendo volume de
distribuição menor e “clearance” maior do que os encontrados em adultos.
Short e col 22 revisaram os atributos farmacocinéticos dos autores
supracitados(21) e conseguiram anestesia satisfatória, quando a concentração
plasmática atingiu 6.6 µg/ml (474 µg.kg.-1min.-1 de infusão de propofol
associados a N2O a 66%). Os atributos farmacocinéticos desses autores
foram recentemente avaliados, usando-se o BIS como monitor da
profundidade da hipnose e a concentração sangüínea do propofol aos 20, 40
e 60 de anestesia. A conclusão a que se chegou foi uma melhor performance,
quando se utilizaram os atributos farmacocinéticos de Marsh23
Opióides
346
Anestesia Intravenosa: Técnicas
“Bolus” = 50 µg.kg-1
348
Anestesia Intravenosa: Técnicas
“Bolus” - 1 µg.kg-1
349
Anestesia Venosa
Remifentanil
É o mais recente opióide a ser empregado em clínica. Em 1991 foi
publicado o primeiro trabalho sobre essa droga, hoje existem mais de 70
publicações sobre o assunto. O remifentanil é um opióide derivado da
fenilpiperidina. A principal característica dessa droga é ser um éster e possuir
uma cadeia lateral metil-éster que é rapidamente metabolizado por esterases,
não especificas, sangüíneas e teciduais. O grande metabólito do remifentanil é
o G90291A que é 800-2000 vezes menos potente que a droga original. O
350
Anestesia Intravenosa: Técnicas
351
Anestesia Venosa
Interação de drogas
Referências Bibliográficas
352
Anestesia Intravenosa: Técnicas
353
Anestesia Venosa
354