Você está na página 1de 33

Estados de

Atividade Cerebral
Atividade Cerebral

Funcionamento básico do sistema nervoso:


Coleta e armazenamento de informações sensoriais
Comparação de novas informações com as já armazenadas
Sinal para uma resposta fisiológica ou comportamental

Sem a transmissão contínua de sinais da periferia para o cérebro


(via tronco encefálico) – atividade cerebral geral fortemente
reduzida
Informações somatossensoriais e órgãos dos sentidos + pensamentos =
ativação de diversas áreas do córtex cerebral e do tálamo
Atividade basal do
cérebro
Atividade Cerebral

A atividade cerebral geral é controlada pelo tronco encefálico de


duas maneiras:
Estímulo constante da atividade basal de várias áreas do cérebro
Ativação de sistemas neuro-hormonais com ação específica em áreas do
cérebro

O tálamo atua como um centro distribuidor de sinais – o


estímulo de áreas específicas do tálamo ativa áreas corticais
correspondentes
Circuitos reverberantes: tálamo – córtex – e de volta para o tálamo
Atividade basal do
cérebro
Atividade basal do
cérebro
Atividade Cerebral

Substância reticular da ponte e mesencéfalo = área facilitadora


bulborreticular
Núcleos reticulares pontinos (os mesmos das vias de controle da postura
corporal) = sinais descendentes para excitação de músculos antigravitários
Também envia sinais excitatórios constantes ascendentes, principalmente
para o tálamo
Acetilcolina como neurotransmissor excitatório – rápida degradação

Feedback positivo:
Atividades que se iniciam no córtex cerebral (pensamentos ou
atividade motora) – seguem para a área excitatória – e de volta
para o córtex
Mente acordada = estado de vigília
Área facilitadora
bulborreticular
Atividade Cerebral

A área excitatória sofre grande influência dos sinais sensoriais,


especialmente sinais de dor – estado constante de vigília

Área reticular inibitória – inibe a área excitatória


Núcleos reticulares bulbares (os mesmos das vias de controle da postura
corporal) = sinais descendentes para inibição de músculos antigravitários
Ativam também neurônios que secretam serotonina em partes específicas no
cérebro – neurotransmissor inibitório

A ativação ou inibição promovida por essas áreas é instantânea –


sinais que duram poucos ms
Atividade Cerebral

Controle neuro-hormonal da atividade cerebral:


Ativação ou inibição de diferentes áreas do cérebro por longos períodos – de
minutos, até horas

Sistema norepinefrina
Sistema dopamina
Sistema serotonina

Sistema acetilcolina
Sistemas neuro-
Atividade Cerebral hormonais
Sistemas neuro-
hormonais
Sistemas neuro-
hormonais
Sistemas neuro-
hormonais
Ondas Cerebrais

A atividade cerebral envolve sinapses constantes no córtex –


atividade elétrica que pode ser mensurada (µV)

Funcionamento do eletroencefalograma (EEG):


Grupos de neurônios fazendo sinapses tornam o meio extracelular cortical
superficial mais negativo que o cortical profundo
Geração de um campo elétrico sincrônico – milhares de neurônios
respondendo da mesma maneira, quase ao mesmo tempo
Eletrodos no escalpo medem essa atividade
Ondas cerebrais – variações nos potenciais elétricos registrados ao longo do
tempo, em diferentes áreas
EEG
Diferentes atividades
Ondas Cerebrais cerebrais
Ondas Cerebrais

Ondas alfa
Acordado, em repouso, sem estar concentrado em processos mentais
complexos
8 – 13 Hz – desaparecem no sono profundo
Não ocorrem sem as conexões com o tálamo

Ondas beta
Quando a atenção é focada em alguma atividade específica ou pensamentos
complexos
14 – 80 Hz – principalmente medidas nas regiões frontal e parietal (córtices
de associação)
Ondas Cerebrais

Ondas teta
Estresse emocional; sonolência e cansaço; também comum em crianças
4 – 7 Hz – processos neurodegenerativos

Ondas delta
Sono profundo; doenças cerebrais
< 3,5 Hz – ondas de alta amplitude
Ocorrem mesmo com as conexões com o tálamo interrompidas
Ondas Cerebrais EEG
Sono

Sono – estado de inconsciência em que a pessoa pode ser


despertada por um estímulo
Padrões específicos de ondas cerebrais

A maioria necessita de 7 – 8 horas de sono por dia


Mais tempo durante a infância, menos tempo quando adultos

Alternância entre dois estágios durante o sono


Sono de ondas lentas – 75 %
Sono REM (Rapid Eye Movements) – 25 %
Sono

Sono de ondas lentas


Sono restaurador – primeiras horas de sono
Redução do tônus muscular, pressão arterial, taxa metabólica e frequência
respiratória
Sono mais difícil de ser despertado, especialmente os estágios 3 e 4 – é o
estado mais semelhante ao estado de coma
Quanto maior o “débito de sono”, maior a duração dos períodos de sono de
ondas lentas
Podem ocorrer sonhos – mas não são consolidados na memória
Redução da contração muscular e da resposta à estímulos somatossensoriais
– alta atividade de neurônios GABAérgicos nos núcleos reticulares pontinos
Sono

Sono REM
Episódios de 5-30 min, intercalados por ~90 min de sono de ondas lentas
Sono não restaurador – alta atividade cerebral, semelhante ao período de
vigília
Quanto mais “descansado”, maior a frequência dos episódios de sono REM
Movimentos musculares irregulares podem ocorrer, além dos oculares
Pressão arterial e frequência respiratória podem variar – descargas simpáticas
podem ocorrer
Sonhos que se consolidam na memória

Aumento da atividade do sistema límbico – sonhos emocionais e


com comportamentos normalmente inapropriados
Sono Estágios do sono
Sono Estágios do sono
Sono Estágios do sono
Sono

Por que precisamos dormir? – ainda não se sabe exatamente


exatamente
O sono restaura os níveis normais de atividade cerebral e as funções do SNC
A vigília prolongada está associada à redução da capacidade cognitiva,
prejuízos na consolidação de memórias, alterações de humor e alucinações
Pode ser importante para a consolidação das memórias de curto prazo
formadas durante a vigília
Falta de sono também associada à deficiência do sistema imunitário
Alguns hormônios são mais secretados durante o período de sono – ex.:
hormônio do crescimento
Sono

Vários iniciadores do sono:


Redução ativa da atividade do sistema colinérgico na formação reticular – não
pela simples fadiga da atividade neuronal durante a vigília
Serotonina liberada pelos núcleos da rafe – lesões no núcleo causam estados
de insônia
Núcleo tuberomamilar (hipotálamo) – inibição da liberação de orexina, que
atua nos núcleos do tronco encefálico e promove a vigília
Acúmulo de adenosina resultante da degradação do ATP como
neurotransmissor – cafeína, por exemplo, como antagonista dos receptores
de adenosina
Melatonina secretada pela glândula pineal durante o ciclo circadiano – sono
pela modulação dos circuitos do tronco encefálico
O álcool atua potencializando a ação dos neurotransmissores GABA e
glutamato (ambos inibitórios no SNC) – efeitos sedativos do álcool
Sono

Principais distúrbios do sono:


Insônia – incapacidade de dormir o suficiente durante o sono de ondas lentas
para o efeito reparador
Apneia do sono – interrupção da respiração durante o sono, principalmente
em obesos e idosos
Síndrome das pernas inquietas – sensações desagradáveis de formigamentos,
picadas ou calafrios nas pernas
Narcolepsia – ataques de sono REM durante a vigília, de 30 s – 30 min;
envolvida com defeitos na transmissão de orexina
Epilepsia

Epilepsia (estado convulsivo) – atividade excessiva e


descontrolada do sistema nervoso central
Nível basal de excitabilidade elevado
Causada por predisposição genética ou lesões no cérebro

Fatores que iniciam os ataques:


Forte estímulo emocional
Alcalose causada por aumento na frequência respiratória
Drogas
Febre
Estímulos visuais ou auditivos muito intensos
EGGs de diferentes
Epilepsia tipos de epilepsia
Epilepsia

Convulsão tônico-clônica
Excitação extrema por todo o encéfalo, por 3-4 min
Sinais para a medula espinal – contrações espasmódicas dos músculos
esqueléticos
Depressão pós-convulsão – fadiga e sono após o ataque

Epilepsia de ausência
Envolve a alta excitação do circuito tálamo-cortical, por 3-30 s
Contração brusca dos músculos da face, principalmente olhos; inconsciência
Estados de Atividade Cerebral

Capítulo [Estados de Atividade Cerebral...] do GUYTON; HALL.


Tratado de Fisiologia Médica.

Parte do capítulo [Mecanismos Comportamentais e


Motivacionais...] do GUYTON; HALL. Tratado de Fisiologia
Médica.

Slides das aulas

Você também pode gostar