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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA
DISCIPLINA FUNDAMENTOS E TECNOLOGIAS
DO CUIDAR EM ENFERMAGEM II

Sistema Neurológico

2º Semestre/ 2016
Objetivos

• Recordar aspectos relevantes da anatomia e fisiologia do


Sistema Nervoso

• Proporcionar conhecimento específico necessário para


realização do exame físico neurológico em Enfermagem

• Exemplificar a Sistematização da Assistência de


Enfermagem no contexto em questão
Objetivos da semiologia neurológica

Objetivos da semiologia neurológica


• Descobrir as alterações
▫ comportamentais,
▫ orientação,
▫ sensitivas,
▫ motoras,
▫ reflexos e de coordenação
Divisão do Exame Neurológico

Divisão do Exame Neurológico


• Estado Mental
• Nervos Cranianos
• Função Motora
• Função Sensorial
• Reflexos
Referências
• DICCINI, S. et al. Exame neurológico. In: BARROS, A.B.L. de.
Anamnese e exame físico. Porto Alegre: Artmed, 2016, Cap. 7.

• JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para


enfermagem. 6ªed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
• Capítulo 23

• Diagnósticos de Enfermagem da NANDA. Definições e Classificação.


ARTMED Editora SA.
Revisão anatomia e fisiologia
Estrutura e Função do Sistema
Neurológico
• Sistema Nervoso Central
▫ Encéfalo
▫ Medula Espinhal

• Sistema Nervoso Periférico


▫ Nervos cranianos
▫ Nervos espinhais
Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central
Cortex Cerebral
• Camada externa de corpos celulares
nervosos do encéfalo – aparência de
substância cinzenta – por não ter
mielina
• É o centro das funções superiores do
homem
• Cada metade do cérebro constitui um
hemisfério (D e E – sendo o
dominante em 95% das pessoas)
Cortex Cerebral
• Cada hemisfério é dividido em 4 lobos
▫ Frontal
▫ Parietal
▫ Temporal
▫ Occipital

Cada um com uma função específica


SNC – funcionalidade dos lobos
-Lobo frontal: personalidade,
comportamento, emoções e
função intelectual

-Lobo parietal: centro das


sensações

-Lobo occipital: centro


receptor visual

-Lobo temporal: centro


receptor auditivo

-Área de Wernicke: lobo


temporal, interpretação,
conhecimento

-Área de Broca: lobo frontal,


produção da fala e
compreensão
Lobo Frontal
área da personalidade
comportamento
emoções funções intelectuais

• Funções:
▫ pensamento abstrato e criativo,
▫ fluência do pensamento e da linguagem
– Area de Broca: quando lesada no hemisfério dominante da pessoa
ocorre a AFASIA DE EXPRESSÃO – pessoa só emite sons sem
articular palavras. Compreende o que ouve, mas é incapaz de falar.
▫ respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais,
▫ julgamento social,
▫ Giro pré-central: planejamento de ações e movimento
– Apraxia: perda da habilidade para executar movimentos e gestos
precisos, como vestir-se, bater palmas, etc.
Lobo Parietal
Sensações

• Funções:
▫ função de possibilitar a recepção de sensações:
 Tato
 Dor
 Temperatura do corpo

▫ Permite a localização do nosso corpo no espaço


 reconhecimento dos objetos através do tato

▫ Giro-pós central: centro primário das sensações


Lobo Temporal
centro receptor
auditivo primário

• Funções:
 processar os estímulos auditivos
 Area de Wernicke: compreensão da
fala – quando lesada no hemisfério
dominante ocorre a AFASIA DE
COMPREENSÃO / RECEPÇÃO – pessoa
ouve o som como se fosse uma língua
estrangeira para ela
Lobo Occipital
receptor visual
primário
visual

• Funções:
 processar os estímulos visuais
 Alterações podem provocar
AGNOSIA – perda da função em
reconhecer pessoas, objetos
*As agnosias envolvem outras áreas
também
SNC – funcionalidade dos lobos

-Área de Wernicke:
lobo temporal,
interpretação,
conhecimento

-Área de Broca:
lobo frontal,
produção da fala
Sistema Nervoso Central (SNC)

• Córtex cerebral

• Gânglios da base

• Tálamo

• Hipotálamo

• Cerebelo

• Tronco cerebral

• Medula espinhal
Sistema Nervoso Central (SNC)

• Córtex cerebral

• Gânglios da base Córtex cerebral: camada


externa de corpos celulares
• Tálamo nervosos do encéfalo que tem a
aparência de uma “substância
cinzenta”
• Hipotálamo

• Cerebelo -Centro das funções superiores:


memória, raciocínio, sensações e
• Tronco cerebral movimentos involuntários

• Medula espinhal
Sistema Nervoso Central (SNC)

• Córtex cerebral

• Gânglios da base
Gânglios da base: feixes
• Tálamo de substância cinzenta
profundamente situados
• Hipotálamo nos dois hemisférios
cerebrais, controlam os
• Cerebelo movimentos automáticos
• Tronco cerebral associados ao corpo

• Medula espinhal
Outros componentes
do SNC
Gânglios da base:
• Formam o Sistema Motor
Subcortical

▫ Controlam os movimentos
automáticos
 Ex: Oscilação dos Braços com as
pernas ao caminhar
Sistema Nervoso Central (SNC)

• Córtex cerebral

• Gânglios da base

• Tálamo Tálamo: local onde as vias


sensoriais da medula espinhal e
• Hipotálamo do tronco cerebral formal
sinapses
• Cerebelo

• Tronco cerebral

• Medula espinhal
Outros
componentes do
SNC
Tálamo:
• é a principal estação
retransmissora para
SNC
▫ é o receptor das
informações
provenientes das vias
sensoriais da medula
espinhal e do troco
cerebral - sinapses
Sistema Nervoso Central (SNC)

• Córtex cerebral
Hipotálamo: responsável pelo
• Gânglios da base
controle de funções vitais como:
controle da temperatura,
• Tálamo
frequência cardíaca e pressão
arterial, centro do sono,
• Hipotálamo
regulação da hipófise,
coordenação do sistema nervoso
• Cerebelo
autônomo e do estado
emocional
• Tronco cerebral

• Medula espinhal
Sistema Nervoso Central (SNC)

• Córtex cerebral Cerebelo: sob o lobo occipital,


responsável pela coordenação
• Gânglios da base motora dos movimentos
voluntários, equilíbrio e tônus
• Tálamo muscular (ajusta e corrige os
movimentos voluntários)
• Hipotálamo

• Cerebelo

• Tronco cerebral

• Medula espinhal
Sistema Nervoso Central (SNC)

• Córtex cerebral Tronco cerebral: cerne do


cérebro constituído de fibras
• Gânglios da base nervosas (Mesencéfalo – parte
mais anterior; ponte -área mais
• Tálamo larga e bulbo – continuação da
medula espinhal
• Hipotálamo

• Cerebelo

• Tronco cerebral

• Medula espinhal
Sistema Nervoso Central (SNC)

• Córtex cerebral
Medula espinhal: longa
• Gânglios da base estrutura cilíndrica, de diâmetro
semelhante ao dedo mínimo da
• Tálamo mão que ocupa os dois terços
superiores do canal vertebral.
• Hipotálamo Principal via para as fibras
nervosas ascendentes e
• Cerebelo descendentes que liga o cérebro
aos nervos espinhais mediando
• Tronco cerebral os reflexos

• Medula espinhal
Vias do SNC

• Representação cruzada: o córtex cerebral esquerdo


recebe informações sensoriais e controla a função
motora do lado direito do corpo, enquanto o córtex
cerebral direito interage com o lado esquerdo do corpo.
Sistema Nervoso
Periférico
12 pares de nervos cranianos, 31 pares de nervos espinhais e
todos os seus ramos

Nervos cranianos
Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Periférico: 12 pares de nervos cranianos, 31
pares de nervos espinhais e todos os seus ramos

Nervos espinhais
Nervos Espinhais
• Cada nervo inerva um
segmento particular do
corpo.
• Um dermátomo é uma área
cutânea circunscrita
fornecida por um segmento
da medula por meio de um
n. espinhal específico.
• São sobrepostos
Exame físico do
sistema
neurológico
Exame físico do sistema neurológico e a
Enfermagem

Difícil aplicabilidade prática

Exame neurológico na admissão


normalidade

Identificar disfunções prejudiciais à


vida diária

Detectar situações de risco

Planejamento da assistência
Exame físico do sistema neurológico

Anamnese

Estado mental

Nervos cranianos

Sistema motor

Sistema sensorial

Reflexos
Anamnese neurológica
• Questionar sobre a doença atual, início e evolução (lenta,
progressiva, surtos)

• Sinais e sintomas: cefaléia, tonteiras/vertigens, síncope,


convulsões (alterações do nível de consciência e movimentos
musculares involuntários), tremores, fraqueza, parestesia,
disfagia, dislalia

• Pesquisar início, intensidade, frequência

• Alterações no ritmo de sono

• Perda de consciência, possíveis acidentes e traumatismos


Anamnese neurológica

• Cirurgias, parasitoses

• Riscos ambientais/ocupacionais (inseticidas, solventes


orgânicos, chumbo)

• Vícios, condições emocionais

• Uso de medicação

• História familiar (patologias hereditárias como


degeneração muscular progressiva)
Distúrbios das funções cerebrais
• Distúrbios relacionados à linguagem:

Alterações na • dislalia (lesões do palato)


articulação da e disartria (lesões dos
palavra nervos cranianos VII, IX,
X, XII)

Alteração na • afasia (lesões Broca ou


capacidade de Wernicke)
expressão da
linguagem
Inspeção

• Deve ser realizada nas posições de pé, sentado ou no leito.


Observar posições, expressões e movimentos:

Hemiplegias e paraplegias (Doença


de Parkinson)

Mão caída ou em gota (lesão do


nervo radial)

Pé equino (dano ao nervo fibular)


Inspeção

Posição em gatilho (irritação


meníngea): hiperextensão da cabeça,
flexão das pernas sobre as coxas e
encurvamento do tronco com
concavidade para frente

Emprostótono: corpo forma uma


concavidade voltada para frente

Opistótono: contratura da
musculatura lombar, formando uma
concavidade para trás (tétano e
meningite)
Mão caída Opistótono
Avaliação do Nível de consciência
• Consciência: “conhecimento de si mesmo e do ambiente.
É o indicador mais sensível de disfunção cerebral”

• Componentes:
- Despertar: capacidade de abrir os olhos, de estar acordado

- Conteúdo da consciência: somatório das funções mentais


cerebrais (linguagem, memória, crítica)
Avaliação do Nível de consciência
• Consciência: “conhecimento de si mesmo e do ambiente.
Capacidade de reagir quando se está em perigo ou para
satisfazer as necessidades biológicas e psicossociais. É o
indicador maisFundamental
sensível de disfunção cerebral”
no exame
físico neurológico de
• Componentes: enfermagem
- Despertar: capacidade de abrir os olhos, de estar acordado

- Conteúdo da consciência: somatório das funções mentais


cerebrais (linguagem, memória, crítica)
Níveis de consciência
• Estados intermediários entre o estado de consciência e o
coma

• Inúmeros termos subjetivos na definição e


interpretação: letárgico, confuso, sonolento, torporoso

• Paciente consciente: acordado, alerta, responde


adequadamente ao estímulo verbal, está orientado no
tempo e no espaço, vigil
Níveis de consciência

• Paciente comatoso: está em sono profundo, com


os olhos fechados, não emite som verbal, não
interage consigo e nem com o ambiente
Escala de Coma de Glasgow (ECG)

• Utilizada para determinar e avaliar a profundidade e a


duração do coma, define o nível de consciência e
acompanha a evolução do paciente com ou sem trauma
cranioencefálico.

• São utilizados três indicadores:

Melhor Melhor
Abertura
resposta resposta
ocular (AO)
verbal (MRV) motora (MRM)
Escala de Coma de Glasgow (ECG)
 Cada indicador é avaliado separadamente e atribui-se um
número à melhor resposta da pessoa

 Os três números são somados e o escore total reflete o


nível funcional do cérebro

 O escore varia de 3 a 15. Uma pessoa normal tem escore


15, enquanto que um escore igual ou menor a 8 indica
coma

 Atenção para o efeito de medicações sedativas


Escala de Coma de Glasgow (ECG)
 Cada indicador é avaliado separadamente e atribui-se um
número à melhor resposta da pessoa

 Os três números
Muito sãoutilizada
somadosno
e o escore total reflete o
exame
nível funcional do cérebro
físico neurológico de
 O escore varia de 3 enfermagem
a 15. Uma pessoa normal tem escore
15, enquanto que um escore igual ou menor a 8 indica
coma

 Atenção para o efeito de medicações sedativas


ECG – Avaliação da AO

• Indica que os mecanismos de despertar do tronco


cerebral estão ativos
4 – olhos abertos, piscar normal;
3 – abertura ocular à qualquer estímulo verbal;
2 – abertura ocular à estímulos dolorosos;
1 – ausência de AO
ECG – Melhor Resposta verbal (MRV)
• Indica o grau de integração do SNC

5 – quando se obtém informações simples como nome,


idade, dia, mês, ano
4 – confusão mental: a atenção é mantida e as informações
são obtidas em forma de diálogo, mas as respostas
indicam confusão mental
3 – existência de palavras impróprias. As palavras são
compreensíveis mas a fala é desconexa
2 – emissão de sons incompreensíveis, gemidos, suspiros
1 – inexistência de reposta verbal
ECG – Melhor Resposta Motora (MRM)
• Deve-se considerar a melhor resposta obtida em qualquer
extremidade

6 – movimentos adequados ao comando do avaliador


5 – movimentação do membro para o ponto de aplicação do
estímulo doloroso com tentativa de removê-lo
4 – retirada do membro à aplicação do estímulo doloroso
3– resposta em flexão (decorticação) ao estímulo doloroso
2 – resposta com extensão (descerebração) ao estímulo
doloroso
1 – sem resposta ao estímulo doloroso
ECG – Melhor Resposta Motora (MRM)

Decorticação

Descerebração
Nervos
Cranianos
Nervos Cranianos
• I par - Olfativo / testar o olfato através da inalação de
algumas substâncias – em pacientes que relatarem perda

• II par - Óptico / acuidade visual (cartela de Snellen),


acomodação pupilar, fotorreagentes

• III/IV/VI pares - Oculomotor, Troclear, Abducente


/ movimentos extra-oculares: convergência, nistagmo,
ptose
Avaliação Pupilar

• Avaliar: diâmetro, forma e reação à luz

• Sempre comparar uma pupila com a outra e registrar


diferenças

• O diâmetro pupilar é mantido pelo SNA, tendo o


simpático a função de dilatação (midríase) e o
parassimpático a função de contração (miose)
Avaliação Pupilar

• O diâmetro da pupila varia de 1 a 9mm, sendo


considerada uma variação normal de 2 a 6mm, com
média de 3,5mm

• As pupilas com o mesmo diâmetro são denominadas


isocóricas e com diâmetros diferentes anisocóricas
(anotar a pupila maior em relação à menor ex: E>D)

• Reflexo fotomotor: observado com o auxílio de uma


lanterna – constrição pupilar
Avaliação Pupilar

• O diâmetro da pupila varia de 1 a 9mm, sendo


considerada uma variação normal de 2 a 6mm, com
média de 3,5mm
Muito utilizada no exame
• As pupilas comfísico
o mesmo diâmetro
neurológico desão denominadas
isocóricas e com enfermagem
diâmetros diferentes anisocóricas
(anotar a pupila maior em relação à menor ex: E>D)

• Reflexo fotomotor: observado com o auxílio de uma


lanterna – constrição pupilar
Avaliação Pupilar
Nervos Cranianos
V par - Trigêmio:
Três divisões
I - oftálmico: reflexo corneano
II - maxilar
III - mandibular /
força muscular
dos m. masseter e m.temporal
- Palpar os músculos durante a mastigação
Nervos Cranianos
• VII par - Facial / mímica facial,
paralisias
o Central – AVC / TUMOR CEREBRAL
(disartria, não consegue contrair o platisma,
desvio de rima labial, músculos superiores
são poupados)
o Periférica – paralisia de Bell –
UNILATERAL / idiopática (sem causa
conhecida)
o Não fechamento de pálpebra
o Alterações de paladar
o
Nervos Cranianos
• VIII par - Vestíbulo-Troclear/ acuidade
auditiva

• IX/X pares - Glossofaríngeo, Vago / voz,


deglutição, reflexo do vômito

• XI par - Acessório / força e contração do m.


trapézio

• XII par - Hipoglosso / articulação das palavras


Sistema
Motor
Sistema Motor
• Músculos
▫ Inspeção e palpação de grupos musculares
 Avaliação de tamanho
 Força
 Tônus
 Movimentos involuntários
Sistema Motor
Força Muscular
• A redução da força muscular
deve ser analisada quanto sua
distribuição e intensidade
▫ Avaliação é feita através da
pesquisa dos grupos
musculares realizados de forma
ativa
Função motora 69
Função motora 70

Hemiparesia

Hemiplegia

Paraparesia

Paraplegia
Sistema Motor

Tônus Muscular
• A tonicidade muscular é um estado de
tensão ativa, reflexo, subordinado ao
sistema nervoso
▫ Avaliação é feita através da pesquisa dos
movimentos musculares realizados de
forma passiva
Avaliação da função motora
• Avaliação do tônus
- O tônus é um estado de semicontração do músculo

- A palpação das massas musculares é realizada para avaliar a


consistência muscular

- Realizar a movimentação dos membros com flexão e


extensão para verificar passividade e resistência muscular,
aperto de mão

- Hipotonia: consistência muscular diminuída

- Hipertonia: consistência muscular aumentada

- Paresia: comprometimento da força muscular


Sistema Motor

Função Cerebelar
• Teste de equilíbrio
• Equilíbrio dinâmico
▫ Marcha: peça para o
paciente caminhar em
linha reta, com um pé atrás
do outro
Sistema Motor

Equilíbrio estático
• Manobra de Romberg:
avalia postura e equilíbrio
▫ inicialmente com os olhos
abertos e depois fechados
▫ Pessoa de pé com os pés
juntos e braços ao longo do
corpo
▫ Romberg positivo:
quando há alteração no
equilíbrio – lesão cerebelar:
intoxicação alcoólica, ataxia
cerebelar, esclerose múltipla
Sistema Motor

• Avaliação da Coordenação
▫ Prova dedo-dedo (coordenação de MMSS): o
paciente toca o dedo do examinador e depois seu
nariz / examinador muda de posição durante a
avaliação
Sistema Motor
• Avaliação da Coordenação
▫ Prova calcanhar-joelho (coordenação dos MMII):
peça ao paciente em decúbito dorsal que coloque o
calcanhar sobre o joelho oposto e descê-lo até o
tornozelo e vice-versa
 preservação da força com incoordenação sugere
lesão cerebelar
Inspeção
• Movimentos musculares involuntários:

- Tremor em repouso: é lento e regular, desaparece parcial


ou totalmente com o movimento voluntário (Doença de
Parkinson)

- Movimentos coreicos: movimentos súbitos e rápidos,


espasmódicos, com intervalos irregulares, envolvendo os
membros, o tronco e a face, de média ou grande
amplitude
Arco reflexo
• Os reflexos são mecanismos de defesa básicos do
SN
• São involuntários
• 4 tipos:
▫ Reflexos tendinosos profundos: patelar
▫ Reflexos tendinosos superficiais: córneo,
abdominal
▫ Viscerais: resposta pupilar a luz
▫ Patológicos: reflexo de Babinski (extensor plantar)
Avaliação dos Reflexos
• Superficiais (cutâneos, plantares)

• Profundos (patelar, aquileu)


Avaliação dos Reflexos
• Reflexo Patológico:
Babinski
• É normal – quando
negativo = responde
com dorsiflexão dos
dedos

• É anormal –
quando positivo =
abertura dos dedos
- Devido intoxicação por
droga ou álcool no
SNC
Avaliação dos Reflexos
• Reflexos hiperativos sugerem lesão em sistema
nervoso central

• Reflexos hipoativos sugerem lesão em sistema


nervoso periférico, devido a perda de
sensibilidade e de condução
Sistema Sensorial
• Dolorosa
• Térmica
• Tátil Fina
• Vibratória

▫ lesão em tratos espinotalâmico e colunas


posteriores da medula

▫ Alterações sugerem:
 Neuropatias diabéticas, por hanseníase
Alterações na função sensitiva
• Analgesia: ausência de sensação de dor

• Hipoalgesia/hiperalgesia

• Anestesia: ausência de sensibilidade

• Hipoestesia/hiperestesia

• Parestesia: sensação de formigamento ou adormecimento


Sistema Sensorial
• Tátil pressórica
Sistema Sensorial

Vibratória
Sistema Sensorial
• Térmica
Sistema Sensorial
• Estereognosia: teste a capacidade da pessoa
reconhecer objetos ao sentir sua forma – com os
olhos da pessoa bem fechados
Avaliação da coluna cervical e lombossacral

• Rigidez da nuca: comprometimento meníngeo. A prova é


positiva quando há resistência à flexão passiva da cabeça

• Sinal de Kerning: paciente em decúbito dorsal, levante a


perna reta ou flexione a coxa sobre o abdome e então
estenda o joelho, observando-se resistência, limitação e
dor com a manobra

• Sinal da nuca de Brudzinski: evidenciado quando a flexão


da nuca determina flexão involuntária das pernas sobre as
coxas e expressão de dor
Avaliação da coluna cervical e lombossacral

Kerning Brudzinski
Sistematização da Assistência de Enfermagem

• Problemas levantados após avaliação


neurológica:

Exemplos:

• Dificuldade de deambular; Dificuldade de conversar,


mastigar, deglutir; medo; ansiedade
Sistematização da Assistência de Enfermagem

• Diagnósticos de Enfermagem:

Exemplos:

• Mobilidade física comprometida relacionada a força


muscular diminuída caracterizado por mudanças na marcha

• Nutrição alterada, menos que as necessidades corporais


relacionado a incapacidade de ingerir comida caracterizado
por incapacidade percebida para ingerir comida
Sistematização da Assistência de Enfermagem

• Diagnósticos de Enfermagem:

Exemplos:

• Comunicação verbal prejudicada ralacioando a alterações


no SNC caracterizado por dificuldade para formar palavras

• Medo ralacionado a perda de controle e paralisia


caracterizado por .... Tensão aumentada, apreensão, auto-
segurança diminuída
Sistematização da Assistência de Enfermagem
• Prescrições de Enfermagem/Aprazamento:

Exemplos:

• Oferecer medidas de segurança para prevenir quedas: grades


• Auxiliar na deambulação sempre que necessário
• Mudar decúbito 4/4h
• Observar capacidade de deglutir antes das refeições
• Verificar métodos de alimentação alternativa: pastosos, CNE
• Facilitar comunicação não verbal: escrita, gestos
• Permitir visitas
• Solicitar apoio psicológico
• Etc......
Sistematização da Assistência de Enfermagem
• Resultados esperados

Exemplos:

• Obtém melhora da mobilidade


• Demonstra melhora da capacidade para deglutir
• Demonstra restabelecimento da comunicação
• Mostra redução do medo
• Etc...

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