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O que é consciência?

Na origem da palavra é estar ciente, é com saber.

A consciência é um dos fatos mais fundamentais da existência humana. A nossa mente é


composta pelo que a gente ver, ouve, sente cheiro, sabor, sente o toque, dor, fome, prazer.
Tem emoções (dá sentido a experiências). Guarda e evoca essas experiencias que chamamos
de memória. Tem noção de corpo. Tem noção da diferença do eu e do outro. Tudo isso é
integrado num fluxo de pensamento ativo o qual temos percepção sobre, conhecemos, que
chamamos de consciência.

A própria concepção de consciência ainda não é um consenso. A consciência é muito mais


complexa do que a possibilidade de ter conhecimento sobre percepções. Mas para facilitar
nosso estudo vamos entender que consciência é o grau de clareza do sensório.

Hoje vamos falar sobre 2 alterações normais da consciência (que não são em nível patológico)

A vigilía: que é o estado de estar desperto e o sono que é um estado especial de consciência
complementar ao estado de vigília. Dormir e acordar ocorre de forma cíclica e se configura um
ritmo biológico.

A cronobiologia é um ramo da ciência que estuda esses ritmos biológicos, ou seja, há


fenômenos biológicos que ocorrem de forma recorrente no tempo.

Há vários ritmos na vida dos animas, a secreção de hormônios, a temperatura corporal, o


sono... Esses ritmos biológicos são universais: todos os seres vivos apresentam. No ínico,
acreditava-se que eles eram determinados pelos ciclos ambientais da natureza (como a
alternância entre dia e noite), dependentes do meio externo.

Porém no século 18 o físico francês Jean-Jacques de Mairan observou que as folhas de uma
planta sensitiva (a mimosa pudica) se fechavam toda tarde. Intrigado com a regularidade do
fenômeno, imaginou primeiro que ele ocorresse como resultado da diminuição da
luminosidade do dia. Colocou então a planta dentro de um baú no porão de sua casa, e se
surpreendeu ao verificar que as folhas ainda se abriam e fechavam no mesmo ritmo mesmo
estando só escuro. Então a melhor explicação para isso é que existiria um relógio biológico
determinado.

A existência de um relógio interno (um ou mais de um) pode ser facilmente observada em
animais e plantas mesmo quando não há pistas ambientais que ajudem o ser a organizar seu
comportamento, pois os ritmos (o sono, secreção hormonal e outros) se mantém sem eles.
Porém alguns podem mudar.

Os ritmos que se repetam a cada dia são chamados circadianos. Mas nem todos os ritmos são
circadianos. Alguns se repetem com um ciclo maior que uma vez por dia (1 vez na semana, no
mês)

Um experimento desse tipo feito na década de 1950 com voluntários humanos que viveram
alguns meses em uma caverna profunda e totalmente escura, sem informações sobre o andar
do tempo. Depois o experimento foi reproduzido em laboratório e obteve os mesmo
resultados. Os ritmos circadianos passam a adquirir períodos diferentes, normalmente mais
longos, variando de indivíduo para indivíduo.
Esse experimento indica que o relógio interno gera uma oscilação funcional automática, que é
sincronizada com um ciclo natural (como a alternância de dia e noite).

MELATONINA

É um homonio produzido naturalmente pelo nosso organismo, mais precisamente pela


glândula pineal que é ativada quando não há estímulos luminosos. A principal função é
regulação do Ciclo circadiano, exerce papel regulador sobre eventos fisiológicos, metabólicos e
comportamentais

Regula a produção de hormônio do crescimento e progesterona no ovário.

Glândula pinel

Cortisol:

Eixo hipotálamo-pituitária(hipófise-adreal: controla as reações ao estresse e regula diferentes


processos corporais, Hipotalamo produz vasopressina e hormaonio liberado de corticotrofina
que ativam a hipófise que libra hormônio adrenocorticotrófico é transportado pelo sangue
para o córtex da glândula adrenal, onde estimula rapidamente a biossíntese de
corticosteroides que dão síntese ao cortisol. Em indivíduos saudáveis, o cortisol aumenta
rapidamente após o despertar, atingindo um pico de 30 a 45 minutos. Depois, cai
gradualmente ao longo do dia, subindo novamente no final da tarde. Os níveis de cortisol
caem no final da noite, atingindo um declínio durante o meio da noite.

BASE ANATOMICA

O primeiro elemento do SN relacionado ao nível de consciência é o Sistema Reticular Ativador


Ascendente (SARA). A capacidade de estar desperto e agir concientemente depende da
atividade do tronco encefálico e do diencéfalo.. Essas 2 estruturas matém o funcionamento do
tônus muscular e ativa o córtex cerebral.

O sistema de ativação reticular ascendente (SARA) é uma rede de neurônios originários do


tegmento da ponte superior e do mesencéfalo, que acredita-se ser parte integrante da
indução e manutenção do estado de alerta.

O SARA se origina no troco cerebral (ponte e mesencéfalo) forma feixes de axônios que
estendem até as projeções tamâmicas. Os neurônios recebem impulsos ascendentes (estimos
vicerais + órgãos do sentido). Lesões no sara produzem alterações do níveis de consciência.

É de fundamental importância, para a atividade mental consciente, a atividade do lobo parietal


direito, o qual está intimamente relacionado ao reconhecimento do próprio corpo, dos objetos
e do mundo, assim como da apreensão daquilo que, convencionalmente, se denomina
realidade. Também as áreas pré-frontais são fundamentais na organização da atividade mental
consciente.

A consciência depende da função cortical intacta. O córtex é reponsável pelo conteúdo da


consciência. Enquanto isso o alerta é iniciado pelas estruturas subcorticais.

Sono:
SN simpático: prepara o corpo para lidar com situações de estresse ou emergência. (aumento
dos batimentos cardíacos e pressão arterial, contrai e relaxa os músculos). Sono padrão difuso:

SN parassimpático: antagônico, retorna ao estado de relaxamento.

-Fases do sono:

Estágio 1: mais leve e superficial, atividade elétrica regular, 4 a 6 ciclos por segundo (5% do
tempo total de sono)

Estágio 2: um pouco memos superficial, 13 a 15 ciclos por segundo (45- 55% do tempo)

Estágio 3: sono mais profundo, com traçado do EEG mais lentificado, com ondas delta,
atividade de 0,5 a 2,5 ciclos por segundo, ondas de alta voltagem

Estágio 4: estágio de sono mais profundo, com predomínio de ondas delta e traçado bem
lentificado. É mais difícil de despertar alguém nos estágios 3 e 4, podendo o indivíduo
apresentar-se confuso ao ser despertado (10-15% do tempo total de sono).

Tipos de onda: tem haver com os tipos frequencia da atividade elétrica cerebral

Theta = sonho

Delta = sono profundo sem sonho

Beta = atividade neuronal interal regular

Alfa = relaxado

No sono, revivemos o que aconteceu no dia, associando com experiências passadas.

O sono ajuda na consolidação das memórias, proque durante o sono rem nosso cérebro
organiza, seleciona e descarta as memorias e informações adquiridas ao longo do dia. Elimina
toxinas produzidas no funcionamento normal do cérebro ao longo do dia. Muito
provavelmente ajuda na consolidação de memorias porque do sono rem, a atividade elétrica
hipocampal típico da vigília está presente.
endo em vista que o aprendizado duradouro requer modificações sinápticas dependentes
de atividade neuronal e de síntese protéica de novo,27,28 sugere-se que o sono abriga
ambos os mecanismos postulados por Hebb29 como necessários e suficientes para explicar
a consolidação de memórias: reativação neuronal pós-estímulo ('reverberação') e
plasticidade sináptica ('mudança estrutural').

A quantidade de horas de sono muda com a idade porque a melatonina, hormônio


responsável pela regularização do sono, tem seu pico máximo de produção aos 3 anos e
com o envelhecimento a sua síntese vai diminuindo.

Sonhos:

Registros históricos mostram que as civilizações mais antigas já interpretavam como


ensimamentos de antepassados e profecias. Essa era a ferramenta que os homens tinham para
prever o futuro.

Há uma discussão teórica sobre o que é exatamente o sonho: o evento fisiológico do


processamento de memória ou percepção dele.
Hot zone é uma área do cérebro com um padrão de atividade que parece nos dizer o momento
em que os sonhos são produzidos. Os sonhos não ocorrem apenas na fase REM, apesar que o
sonho ocorre mais na fase REM. Uma pesquisa americana descobriu que durante as
experiências de sono, a região parieto-occipital do córtex cerebral.

Quando essa área é estimulada durante a vigília, induz a “sensação de estar em um mundo
paralelo ou em estado de sonho”. Essa pesquisa sugere que a região posterior do cérebro
também tem um papel importante para consciência. Essa pesquisa é um pontapé inicial para
ajudar a esclarecer quais outras regiões do cérebro estão envolvidas em diferentes tipos de
estado de consciência.

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