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Sono

 O Sono é um estado recorrente e alterado de consciência que acontece durante


períodos constantes;
 O Sono é um processo fisioló gico que vá ria com períodos mais longos de vigília, o
ciclo de sono-vigília influencia e regula as funçõ es orgâ nicas e as reacçõ es
comportamentais.

 Regulação do Sono
 Envolve uma sequência de estados fisioló gicos mantidos por uma
actividade integrada no SNC, e que está associada a mudanças nos sistemas
nervoso periférico, endó crino, cardiovascular, respirató rio e muscular.

 Fases do Sono
 Sono normal envolve 2 fases:
 O sono NREM (início do sono):
1.º. NREM – é um sono mais leve, demorando alguns minutos.
Há diminuiçã o da ativiade fisioló gica, a pessoa é facilmente
acordada por estímulos sensoriais;
2.º. NREM - Período de sono consistente, o relaxamento
aumenta, o despertar é fá cil. Esta fase demora 10 a 20 minutos,
as fuçõ es orgâ nicas continuam num relaxamento;
3.º. NREM – Envolve as fases iniciais do sono profundo, é
difícil acordar o utente, os mú sculos estã o completamente
relaxados, os sinais vitais diminuem mas mantêm-se está veis.
Esta fase demora 15 a 20 minutos;
4.º. NREM – Fase mais profunda do sono. É muito difícil
acordar o utente, os sinais vitais estã o significativamente mais
baixos do que no período de vigília. Esta fase demora 15 a 30
minutos, pode acontecer sonambulismo ou enurese.
 O sono REM (final do sono): Pode acontecer o sono vivido e colorido.
Inicia-se 90 minutos depois do inicio do sono e é caracterizada pela
reacçã o autó noma dos movimentos rá pidos dos olhos, a frequência
respirató ria e cardíaca aumenta e a tensã o arterial oscila, ocorrendo
pera do tó nus mú sculo-esquelético, aumentando as secreçõ es
gá stricas.

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 Ciclo do Sono

O normal de rotina de sono de um adulto começa:

1. PERÍODO PRÉ -SONO (a pessoa está consciente apenas com uma sonolência que
se vai desenvolvendo cada vez mais – este período dura 10 a 30 min);
2. 4 A 6 CICLOS DE SONO COMPLETOS (4 fases NREM e 1 fase REM).

 Funções do Sono
 O sono é um tempo de restauraçã o e preparaçã o para o pró ximo período de
vigília;
 Durante o sono NREM as funçõ es bioló gicas abrandam;
 Durante o sono NREM fase 4, há a restauraçã o dos processos bioló gicos, o
sono liberta a hormona de crescimento humano, e a síntese de proteínas e
divisã o celular pode ocorrer durante o repouso e o sono;
 O sono REM é importante para o restabelecimento cognitivo, estando
associado ao aumento do fluxo sanguíneo ao cérebro, levando ao aumento
do consumo de oxigénio. Esta associaçã o pode ajudar na aprendizagem e
armazenamento da memó ria;
 A privaçã o do sono pode levar a diferentes problemas de saú de
(desempenho motor, memó ria, funçã o imunitá ria).

 Horas de Sono Recomendadas

0 a 3 meses De 14 a 17 horas
4 a 11 meses De 12 a 15 horas
1 a 2 anos De 11 a 14 horas
3 a 5 anos De 10 a 13 horas
6 a 13 anos De 9 a 11 horas
14 a 17 anos De 8 a 10 horas
18 a 25 anos De 7 a 9 horas
26 a 64 anos De 7 a 9 horas
Mais de 65 anos De 7 a 8 horas

 Fatores que alteram o Sono


 Fatores físicos, psicoló gicos e ambientais alterama quantidade e qualidade
do sono;
 Alguns factores que causam problemas do sono sã o:
 Doença física;
 Fá rmacos e substâ ncias;
 Estilo de vida;
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 Padrõ es habituais de sono;
 Sonolência Diurna Excessiva (SDE);
 Stress emocional;
 Ambiente;
 Ruído;
 Exercício e fadiga;
 Alimentos;
 Ingestã o de calorias.

 Doença Física – qualquer doença ou situaçã o que cause dor, dificuldade em


respirar, ná usea, ansiedade ou depressã o pode resultar em problemas de sono;

 Fármacos e Substâncias - um numero considerá vel de fá rmacos pode causar


sonolência, insó nia ou fadiga, como um efeito secundá rio;

 Estilo de Vida – a rotina diá ria de uma pessoa pode influenciar os padrõ es de
sono (ex: pessoas que trabalham por turnos);

 Padrões Habituais de Sono e Sonolência Diurna Excessiva – em média os


adultos dormem 7h por noite, muitos adultos sã o privados do sono e têm
excessiva sonolência durante o dia, o que pode resultar em compromisso da
marcha, maus desempenho laboral e escolar, acidentes, etc;

 Stress emocional – a preocupaçã o com problemas ou situaçõ es pessoais podem


interromper o sono, o stress emocional provoca tensã o e provoca frustraçã o
quando o sono nã o chega;

 Ambiente – o ambiente físico em que a pessoa dorme, tem influencia significativa


na capacidade de adormecer e continuar a dormir. Uma boa ventilaçã o,
temperatura agradá vel, quarto escuro ou suavemente iluminado sã o essenciais
para um sono descansado;

 Ruido – o nível de ruido necessá rio para acordar uma pessoa depende da fase do
sono. Ruídos mais baixos têm maior probabilidade de acordar uma pessoas na
fase 1 do sono, ruídos mais altos acordam uma pessoa na fase 3 ou 4 do sono. As
atividades de enfermagem sã o uma fonte de aumento dos níveis de ruido;

 Exercício e Fadiga – uma pessoa que esteja moderadamente cansada,


geralmente consegue um sono descansado, sobretudo se a fadiga resultar de
trabalho ou atividades agradá veis;

 Alimentos e Ingestão de Calorias – seguir bons há bitos alimentares é


importante para a saú de adequada, incluindo o sono. Comer uma grande refeiçã o
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à noite pode resultar numa indigestã o que interfere no sono, o consumo de
á lcool, café, chá , coca cola e chocolate podem causar insó nias porque contem
cafeina e xantinas que estimulam o SNC.

 Perturbações do Sono
 Insó nias - é um sintoma sentido por utentes que têm dificuldade em adormecer,
despertares frequentes durante o sono e/ou sono curto ou nã o reparador;
 Apneia do Sono – é uma perturbaçã o na qual o individuo nã o consegue respirar e
dormir ao mesmo tempo. Há falta de fluxo de ar através do nariz e da boca por
períodos de 10 segundos a 1 ou 2 minutos. Pode existir apneia do sono
obstrutiva, central e apneia mista;
 Narcolepsia - é uma disfunçã o do SNC dos mecanismos que regulam os estados de
sono e vigília, uma pessoa com esta alteraçã o do sono, adormece com frequência
de forma incontrolá vel e em momentos inapropriados;
 Privaçã o do Sono – é um problema que muitos utentes têm como resultado de
doenças, stress emocional, medicamentos, etc;
 Parassó nias – sã o perturbaçõ es do sono que produzem sintomas físicos
indesejá veis, como resultados de alteraçõ es no sistema nervoso autó nomo e da
atividade musculo esquelética durante o sono (ex: bruxismo).

 Apreciação Inicial – História do Sono, o que perguntar?


 Padrã o do sono (a que horas se levanta, a que horas adormece, quantas vezes
acorda durante o sono, etc);
 Descriçã o de problemas do sono (natureza do problema, sinais e sintomas,
duraçã o, efeitos no utente);
 Registo diá rio do sono, ao longo de duas semanas;
 Doença física;
 Acontecimentos quotidianos da vida;
 Estado emocional e mental;
 Rotinas do deitar;
 Ambiente do quarto;
 Comportamentos de privaçã o do sono (irritabilidade, desorientaçã o, confusã o,..).

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 Promoção do Sono
 Controlo do ambiente – temperatura ambiente confortá vel e uma ventilaçã o
correta, um ruido mínimo, uma cama adequada e uma iluminaçã o adequada;
 Promover rotinas ao deitar – as rotinas relaxam o utente na preparaçã o para
dormir, a pessoa deve ir para a cama quando está cansada ou sonolenta, evitar
pensamentos preocupantes, ingerir refeiçõ es pesadas 3 horas antes de deitar,
evitar bebidas com cafeina, etc.;
 Promover conforto – as pessoas só adormecem quando se sentem confortá veis e
relaxadas, promover o uso de roupas largas, ir à casa de banho antes de deitar,
massagens relaxantes, evitar ver programas de televisã o estimulantes antes de
deitar, etc..;
 Reduçã o do Stress – quando as pessoas têm dificuldade em adormecer devem ser
encorajadas a levantar-se e a desenvolver uma atividade relaxante e nã o manter-
se na cama a forçar o sono;
 Comer ao deitar – uma refeiçã o completa antes de deitar pode condicionar o
sono, mas a ingestã o de um produto lacticínio quente pode promover o sono;
evitar ingestã o de grandes volumes de líquidos antes de deitar, assim como
bebidas cafeinadas;
 Abordagens farmacoló gicas para promover o sono – muitos fá rmacos usados no
tratamento de sintomas de doenças podem causar insó nias. O uso de sedativos e
hipnó ticos têm o objetivo de induzir e/ou manter o sono. O uso de
benzodiazepinas é o mais aconselhado porque nã o deprimem sistema nervoso
central;

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