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Sono
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Sono
• O sono normal é aquele que…
Oferece uma sensação de bem estar ou descanso físico e mental, com recuperação de energias.
Permite executar em boas condições físicas/mentais as tarefas do dia seguinte.
• Sono repousante – sensação de dormir bem – ausência de sonolência diurna
• Sincronização:
• Ambiental (luminosidade, horários e elementos do dia-a-dia)
• Hipotalâmica - Ciclos complexos de secreção hormonal
- Padrões de atividade de centros encefálicos
Núcleo supraóptico
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Sono
• Privação parcial do sono
• Diminuição do desempenho psicomotor
• Lapsos de atenção, dificuldades de concentração e redução da memória para acontecimentos recentes, e
consequente diminuição no rendimento escolar e profissional
• Tempos de reação prolongados
• Mau humor, sensação de fadiga, irritabilidade e possivelmente estados confusionais.
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Sono
• Má qualidade de sono:
• Aumento do índice de massa corporal
• Desenvolvimento da obesidade e diabetes
• Diminuição do sistema imunitário
• Aumento de doenças respiratórias ou alérgicas e cardiovasculares
• Aumento da sensação de estados afetivos negativos: stress, ansiedade,
depressão
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Estrutura do sono
› Através do EEG podemos observar as alterações da atividade
elétrica cerebral que ocorrem durante o sono.
› Durante o sono existem ritmos ou ondas cerebrais, medidas por
frequências HZ que definem os padrões de sono típico.
› Dois estados do sono:
– Sono lento NREM
– Sono Paradoxal REM
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NREM
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Ciclos do sono
› Períodos necessários para realizar todas
as fases do sono, independentemente
da duração de uma fase individual
› Num período de sono noturno surgem 4
a 5 ciclos de sono. O número de ciclos
por noite depende do tempo do sono e
varia com fatores como a idade
– Recém-nascido 50 minutos
– Adulto 90 minutos
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Funções do sono – Hipóteses
1. Manutenção da vigília
2. Conservação da energia e promoção de processos anabólicos
3. Mecanismo de termorregulação central
4. Desintoxicação do cérebro
5. Produção de citoquinas (↑ S. Imune)
6. Desenvolvimento e maturação do cérebro
7. Plasticidade do cérebro e formação/ consolidação da memoria
8. Regulação de diversos processos metabólicos
9. Substrato dos sonhos
Função exata? No entanto tem havido enormes progressos…
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O sono e a idade
› Padrões e necessidades de sono alteram-se bastante ao longo da vida
- O recém-nascido dorme vários sonos que se vão reduzindo (polifásico)
- 1º s anos de vida: sono bifásico
- Idade escolar: sono monofásico
- Adulto: sono monofásico
- 3ª idade: sono bifásico
› Existe uma reorganização circadiana e uma reorganização da macro e micro estrutura do sono
O padrão de sono-vigília vai ser fundamental no desenvolvimento
infantil, pois acompanha ou modela aquisições psicológicas, motoras,
verbais e cognitivas.
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Recém-nascido até aos 6 meses
Estrutura do sono
› Ciclo de sono de 50 a 60 minutos
› Final do 1ºmês: os períodos
de sono noturno passam a
› Quando adormece entra em sono ativo ser mais longos
› O Sono REM aparece nos primeiros 15 minutos até › Os pais conhecem melhor as
aos 3 meses e dura de 10 a 45 minutos “pistas” que o bebé lhes dá
› O Sono NREM é estável e dura 20 minutos (choro de acordar, de
aborrecimento e o de fome)
Despertares noturnos
› Agitação de fim do dia →
› Vão desaparecendo com a idade descarga do através de
› Nos recém-nascidos duram 1 a 5 minutos (“regra dos choro (10-15 minutos) deixa
5 minutos”) o bebé exausto e contribui
› Nos primeiros meses 95% assinalam esses terrores
para que durma melhor.
chorando
› Com 1 ano de idade 60 a 70% readormece sem
chorar
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Bebés Ativos
› Distrai-se facilmente
› Dificuldade em encontrar o
dedo para chuchar ou pôr-se
confortável › Estratégias para lidar com bebés
ativos
› Quando acorda, agita-se e – Envolver a parte de baixo do corpo do
começa a choramingar, bebé
desencadeando o choro e – Ajudá-lo a levar o dedo a boca para
estremeções chuchar
› Os pais desesperados tentam – Dar-lhe um objeto de consolo
todos os tipos de estratégias – Embalá-lo e cantar para ele
(embalar, acarinhar, levá-lo a – Fazê-lo escutar um som continuo e
passear) familiar, como o ruido da máquina de
lavar, por exemplo
– Pôr o bebe a dormir de costas, mas num
ângulo de 30 graus, para reduzir os
estremeções
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Recém-nascido até aos 6 meses
3º mês
› Modificações estruturais importantes ocorrem na arquitetura do sono: o
ritmo circadiano começa a surgir
4º mês:
› Dorme 8h seguidas sem precisar de ser alimentado
› Ritmo circadiano encontra-se completamente estabelecido
› Pais:
– Importante alargar os períodos de vigília
– Bebé adora que falem com ele (no berço, na cadeira, na mudança da fralda)
– Começa a prestar mais atenção ao mundo
– Os pais aproveitam este interesse para ajudarem a alargar em 2-3 horas os períodos
em que o bebé está acordado entre as refeições, durante o dia
Enquanto os padrões de sono se vão tornando mais definidos e estáveis, os PAIS devem estabelecer rituais para
dormir que vão ser uteis durante a infância…
› Dar de mamar ou o biberão com o bebé ao colo
› Embalar e cantar para o bebé
› Acalmar e depois colocá-lo no berço antes de adormecer
› Se for necessário, tentar despertá-lo levemente antes de o pôr na cama – para que aprenda a adormecer sem ajuda
› Sentar-se junto do berço, fazendo-lhe festas e falando baixinho
› Nunca deixar o biberão na cama, junto de bebe pois pode engasgar-se e inalar leite p/ os pulmões
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6 meses até aos 3 Anos
› Tempo total de sono diminui
› A quantidade de sono profundo é
maior nas primeiras horas e o REM 7 - 8 meses
aumenta ao longo da noite › Gatinhar
› Os acordares persistem, mas a › Consciência fina (desenvolvimento
partir do 1 ano readormece cognitivo)
sozinha › Vocaliza “mamã” e “papá”, distingue
› Sono bifásico (redução do sono estranhos
noturno e 1 sesta mais prolongada › Medo de ser “abandonado” no
de 3 horas) escuro
› Pode voltar a despertar a cada 3 ou
4 horas, durante a noite.
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6 meses até aos 3 Anos
9 - 10 meses
› Exploração do mundo
2 - 3 anos
› Regressa ao ciclo de 8h de sono, mas a sua energia é
usada para se pôr de pé, andar, debruçar-se no berço › Persistem os longos períodos de sono noturno
› 2 sestas (1h30 cada) › 1 -2 sestas, mais curtas
12 meses › Podem voltar a acordar durante a noite
› Sono total de 14h – Terrores noturnos/sonambulismo (começam os sonhos)
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Dos 3 aos 6 Anos
A partir 3 anos:
› Atinge a % sono REM do adulto
4-5 anos:
› Abandonam por completo as sestas
› Muitos precisarão ainda de 12h de sono
› Agressivos, afirmativos
› Novos medos durante a noite (bruxas, monstros)
A partir 5 anos
› Sono noturno completamente consolidado (dorme 11h)
› Não ocorrem despertares noturnos
› Desaparecem sestas
› Ciclo de sono: 90 minutos (20% REM)
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Idade escolar
6 aos 12 anos
12 aos 18 anos
› A necessidade de sono diminui
› Despertares noturnos aumentam
para cerca de 9 a 10h
› Sono como fator importante de
› Organização do sono idêntica ao secreção de hormonas
adulto › Começa a estabelecer-se um atraso
próprio desta fase (tendência para ir
› Vontade de se deitarem mais para a cama mais tarde)
tarde! › 9 horas de sono
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Adolescência
Escolas dos EUA e de Israel adaptaram seus horários a essa características e os resultados foram de melhor
aproveitamento escolar!
Aumento dos consumos (tabaco, cafeina, álcool, drogas, computadores, telemóvel), relacionamentos afetivos
intensos podem despoletar
Privação crónica de sono
Que trazem efeitos fisiológicos, psicossociais e psiquiátricos nefastos
(Diminuição do rendimento escolar, irritabilidade….)
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Adolescência
Atividade escolar ≠ fins-de-semana
› ↑ Tempo total de sono reflete a tendência a recuperação da
privação de sono ocorrida nos dias letivos
Hipersónia fisiológica
› Tendência a iniciar o sono cada vez mais tarde (fins de semana ou
férias) e acordar também mais tarde
› Dificuldade em acordar de manhã, com sestas à tarde ao voltar da
escola… trocas de horários! Alteração do ritmo circadiano.
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Resumindo –
Importância do sono em idade escolar
› O sono é de extrema importância em idade escolar para o desenvolvimento e aprendizagem
› Uma criança que não dorme bem fica agitada, irritável e hiperativa
› O seu desempenho académico fica diminuído pois não consegue concentrar-se e aprender
› Não vai querer participar nas brincadeiras e jogos com os pares e consequentemente poderá
isolar-se
› Quando o sono não é normal haverá maior tendência a comer mais para compensar a falta de
energia – pouca disponibilidade para atividades físicas – obesidade
› Durante o sono é libertada a hormona do crescimento – alterações / défice
› Uma boa noite de sono favorece a memorização e aprendizagem
› Dormir bem é essencial não só para usufruir do dia seguinte mas também para se manter
saudável, melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade!
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IMPACTO dos distúrbios do sono
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IMPACTO dos distúrbios do sono
Efeitos neurocognitivos
› Défice de atenção
› Capacidade de aprendizagem
› Performance académica
› Dificuldade em memorizar
› Ansiedade
› Irritabilidade
› Impulsividade
› Depressão
› Diminuição da criatividade e pensamento
abstrato
Martins, P. (2011). Workshop Perturbações do sono: Idade Pediátrica –
› Oscilação do humor. Diagnóstico e Intervenção. FPCEUP
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IMPACTO dos distúrbios do sono
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IMPACTO dos distúrbios do sono
› Implicações no estado ponderal
– Associação entre a duração do sono e IMC em crianças,
adolescentes e adultos
– Correlação entre a duração do sono e a obesidade em crianças
(5-6 anos), sugere uma influencia independentemente dos
restantes fatores de risco.
– Adolescentes obesos dormem menos do que os não
considerados obesos.
– Associação entre a duração de sono e a obesidade e excesso de
peso em crianças.
– Associação entre o nível educacional dos pais com o numero de
horas de sono das crianças, sugerindo que o ambiente familiar
influencia os hábitos de sono.
– O tempo que as crianças despendem a ver televisão poderá ter
impacto no desenvolvimento de distúrbios de sono em crianças.
– A atividade física e importante não só para a regulação do peso
mas também para a regulação do sono, uma vez que
provavelmente as crianças mais ativas se deitam mais cedo, vem
menos televisão e talvez, ingiram menos alimentos. (Padez et al,
2009)
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Distúrbios do sono – estudo
Silva, Silva, Braga & Neto (2013). Hábitos e problemas do sono dos dois aos
dez anos: estudo populacional. Ata Pediátrica Portuguesa. 29
Distúrbios do sono – estudo
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Distúrbios do sono – estudo
› A clínica dos distúrbios do sono é bastante rica e variada. Adormecer corresponde a um
momento em que se confrontam necessidades e/ou desejos contraditórios e por isso pode
sofrer interferências importantes.
› No estudo apresentado a prevalência global de “problemas do sono” (indicados pelos pais) foi
de 10,4%, sem diferenças significativas entre géneros, classes etárias, classes de nível
educacional dos pais e entre as zonas de média-alta e de baixa densidade populacional.
› As crianças com “hiperatividade ou problemas de atenção” apresentaram maior prevalência
de “problemas do sono” (27,4%).
› Verificou-se que dormiam habitualmente sesta 97,1% das crianças de dois anos, 68,0% aos
três anos, 28,9% aos quatro anos e apenas 7,8% aos cinco anos, 2,7% aos seis anos, 1,2% aos
sete anos, e 1,6% aos oito anos, não havendo sesta regular depois desta idade.
› Nas crianças de 2-3 anos foram obtidas cotações mais altas nas subescalas resistência em ir
para a cama, despertares noturnos e parassónias. Aos 4-5 anos verificou-se a maior cotação
média na ansiedade associada ao sono. Não houve diferenças significativas entre as cotações
das classes etárias dos 6-8 anos e 9-10 anos, com exceção da resistência em ir para a cama,
que foi superior nas crianças mais novas.
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Distúrbios do sono - estudo
Em suma, os problemas comportamentais do sono e a privação do
sono são frequentes no nosso país, mas culturalmente, aceites por
uma grande parte dos pais. Ainda assim, considerando os resultados
de estudos anteriores, parece haver um maior reconhecimento destas
situações. Estes problemas do sono têm consequências no
comportamento durante o dia, uma vez que correspondem a um
aumento da sonolência diurna, com potencial repercussão na
regulação emocional, no comportamento e na aprendizagem.
Globalmente, estes resultados fundamentam a necessidade de
rastrear os distúrbios do sono nas consultas de pediatria e de saúde
infantil e de continuar a investir na promoção da saúde nesta área.
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Distúrbios do sono na infância –
Prevalência 20 a 30%
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Distúrbios do sono na infância
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Distúrbios do sono na infância
1. Insónias
– Dificuldade em iniciar o sono (+ 30 minutos)
2. Despertares noturnos
3. Parassónias
– Sonoloquia
– Bruxismo
– Terrores noturnos
– Sonambulismo
– Enurese noturna
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Distúrbios do sono na infância - insónia
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Distúrbios do sono na infância - insónia
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Distúrbios do sono na infância - insónia
› Causas da insónia - Doenças Agudas:
– Respiratórias
– Febre
– Otite
– Traumatismos
– Inicio da dentição
– Alergia ao leite
– Refluxo gastro esofágico… Causas da Insónia
• O medo de ficar sozinho
• Presenciar discussões entre os pais
• Exposição a filmes, desenhos animados ou histórias violentas
• Perda de familiares
• Problemas em instituições (creche, escola, clube)
• Abuso/violência física ou sexual
• Em adolescentes e pré-adolescentes: depressão e ansiedade
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Distúrbios do sono na infância - insónia
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Distúrbios do sono na infância –
Insónia secundaria a hábitos inadequados
– Sonambulismo
› Predomina no sexo masculino
› Aparece entre os 7 e os 12 anos
› Frequentemente tem antecedentes familiares de sonambulismo
› 6 a 10% das crianças têm vários episódios por mês
› Deambula e após 10 a 30 minutos deita-se novamente e não se recorda no dia seguinte.
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Distúrbios do sono na infância - parassónias
Sonambulismo • Não interferir demasiado: o episodio
Conselhos aos pais autolimitado e a interferência, por vezes, leva a
• Mobilar o quarto com poucos objetos, simples, incapazes de um prolongamento do mesmo
causar lesões • Manter um horário de sono regular (sestas)
• Fechar janelas durante os episódios • Estar preparado para uma maior frequência
• Afastar os objetos que possam lesar a criança destes episódios com a febre, anti-histamínicos e
• Manter a calma durante os episodios de sonambulismo e mudanças de ambiente ou horário de sono.
terrores noturnos, sabendo que são de breve duração
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Distúrbios do sono na infância - parassónias
Terrores noturnos
› Despertares abruptos, iniciados por um
grito de pânico que aparecem aos 18
meses (pico entre os 3-6 anos)
› Esboça um grito, senta-se na cama a
chorar (choro incansável) com face de
pânico (olhos abertos e olhar apavorado)
› Não responde aos esforços dos pais Terapêutica
quando a tentam acordar (que não deve
ser efetuado) ou confortar Melhoria espontânea com a idade
Explicar aos pais a “benignidade” do
O que fazer? fenómeno, aconselhando-os.
› Não tentar acordar a criança
› Deixa-la no berço
› Confirmar que a criança esta segura
› Não falar sobre o assunto no dia seguinte
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Distúrbios do sono na infância - parassónias
Pesadelos
• São comuns, particularmente entre os 3 e os 6 anos
• Relacionado com períodos de tensão, ansiedade (novo
irmão, experiencia traumática, pai/mãe em viagem,
morte de familiar, medos durante o dia, ruídos
estridentes)
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Distúrbios do sono na infância - parassónias
Sem Relação com a Fase de Sono
› Bruxismo (“ranger e cerrar involuntário dos dentes”) - Mais
frequente 3 - 7 anos
› Enurese noturna – Mais frequente 3 – 5 anos
› Sonoloquia (“falar durante o sono”)
› Movimentos periódicos dos membros
› Movimentos rítmicos da cabeça.
Sonoloquia
• Não relacionada com patologia clínica ou psicológica
• Causa: ansiedade, pressão, tensão
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Distúrbios do sono na infância - parassónias
Tratamento
Bruxismo
Centrado na menor incidência do bruxismo e alivio do desconforto:
• Goteira
Prevenção • Férula (dispositivo usado nos dentes de cima, descontrai o maxilar ou
evita que os dentes posteriores de cima e os de baixo se toquem)
• Reduzir o stress • Prevenção do desgaste (“protetor dental”)
• Técnicas de relaxamento (yoga, massagem) • Técnicas de relaxamento dos músculos da face
• Correção de dentes desalinhados • Relaxantes musculares, antidepressivos
• Medicação só em casos graves
• Cirurgia oral.
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Distúrbios do sono na infância - parassónias
Enurese Noturna
Consequências psicológicas e sociais:
Diagnóstico: + 2 vez/semana durante 3 meses depois dos 5
- Irritabilidade
Anos ou se condicionar a vida
- Decréscimo da Auto-estima
3 - 5 anos
- Impulsividade
Patológico: a partir dos 7 anos
- Isolamento
Mais frequente no sexo masculino
- Agressão
Remissão espontânea c/ a idade
- Depressão/vergonha
Maior incidência em famílias numerosas, crianças
- Alterações cognitivas e rendimento escolar
institucionalizadas
- Privação de sono dos pais.
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Distúrbios do sono na infância - parassónias
• Tratamento
Enurese Noturna
o Treino “caseiro”
• Causas
o Treino vesical diurno
o Ansiedade
o Terapia com alarme (dispositivo)
o Tensão/pressão emocional
o Terapia farmacológica (desmopressina)
o Fatores familiares (nascimento de um irmão, divorcio dos
o Terapia motivadora (reuniões familiares)
pais, falecimento, discussão de família)
o Psicoterapia
o Hereditariedade (44% se um dos pais, 77% se ambos)
o Terapias alternativas (hipnose, homeopatia)
o Aspetos fisiológicos (↓ vasopressina)
o Tamanho da bexiga
• Pais
o Alterações da contractilidade do esfíncter externo da bexiga.
o Não comentar c/ estranhos o assunto quando o filho esta
presente
o Incentivar a criança e dar autonomia e responsabilidade.
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Distúrbios do sono na infância - parassónias
Parassónias Secundárias: surgem durante o sono como manifestação de distúrbios de outros órgãos ou
sistemas.
Epilepsia
Obesidade 51
Resumindo - Distúrbios do sono na infância:
Intervenção
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Resumindo - Distúrbios do sono na infância:
Intervenção
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Dificuldades de adormecer na criança
› Muito banais – quase fazem parte do desenvolvimento normal da criança,
sobretudo entre os 2 e 5/6 anos.
– A criança em plena conquista motora, dificilmente aceita a regressão que o
adormecimento implica, ainda mais que o aparecimento dos primeiros sonhos de
angústia que fazem com que o sono seja um estado inquietante.
– A criança opõe-se a deitar, instaura diversos rituais, reclama um objeto contrafóbico – luz,
objeto transacional, precisa de uma história contada pelos pais.
– Este momento deve permitir que a criança restabeleça o seu sentimento de omnipotência
e que acredite na sua capacidade de controlar simultaneamente as suas pulsões e essa
regressão.
› Manifestações clínicas:
– Oposição a deitar
– Rituais ao deitar – manifestações como tentativa de controle da angústia suscitada pela
rutura da relação
– Fobia ao deitar – pode aparecer após episódios de sonhos de angústia ou de terror
noturno – 2/3 anos
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A dona birra e o senhor sono
› Criar rotinas
– É essencial criar rotinas, porque o próprio elemento repetitivo é inerente
à securização:
› Adotar uma rotina diária que pode e deve ser quebrada de vez em quando
› Fixar uma hora de deitar que seja “normal” e “realista”
› Não deixar a TV ser um fator relevante para marcar horários – aliás deve ser evitada
a partir das 20h
› Começar os pormenores de rotina cerca de meia a uma hora antes da criança se ir
deitar e manter a ordem com que se faz as coisas
› Deitar a criança e assegurar-se que o ambiente é securizante e o clima é de paz
› Uma vez deitada, não ficar muito demasiado tempo com a criança.
› Ao despedirem-se da criança os pais devem dizer sempre o mesmo “Boa noite,
dorme bem, está aqui o…” e manter a rotina de um beijo, um mimo – essas mesmas
frases devem ser utilizadas se a criança acordar durante a noite.
Cordeiro, M. (2013). O grande livro dos medos e das birras. 3ª Edição. Esfera dos livros. 55
A dona birra e o senhor sono
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HIGIENE DO SONO – estratégias facilitadoras
› Dar a criança refeições leves a noite
› Evitar que a criança se deite com fome
› Incentivar atividade física regular durante a manha ou a tarde
› Evitar atividades físicas intensas antes de dormir, programas de TV ou histórias
violentas
› Não ficar disponível demais para a criança durante a noite
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Obrigada pela atenção!!
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Esquema de Título e Conteúdos com Gráfico
• Tarefa 1
C • Tarefa 2