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Expressar as emoções na infância: algo de extrema importância

Expressar as emoções na infância é algo extremamente importante. “Não chore” ou “Você precisa
ser corajoso” são expressões muito comuns usadas pelos adultos para aliviar o sofrimento e o
descontentamento das crianças. A questão é que, embora pareçam funcionar naquele momento, a
longo prazo contribuem para que elas aprendam a não expressar o que sentem, e esse silêncio pode
ter sérias implicações no seu desenvolvimento psicológico e social.
O desabafo emocional nas crianças

Nós não sabemos exatamente como educar as crianças para que identifiquem, expressem e desabafem as
suas emoções, especialmente aquelas consideradas negativas, como a raiva, irritação ou tristeza.
Acreditamos que, se expressarem esse tipo de emoção, serão grosseiras, mal-educadas ou agressivas.
O problema é que, se não as ensinarmos a se conectar com o seu mundo emocional, elas nunca
entenderão a si mesmas e não conseguirão administrar como se sentem.

Assim, se queremos educar crianças emocionalmente inteligentes, temos que começar permitindo que
elas expressem as suas emoções. Isto contribuirá positivamente com a sua saúde emocional. Caso
contrário, o desconforto as invadirá pouco a pouco até que se expresse de forma negativa, transformando-
as em prisioneiras das suas próprias emoções.

Expressar raiva ou um sentimento de tristeza alivia, cura, ajuda a continuar e a se entender. É por
isso que é tão necessário. Além disso, se as criançasaprenderem a expressar as emoções na infância,
desde muito pequenas, se tornarão adultos saudáveis emocionalmente. Não devemos esquecer que
investir na educação emocional dos pequenos é investir no futuro dos adultos.
É importante dizer para as crianças que todas as emoções são necessárias.

Como ajudar as crianças a expressar as emoções na infância?

Há muitas maneiras por meio das quais as crianças expressam como se sentem e canalizam as suas
emoções negativas, desde chorar até o processo de identificar os seus sentimentos passo a passo.

O importante é estar ciente de que é uma necessidade delas e de que não podemos responder com
raiva, crítica, falta de controle ou ameaças. Se não formos o seu suporte e apoio em uma situação de
desconforto, dificilmente assumirão a responsabilidade sozinhas, especialmente durante os primeiros
anos.
Uma criança precisa de um ambiente tranquilo e não de pessoas que alimentem a sua irritação.
Precisamos ter uma atitude carinhosa e empática para ajudá-la a identificar como se sente, quais são
as causas que produziram esses sentimentos e como pode fazer para liberar as suas emoções. Dessa
forma, gradualmente, incentivaremos a sua capacidade de regulação emocional.
Não devemos argumentar com as crianças quando elas estão com raiva ou com as suas emoções
transbordando. Podemos sugerir que expressem como se sentem para desbloquear o mal-estar, mas é
melhor esperar alguns minutos para conversar até que se acalmem.
Nesse momento, o diálogo será muito mais fluido e poderemos encorajá-las a expressar tudo o que
pensam e precisam como uma forma de se acalmar. Além disso, é importante entendermos que, quando
se expressam, encontram a oportunidade de pensar melhor e agir de forma mais adequada. A regra a
seguir é não ofender ou prejudicar os outros.

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