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Maria José Cunha

Endex-Fumesc-2020
Para
pensar
mos....
• A AVALIAÇÃO, referimo-nos a um tipo de informação
ampla sobre a pessoa, que não fica centrado
exclusivamente no indivíduo, mas também no seu
ambiente e na interação entre ambos, e que não
utiliza como procedimento principal e quase único os
testes psicológicos ou a avaliação clínica [médica].
(SOLÉ, 2001, p. 188). SOLÉ, Isabel. Orientação
educacional e intervenção psicopedagógica.
Psicopedagogo Utilizando de técnicas e
institucional dá métodos próprios,
assistência aos possibilita a Intervenção
professores e a outros Psicopedagógica visando
profissionais da à solução de problemas
instituição escolar para de aprendizagem em
melhoria das condições espaços institucionais
com toda a equipe escolar
do processo de procura construir um
ensino-aprendizagem, espaço adequado às
assim como para condições de
prevenção dos aprendizagem e
problemas de consequentemente
aprendizagem. evitando
comprometimentos.
Existe alguma
semelhança na
atuação do
Sim existe.
profissional clínico
e institucional?
O caráter clínico está na atitude de investigação
frente a situação que é particular e única, com
característica problemáticas, experiências,
condições, manifestações do grupo ou sujeito
muitas vezes intransferíveis.
A Ç ÂO
T IV
ES MO
D
O trabalho
psicopedagógico, A metodologia de
Cada situação é
implica compreender trabalho, a
única e requer do
a situação da abordagem e o
profissional, atitudes
aprendizagem do tratamento, a forma
específicas em
sujeito, de atuação se vai
relação aquela
individualmente ou tecendo em cada
situação.
em grupo, dentro do caso.
seu próprio contexto.
Observar Sempre

A OBSERVAÇÃO é de fundamental importância nas fases

FASE DE INVESTIGAÇÃO:
Tem maior ênfase por ser o
momento que o profissional FASE DE INTERVENÇÃO
procura o sentido da Nesta fase possui dados
problemática do sujeito que sobre o sujeito que lhe
lhe é encaminhado, nesta conduzem ao como trabalhar
fase fará entrevistas, em um com o sujeito em questão. O
espaço adequado, que profissional trata dos
assegura privacidade e problemas de aprendizagem,
tranquilidade para que este estabelecendo prioridades e
consiga expor seu problema identificando as vias de
com tempo suficiente para acesso do sujeito.
favorecer o discurso.
MÉTODO
estratégia consciente levada
a efeito para solucionar
problemas propostos pelo
MÉTODO investigador com um objetivo
determinado e restrito ao seu
âmbito de estudo .
METODOLOGIA é um meta nível da pesquisa,
que aspira à compreensão do próprio
processo de investigação.
PARADIGMA
POSITIVISMO
MÉTODOS

PESQUISA
PESQUISA-AÇ
PARTICIPATIV
ÃO
A

PESQUISA-COLABORAÇÃO
TÉCNICAS

✔ Observação participante ;
✔ Entrevista qualitativa ;
✔ Narrativas;
✔ Registro mecânico de dados.
As metodologias de pesquisa utilizadas por um
determinado campo de conhecimento
produzem uma unidade necessária entre o
método ideal que se tenta alcançar e as práticas
disponíveis em um determinado momento.
Elaboração de hipóteses
O olhar reflexivo sobre um determinado problema ou obstáculo,
deve ser acionado de maneira a buscar esquivar-se de
preconceitos ou vícios advindos da própria dinâmica da vida
escolar.
Tendo uma ação que deve pautar-se eticamente, a elaboração
de hipóteses necessita desta mesma postura ética

1 - Suposição que se faz de alguma coisa possível ou não, e da


qual se tiram as consequências a verificar.
2 - Conjunto de condições que se toma como ponto de partida
para desenvolver o raciocínio.
3 - Suposição, conjetura. Na hipótese de: caso que, no caso de.
Na melhor das hipóteses: nas condições mais favoráveis.
Elaboração de hipóteses

Para que levante-se uma hipótese de


trabalho é importante que os “sintomas” já
estejam previamente mapeados.

Sendo uma elaboração mental, e portanto


intelectual, a hipótese deve apontar
caminhos plausíveis para o
encaminhamento de ações consistentes.
Elaboração de Hipóteses

Fator importante a ser levando em conta,


centra-se em buscar adequar sempre a hipótese
de trabalho a realidade do ambiente escolar.
...Elaboração de hipóteses

UMA HIPÓTESE PLAUSÍVEL É


AQUELA SE POSICIONA
CRITICAMENTE FRENTE AOS
DESAFIOS A SEREM
ENFRENTADOS NO
COTIDIANO ESCOLAR.
Intervenção

• Mediação entre dois


sujeitos
• Ação entre duas ou mais
pessoas
• Sistema de ajuda
• Movimento orientado para
a busca de equilíbrio
Técnicas de Intervenção Institucional
• Trabalhos em grupo
• Dinâmicas de grupos
• Jogos psicodramáticos
• Jogos estruturados
• Atividades lúdicas
• Vivencias
• Oficinas
• Outros...
Intervenção Psicopedagógica
• Visa abrir espaços subjetivos e objetivos, onde
a autoria do pensamento seja possível, onde
possa surgir um sujeito capaz de aprender;
• Olha o sujeito em sua individualidade mas
integrado nos grupos a que pertence: familiar,
social , escolar, etc e busca sua peculiaridade
como aprendente, a modalidade de
aprendizagem que lhe é própria.
QUEIXA ESCOLAR: PROBLEMA DA
ESCOLA OU DE SERVIÇO DE SAÚDE?

• No Brasil, cerca de 40% das crianças em séries iniciais de


alfabetização apresentam dificuldades escolares.
(SCHIRMER; FONTOURA; NUNES, 2004)

• As dificuldades de aprendizagem e adaptação escolar


apresentam 35% das motivações para consultas pediátricas
na fase dos 6 aos 24 anos e 45% dos atendimentos em
saúde mental no mundo.
QUEIXA ESCOLAR: PROBLEMA DA
ESCOLA OU DE SERVIÇO DE SAÚDE?

• Kimmel e Weiner (1998) consideram os problemas


escolares e os problemas de comportamento
aqueles que mais dificultam o desenvolvimento
normal do adolescente e necessitam de
atendimento especializado.

• Graminha e Martins (1994) afirmam que as


dificuldades escolares se constituem no principal
motivo da procura de atendimento psicológico para
crianças.
QUEIXA PSICOPEDAGÓGICA

No Aurélio a compreensão sobre esse termo


corresponde:
“1. Ato ou efeito de queixar-se”.
2. Motivo de desprazer, de ressentimento, de
mágoas, de ofensas, de dor....
3. Reclamação, protesto.
4. Sintoma relatado pelo doente.
Queixas escolares – sequência
Segundo Weiss (2012)...“a clínica psicopedagógica
possui uma sequência, um caminho mais ou menos
constante perpassando diversas queixas escolares e
familiares quanto à baixa produção escolar e/ou a
dificuldades de aprendizagem escolar”:

1. Grande exigência familiar e/ou escolar

2. Impossibilidade de responder à altura do que o


próprio aluno espera em relação àquilo que acha que
pode realmente produzir, responder, vencer
...3. Ansiedade causada pela frustação de não
conseguir o que acha que pode, que sabe

4. Aumento gradativo da ansiedade

5. Nível de ansiedade insuportável

6. Autodefesa em relação a essa grande


ansiedade, gerando uma “fuga” da situação
ameaçadora
Queixa
Entrevistas para a
Exposição de motivos
que indiquem a
realização de um
diagnóstico
psicopedagógico na
instituição

A queixa, na
instituição, revela
o grupo portador
do sintoma
Queixa
• O levantamento da queixa se faz através de
entrevistas, realizada com a equipe responsável
pela instituição/responsáveis , de forma aberta e
observadora.
• Os envolvidos devem realizar suas funções,
ficando atentos a temática da conversa observar
tudo o que é falado
• O observador da dinâmica deve estar atento a
todos os movimentos durante a entrevista
• O observador da temática deve registrar todas as
respostas que foram realizadas.
Um exemplo de queixa escolar: Não aprende ler e escrever
HIPÓTESES:

1- PROBLEMA ORGÂNICO:DISLEXIA.
DIFICULDADE AUDITIVA, VISUAL, ANOXIA DE PARTO, OUTRAS QUESTÕES
NEUROLÓGICAS
2- PROBLEMAS EMOCIONAIS - FAMILIARES -(SOCIAIS):
CRIADOS POR PEQUENAS DIFICULDADES NA ESCOLA / FRUSTRAÇÕES /GRANDE
ANSIEDADE/DEFESA DE ANSIEDADE/FUGA DA SITUAÇÃO: DESLIGAMENTO (
FALTA DE ATENÇÃO) OU AGITAÇÃO, ETC.
3- PROBLEMAS PEDAGÓGICOS:
TEXTOS SEM SENTIDO / METODOLOGIA INADEQUADA/INFRA-ESTRUTURA
RUIM /CULTURA ESCOLAR, ETC.
4- PROBLEMA SOCIAL:
FOME, VERGONHA DAS ROUPAS, TRABALHO ETC.
5 – PROBLEMAS DO INCONSCIENTE NO VÍNCULO PROFESSOR-ALUNO,
TRANSFERÊNCIAS, DESEJO ETC.
6 – QUESTÃO DE LINGUÍSTICA:
DIFERENÇAS CULTURAIS DE LINGUAGEM.
... Não presta atenção, está sempre “voando”,
distraído
HIPÓTESES

1- PROBLEMA ORGÂNICO: T.D.A.H


DIFICULDADE AUDITIVA, VISUAL, OUTRAS QUESTÕES NEUROLÓGICAS
2- PROBLEMAS EMOCIONAIS:
- FAMILIARES –
CRIADOS POR PEQUENAS DIFICULDADES NA ESCOLA / FRUSTRAÇÕES
/GRANDE ANSIEDADE/DEFESA DE ANSIEDADE/ FUGA DA SITUAÇÃO:
DESLIGAMENTO ( FALTA DE ATENÇÃO) OU AGITAÇÃO, ETC.
3- PROBLEMAS PEDAGÓGICOS:
ASSUNTO SEM SENTIDO / METODOLOGIA INADEQUADA / SEM BASE
ANTERIOR, ETC.
4- PROBLEMA SOCIAL:
FOME, VIOLÊNCIA, TRABALHO ETC.
5- DIFERENÇAS COGNITIVAS ...
ATIVIDADE

• Das 12 queixas apresentadas, escolher 3 delas


e formular uma primeira hipótese diagnóstica
para cada uma.
• Responder: para você, existe diferença entre
ouvir a queixa e escutar a queixa?
• Se sim, qual a diferença?
Atenção

É fundamental, durante a explicitação da


queixa, iniciar a reflexão sobre as duas vertentes
de problemas escolares: a pessoa e sua família
e a própria escola em suas múltiplas facetas.
A ESCUTA
• A escuta de uma queixa requer uma postura
responsável, porém descontraída – semblante
- sem demonstrar surpresa, temor, repulsa ou
qualquer outra emoção relacionada à história
que está sendo contada.
• Ao analisar a queixa, segue-se com a
formulação de hipóteses denominadas
essenciais.
Teoria do Vínculo de Pichon-Rivière????
A investigação deveria se dar em três dimensões:
• individual,
• grupal,
• institucional ou social

Permitindo três tipos de análise:


• Psicossocial - que parte do indivíduo para fora;
• Sociodinâmica - que analisa o grupo como estrutura;
• Institucional - que toma todo um grupo, toda uma
instituição ou todo um país como objeto de
investigação.
ATENÇÃO
• O Código de Ética e os Testes podemos utilizar
procedimentos próprios da Psicopedagogia.
Neste sentido, realizando o diagnóstico
psicopedagógico, esse está utilizando
procedimentos próprios de sua área de
atuação.
BOSSA (1994)
Recursos para o diagnóstico psicopedagógico,
Mais
• Provas de Inteligência (Wisc);
indicados
• Testes Projetivos;
• Avaliação perceptomotora (Teste Bender); para
• Teste de Apercepção Infantil (CAT.); psicólogos
• Teste de Apercepção Temática(TAT.);
• Provas de nível de pensamento (Piaget);
• Avaliação do nível pedagógico ( nível de escolaridade);
• Desenho da família;
• Desenho da figura Humana;
• H.T.P - Casa, Arvore e Pessoa (House, Tree, Person);
• Testes psicomotores: Lateralidade; Estrutura e rítmicas ...
RUBINSTEIN (1996)
RECURSOS
• entrevista com a família;
• investigar o motivo da consulta;
• procurar a história de vida da criança realizando
• Anamnese;
• entrevistar o cliente;
• fazer contato com a escola e outros profissionais que atendam a
criança;
• manter os pais informados do estado da criança e da intervenção que
está sendo realizada;
• realizar encaminhamento para outros profissionais, quando necessário
Os recursos constituem-se em:
• instrumentos para a realização do diagnóstico e intervenção
psicopedagógica.
FERNÁNDEZ (1991) e PAÍN (1985)
• Uso de jogos através deles o sujeito pode
manifestar, sem mecanismos de defesa, os
desejos contidos em seu inconsciente.
• Desenhos e brincadeiras para manifestar o
que sente.
Informativo Psicopedagógico

• São todas as informações necessárias


por escrito, de forma clara e resumida,
contendo os aspectos positivos e frágeis
da Instituição.
Objetivo Básico do DP

E O S O B S T Á C U L O S
N T IFIC A R O S D E S V IOS
IDE PR E N D IZ A G E M D A
O S N O M O D E L O D EA
BÁSIC E C R ES C E R N A
Q U E A IM P E DEM D
PE S SO A D O PELO
N ÍVE L E S P ER A
APRENDIZAGEM NO
MEIO SOCIAL
Aspectos Básicos do Diagnóstico

Todo Diagnóstico Psicopedagógico é,


em si, uma investigação, uma
pesquisa do que não vai bem com a
pessoa em relação a uma conduta
Portanto é o esclarecimento de uma
queixa do próprio sujeito, da família
e na maioria das vezes, da escola.
Subjetividade do Sujeito

Seria isso justo?


Correto?
Ético? (...)
Conclusão Vieira: "percebemos então que na avaliação
há sempre um aspecto de objetivação do sujeito que
consolida o peso do eu em detrimento da flutuação
subjetiva" .
Para a construção da avaliação, deve-se levar em
conta a perspectiva subjetiva do indivíduo.
• Não são respostas simples..., temos
que ver aquilo que não está visível;
• Temos que ver o que está no não dito,
tanto no jeito de dizer diferente
quanto naquilo que silencia.

É UM OLHAR TRANSDISCIPLINAR
Diagnóstico/ Avaliação- detector de
problemas

Indica tratamento psicopedagógico,


identifica problemas que exigem
outras intervenções que podem
necessitar encaminhamento do
indivíduo a psicólogos,
fonoaudiólogos, neurologistas, etc.
Momento de
leitura da
realidade do
sujeito
A busca do
Iniciar a intervenção
conhecimento que é o próprio
se inicia no tratamento ou
processo encaminhamento.
diagnóstico
Sequência Diagnóstica
1. Sequência Weiss
• Entrevista Familiar Exploratória Situacional - EFES
• Entrevistas de Anamnese
• Sessões Lúdicas Centradas na Aprendizagem (para
crianças)
• Complementação com provas e testes (quando
for necessário)
• Síntese Diagnóstica – Prognóstico
• Entrevista de Devolução e Encaminhamento
2. Sequência Tradicional
• Entrevistas de Anamnese (história do caso)
• Testagem e provas pedagógicas (exames)
• Laudo (síntese das conclusões e prognóstico)
• Devolução (verbalização do laudo) ao
paciente e/ou aos pais
Sequência Diagnóstica
3. Sequência Jorge Visca
1. Entrevista Operativa Centrada na
aprendizagem (EOCA)
2. Testes
3. Anamnese
4. Elaboração de informe psicopedagógico
5. Devolução aos pais e/ou paciente
Sequência Diagnóstica
...3. Sequência Jorge Visca
Modificações comuns de acontecer:
Pacientes que não aceitam sessões diagnósticas formais ->
avalia-se ao longo do próprio processo terapêutico
Caso seja criança -> ludodiagnóstico centradas na aprendizagem,
objetivando concomitantemente aspectos afetivo- sociais,
cognitivos, corporais e pedagógicos

Pontua-se: não há fronteiras formais entre diagnóstico e


tratamento
A separação é operacional (Institucional)
v a l i a ç ã o
ci o da A
In í ó g i c a
p e da g
Psico
Atividades Avaliativas
• Entrevista Familiar Exploratória Situacional, que tem como
objetivo a compreensão da queixa nas dimensões familiar e
escolar,
• Entrevista de Anamnese.
• Encaminhamento equipe multidisciplinar
• EOCA – Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem;
• a percepção das relações familiares além do engajamento
dos pais e da criança no processo de diagnóstico;
• Sessões lúdicas centrada na aprendizagem;
• Observação frente à produção do sujeito;
• Testes e Provas Operatórias;
• Provas projetivas;
• Provas psicomotoras
ENTREVISTA INICIAL

O processo de diagnóstico psicopedagógico


passa por etapas.
A entrevista inicial é o primeiro contato efetivo,
pessoal, entre o terapeuta e os clientes.
Entrevista contratual com a mãe e/ou o
pai e/ou responsável

Identificação da criança: nome, filiação,


data de nascimento, endereço, nome da
pessoa que cuida da criança, escola que
frequenta, série, turma, horário, nome da
professora, irmãos, escolaridades dos
irmãos, idade dos irmãos
ENTREVISTA CONTRATUAL/INICIAL

Primeiro contato.
- Quem está contatando? Pais, escola?
- Qual é forma de contato?
- O que você pode observar desse primeiro
contato?
ENTREVISTA CONTRATUAL

Honorários na primeira entrevista


- Quem deverá vir a primeira entrevista?
- Explicar ao contratante qual o objetivo da
primeira entrevista.
- Roteiro entrevista inicial.
ALINHAMENTOS NECESSÁRIOS NA
PRIMEIRA ENTREVISTA

- Esclarecimentos dos papeis: terapeuta, pais,


familiares, escola, professores.
- Vinculação dos responsáveis pelo sujeito no
processo diagnóstico.
- Previsão do número de sessões e forma de
encerramento do trabalho
ALINHAMENTOS NECESSÁRIOS NA
PRIMEIRA ENTREVISTA

Definição de horários, dias e duração das


sessões
Definição dos locais de atendimento
Valor e forma de recebimento dos honorários
EFES

ENTREVISTA FAMILIAR EXPLORATÓRIA


SITUACIONAL essa sessão deverá ser realizada
com os responsáveis (pai, mãe, etc.), devendo
ser observado durante a entrevista a
preocupação dele(s) com a queixa inicial da
criança.
EFES
• Entrevista com os pais e o cliente para uma
sessão conjunta de 50 minutos
• Estabelecer um clima de confiança para que haja
a livre circulação de sentimentos e informações a
fim de que possam fazer observações como:
• Se há diálogo livre entre os três
• Se os pais permitem as interrupções da criança
ou adolescente
• .... Se apenas um dos pais fala, impedindo a
expressão do restante da família.
• O tipo de vínculo que os pais fazem como casal e
com o terapeuta;
• Se há fantasias de saúde ou de doença no grupo
que estejam misturadas com a queixa
• Qual é o nível de ansiedade expresso por meio de
dados como: pedido de urgência no atendimento e
solicitação de uma frequência excessiva de sessões
ou de horários inadequados
• .... Como o grupo compreende a explicação
sobre o que é uma avaliação psicopedagógica
• Que aspectos escolhem para começar a expor
a situação
• Qual é o “significado” do sintoma para a
família e na família
ENTREVISTA FAMILIAR EXPLORATÓRIA ENTREVISTA DE
SITUACIONAL-EFES ANAMNESE

SESSÕES LÚDICAS

PROVAS E TESTES

ENTREVISTA DE DEVOLUÇÃO E SINTESE DIAGNÓSTICA


ENCAMINHAMENTO
Anamnese
1. Queixa Principal
2 .História da Doença
Atual
3.História Familiar
4.Hábitos do dia-a-dia
5.Antecedentes maternos
6.Antecedentes
Gestacionais
7. Parto e período
neonatal
8. Desenvolvimento
neuropsicomotor
Pesquisa da História: ANAMNESE

Pesquisa da história relacionada à


Queixa e às hipóteses levantadas.
• ANAMNESE Importância do instrumento no processo
diagnóstico
Quando realizar?
• Diferentes metodologias: tradicionais x epistemologia
convergente de Visca
• Diversos tipos de Anamnese
• Duração do procedimento
• Fatores emocionais e a atuação do profissional
• Nunca usar a Anamnese como um questionários de
perguntas e respostas, por isso nunca pedir para os
pais responderem como se fosse uma ficha.
ANAMNESE

“Trazer de novo” e “mnesis” quer dizer


“memória”
Histórico de vida do cliente/paciente
(atendente)
• Anamnese com família, com a escola e outros
profissionais
• Análise documental (laudos, relatórios
escolares, álbuns fotográficos, registros, ...)
Anamnese
• Identificação:
• Motivo da Consulta:
• Enfermidade Atual:
• Tempo:
• Forma de Início:
• Sintomas Principais [descrição]:
• Sintomas Secundários [descrição]:
• Antecedentes Clínicos:
• Recursos usados anteriormente:
• História Pessoal:
• Gestação:
• Infância:
• Escolaridade:
• Adolescência e Juventude:
• Sexualidade:
• Hábitos e interesses sociais:
• Atitudes:
• História sócio econômica e ocupacional:
• CID:
• Observações
Anamnese
Características Gerais Observadas Durante a
Consulta
• Descrição Física
• Vestimenta Cuidado Pessoal
• Estado de Nutrição
• Estados Emocionais Motricidade
• Condutas Sociais [durante a sessão]
Anamnese Conteúdos Específicos
Exploração dos Processos Cognitivos:
• Atenção e Concentração
• Atenção (intensidade):
• Atenção (limiar):
• Atenção (seletiva):
• Concentração
Outros Processos Perceptuais Visual (objetivos,
cores, símbolos):
• Auditivo (som, ruídos):
• Tátil (concentração exterior e objetivos):
• Alucinações (especificar o tipo):
• Outros:
Anamnese
Orientação Espacial e Temporal Esquema Corporal
(direita, esquerda, etc):
• Topográfico (lugares):
• Coordenadas espaciais (acima, abaixo, etc):
Orientação Simbólica (p, d, q, b, 6, 9):
Temporal (dia, mês, ano, etc):
• Pessoas:
• Outros:
• Memória Retenção:
• Consolidação:
• Recordação:
• Outros:
Anamnese Exploração dos Estados
Emocionais
• Apatia:
• Irritabilidade:
• Impulsividade:
• Afetividade:
• Auto-estima:
• Euforia:
• Moralidade:
• Religiosidade:
• Depressão:
• Outros (labilidade, agressividade etc.)
Anamnese Exploração das Atitudes Sociais

• Familiar, trabalho , amizades, etc.


• Exames Complementares (psiquiátricos, clínicos,
neurológicos, H.I.V. etc.)
Medicação
• Está sob medicação?
• Quais:
• Dosagem:
• Parecer Psicopedagógico e Estratégias Evolução
LEMBRETE:
• Descartar
• Não existe diagnóstico nem evidência médica de atraso
mental.
• Não existe diagnóstico nem evidência médica de transtorno
neurológico.
• Não existe diagnóstico nem evidência fonológica de
problemas de audição.
• Não existe diagnóstico nem evidência médica de defeitos
de visão.
É interessante perguntar se foi uma gravidez desejada ou
não, se foi aceito pela família ou rejeitado.
ENTREVISTA COM A CRIANÇA
• Quando realizar? Metodologia adotada
• O que observar?
• Cuidado com a contaminação gerada pela queixa
inicial
• Como iniciar?
• Necessidade de uma hipótese previa a partir da
metodologia adotada para o trabalho
• A importância do vinculo e o contrato com a
criança
SINAIS E SINTOMAS

SINAIS: É tudo SINTOMAS: São


aquilo que as queixas do
podemos paciente relativa
verificar no a(s) sua(s)
paciente, dificuldade(s);
através dos são dados
nossos sentidos. subjetivos.
Relação psicopedagogo-paciente

• Profissão: “obrigação de
ser competente e
• Compaixão: “o
habilidoso na prática
psicopedagogo é
psicopedagógica; a
convidado a sofrer com o
necessidade de colocar o
atendente, dividindo sua
bem-estar do atendente
situação existencial
acima do interesse
próprio.”
• Ambiente tranquilo

• Boa relação
médico-paciente

• Apresentação

• Posição do
psicopedagogo

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