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MONOGRAFIA
Licenciatura: Fisioterapia
MONOGRAFIA
Licenciatura: Fisioterapia
EPÍGRAFE
«A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém
ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê».
Arthur Schopenhauer
iii
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, pois sem ele nada seria possível.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me dado muita saúde, força para superar as dificuldades
e determinação para concluir o curso de fisioterapia.
Meu Deus muito obrigado pelos teus planos na minha vida, pois são sempre
maiores que os meus próprios sonhos.
v
DECLARAÇÃO DE AUTOR
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os
regulamentos da Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular do
Regulamento de Elaboração do Trabalho de Fim de Curso. O trabalho é original excepto
onde indicado por referência especial no texto. Quaisquer visões expressas são as do
autor e não representam de modo algum quaisquer visões da UniPiaget. Este trabalho,
no todo ou em parte, não foi apresentado para avaliação noutras instituições de ensino
superior nacionais ou estrangeiras. Mais informo que a norma seguida para a elaboração
do trabalho é a Norma APA.
Assinatura:
________________________________________________________________
Data: _____/_____/__________
vi
ABREVIATURAS, SIGLAS
% - Percentgem;
OD – Ombro Doloroso;
PC – Paralisia Cerebral;
TV – Trombose Venosa;
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ÍNDICE GERAL
EPÍGRAFE ...................................................................................................................... iii
DEDICATÓRIA .............................................................................................................. iv
AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... v
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
OBJECTIVOS ........................................................................................................................ 2
viii
ix
INTRODUÇÃO
O cérebro é o orgão mais importante do sistema nervoso, sendo o centro do
pensamento, da emoção, da memória e do controle de vários processos orgânicos do
nosso corpo. Juntamente com a medula espinhal e os nervos cranianos, eles enviam e
recebem mensagens transmitidas entre o cérebro e as outras partes do corpo humano. O
cérebro possui diversas funções no nosso corpo e as principaís áreas do cérebro
incluem os hemisférios cerebrais, os gânglios basais, o cerebelo e o tronco cerebral.
Cada uma dessas partes tem a sua função especifica, que serão responsáveis pelas ações
voluntárias e involuntárias do nosso corpo.
De certo, as ações voluntárias são aquelas que nos permitem ter vontade própria
como comer, mexer os membros superiores e inferiores, falar, brincar, mexer os dedos e
muitas outras funções que nos conseguimos realizar por vontade própria. As ações
involuntárias são aquelas que realizamos sem perceber, como bater o coração e respirar.
Ainda, Wolpert, em 2011 apud Alves (2020), se referiram que os seres vivos que
se movimentam possuem cérebro o que significa que nós de facto so nos
movimentamos porque temos cérebro e só temos cérebro porque nos movimentamos.
Alves (2020), ainda afirma que o nosso cérebro está pronto a aprender, pois o
sangue que chega ao cérebro, em maior quantidade e mais oxigenado, fá-lo funcionar ao
seu melhor nível. Pelo que, compreendemos que a falta de oxigénio no cérebro é
bastante perigoso para a vida humana podendo trazer danos cerebrais irreversivíveis
como uma hemiparesia ou uma hemiplegia e por vezes a ausência de oxigénio no
cérebro pode levar o paciente á obito. São várias as causas que podem levar a uma
anoxia cerebral, mais as principais vitimas são aquelas que possuem maior risco de um
ataque cardíaco ou AVC. A hemiparesia é uma sequela resultante de um AVC
isquemico, baseada na paralisia parcial de um dos lados do corpo humano.
1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
A hemiparesia é uma sequela fisiologica que atinge todas as idades mas
frequentemente individuos em idade avançada como os idosos por exemplo.
OBJECTIVOS
O presente estudo surge das insuficiências na reabilitação física dos pacientes
hemiparéticos internados no Hospital Josina Machel. Com isso elaborou-se os seguintes
objetivos:
Objetivo geral:
Estudar a importância da intervenção do fisioterapêuta em pacientes com
hemiparesia, dos 30 aos 50 anos de idade, internados no Hospital Josina Machel durante
o IIIº Trimestre de 2022.
Objetivos específicos:
1. Caracterizar a amostra segundo a Idade e o Sexo;
2. Identificar as principais causas de hemiparesia;
3. Determinar os recursos fisioterapêuticos mais utilizados em paciente com
hemiparesia.
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
O presente estudo é de extrema importância, porque trata-se de um tema muito
relevante na nossa sociedade Angolana, ajudará todos que entrarem em contato com
este estudo a ter informações aprofundadas e atualizadas sobre a importância da
intervenção fisioterapêutica em pacientes com hemiparesia.
2
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO- CIENTÍFICA
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1.1- SISTEMA NERVOSO
Durante a evolução do ser vivo os primeiros neurônios surgiram na superfície
externa do organismo. O sistema nervoso é formado basicamente por um dos quatro
tipos básicos de tecidos do corpo, o tecido nervoso, encontrando-se distribuído por todo
organismo. É formado por neurônios e as células glia ou neuróglia, os quais possuem
origem no ectoderma. Dos três folhetos embrionários, o ectoderma é aquele que está em
contato com o meio externo do organismo e é deste folheto que se origina o sistema
nervoso.
Conforme a ideia acima citada podemos dizer que o sistema nervoso é um dos
sistemas mais importantes do corpo humano, responsáveis pela maioria das funções de
controle em um organismo, coordenando e regulando as atividades corporais.
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como irrelevante e sem importância. Por exemplo, em geral, não percebemos as
partes do corpo que estão em contato com nossas vestimentas, assim como a
pressão que a cadeira exerce sobre o nosso corpo quando sentamos. Da mesma
forma, a atenção é atraída apenas para objeto ocasional em nosso campo de visão e
mesmo o ruído perpétuo que nos cerca é normalmente relegado ao subconsciente.
(Hall, 2011, p. 572)
Segundo Junqueira e Carneiro (2011), o sistema nervoso tem como função receber
e transmitir impulsos elétricos. Ele é dividido, anatomicamente, em sistema nervoso
central (SNC), formado pelo encéfalo, constituintes neurais do sistema fotorreceptor e
medula espinhal; e sistema nervoso periférico (SNP), constituído por nervos e gânglios.
Anatomicamente o sistema nervoso esta constituído por duas partes principais, que são:
O sistema nervoso central (SNC) que compreende o cérebro e a medula espinhal; e o
sistema nervoso periférico (SNP) que são os nervos.
Na visão do autor citado acima, afirmamos que os impulsos nervosos são ligações
ou conexões entre um neurônio e outros neurônios, permitindo o processo de
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transmissão de informação, e geralmente este processo ocorre ao longo da membrana do
neurônio.
O sistema nervoso central (SNC) é composto pelo cérebro e pela medula espinhal.
Ambos se desenvolvem a partir do ectoderma embrionário ao lado de outras
estruturas como a pele. Seu desenvolvimento começa já na 3ª e 4ª semanas de vida
embrionária, iniciando com o processo de neurulação, que é o desenvolvimento do
tubo neural. O tubo neural fecha-se espontaneamente rostral e caudalmente. Da
quinta à sexta semana, primeiro aparecimento do cérebro, segue-se o
desenvolvimento prosencefálico. O cérebro primitivo é composto pelo
prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. O prosencéfalo se divide em
telencéfalo e diencéfalo por meio de uma série de estágios de desenvolvimento, a
saber: formação, clivagem e desenvolvimento da linha média. Qualquer forma de
alteração do desenvolvimento nesses locais leva à malformação do cérebro em
desenvolvimento (Dias, Partington, 2015 apud Silveira & Samuel, 2020).
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Sendo a parte do sistema nervoso que é composto pelo cérebro e pela medula
espinhal, estes dois componentes vão passar por um processo de desenvolvimento para
a sua formação perfeita, e caso houver alguma alteração no seu desenvolvimento,
consequentemente levará a malformação do cérebro e o sistema nervoso central por sua
vez não conseguirá na perfeição executar a sua função, pois o cérebro interpreta as
informações recebidas pela medula espinhal e gera os seus próprios sinais e instruções
para que o corpo as execute. A medula espinhal transmite informações do cérebro para
o corpo e vice-versa.
1.2- HEMPARESIA
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independemente do membro afetado seja no menbro superior ou inferior, e com base á
outros estudos antigos ou recentes referem-se a uma hemiparesia somente se o paciente
apresentar uma perda parcial no movimento do membro afetado e, so será uma
hemiplegia se o paciente apresentar uma perda total no movimento do membro afetado,
é hemiplegia.
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Ainda Almeida (2009), afirma que a hemiplegia constitui a mais frequente sequela
motora resultante de eventos isquêmicos ou hemorrágicos no SNC. Na maior parte dos
pacientes, a hemiplegia apresenta-se acompanhada de hipertonia do lado afetado e
provoca um importante déficit motor que compromete o controle do tronco e a
realização dos movimentos que compõem o ciclo respiratório. Uma alteração da função
cerebral, normalmente dura menos de uma hora, e é causada por um bloqueio
temporário do fornecimento de sangue ao cérebro, a este processo podemos chamar de
evento isquêmico. Durante todo o processo do evento isquêmico ou hemorrágico, o
sistema nervoso vai sofrer um bloqueio temporário, afetando toda a funcionalidade
fisiológica do individuo, tendo como sequelas a hemiparesia ou hemiplegia.
Dependendo de cada paciente a hemiparesia/hemiplegia vai estar acompanhada de uma
serie de alterações fisiológicas tais como hipertonia do lado afetado e déficit motor que
compromete o controle do tronco.
Com isso podemos dizer que os sintomas de hemiparesia estão relacionados com
as alterações neurológicas que levam à paralisia de um dos lados do corpo, podendo ser
caracterizada por dor nas articulações, diminuição da sensibilidade no lado do corpo
afetado e dificuldade para realizar alguns movimentos, gerando alterações na postura do
paciente, limitação funciponais na movimentação do membro afetado e déficits na
capacidade funcional do individuo,
Perda do equilíbrio;
Dificuldade para falar;
Mudanças de comportamento;
Alterações na memória e a aprendizagem de novos conteúdos;
Perda de sensibilidade em um dos lados do corpo e/ou nas extremidades.
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1.2.1- Hemiparesia infantil
A hemiparesia infantil é a disfunção motora, que afeta parcialmente a mobilidade
funcional de um dos lados do corpo da criança, de origem neurológica que pode afetar a
autonomia e o desenvolvimento da criança.
Ainda de acordo os autores acima, afirmam que o AVC perinatal é definido como
a causa mais comum de hemiparesia infantil. Sua etiologia é multifatorial, e o risco
aumenta quando múltiplos fatores de risco estão presentes, como a alta incidência de
fatores de risco intraparto em bebês a termo, presentes em 68%, 76% e 85% dos bebês
de acordo com diferentes estudos.
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1.2.1- Tipos de hemiparesia
Moura (2013), afirma que a hemiparesia infantil pode ocorrer desde os primeiros
meses de vida fetal até o período pós-natal, podendo ser dividida em hemiparesia
congénita ou adquirida. A hemiparesia atinge todas as idades, crianças, adolescentes,
adultos e idosos, mais frequentemente indivíduos em idades avançadas como por ex: os
idosos.
Após a leitura e revisão de artigos e livros recentes constatamos que existem cinco
tipos de hemiparesia de acordo a manifestação clinica que o paciente vai apresentar, são
eles: hemiparesia espática a direita; hemiparesia espática a esquerda; hemiparesia
motora pura; ataxia; hemiparesia atáxica. Os autores abaixo destacam os tipos de
hemiparesia.
Ainda Mingrone (2021), afirma que lesões no setor inferior do cérebro levam ao
surgimento de uma ataxia, sinal de que algo não esta bem. A ataxia é a incapacidade que
o paciente tem de manter a coordenação motora normal, sendo frequente que existam
dificuldades na coordenação, problemas de vertigem e perda de equilíbrio.
Todas as doenças possuem três causas principais que são: congênita, hereditária e
adquirida e, na hemiparesia apesar de ser uma sequela não se é diferente, pois de acordo
a causa vamos encontra-lá dividida em dois tipos que são: hemiparesia congênita e
hemiparesia adquirida.
Vários artigos e livros mostram que existem vários motivos que causam
hemiparesia, tais como: Lesões no cérebro, no tronco cerebral, na medula espinhal,
podem afetar o sistema piramidal e produzir a debilidade numa metade do corpo. A
evolução do quadro dependerá das características de cada individuo isto quer dizer que
a idade, os antecedentes médicos, e o estilo de vida da pessoa influenciam diretamente
no desenvolvimento do tipo de hemiparesia que se apresenta.
Acidentes que causem lesões em alguma área do cérebro, entre eles o AVC
(Acidente Vascular Cerebral) e a trombose venosa cerebral.
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Doenças neurológicas que afetem diretamente ao cérebro e/ou a medula óssea.
Câncer que se estenda ao cérebro.
Os mesmos autores afirmam ainda que doenças, que afetam a qualidade de vida
dos pacientes, classificadas como desordens neuromusculares são:
Sousa e Fonseca (2022) confirmam também que as doenças que podem causar
desordens neurológicas, pode acometer qualquer indivíduo ao longo da vida e se
caracterizam por causar danos ou sequelas irreversíveis ao SN, são elas: Acidente
vascular cerebral (AVC) e Traumatismos Crânioencefálicos (TCE). Das duas doenças
mencionadas, o AVC é o mais propenso a apresentar uma sequela de hemiparesia tal
como destaca o autor abaixo citado.
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Mingrone (2021), destaca que o acidente vascular cerebral é uma das primeiras
principais causas de hemiparesia principalmente em um individuo adulto, pois nos
últimos anos o AVC tem afetado indivíduos de todas as idades, e a hemiparesia é o
déficit mais característico da AVE, que afeta o lado oposto ao da lesão, desenvolvendo
alterações na postura e na movimentação do membro afetado, causando déficits na
capacidade funcional do indivíduo.
Dornelas (2010), defende que os pacientes que sofreram AVC e que evoluíram
com quadro de hemiparesia, variam em grau de comprometimento motor. Alguns
indivíduos, podem simplesmente demonstrar fraqueza ou tensão local, já outros,
apresentam dificuldades importantes para realizar atividades do dia a dia.
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O risco de AVC é superior nos homens, exceto após os 85 anos de idade
onde se verifica maior risco nas mulheres. O risco relativo homem/mulher
de AVC é de 1,25 (para idades entre os 55-64 anos), 1,5 (para idades entre
os 65- 74anos), 1,07 (para idades entre os 75-84 anos) e 0,76 (para idades
superiores a 85 anos). Após os 55 anos de idade, o risco de AVC duplica a
cada década e aproximadamente 3/4 de todos os casos AVC ocorrem em
pessoas com idade superior a 65 anos (Piassaroli et al., 2012 apud Esteves,
2018, p. 18)
De acordo os autores, as mulheres têm menos possibilidade de contrair um AVC,
já os homens têm mais possibilidade de contrair um AVC, a maior possibilidade de
ocorrer um AVC é em indivíduos com idade superior á 65 anos.
Quando o cérebro sofre danos graves, automaticamente todas as funções que ele
desempenha são afetadas, trazendo uma mudança drástica na qualidade de vida do
individuo, pois uma pessoa portadora de AVC na maioria dos casos é afetada por uma
sequela coma hemiplegia ou a hemiparesia, fazendo com que a pessoa acometida passa
por um processo de adaptação de modos a se integrar na nova realidade que o mesmo
está a enfrentar.
De acordo os autores após uma pessoa passar por um episódio de AVC, o mesmo
pode adquirir uma deficiência ou uma incapacidade permanente, trazendo várias
alterações fisiológicas no indivíduo, causando uma diminuição, na interação social da
pessoa, econômico e na qualidade de vida da pessoa.
O Acidente Vascular Cerebral pode classificar-se em dois tipos que são: acidente
vascular cerebral isquémico e acidente vascular cerebral hemorrágico. Pelas
percentagens apresentada, o acidente vascular cerebral isquémico é o mais comum, pois
segundo o autor 87% dos casos, são de origem isquémica.
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O AVC isquêmico é causado ou por oclusão súbita das artérias que irrigam o
cérebro, classificado como lacunar, ou devido a processos tromboembólicos no local
ou distantes, classificados em trombóticos e embólicos (Barbosa et al., 2015 apud
Esteves, 2018, p. 19)
Ainda Cancela (2008), defende que, quando há oclusão na artéria cerebral anterior
as possibilidades são:
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Quando há oclusão na artéria cerebral média as possibilidade são:
Conhecer bem os pacientes exige tempo e dedicação, é essencial para que se possa
oferecer o melhor tratamento ao paciente. São diversas as variáveis que devemos
avaliar na hora de atender cada paciente individualmente, desde o perfil comportamental
até a situaçãso familiar e socioeconômica, pois todos esses fatores vão influenciar
significativamente no tratamento do paciente.
Fraqueza muscular;
Perda da coordenação motora ou ataxia;
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Perda do equilibrio postural;
Diminuição no esforço para falar ou afasia;
Dor no ombro;
Alterações no tõnus muscular.
Fraqueza é uma das razões mais comuns pelas quais os pacientes procuram
cuidados médicos. Fraqueza é a perda da força muscular, embora muitos pacientes
também usem o termo quando geralmente se sentem cansados ou têm limitações
funcionais (p. ex., devido à dor ou mobilidade articular limitada), mesmo que a
força muscular esteja normal. (Levin, 2021, p. 1)
Com base nas ideias do autor, podemos perceber que muita das vezes
indepentemente da patologia que tenha causado a hemiparesia, vários pacientes
confundem a fraqueza com a fadiga ou com a debilidade de algum músculo.
1.3.2- Ataxia e perda do equilibrio postural em pacientes hemiparéticos
18
1.3.3- Diminuição no esforço para falar ou Afasia
19
Dentre as incapacidades que o individuo pode apresentar, o ombro doloroso
(OD) é provavelmente a complicação musculoesquelética mais comum da
hemiplegia/paresia resultante do AVE (Aras, 2004 & Pinedo, 2001 apud Araújo &
Souza, 2021, p. 63)
Vários estudos tentam relacionar as causas dessas dores no ombro que até nos dias
de hoje não foi bem esclarecida. De acordo os autores acima a omalgia advêm de um
fator, e existem vários fatores para o surgimento desta condição em indivíduos
hemiplégicos ou hemiparéticos, são eles:
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Síndrome do impacto: É uma condição gerada por compressão prolongada. Essa
compressão prolongada pode fazer com que haja inflamação ou degeneração nas
estruturas do ombro;
Síndrome complexa de dor regional: É uma síndrome caracterizada por dor
continua, geralmente originada por uma lesão no tecido muscular ou no tecido
ósseo;
Tendinite bicipital: Consiste na inflamação do tendão que une o músculo bíceps
ao ombro;
Neuropatia por tração do plexo braquial;
Espasticidade;
Mobilização do membro superior paralisado em torno da amplitude de
Movimento (ADM);
Limitação de ADM: Para que haja manutenção de uma articulação sinovial é
necessário que haja movimento. Se o paciente apresenta limitação do
movimento articular é porque algo não esta bem naquela articulação
Lesões de partes moles;
Dor central..
Dados Pessoais;
História da Doença Atual;
Anamnese, Inspeção e Palpação;
Avaliação da lesão (extensão e topografia);
Alinhamento Postural e Amplitude de Movimento;
Teste de Sensibilidade;
Reflexos tendíneos;
Coordenação Motora;
Tônus Muscular;
Força Muscular;
Análise da Marcha;
Trocas Posturais, e outros comprometimentos.
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Dados Pessoais: Vai envolver todas as informações que permitem identificar e
localizar o paciente, e essas informações pode incluir: Nome completo, sexo, endereço,
numero de telefone para contato, idade, data de nascimento, escolaridade, profissão,
condições socioeconômicas, arranjo de moradia, entre outros.
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onde estes inseridos. Por intermédio dos reflexos tendíneos é possível observar e
constatar: A percussão dos tendões (ausente, diminuído, normal, exaltado).
Tônus Muscular: Avaliação do tônus muscular pode ser feita pela palpação dos
músculos e mobilização passiva do tronco, cervical e membros superiores e inferiores.
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1.5- TRATAMENTO DA HEMIPARESIA
Cinesiterapia e massoterapia;
Estimulação elétrica funcional;
Posicionamentos;
Fundas (“Slings”);
Ligaduras funcionais;
Estimulação elétrica transcutânea (TENS);
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A doença neurológica pode acontecer antes ou depois do nascimento. A
hemiparesia em indivíduos dos 30 aos 50 anos de idade, geralmente é decorrente de um
AVC isquêmico, a lesão pode aparecer no lado esquerdo ou direito do cérebro, sendo
denominada de hemiparesia a esquerda ou a direita, respectivamente, com a fisioterapia
neurológica é possível reabilitar ou recuperar as limitações parcial decorrente de um
AVC. O fisioterapeuta tem um papel muito importante na reabilitação do paciente
hemiparético, porpocionando restaurar a função dos pacientes e prevenir a futuras
lesões secundárias, como por exemplo: encurtamento dos músculos, ombro dolorido e
rigidez articular. Apartir do momento em que o paciente é identificado com
hemiparesia, a intervenção fisioterapeutica deve ser o mais precoce possível.
Fisioterapia Aquática;
Fisioterapia Neurofuncional;
Fisioterapia Respiratória;
Fisioterapia Cardiovascular.
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Iiyama et al., 2008 apud Andrade (2020), relatam que a hidroterapia, também
conhecida como reabilitação aquática ou fisioterapia aquática (Fornazari, 2012), é o uso
externo ou interno da água em qualquer uma de suas formas (líquida, sólida ou a vapor),
com temperaturas, pressão, duração e localizações variadas, para promover saúde e
prevenir ou tratar várias doenças . A fisioterapia aquática é a área da fisioterapia que
inclui atividades terapêuticas realizadas em piscinas com temperaturas controladas
(35ºC), popularmente conhecidas como aquaterapia ou hidroterapia. A utilização desta
área é baseada em técnicas da fisioterapia ligadas ao contexto aquático, podendo ser um
tratamento principal ou de reforço. Podendo a fisioterapia aquática ser indicada em
casos de:
Percebe-se que a aquaterapia é uma área com muitos benefícios, pois além de
poder ser usada no tratamento de hemiparesia também é bastante utilizada no tratamento
de outras patologias tais como hérnia de disco, AVC, lombalgias, atletas lesionados,
artrose e paralisia cerebral.
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Bastos, Bezerra, Vasconcelos, Câmara, Sousa, & Macena, (2016), afirmam que
dentre os benefícios da terapia aquática estão as propriedades físicas da água,
exploração da reação do corpo a estímulos quentes e frios e pressão osmótica,
estimulando os nervos a conduzirem esses impulsos para o interior do corpo, onde irão
atuar no sistema imunológico, aumentar a circulação, melhorar a digestão e diminuir a
sensação de dor. O próprio paciente poderá controlar os seus exercícios de acordo com a
velocidade e o braço de alavanca a ser utilizado, ficando assim, mais motivado a realizar
a terapia, pois conseguirá realizar os exercícios com maior facilidade do que no solo e
restaurar a função muscular por meio do aumento da circulação e da amplitude de
movimento articular.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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29
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