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João Francisco Pozzebon Dotto- ATM 2024/2

ORTOPEDIA- Dr. Tiango e Dr. Leonardo


AULA 1: EXAME FÍSICO  Postura (curvada).
ORTOPÉDICO
Dr. Tiango Aguiar Ribeiro

HISTÓRIA

 Perguntas diretas e
criteriosas:
 Localização e gravidade da
queixa.
 Início da queixa (trauma,
esforço).
 Qualidade da dor.
 Irradiação para uma região.
 Características cronológicas da
queixa.
 Deformidades (quando foi
percebida, associada a dor ou
limitação de movimento,
presença de progressão).
 Marcha
HISTORIA PATOLOGICA  Movimentos compensadores e
PREGRESSA, SOCIAL, FAMILIAR aparelhos auxiliares do
movimento.
 Problemas precedentes e queixa
 Ocupação e tempo em que esta o Pele, Tecido Mole e
nesta ocupação Subcutâneo:
 Quanto ao uso de medicações  Procurar por alteração da cor.
Aumento de tamanho
OBSERVAÇÃO/ INSPEÇÃO  Presença de nódulos e cistos

o Estrutura Óssea:
 Procura de anormalidades
 Varus (para fora) e Valgus (para
dentro)
 Hipertrofia e atrofia

 Observar quanto ao aspecto


geral do paciente e o estado
funcional:  Pernas arqueadas é fisiológico
 Tipo corporal (longilíneo, para crianças até 1 ano e meio
brevelíneo). de idade.
 Após 1 ano e meio é comum  Integridade do músculo usado
joelhos bem valgos (entre 3-4 na ação do movimento.
anos existe o máximo de
valgismo), em meninas tem mais AMPLITUDE DE MOVIMENTO
valgo que meninos, e em torno RESISTIDO
dos 7-8 anos, tem uma
diminuição do valgismo, nos  Avalia estruturas
casos de hiperextensão musculotendinosas e sua função
acontece em mulheres por neurológicas.
frouxidão ligamentar e estímulo
estrogênio. ESCALA DE FORÇA

PALPAÇÃO  V.ADM completa contra


gravidade com resistência
 Começar por áreas periféricas completa – normal.
da dor (nunca primeiro na dor).  IV.ADM completa contra
 Deve ser realizada junto com a gravidade c/ alguma resistência.
inspeção.  III.ADM completa contra
 Amplitude de movimento é a gravidade.
análise da Biomecânica da  II.ADM completa apenas no
articulação plano horizontal.
 I.Evidência de leve
AMPLITUDE DE MOVIMENTO contratilidade.
PASSIVO  0.Nenhuma evidência de
contratilidade
 O examinador move a parte do
corpo do paciente. AULA 2: INFECÇÕES
 Observar: OSTEOARTICULARES
 Diminuição ou aumento de Dr. Leonardo Guterres
movimento.
 Presença de dor.  Qualquer infecção óssea que
 Quando processo degenerativo compromete cortical, esponjosa,
de uma articulação (ex. artrose) canal medular, articulação e
tem uma diminuição da tecido adjacente
amplitude de movimento.  Vários agentes infecciosos
Quando chegar ao máximo da  85% dos casos em menores de
amplitude o paciente irá sentir 17 anos
dor (muito característico de  4H:1M
artrose).
OSTEOMIELITE
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
ATIVO  Infecção óssea que compromete
a cortical, a esponjosa ou
 O paciente faz o movimento. medular óssea
 O que podemos deduzir:  Rápida progressão, podendo
 A perda de mobilidade por dor; ser fatal.
por fraqueza; disfunção motora  Cronificação, se não tratada
neurológica; rigidez ou por  Evolui com seqüelas
SIMULAÇÃO.
 Mais comum em lactentes e  0-14 anos: mais comum dos 18
crianças, mas pode atingir meses aos 24 meses e 6 anos
qualquer idade de idade
 É urgência, não pode ter seu  4H/1M
diagnostico retardado ou
atrasado o Osteomielite Hematogênica
Aguda: localizada na metáfise
CLASSIFICAÇÃO dos ossos longos. Não há
alterações no exame de imagem
 Duração: aguda (< 2 semanas), (radiografia)
subaguda (entre 1-2 meses), o Osteomielite Hematogênica
crônica (> 2 meses) Sub-Aguda: qualquer
 Mecanismos de infecção: localização do osso
hematogênica, exógena o Portas de entrada: trato
 Critérios anatômicos e do respiratório, trato genito-urinário,
hospedeiro trato digestivo, pele.

o Acomete principalmente ossos POR QUE A OSTEOMIELITE


longos dos MMIIs HEMATOGÊNICA AGUDA INICIA
o Fêmur é o mais acometido, NA METÁFISE ÓSSEA?
seguido da tíbia e do úmero,
nessa ordem.  Regiões metafisárias
apresentam capilares estreitos
ETIOLOGIA  Loops e lentidões da velocidade
do sangue
 S. aureus  Êmbolos bacterianos não
 Streptococcus do grupo A conseguem passar
 Anemia falciforme: Salmonella  Causa reação inflamatória com
 Imunodeprimidos ou exsudatos
queimados: Pseudomonas  Ocorre aumento de pressão
 Recém nascidos: gram- intra-óssea
negativos e Streptococcus do  Evolui para isquemia e necrose
grupo B óssea em 48 horas
 Culmina com sequestros ósseos
FISIOPATOGENIA e abscessos

 Pode atingir osso por 3 vias: ETIOLOGIA DA OSTEOMIELITE


 Inoculação direta: trauma ou HEMATOGÊNICA
cirurgia
 Foco contíguo: celulite  Qualquer idade: S. aureus
 Invasão hematogênica: mais  Adultos: S. aureus
comum em crianças  Neonatos: S. aureus e
Streptococcus do grupo B e
1. OSTEOMIELITE bacilos gram-negativos
HEMATOGÊNICA  Acima dos 4 meses:
Streptococcus do grupo A e
 Mais comum S.aureus
 Crianças em vigência de
bacteremia são de alto risco DIAGNÓSTICO DA
 S. aureus: 90% OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA
 Quadro clínico: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 Dor metafisária (não melhora
com analgésicos comuns)  Sinovite transitória de quadril
 Impotência funcional e atitudes  Contusões (eleva PCR, mas não
antálgicas VHS)
 Febre alta, calafrios, vômitos,  Leucemia (hemograma)
desidratação  Sarcoma de Ewing (biópsia)
 Pesquisar história recente de  Tuberculose
infecção de via aérea superior  Lúpus
ou lesão de pele e trato
gastrointestinal há 2-3 semanas TRATAMENTO
anteriores à apresentação
 Idosos e neonatos apresentam  Suspeita clínica
poucos sintomas  Coletar culturas e iniciar
antibioticoterapia empírica +
 Exame Físico internação hospitalar
 Dor metafisária: primeira  Se não respondeu com ATB em
queixa/ dor à digitopressão 24-48hrs, encaminhar para
 Aumento de volume e calor local cirurgia
(aumento de dor intra-óssea)  Outras medidas necessárias:
 Dificuldade de movimentar  Hidratação
articulação/osso  Correção da anemia
 Por vezes, não consegue apoiar  Repouso
 Analgesia
 Exames Complementares:  Imobilização do membro para
 Hemograma, PCR, VHS > 15, reduzir risco de fratura e dor
hemocultura (isola bactéria em
40% dos casos) e antibiograma ANTIBIOTICOTERAPIA
 Pesquisa de Gram
 Biópsia (diagnóstico diferencial)  Início rápido
 Tratamento empírico inicial
 Radiografia  Endovenoso
 Nos primeiros 5 a 7 dias não  Utilizar antibióticos bactericidas
há alterações: apenas aumento que penetram osso
de partes moles  EV por pelo menos 14 dias
 Após 10-14 dias: início da  Se boa evolução, utilizar por VO
rarefação óssea e necrose por mais 4-6 semanas

 Cintilografia o Adultos: ciprofloxacino +


 Alterações precoces (24-48hrs): rifampicina
aumento de captação, 90% de o Neonatos (0-2 meses):
sensibilidade oxacilina + gentamicina
o Anemia falciforme: oxacilina +
 Ultrassonografia ceftriaxone
 Baixo custo, visualizando o Cirurgia gastrointestinal:
pequenas coleções cefalosporina de 3ª geração/
aminoglicosídeos + ampicilina
 RNM o Usuários de drogas:
 Alto custo. Considerada padrão- vancomicina
ouro
o Traumas: ceftazidima  Mais de 2 meses de evolução
(Pseudomonas)  Associada a falta ou atraso de
o Quando há resistência: tratamento, osteomielite prévia,
vancomicina + teicoplamina lesões sub-agudas tratadas de
forma inadequada com
TRATAMENTO antibióticos
TRAUMATOLÓGICO  Há presença de fístulas
 Evidenciam-se alterações
 Punção em partes moles radiológicas bem evidentes
 Em caso de dúvida: realizar
drenagem cirúrgica COMPLICAÇÕES OSTEOMIELITE
 Cirurgia: maioria dos casos CRONICA
 Desbridamento; lavagem
exaustiva; fresagem medular;  Difícil de tratar
eliminar todos os tecidos ósseos  Tratamentos insuficientes
e moles comprometidos  Diagnóstico ou tratamentos
 Irrigação contínua: entrada e tardios
saída de soro por 24-48hrs  É considerada iatrogenia
 Imobilizar o membro
 Cuidado com outros focos (em DIAGNÓSTICO DE
90% das vezes, apenas um osso OSTEOMIELITE CRÔNICA
é acometido)
 Presença de seqüestro ósseo
COMPLICAÇÕES  Periostite
 TC e RNM
 Osteomielite crônica
 Artrite séptica TRATAMENTO DA
 Fraturas patológicas OSTEOMIELITE CRÔNICA
 Destruição de fise
 Sepse  Ressecar todo o osso acometido
 Morte  Retalhos ósseos em algumas
situações
OSTEOMIELITE SUB-  Uso de aparelhos, como
AGUDA fixadores externos, para
transporte ósseo (método de
 Caráter mais insidioso Ilizarov)
 35% das infecções primárias
 Mais de 2-4 semanas de
evolução
 Principal agente: S. aureus
 Exames complementares:
 Leucócitos normais
 VHS altera em 50% dos casos
 Hemocultura negativa
 Biópsia e aspirado com
sensibilidade de 60%
 Diagnóstico diferencial:
tumores

OSTEOIMIELITE CRÔNICA  Antibióticos por 3-6 meses


ARTRITE SEPTICA o Pode ser bacteriana, viral ou
fúngica
 Infecção articular
 Destruição EPIDEMIOLOGIA
 Rápida propagação
 Sequelas devastadoras:  Ocorre em qualquer faixa etária
subluxação, luxação, destruição  Preferencialmente crianças de 1
de epífise e placa de a 2 anos.
crescimento  RN e lactentes: quadril.
 Escolares: joelho.
ORIGEM  3H:1M

 Hematogênica MECANISMO DE DESTRUIÇÃO


 Contiguidade (punção de ARTICULAR
artéria femoral)
 Contaminação direta (ex.  Condrólise química
trauma cortante).  24 a 48hrs: observam-se
 Por invasão de partes moles. alterações radiológicas
 Metáfise dentro de região  Aumento de volume e pressão
articular (pode ser resultante da (pus)
osteomielite)
 Intervenções ortopédicas

DIAGNÓSTICO

o Exame Físico:
 Dor sem melhora com
analgésicos comuns
 Febre, inapetência, história
previa
 Rigidez articular, aumento de
volume, posição antálgica
 Movimentos ativos e passivos
impedidos
 Claudicação
 Dificuldades diagnósticas:
idosos, neonatos, ar, gota
o Exames Laboratoriais:  Imobilização do membro
 Hemograma  Aporte nutricional
 PCR > 60 mm  Hidratação
 VHS > 20 mm  Cuidados
 Cultura e antibiograma
 Pesquisa de Gram ANTIBIOTICOTERAPIA

o Exames de Imagem:  Início rápido


 Tratamento empírico inicial
 RX  Endovenoso
 Edema de partes moles  Escolher antibióticos
 Aumento de espaço articular bactericidas que penetram osso
 Subluxação e até luxação  Iniciar com 10 dias de ATB EV.
Após melhora, utilizar ATB VO
 US por 4-6 semanas
 Exame auxiliar  Sempre cobrir S. aureus
 Considerados um dos mais
importantes  Adultos: ciprofloxacina +
rifampicina.
 RNM:  Neonatos: oxacilina +
 Padrão ouro aminoglicosídeo ou
oxacilina/vancomicina +
ETIOLOGIA cefalosporina 3ª geração
 Acima de 4 meses: oxacilina +
 Qualquer idade cefalosporina 3ª geração ou
 Principal agente: clindamicina/ teicoplamina/
Staphylococcus aureus. vancomicina.
 Adultos: S. aureus, gonococos,
estreptococos. COMPLICAÇÕES
 Neonatos: S. aureus,
estreptococos do grupo B e  Osteomielite
bacilos gram-negativos.  Sepse
 Acima de 4 meses: S. aureus,  Lesão irreversível da articulação
estreptococos do grupo A,
pneumococos. BASES DO TRATAMENTO

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL  Identificar o microorganismo


 Selecionar antibióticos correto
 Sinvite transitória
 Assegurar que ATB esta
 Osteomielite
chegando no local
 Artite reumatóide
 Interromper lesão tecidual
 Febre reumática
 Drenagem articular e retirada de
debris
TRATAMENTO
 Internação AULA 3: TENDINITES,
 Artrortomia BURSITES E LESÕES DO
 Lavar aticulação MANGUITO ROTADOR
 Alivia a pressão Dr. Leonardo Guterres
 Remoção mecânica dos agentes
 Irrigação contínua 1. TENDINITES
 Inflamação do tendão  Tendinite ossificante:
 Tendão: parte do músculo que cronificação da inflamação com
fixa ao osso. Transmite a fora deposito de cristal de
muscular e permite o hidroxiapatita.
movimento. Cada músculo
possui ao menos 2 tendões MMSS: TENDINITES
(proximal e distal)
 Causas: mecânicas  Síndrome do impacto do ombro
(movimentos repetitivos ou Tenossinovite de Quervain
traumas), doenças metabólicas, Tenossinovite dos flexores
doenças reumáticas, infecções e  Dedo em gatilho
simulação, entre outras.  Epicondilite (cotovelo do tenista)

FISIOPATOLOGIA MMII: TENDINITES

 Pequenas lesões repetitivas nos  Tendinite Aquileana


tensões devido a forcas de  Tendinite do flexor longo do
estiramento, atrito ou hálux
compressão, acarretando micro  Tendinite patelar
traumas. As fibras sofrem
rupturas microscópicas, as quais 2. BURSITES
o organismo reage com
inflamação (edema e acúmulo  Bursas são estruturas em forma
de células inflamatórias). A ruim de saco de tecido sinovial que
oxigenação do tendão e a contém líquido e envolvem as
degeneração das fibras articulações.
colágenas relacionadas a idade  Funcionam como amortecedores
são fatores de risco. entre tendões, ossos e tecidos
musculares. Evitam atritos.
SINTOMAS  Bursite: processo inflamatório
das bursas.
 Dor: principal sintoma, e é mais  Pode ser:
sentida quando o tendão  Após processo viral ou
acometido é utilizado. bacteriano.
 Edema de intensidade variável.  Pós-traumática
 Graus variados de dificuldade  Após esforço.
de movimento.  Gota.
 Diminuição da força muscular
PRINCIPAIS BURSITES
CLASSIFICAÇÃO
 Bursite subacromina
 As tendinites, dependendo dos  Bursite olecraneana
locais de incidência, podem ser  Patelar
classificadas em diferentes  Trocantérica
subtipos:
 Entesite: tendinite de inserção. DIAGNÓSTICO DE TENDINITES E
 Tenossinovite: inflamação da BURSITES
bainha sinovial tendínea.
 Peritendinite: inflamação da  Historia ocupacional
junção músculo-tendínea.  Exame físico
 Exames complementares, subacromial e em conseqüência
quando justificados a síndrome do impacto:
 É importante a avaliação das  Hipertrofia e enteropatia do
condições de trabalho ligamento coroacromial
responsáveis pelo aparecimento  Formato do acrômio curvo e em
da lesão gatilho
 Artrose com osteófitos na
o RX: tendões e bursas não são articulação acromioclavicular.
visualizados, porém e importante  Má consolidação de fraturas,
para diagnóstico diferencial  Movimentos repetitivos de
o US: bom custo, operador abdução e rotação
dependente
o RNM: padrão ouro QUADRO CLÍNICO
o Exames laboratoriais:
diagnóstico diferencial (artrite  Dor em região escapular umeral,
reumatóide/gota) mais evidente na face
anterolateral e proximal do
SÍNDROME DO IMPACTO DO úmero.
OMBRO  Movimento da articulação
escápulo- umeral diminuído ou
 Tendinite/bursite que surge praticamente ausente.
devido ao impacto do tecido no  Atrofia da cintura escapular
arco coracoacromial.  Crepitação, na fase crônica
 Comprometimento anatômico  Dor ao movimento de abdução e
identificado e que pode ser rotação do ombro.
comprimido no espaço
subacromial. DIAGNÓSTICO
 O tendão do músculo
supraespinhal é o mais  Exame físico (teste do impacto
acometido. de Neer)
 Pode ocorrer também com
impacto: TRATAMENTO
 Bursa subaacromial
 Tendão da porção longa do  Conservador (90%): AINES,
biceps gelo, corticóide, fisioterapia
 Manguito rotador  Cirúrgico: falha do tratamento
conservador

TENOSSINOVITE DE
QUERVAIN

 Processo inflamatório da bainha


sinovial do tendão do musculo
abdutor longo e do extensor
curto do polegar, ao passar pelo
túnel osteofibroso denominado
primeiro compartimento dos
extensores.
 Fatores que predispõe o  Duas são as principais causas
estreitamento do espaço do estrangulamento:
 Movimentos bruscos ou  Sintomas: dor, bloqueio da
repetitivos do polegar: extremidade e/ou flexão do dedo
aumento do diâmetro dos  Tratamento: AINEs, infiltração,
tendões cirurgia
 Espessamento do ligamento
anular do carpo EPICONDILITE
o 10% mais em mulheres do que
homens, entre 30-50 anos de  Tendinite na origem /inserção
idade. dos tendões.
 As entesites e as epicondilites
frequentemente são
determinadas por movimentos
repetitivos de tração, elas
também estão relacionadas a
processor reumáticos.
 Medial: cotovelo do
arremessador ou golfista
 Lateral: cotovelo do tenista

TENDINITE AQUILEANA

QUADRO CLÍNICO  Ocorre com o uso excessivo em


atividades de flexão plantas
 Ocorre dor/crepitação (corridas de longa distância).
 Sinal de Finkelstein positivo  Fatores predisponentes: uso
de salto, hiperpronação do pé,
TRATAMENTO encurtamento muscular,
fluroquinolonas, lesão
 Conservador: repouso, geralmente próxima à inserção
imobilização do punho e polegar, do calcâneo
medicamentos, fisioterapia de  Inicia com microrroturas,
ação analgésica e inflamação e tendinose.
antiinflamatória e infiltração com  Quando crônica, predispõe a
cortisona. ruptura completa desse tendão.
 Cirúrgico: tenólise (liberação  Quadro clínico: dor na região
dos tendões). posterior do calcâneo ao realizar
flexão plantar. Piora após ter
DEDO EM GATILHO passado longo tempo em
repouso e inicia o caminhar
 Tenossinovite dos flexores  Diagnóstico: anamnese e
digitais do tipo estenosante. exame físico
 O tendão, em determinado  Tratamento: crioterapia, AINES,
ponto, aumenta de volume, alongamentos, cirugia
forma um nódulo e tem
dificuldade em passar pela polia TENDINITE DO FLEXOR
anular matacarpofalângica. LONGO DO HÁLUX
 Além do movimento repetitivo,
há outras causas como doenças
reumáticas, diabetes,  Tendão do músculo flexor longo
hipotireoidismo. do hálux passa por um túnel
osteofibroso na região posterior  A bursa pré-patelar (localizada
do tálus, como tal, em pacientes anterior ao joelho) pode inflamar
que executam movimentos pelo trauma causado por
repetitivos do tornozelo em ajoelhar-se sobre os joelhos
flexão plantar e dorsal, pela (limpar o chão).
frequente passagem e atrição do  Dor e abaulamento em região
tendão pelo túnel, pode se patelar.
instalar a tendinite.
 Clínica: dor quando se promove
a flexão dorsal do hálux,
mantendo-se o tornozelo em
flexão dorsal máxima.
 Tratamento: diminuição peso,
AINES, fisioterapia, evitar
grandes caminhadas e
atividades de impacto para o
tornozelo

TENDINITE PATELAR

 Síndrome do uso excessivo do


BURSITE TROCANTÉRICA
tendão do quadríceps,
estiramento em demasia e
 Bursa localizada entre o grande
repetidas vezes o tendão,
trocanter, tendão do glúteo
principalmente no ato de saltar.
médio e trato iliotibial.
 Comum em atletas do vôlei e do
 Quadro clínico: dor no quadril,
basquete
intensificado no ato de fletir e
 Clínica: dor em região
estender o quadril
infrapatelar, agravada na
 Fatores predisponentes:
deambulação, descer escadas,
distúrbios de marcha, dores no
saltar e agachar.
quadril, doenças lombares
 Diagnóstico: anamnese e
 Diagnóstico: clínico.
exame físico
 Tratamento: AINES, crioterapia,
 Tratamento: AINES, banda de
alongamentos, infiltrações e
tensão infrapatelar, alongamento
cirurgia em quadros crônicos e
e cirurgia (quando há falha do
não melhoram com tratamento
tratamento conservador)
conservador
BURSITE OLECRANIANA
3. LESÕES DE MANGUITO
ROTADOR
 Geralmente provocada por
trauma (ainda por gota, artrite
reumatóide, infecção)
3 TIPOS DE ACRÔMIO
 Tratamento: gelo, AINES e
evitar a compressão. Cirurgia se
 Tipo 1: reto (melhor)
houver infecção ou processo
 Tipo 2: curvo
crônico.
 Tipo 3: ganchoso (pior)- reduz
espaço do úmero até o teto,
BURSITE PRÉ-PATELAR
sendo maior a chance de ocorrer
o impacto
 Normalmente com piora noturna.
 Em queimação.
 Anterior/posterior do ombro e se
estende até a metade do braço.
 Pode ter dores irradiadas na
região do trapézio.
 Pode referir cefaléia também.

FISIOPATOLOGIA EXAME FÍSICO

 Não há consenso entre os  Inspeção, palpação, amplitude,


autores a respeito das causas força, testes dinâmicos, testes
das patologias do manguito específicos.
rotador.
 Entre muitas, destacam-se:  Inspeção estática
trauma, hipovascularização,  Vista anterior: observar os
lesão por carga ou movimentos pontos de referência ósseos,
repetitivos, idade, tabagismo, influindo articulação
síndrome do impacto e influência esternoclavicular, a clavícula e a
genética. articulação acromioclavicular e o
 Evolução da patologia do processo coracóide (cicatriz,
manguito rotador: estágios de tumorações, eritemas).
Neer  Vista posterior: observar os
pontos de referencias ósseos,
incluindo a coluna torácica,
escápula, articulação
acromioclavicular e as estruturas
de tecidos moles, incluindo a
parte superior do músculo
trapézio, músculos supra-
espinal, infra-espinal, redondo
maior e menor e deltoide.
Posição da escápula (comparar
com o outro lado).
EPIDEMIOLOGIA

 2 grupos de pacientes:
 Jovens: normalmente em lesões
de manguito por trauma e
luxação.
 Adultos e idosos: trauma ou
degeneração.

QUADRO CLÍNICO

 Parecido com o quadro de


bursite e tendinite.
 Dor que começa de forma
insidiosa, e vai progredindo.
 Dor em movimentos e depois em  Inspeção dinâmica
repouso também.
 Avalia a mobilidade dos ombros  Rotação externa e rotação
nos planos coronal, sagital e interna a partir do braço em
frontal. abdução em 90º (ADM 0º-90º).

 Abdução/elevação:
 Feita no plano coronal (0º - 180º)
 Músculos: supra-espinhoso e
deltoide fibras médias
principalmente.

 Adução:
 Plano frontal com o braço em
30º de flexão (0º - 75º)
 Músculos: redondo maior,  Palpação
coracobraquial, grande dorsal,  Avaliar dor, edema, mobilidade
peitoral maior, subescapular, anormal, crepitações do relevo
deltóide fibras anteriores osteoarticular, músculos,
tendões e suas inserções.
 Flexão: Comparando um ombro com
 Anteriormente ao plano coronal, outro. Abordar: articulação
paralela ao sagital (0º - 180º) esternoclavicular, clavícula,
 Músculos: coracobraquial, articulação acromioclavicular,
deltóide fibra anterior, peitoral regiões supra-espinhal, infra-
maior. espinhal e deltóidea
 Palpação de tecidos moles: pode
 Extensão: ser dividido em 4 zonas –
 Feita no plano sagital, manguito rotador, bolsas
posteriormente ao plano coronal subacromial e subdeltoidiana,
(0º-60º) axila, músculos proeminentes da
 Músculos: redondo maior, cintura escapular (elevador da
subescapular, deltóide fibra escapula, trapézio).
posterior, grande dorsal.
 Força Muscular
 Rotação externa:
 Com cotovelo em 90º (0º-
75/90º), depende do paciente.
 Músculos: infra-espinhoso,
redondo menor, supraespinhoso,
deltóide fibra posteriores.

 Rotação interna:
 Capacidade de apor o dorso da
mão as costas. Plano transversal
(0º-85/90º)
 Músculos: redondo maior,
subescapular, deltóide fibras
anteriores, grande dorsal,
peitoral maior.
 Testes de Impacto EXAMES DIAGNÓSTICOS

 Teste do impacto de Neer:  RX:


importante que testa a irritação  AP+ axilar + lateral do acrômio,
do tendão ou da bursa – para avaliar a curvatura do
estabiliza a escapula e com a acrômio e sua relação com o
outra mão faz a elevação do espaço subacromial.
ombro até 180º, se tiver algo o  Acrômio ganchoso é o mais
paciente sentira dor, quando o propenso a causar lesão no
úmero bater no acrômio manguito rotador.
 Teste de impacto de Hawkins-  Sinal da sobrancelha
Kennedy: estabilização da (esclerose subacromial)
escapula com uma mão, e com a  Cistos ósseos, esclerose
outra faz rotação interna do subacromial e esporões
ombro, fazendo com que a acromiais
grande tuberosidade bata no  Femurização do úmero
arco coracoaromial e se esse proximal e acetabulização do
tendão e bursa estiverem arco coracoacromial
irritados, paciente também vai
referir dor.
 Teste do impacto de Youkum:
o paciente mesmo vai colocar a
mão no ombro contralateral e
elevar o ombro para cima,
fazendo com a que a grande
tuberosidade entre em contato
com o acrômio, e o paciente irá
apresentar dor

 US:
 Excelente custo-benefício,
exame dinâmico, ruim para
rupturas menores que 1 cm, e
operador dependente

 RNM:
 Padrão-ouro, sensibilidade
especificidade acima de 90%
para demonstrar lesão.
 Fornece dado sobre a extensão
de retração e a qualidade dos
músculos a serem reparados.
Consegue definir a qualidade do
tendão pela degeneração
gordurosa (classificação de  Tratamento inicial é
Goutallier) conservador.
 Quanto pior a degeneração  Modificação da atividade,
gordurosa, pior o resultado da exercícios de alongamento e
cirurgia, irreversível a fortalecimento, medicação
degeneração gordurosa analgésica e antiinflamatória.
 Tratamento cirúrgico se falha do
conservador.
 Artroscopia para realização do
desbridamento de lesões
parciais.
 Se a lesão envolver menos de
50% de espessura do manguito,
serão suficientes acromioplastia
e desbridamento.
 Classificação de lesão parcial  Se a lesão for maior que 50%,
há indicação de excisão elíptica
do tendão doente, suturando-o
novamente.

TRATAMENTO PÓS-
OPERATÓRIO

 Órtese de abdução ou tipóia tipo


velpeau (durante 3-6 semanas).
 Classificação conforme  Após 3-6 semanas, retira-se a
profundidade e sítio tipóia e inicia fisioterapia, com
anatômico: exercícios assistidos (liberação
 Utiliza-se para definir o de rigidez, melhorar amplitude).
tratamento.  Após 12 semanas são iniciados
 Lesões menores que 50% da movimento ativos.
lesão, têm chance com o  Tratamento longo, no mínimo
tratamento conservador, de 3-6 meses.
enquanto lesões maiores têm
que ser cirúrgico. AULA 4: ARTROSE
Dr. Tiango Aguiar Ribeiro

DEFINIÇÃO

 Doença degenerativa crônica


(envelhecimento) caracterizada
pela deterioração da cartilagem
(lesão da cartilagem) e pela
neoformação óssea nas
superfícies e margens
articulares.
 Leva a uma alteração
morfológica.

TRATAMENTO ESCLERÓTOMO ANTEROMEDIAL


cartilagem). E essa articulação
perde função e causa dor pela
presença dessas lesões.
Condrócitos liberam óxido
nítrico, fator de necrose tumoral,
interleucinas, metaloproteinases,
colagenases, que são enzimas
líticas que quebram a própria
cartilagem (estimulam
inflamação). Outros fatores
podem influenciar ou acelerar
o processo degenerativo:
 Cartilagens são tecidos obesos (excesso de carga –
conjuntivos que derivam do aumento de pressão articular,
mesmo esclerótomo na espessamento da cartilagem
embriogênese. pela liberação de enzimas líticas,
 O que são ossos e adipócitos e leptinas aumentam
cartilagens? o tecido ósseo o índice de apoptose dos
também é um tecido conjuntivo condrócitos e lentificam a
que deriva do mesmo mitose, eventualmente a
esclerótomo. cartilagem vai ficando afinada e
diminuição do líquido e espaço
 Tecido conjuntivo articular, sexo feminino
 Glicosaminoglicanos (diminuição do estrógeno,
 Ácido Hialurônico influencia nas mitoses dos
 Colágeno condrócitos e proteoglicanos),
fraturas articulares (por mais que
 Doença degenerativa, articular operada e reparada continua
 Ocorre, sobretudo, em pessoas com movimento irregular e
idosas, de ambos os sexos atrito– alteração da superfície
 Ocorre na cartilagem articular condral)

FISIOPATOGENIA CLASSIFICAÇÃO

 Condrócitos: responsáveis pelo  Primária


reparo e manutenção da  Envelhecimento
cartilagem (mitoses e produzindo  Uso excessivo das articulações
matriz extracelular  Concomitância destas duas
 Se reparação mais lenta, os eventualidades
condrócitos envelhecidos não
tem o mesmo poder de produção  Secundária
de proteoglicanos ou  Decorrência de uma patologia
glicosaminoglicanos (matriz pré-existente
extracelular), deixando a  2/3 das artroses de tornozelo se
cartilagem mais frágil. Os devem à entorse.
condrócitos não nutridos fazem
apoptose, levando lesão da QUADRO CLÍNICO
cartilagem (aspecto mais
ressecado, sofre fissuras,  Sinais e sintomas
erosões, afilamento da
 Dor, às vezes, em repouso que  Tomografia (não é necessária).
se intensifica com  Ressonância magnética
movimentos e as atividades (dissociação clínico-radiológica –
físicas (pode ter dor fissuras condrais, afilamento,
protocinética, dor-movimento e pequenos cistos subcondrais).
passa-para e volta a dor e
limitação).
 Dor à palpação, em
determinados pontos,
habitualmente nas margens da
articulação (principalmente em
tornozelo, acromioclaviculares e
joelho)
 Rigidez, principalmente após um
tempo de repouso ou
inatividade.
 Perda de movimentos.
 Sensação de insegurança ou
de instabilidade e presença de
falseio (principalmente no joelho
– ligamentos ficam frouxos,
devido diminuição de espaço
articular
 Limitação funcional.
 Aumento de volume com
derrame articular (teste da
tecla).
 Crepitação.
 Diminuição da função
muscular (hipotrofia).
 Pico inflamatório: dor
aumentada, calor, e aumento do
volume.

DIAGNÓSTICO

 Anamnese
 Exame físico (hipotrofia, dor a
palpação, biomecânica –
amplitude de movimento, no
processo degenerativo está
diminuída, comparar uma
articulação com a outra, no pico
inflamatório pode ter derrame
articular, hiperemia).
 Não se faz exames TRATAMENTO
laboratoriais.
 Estudo radiológico (RX da  Quatro cuidados primordiais:
articulação em duas incidências  Aliviar os sintomas
– AP e lateral/perfil). (analgésicos).
 Melhorar as condições de vida articular – não tem efeito protetor
do paciente (fisioterapia, para na cartilagem, mas na artrose
recuperar mobilidade e função – inicial diminui pico inflamatório e
influencia na evolução da dor.
doença, pois com a melhora  Viscosuplementos: diminuem
induz a produção de líquido dor, inflamação, segundo alguns
sinovial). estudos.
 Influenciar na evolução da
doença (perda de peso, parar TRATAMENTO CIRÚRGICO
exercício de impacto – piora dor)
 Prevenir a doença em  Desbridamento cirúrgico: por
pacientes com predisposição via atroscópica ou por acesso
(DM, obesos, laborais com carga cirúrgico. Em casos de artrose
pesada, exercício de impacto, pequena, inicial/incipiente.
alterações de tireóide, doenças  Osteotomia para correção de
reumatológicas). deformidades: desacelerar o
processo de envelhecimento.
1) FASE AGUDA  Artrodese: fusão das
articulações. Quase completo
 Pico inflamatório de artrose. desuso, se usa mais em coluna
 Repouso da região acometida. e joelho.
 Eventual imobilização (para  Artroplastia: troca de uma
diminuir o movimento e a dor). articulação danificada por uma
 Fármacos antiinflamatórios não articulação artificial com função
hormonais. de reestabelecer quase todos os
 Em determinadas situações movimentos e sem dor.
infiltração com corticóide (se
deposita na sinóvia, mas pode
causar infecção – artrite séptica).
 Fisioterapia de ação analgésica
e antiinflamatória (não é ideal,
pois o paciente vai estar com dor
e não vai conseguir fazer
movimentação).

2) FASE CRÔNICA

 Evitar atividades de esforço na


região comprometida.
 Emagrecer se mais acima do CUIDADOS GERAIS
peso.
 Fisioterapia: ganho de  Evitar atividades de impacto na
movimento e reforço muscular. região acometida.
 Fármacos antiinflamatórios não  Controlar o peso corporal,
hormonais. principalmente em se tratando
 Eventualmente infiltração com da coluna vertebral e membros
corticóide. inferiores.
 Condroprotetores,  Exercícios objetivando a
antiartrósicos ou fármacos de melhora da função muscular,
ação lenta: via oral e via intra-
abstendo-se de movimentos  A partir disso, o acetábulo só se
repetitivos. desenvolverá até a maturidade
 Diminui peso/diminui impacto: (extra-uterino), assim como
aumenta função muscular (ajuda cabeça do fêmur
a diminuir o desgaste).  Um RN com DDQ não tem um
quadril normal, tem um quadril
AULA 5: DISPLASIA DE com alterações de frouxidão
DESENVOLVIMENTO DO cápsulo-ligamentar e alterações
QUADRIL patológicas de crescimento
Dr. Tiango Aguiar Ribeiro
DESENVOLVIMENTO DA
ARTICULAÇÃO

 Necessita que o osso


inominado + acetábulo +
fêmur sejam intimamente
ligado (um depende do
desenvolvimento do outro)
 O osso inominado está no
centro do acetábulo e antes de
se tornarem um único osso, é
uma junção cartilaginosa de
 Engloba diversas patologias crescimento (cartilagem
 Espectro de anormalidades que triradiada)
vão desde a frouxidão da  Grande trocanter (região
cápsula até a luxação do quadril lateral do fêmur proximal):
 É uma doença de difícil estimula, ao decorrer do
diagnóstico crescimento da criança, o colo
 Evolução inicial indolor e do fêmur esticar, entretanto
insidiosa devido ao peso que o acetábulo
 Caso não seja diagnosticada e faz no fêmur, o grande trocanter
não tratada a tempo levará, não faz tanta influência e por
inevitavelmente, a uma evolução isso o colo do fêmur tem uma
desastrosa leve angulação (130, 135º)
 Frouxidão cápsulo-ligamentar:
QUADRIL permite que a cabeça do fêmur
olhe para outros lugares que não
 Osso inominado (fusão dos o centro e o fundo do acetábulo
ossos íleo, ísquio e púbis) + e estimule de forma errada o
fêmur proximal fêmur = alterações anatômicas
 Origem embrionária no  Após o nascimento, o quadril
mesmo folheto/mesênquima continua a se desenvolver.
celular: na 7ª semana de Portanto, o crescimento destes
gestação ocorre separação dois membros da articulação do
dessa estrutura, definindo o quadril é interdependente
acetábulo e cabeça femoral  O acetábulo, para ter sua
 Até a 11ª semana, estará forma côncava, profunda,
formada a articulação esférica necessita que a cabeça
coxofemoral/articulação do do fêmur a estimule dentro, para
quadril
que ele fique quase que
completamente retificado DIAGNÓSTICO
 A cabeça do fêmur, para ter
sua forma esférica, pequena,  Deve ser feito o mais rápido
com colo em torno de 130º e possível, pois dele dependerá o
anteversão do colo em torno de sucesso do tratamento
10-15º precisa do acetábulo  Desde que realizado até o 3 mês
estimulando de vida, o êxito esperado atinge
uma alta porcentagem
INCIDÊNCIA
o Manobra de Ortolani: quadril
 Varia de país para país luxado. Consiste na flexão dos
 Varia de região para região no membros inferiores seguida da
mesmo território abdução da coxa para pesquisa
 A luxação ocorre 1:1000 até de displasia de quadril. Na
15:1000 existência de uma displasia de
 Displasia em sua forma quadril, ocorre um estalo (o sinal
insipiente em até 10% das de Ortolani).
crianças nascidas vivas, e na
forma mais grave, entre 2 a 3%
 Feminino: 80%
 Masculino: 20%
 Lado esquerdo: 50%
 Lado direito: 25%
 Bilateral: 25%

ETIOLOGIA

 Postura intra-uterina (história


familiar, posição pélvica, o Manobra de Barlow: quadril
oligodrâmnio, crescimento intra- luxável. É realizado em crianças
útero restrito) para procurar displasia do
 Frouxidão cápsulo-ligamentar quadril. A manobra é realizada
 Fatores pós-natais (maneira de ao se aduzir o quadril (trazendo
carregar a criança) em direção à linha média)
 Sinais sugestivos de displasia enquanto se aplica uma
do quadril: alterações pequena pressão sobre o joelho,
congênitas dos colágenos, direcionando a força
torcicolo congênito, pé torto posteriormente.
congênito, paralisia cerebral com
anóxia/ hipóxia.

FATORES GENÉTICOS
ASSOCIADOS

 Pais normais e um filho com


DDQ: risco de 6%
 Um pai acometido: risco 12%
 Um pai e um filho acometido: o Sinal de Peter-Bade: assimetria
risco 36% das pregas das coxas. 30% das
crianças normais tem assimetria. TRATAMENTO
Consiste em uma assimetria das
pregas cutâneas entre as duas  Suspensório de Pavlik: possui
coxas, sendo a afetada em a finalidade de reposicionar a
maior número onde a prega cabeça do fêmur dentro do
inguinal e glútea estará elevada. acetábulo para que a articulação
coxofemoral volte a amadurecer
o Teste de Galeazzi: o joelho é de forma correta.
mais baixo do lado afetado em  Indicado até 6 meses de vida
razão do deslocamento posterior (utilizar por 3-4 meses)
no quadril displásico  Controle da redução: ecografia
semanal até a redução
buscando que o ângulo entre
linha do ilíaco e teto ósseo seja
≥ 50º
 Após 6 meses: cirurgia (colocar
articulação na posição e
engessar).

Se não aumentar grau com


suspensório, engessar!
EXAMES DE IMAGEM

 Ecografia: método mais preciso


(ângulo normal é maior ou igual
que 50º).
 RX: muito falso negativo até os 6
meses de idade

 Linha de Hilgenreiner: linha


horizontal traçada na cartilagem
trirradiada do acetábulo
 Linha de Perkins: linha vertical
traçada no rebordo superior
lateral do acetábulo
 Essas linhas formam 4
quadrantes de cada lado,
chamados quadrantes de
Ombredane
 Se a cabeça do fêmur está
posicionada nos quadrantes
externos/ laterais, indica
luxação/displasia do quadril
 Após 18 meses: diagnóstico
ocorre pelo sinal de
Trendelemburg, encurtamento e
limitação da abdução em flexão.
Tratamento é cirúrgico (abrir a
articulação, soltar aderências,
colocar no lugar, engessar)
AULA 6: INFECÇÕES  Chega um momento em que a
PERIPROTÉTICAS proliferação é tão grande que
Dr. Tiango Aguiar Ribeiro ocorre um destacamento do
biofilme (lesões satélites
começam a colonizar outros
tecidos e tecidos ósseos
adjacentes)

Há interação entre biofilme,


paciente e implante.
Imunossupressão,
desnutrição favorecem
desenvolvimento do biofilme

 Sobrevida bacteriana no biofilme


não é afetada pelos antibióticos
 Procedimentos não isentos de em concentrações normais
complicações: risco de  ATB sozinhos: só controlam os
subluxações, lesões em nervos sintomas inflamatórios fora do
como ciático e obturador, biofilme
tromboembolismo, infecções.  Após o término dos ATBs, as
bactérias sésseis são liberadas
INFECÇÕES para fora do biofilme, tornando-
se planctônicas.
 São importantes  Ou seja, o antibiótico ajuda a
 Se não tratadas, levam a dor, controlar os sintomas
luxações repetidas, aumento de parcialmente. Uma vez
morbimortalidade, óbito. cessado, os sintomas
retornam, numa espécie de
ETAPAS DA INFECÇÃO ciclo vicioso.

 Num primeiro momento, ocorre DIAGNÓSTICO


a aderência da bactéria, fixando-
se nos tecidos e no implante. Há  Fatores de Risco: obesidade,
proliferação bacteriana, com fatores sociais, imunodepressão,
formação de complexo AR, DM, revisão de artroplastia,
glicoprotéico, chamado de cicatrização de FO.
biofilme.  Infecção aguda (precoce/
 Nesta primeira etapa, a fixação é hematogênica): dor aguda,
reversível (fraca/ imatura), isto derrame articular, sinais
é, qualquer fricção pode remover flogísticos. Geralmente ocorrem
o biofilme. nos primeiros 3 meses após
 À medida que avança, o cirurgia (precoces) ou após 2
processo passa a ser anos do procedimento
irreversível (maduro), ou seja, (hematogênica)
não há como remover tão  Infecção de baixo grau
facilmente (nem o antibiótico (intermediaria): dor persistente,
consegue penetrar). soltura da prótese, fístula.
 O período para essa conversão Manifesta-se após 3 meses.
ocorrer é de 3 semanas.
CUIDADO! o Troca em único tempo (único
estágio)
 Não se faz diagnóstico somente
através de hemograma, cultura AULA 7: DEFORMIDADES DA
de Swab de ferida operatória e COLUNA VERTEBRAL
cintilografia. Dr. Leonardo Guterres
 Diagnóstico é feito pelo
conjunto de achados e o  Dois motivos de busca de
conhecimento do assunto. atendimento:
 Deformidade é detectada,
TRATAMENTO visualizada (quando o paciente
se observa e percebe a
 Não existe tratamento de deformidade ou quando outra
infecção periprotética sem pessoa percebe)
intervenção  Dores na coluna associada a
 Portanto, sem cirurgia não deformidade
existe tratamento efetivo
 Sempre erradicar o biofilme  Todas são classificadas de
 Iniciar ATB com penentração acordo com:
em biofilme e atividade  Magnitude da deformidade
bactericida contra bactérias de  Localização do ápice e origem
crescimento lento da curvatura

o Desbridamento e retenção da GENERALIDADES


prótese (fazer em até 2-3
semanas, pois é biofilme  História coletada bem
imaturo, e deve ser feito detalhada:
somente se a prótese está fixa  1ª vez que se notou a
no osso). deformidade
 Coleta de tecido para  Se surgiu após esforço, trauma
anatomopatológico, coleta de ou percebeu sem nenhum
tecido para cultura, coleta de desses casos
liquido para cultura e citologia,  Evolução ou estagnação da
desbridamento agressivo deformidade
(biofilme), irrigação exaustiva.  Associação ou não com dor
 Troca de partes modulares:  Associação com alguma
cabeça interambiável, acetábulo alteração congênita
de polietilino.  Sintomas de limitação funcional
 Início de ATBs no e respiratória
transoperatório: 04 a 06
semanas de ATB EV. Após 3-6  Decisões referentes ao
meses de VO tratamento devem levar em
 Sucesso de 80-90% conta:

o Troca em 2 tempos/dois  Maturidade: potencial de


estágios (prótese solta ou acima crescimento do paciente
de 2-3 semanas)  Pelos pubianos
 Retirada do implante, mesmo  Pelos axilares
padrão de tratamento. Sucesso  Crescimento dos seios
chega a 90%.  Menarca
 Raio-X panorâmico de bacia:  Congênita: mal-formação dos
observar epífise de crescimento corpos vertebrais desde o
da crista ilíaca nascimento
 Se houver potencial de  Postural: comum em
crescimento, tratamento mais adolescentes e pacientes com
agressivo e por mais tempo mamas grandes
 Detalhes sobre tratamentos  Doença Scheuermann: doença
prévios multifatorial, encunhamento dos
corpos vertebrais, nodulações
 Cuidados ao exame físico com presença de discos
vertebrais, deformidade rígida
 Qualquer sinal de
anormalidades congênitas:  Cifoescoliose: associação
pele, palato, face, orelhas, cifose e escoliose
coração, extremidades
 Pele:  Hiperlordose lombar
 Neurofibromas e manchas café  Postural: uso de saltos,
com leite (neurofibromatose) gestantes
 Região sacral: pelos,  Espondilolistese: deslizamento
abaulamentos, nevos, alterações de corpo vertebral em relação ao
de pigmentação, lipomas, outro
disrafismos (mal formação da
coluna vertebral, não confundir 1. ESCOLIOSE
com lipoma)
 Tamanho dos membros:  Curvatura anormal da coluna
dismetria dos membros no plano frontal: curvatura
 Exame neurológico completo: lateral da coluna (coluna parece
qualquer alteração que possa um S olhando de costas)
significar associação com sd  Associação ou não com
neurológica deve ser alteração rotacional (costela
encaminhado à um neurologista; proeminente, saliência de
 Busca de irritação meníngea, escápula, giba costal):
de irritação de sensibilidade processos espinhosos rodados
nervosa, alterações de para a concavidade da curvatura
reflexos  Quando associada à rotação é
chamada estruturada, e quando
 Analisar ao exame: não está associada é não
 Altura das escápulas estruturada
 Altura dos ombros
CLÍNICA
 Alterações no tórax
 Proeminências
 Nível de ombros e pelve
 Ângulo do talhe
CLASSIFICAÇÃO
 Giba: manobra de ADAMS (pcte
faz hiperflexão da coluna,
 Escoliose
joelhos em extensão, braços
 Não estrutural: não possui
soltos, cabeça “solta”) – se há
rotação
giba, é estruturada
 Estrutural: possui rotação
 Fio de prumo (corda com peso
na ponta, colocada na região
 Cifose
occipital pendendo, leva-se até inferior ou caudal); verificar quais
entre os glúteos é observada a linhas inclinam mais ao centro
coluna do paciente, se a coluna
segue o fio não tem escoliose.
Ou fio pode ser colocado em C7,
descendo o fio com o peso para
baixo e coloca-se ele centrado
na região glútea e avalia da
mesma forma)
 Flexibilidade diminuída
 Encurtamentos musculares

 Linhas de cor preta têm


inclinação para a região central
amarela
 Reconhecer a vértebra apical:
no centro da deformidade, onde
há maior angulação e mais
afastada do centro de rotação
(na imagem a vértebra que tem
o X)
 Ângulo de Coob: intersecção
das linhas

 Para indicação de tratamento


de escolioses idiopáticas é
necessário saber a magnitude,
grau de deformidade dessa
escoliose: traçar o ângulo de
Coob – verificar as vertebras
terminais (superior ou cranial e
 A postural é a mais comum das menor a linha, classificando em
escolioses não estruturais. risser 1, 2, 3, 4 e 5, quando
 Idiopática é multifatorial, que é totalmente completo).
a mais comum de todas
estruturais. Acontece em 3  Até 20-25° do ângulo de Coob,
dimensões, além do S visto no independente da idade:
plano frontal, tem uma rotação observação; raio-X de 6 em 6
no plano axial e uma alteração meses
no plano sagital. Público  20º-25º até 40º-45°: tratamento,
feminino, jovem e magra. que depende da classificação de
Podendo ser dividia em infantil, Risser:
juvenil e adolescente.  Até o Risser 2: usar colete de
 Infantil acontece mais em Risser para impedir a
homens, voltada para esquerda. progressão do ângulo, mas não
 Juvenil mais comum em corrige a deformidade já
mulheres, voltada para direita e existente
é a de pior prognostico, com  Risser 3 ou mais: observar
mais risco de progressão. realizando raio X de 6 em 6
 Adolescente é a mais comum, meses
acometendo mais mulheres e  > 45-50°: cirurgia
com convexidade da curva para  Até 8 a 10 anos: para alongar a
a direita. coluna, corrigir a deformidade,
 As escolioses não estruturais, sem fusionar os corpos
que não tem uma rotação fixa, vertebrais (sem artrodese)
podem se tornar escolioses  Maior que 8 a 10 anos: realizar
estruturadas, devido a pressão artrodese, com uso de parafusos
dos corpos vertebrais pela
deformidade (onde estão  Lembre:
sofrendo mais pressão,  Prévios tratamentos.
deformam e ficam menores do  Angústia dos pais.
que o lado com menos pressão)  Idade da rebeldia (não quer usar
–não tratamento e não resolução o colete).
do problema.  Não adesão aos tratamentos

TRATAMENTO 1.1 ESCOLIOSE CONGÊNITA

 Normalmente os defeitos
ocorrem entre a 4-6º semana de
gestação.
 Anomalia mais comum é a
hemivértebra, segunda mais
vista é a barra unilateral
(defeito de segmentação entre
as vértebras).
 Solicitar Raio-X panorâmico, ou  Pior prognostico é a
AP de bacia. Observa-se a associação entre a barra
epífise de crescimento da crista unilateral e hemivértebra
ilíaca, para avaliar o crescimento  Pior localização é a transição
e indicar o tratamento adequado tóraco-lombar.
(quanto mais nova a criança
 Avaliar com RNM e também  Primeira consulta com angulo
avaliar más-formações em maior que 37º.
outras áreas, principalmente rim  Curvas duplas.
por US e coração.  Fase de costela do tipo 2 (uma
 Abaixo de 10 anos, há alto costela já se sobrepõe a uma
índice de complicação costela do outro lado no raio X,
cardiopulmonar. devido a grande rotação
 Classificação de Winter: presente).
 Tipo I: defeito de formação do
corpo vertebral.  Função pulmonar
 Tipo II: defeito de segmentação.  Alterada acima de 60 graus
 Tipo III: mistas. Cobb.
 Indicação de tratamento
1.2 ESCOLIOSE IDIOPÁTICA cirúrgico.
ADOLESCENTE  Hipertensão pulmonar com
cardiopatia no adulto: morte
 É a mais comum, acontece em precoce (50 anos).
mulheres e convexidade à
direita.  Procurar por:
 Existem critérios para que a  Anomalias cardíacas: 30%
escoliose tenha uma progressão  Anomalias renais: 20%
(achados que falam a favor de  Anomalias intracanal: 10% a
uma piora de angulação): 50%
 Aumento de mais de 5 graus
no ângulo de Cobb entre 2 2. HIPERCIFOSE
consultas ou 6 meses.
 Pré-menarca  Vista pelo plano lateral ou
 Curva dupla (duas sagital (corcunda)
deformidades de escoliose com  Congênita: associada a más-
dois centros de rotação). formações dos corpos vertebrais
 Localização torácica tem mais (ausência, pequenos,
chance de progressão do que hemivértebras, fundidos). Pode
lombar. ter associação das más-
 Curvas graves (ângulos de formações tipo misto.
Cobb maior do que 50º).  Postural: muito comum no
adolescente, correção com
1.3 ESCOLIOSE IDIOPÁTICA fisioterapia (RPG), mulheres que
INFANTIL possuem mamas grandes.
 Doença de Scheuermann:
 Mais frequente em meninos. idiopática.
 Convexidade para esquerda.  Cifose torácica: 20°-40°.
 Associada a doenças como Algumas literaturas 20°-45º.
displasia de quadril e Outras literaturas até 50°-
plagiocefalia. normais. Acima disso é
 Tendem a ser resolutivas, com hipercifose.
tratamento adequado em 70-
90% dos casos, o restante é 2.1 CIFOSE CONGÊNITA
progressivo (piora da
angulação).  Ausência de formação ou
 Indica chance de progressão: segmentação.
 Pode ocorrer luxação de no mínimo 3 corpos
progressiva com paralisia (leva a vertebrais consecutivos > 5
lesão importante da medula), graus, irregularidade das placas
nesses casos se tem indicação terminais, na RNM pode se ver a
de tratamento cirúrgico precoce. irregularidade com mais
evidência e também nódulos de
2.2 CIFOSE POSTURAL Schmorl.

 Comum em adolescente,
correção com fisioterapia (RPG);
mulheres com mamas grandes

2.3 DOENÇA DE
SCHEURERMANN

 Hipercifose rígida, normalmente


tem uma angulação importante.
 São alterações anatômicas,
então tenta a correção e não
consegue, isso pode sugerir que
seja a doença.
 Etiologia multifatorial.
 Anormalidade do crescimento
das placas terminais de pelo
menos 3 corpos vertebrais.
 Genética, postura, nutrição e
necrose vascular podem estar
associadas.
 Deformidade estrutural sagital.
 Nódulos de SCHMORL: cistos
no corpo vertebral e no disco se
invaginam para dentro desses
cistos.
 Cifose abrupta e fixa.
 Dor
 10 anos e sexo masculino
principalmente.
 Mais baixos que o normal para
sua idade.
 Idade óssea avançada.
 Diagnóstico: exame físico e
exame radiológico. Também  São dois tipos:
pode ser por critérios de  Ápice em T7-T9: hipercifose do
Soresen. tipo típico
 Para diagnosticar tem que  Ápice em T11-T12: hipercifose
observar o paciente, com do tipo atípico, curvatura pode
hipercifose torácica, não se ser levemente mais flexível
consegue corrigir, pois é rígida e
fixa. Através de exames de POSTURAL X
imagem (raio-X), encunhamento SCHEURERMANN
 Postural: flexibilidade, cifose de  Escorregamento para a frente de
pequena angulação, uma vértebra sobre outra.
deformidade corrige com a  Normalmente adquirida, por
correção da postura. fraturas nos pars articulares.
 Scheuermann: rigidez,  Assintomática até 15/20 anos,
hipercifose de grande 50%.
angulação, paciente com dor.  Hiperlordose lombar.
 Segmento L5-S1 normalmente
TRATAMENTO
 Classificação de Wiltse
 50-60º do ângulo de cifose:  Congênita (tipo I): defeito
observar + fisioterapia congênito das facetas
 60-70°: conservador (colete, articulares, o que leva a
além de prevenir que progrida; facilidade a vertebra descolar em
usar de Ricer menor ou igual a relação a outra.
2)  Ístmica (tipo II): defeito no pars
 70-75° ou neurológico alterado articular incluindo fratura do
ou dor refratária: cirurgia pars. Segundo tipo mais comum,
 Não pode diminuir menos do que normalmente L5-S1.
50% da deformidade o ângulo,  Degenerativa (tipo III): é por
nem menos que 45°. degeneração, mais comum,
mulher, no segmento L4-L5.
3. HIPERLORDOSE LOMBAR  Traumática (tipo IV): fraturas,
exceto no pars que é a tipo II.
 Normal da lordose lombar é 30 –  Patológica (tipo V): CA, Paget,
65°. metabólica.
 Espondilolistese: deslizamento  Pós-cirurgia (tipo VI): por
de uma vértebra em relação a iatrogenia, após um
outra. Apresentam-se com procedimento cirúrgico
hiperlordose, dor localizada que
piora aos exercícios ou
caminhar, alteração na raiz de
L5 por tracionamento, marcha de
Phalen-Dickson (joelhos fletidos,
devido ao encurtamento da
musculatura e quadril/tronco
com hiperlordose), nádegas
achatadas (formato de coração).
Podem apresentar escoliose
compensatória.
 Algumas são do tipo postural
(mulheres que usam salto alto e
gestantes).

 Espondilólise/Espondilolistese
 Alteração/defeito no pars
interarticular, pode ser unilateral
ou bilateral, normalmente de
origem degenerativa e depois
traumática.
 Grau V é superior a 100 por
cento, ou espondiloptose.
 Mais de 50% de deslizamento é
de alto grau (a partir do grau II).
 Nas de alto grau, se tem uma
alteração pela pressão que um
corpo vertebral faz no outro pelo
deslizamento, e o platô inferior
de L5 fica em forma de trapézio,
e o sacro fica arredondado.

DIAGNÓSTICO

 Raio-X em AP e oblíquo
(cachorro escocês, chapéu de
Napoleão invertido – L5 com
ptose vertebral e caiu para frente
do sacro, é um sinal de
gravidade).

FATOR DE PROGRESSÃO

 Clínico: sexo feminino, pré-


púbere e tipo congênito
 Radiológicos: ângulo de
escorregamento maior que 30º,
escorregamento de alto grau
(maiores que 50%).

 Classificação de Meyerding TRATAMENTO


 O grau de deslizamento na
espondilolistese é mais  Conservador (grau I e II):
comumente classificado usando observação, fortalecimento do
a classificação de Meyerding. core, perda de peso, mudanças
Refere-se à porcentagem do comportamentais, RX controle,
corpo vertebral cefálico que se analgesia, alongamento. Em
estende além da borda anterior crianças com sintomas de dor ou
das vértebras caudais: neurológicos e que tenham um
 Grau I é de 25 por cento ou deslizamento no mínimo grau II,
menos. deve se indicar cirurgia pela
 Grau II é de 26 a 50 por cento. presença de sintomas.
 Grau III é de 51 a 75 por cento.  Cirúrgico: escorregamento
contínuo, grau III, ângulo de
 Grau IV é de 76 a 100 por cento.
escorregamento > 50 graus, dor,
compressão neurológica.
Crianças mesmo sem sintomas
e com grau III devem ser
operadas, através de artrodese.

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