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Rígidas PMMA
Objetivos da Unidade:
ʪ Material Teórico
ʪ Material Complementar
ʪ Referências
QUESTION B AN KS
TEMA 1 de 3
ʪ Material Teórico
Metodologias de Adaptação
Os cálculos para a adaptação de lentes de contato rígidas são embasados nas medidas
ceratométricas do meridiano mais plano da córnea (K) e do meridiano mais curvo (K’).
Figura 1
Fonte: Getty Images
A adaptação pode ser realizada paralela ao meridiano de K ou de K’, dependendo do caso. A
metodologia utilizada na adaptação das lentes pode ser:
Alinhamento apical;
Toque apical.
Figura 2
Fonte: Reprodução
Caso a pálpebra superior cubra apenas o limbo superior ou ainda fique acima dele,
deve ser realizada uma adaptação interpalpebral paralela a K’ (além de LC com
diâmetro menor);
Figura 4
Fonte: Reprodução
A CB da primeira LC para teste pode ser assim escolhida:
AC = K' – K
AC = 44,50 – 43,50
AC = 1,00 D
CB = K + AC/2
CB = 43,50 + 1,00/2
CB = 43,50 + 0,50
CB = 44,00 D
KT = 41,00 x 44,00
AC = K' – K
AC = 44,00 – 41,00
AC = 3,00 D
CB = K + AC/3
CB = 41,00 + 3,00/3
CB = 42,00 D
Alguns especialistas utilizam o primeiro cálculo (CB = K + AC/2) para a
escolha da CB da primeira lente de teste, independentemente do nível
de astigmatismo.
Essa lente lacrimal tem um poder dióptrico (PLL), que é a diferença entre a CB da LC e as curvas
dos 2 meridianos principais da córnea (K e K’).
Exemplo:
K = 41,00 D
K’ = 44,00 D
CB = 43,00 D
A CB é mais curva que o meridiano K, por isso o poder da lente lacrimal é positivo. Você consegue
até ver o formato de uma lente positiva!
A CB é mais plana que o meridiano K’, por isso o poder da lente lacrimal é negativo.
Figura 6
Fonte: Reprodução
Figura 7
Fonte: Getty Images
Cabe lembrar que estamos considerando lentes de contato da caixa de provas com grau esférico
o mais próximo possível da refração do paciente (repare: “o mais próximo possível”, porque
isso nem sempre acontece).
Tabela 1 – Caixa de prova de 50 lentes – PMMA
Muitas vezes, o astigmatismo é corrigido ou eliminado pelo poder dióptrico da lente lacrimal.
A dioptria esférica se encontra no meridiano mais plano da córnea. Sendo assim, quando a CB
adaptada for diferente de K, o valor esférico da refração prescrita será diferente devido ao poder
da lente lacrimal sob a lente.
Exemplo:
Importante!
Note que temos dois meridianos para corrigir, e nesses dois
meridianos temos o poder da lente lacrimal (PLL) com potências
dióptricas diferentes.
No meridiano a 180 temos que corrigir −3,00 D (de acordo com a prescrição), mas nesse mesmo
meridiano, quando colocamos a LC, eis que surge um PLL de +0,50 D. Vamos chamá-lo de PLL1.
Agora é preciso corrigir −3,50 D.
PLL1 = +0,50 D => −3,50 (LC) + 0,50 (PLL) = −3,00. Logo, meridiano corrigido!!
No meridiano a 90 temos de corrigir −4,00 D, mas temos um PLL que corrigirá −0,50. Vamos
chamá-lo de PLL2 Sendo assim, precisamos de uma lente com − 3,50 sobre esse meridiano.
DLC2 é a dioptria que deve ser corrigida no meridiano K’. Para isso, é preciso fazer a
transposição da prescrição.
Não podemos esquecer que temos dois meridianos com valores diferentes a serem corrigidos.
Por isso, vamos calcular a DFLC1 e DFLC2 e comparar os valores.
Lembre-se de que é o valor da DFLC que usaremos como ponto de partida na sobrerrefração.
Tabela 2 – DFLC
DFLC1 = −3,00 −
DFLC2 = − 4,00 + 0,50
0,50
Uma LC esférica de − 3,50 D corrigirá os meridianos K e K’. Quando a diferença for muito grande,
talvez seja necessário adaptar uma LC tórica, para corrigir todo o astigmatismo.
Para calcular a dioptria da LC baseada na prescrição dos óculos, deve-se considerar e compensar
a DV quando a dioptria esférica da prescrição for maior do que +/− 4,00 D. Abaixo desses valores
as alterações são mínimas.
Existe uma fórmula para fazer essa compensação, mas na prática utilizamos as tabelas de
compensação já prontas fornecidas pelos próprios laboratórios.
Você pode fazer a sua própria tabela como o modelo mostrado abaixo.
Diâmetro da LC Rígida
O diâmetro das LC rígidas é bem menor se comparado com o das LC gelatinosas. Seu diâmetro
não deve ultrapassar o limbo nem atingir a margem inferior da pupila ao piscar.
Figura 11
Fonte: Reprodução
Há uma relação entre a CB e o diâmetro da LC. Quando mudamos o diâmetro da LC, alteramos a
sua CB. Se aumentamos o diâmetro da LC, aumentamos a profundidade sagital; portanto, a CB
ficará mais curva. E o inverso também é verdadeiro: ao diminuirmos o diâmetro, diminuímos a
profundidade sagital e assim aplanamos a CB.
Figura 12
Fonte: Reprodução
Resumindo
Quando aumenta o diâmetro, aumenta a profundidade, e a CB se torna mais curva.
Por fim, se alteramos a CB da LC, alteramos o PLL; consequentemente, a dioptria da lente sofrerá
alterações.
Note que: a cada 0,2 mm alterado no diâmetro da LC, altera-se o raio da CB em 0,125 D ou 0,023
mm.
Tabela 4
Na prática, o diâmetro da lente está diretamente relacionado com a caixa de provas de lentes de
teste. A caixa de provas que usamos contém lentes já padronizadas pelo laboratório. E é melhor
seguir esse padrão, pois, se mudarmos a relação CB/diâmetro, teremos de fazer as
compensações necessárias para que não haja erros com relação às lentes definitivas a serem
pedidas ao laboratório.
Como usamos a LC da caixa de provas, primeiro observam-se, com o auxílio de uma lâmpada de
Burton ou de fenda, a posição e a movimentação da LC sobre a córnea.
Figura 13
Fonte: Getty Images
A posição da LC, seu movimento ao piscar, como ela se desloca com relação ao ápice
da córnea e a concentração de fluoresceína sob a lente;
No caso de estar frouxa ou muito solta, devemos ajustar; para isso, ou aumentamos o diâmetro e
mantemos a CB, ou aumentamos a CB e mantemos o diâmetro.
Usaremos o valor encontrado no cálculo que fizemos para dar início à sobrerrefração.
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