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CÓRNEA

E suas 6 camadas…
Camadas da córnea

Fonte: https://www.clinicadeolhoserechim.com.br/microscopia-especular-de-cornea/ Acesso em: 26/01/23


EPITÉLIO
-Alta função regenerativa, ocorrendo a regeneração total
a cada sete dias (quando não são usuários de lente de
contato),

- corresponde à cerca de 10% da espessura total da


córnea,

- é escamoso, estratificado,

- células basais (longas), possuem citoplasma,


auxiliando na cicatrização epitelial de um trauma
corneano,

-camada com numerosas terminações nervosas, a


presença da lente de contato diminui essa sensibilidade
de forma reversível.
CAMADA DE BOWMAN

- Camada de espessura fina,


- Não tem capacidade de regeneração, logo, um
trauma pode acarretar em uma cicatriz
permanente,
- Formada por pequenas fibras de colágeno e
mucopolissacarídeos,
- Camada considerada uma condensação do
estroma.
ESTROMA

- Detentor de 90% da espessura da córnea,


- Tem capacidade regenerativa, porém é danoso
para a acuidade visual, podendo gerar um
leucoma de córnea,
- Para os pacientes com uso contínuo de lentes
de contato, pode ocorrer o surgimento de
neovasos, decorrente de hipóxia.
PATOLOGIAS NO ESTROMA

LEUCOMA HIPÓXIA
CAMADA DUA

- Camada descoberta recentemente, em 2013,


pelo Dr. Harminder Singh DUA,
- Ainda não configura os livros de fisiologia
ocular,
- Situada entre o Estroma e a camada de
Descemet,
- Camada de espessura muito fina,
- Uma nova camada qua ainda requer estudos.
CAMADA/MEMBRANA DE DESCEMET

- Camada resistente à traumas,

- Camada elástica, formada por colágeno


ENDOTÉLIO

- Camada mais posterior da córnea,


- Mantém a hidratação da córnea em níveis
normais, o que ajuda a manter a transparência
da córnea,
- Transporta nutrientes do humor aquoso,
- Suas células não se regeneram, as células
remanescentes aumentam seu tamanho a fim
de ocupar o espaço da célula morta.
CÓRNEA
e o filme lacrimal
RELAÇÃO CÓRNEA - LÁGRIMA

- As microvilosidades da córnea são


preenchidas pelo filme lacrimal que tem duas
importantes funções: hidratar e nutrir a córnea,
- O filme lacrimal também leva oxigênio para a
córnea. Os pacientes de lentes de contato tem
sua quantidade de oxigênio reduzida devido
ao uso da lente.
RELAÇÃO CÓRNEA - LÁGRIMA

A mucina (muco) é a porção da lágrima que fica em


contato com a parte anterior da córnea (superfície do
epitélio,) já a porção lipídica (porção gordurosa da
lágrima), fica em contato com o ar, impedindo uma
rápida evaporação da lágrima, onde a porção aquosa
fica entre a porção mucosa e lipídica.
TESTES PARA AVALIAÇÃO DA LÁGRIMA

SCHIRMER CORRETO SCHIRMER INCORRETO


RESULTADOS DO TESTE DE SCHIRMER
1° resultado: 8 mm - olho seco

2° resultado: 12 mm - não é o suficiente mas é


possível fazer adaptação de lente de contato

3° redultado: 20 mm - produção ideal de


lágrima

Obs: o teste de schirmer dura 5 mins, a


quantidade de lágrima é avaliada dentro desse
intervalo
TESTES PARA AVALIAÇÃO DA LÁGRIMA

BUT (BREAK UP TIME) BUT (BREAK UP TIME)


BUT (BREAK UP TIME)
BUT (BREAK UP TIME)
Outros testes para a adaptação
de lentes de contato…
ANÁLISE DE POLO ANTERIOR
Blefarite
Pterígio
Conjuntivite
EVERSÃO DE PÁLPEBRA
Palpebra evertida
SENSIBILIDADE CORNEANA
DIÂMETRO HORIZONTAL VISÍVEL DA ÍRIS (DHVI)
DIÂMETRO DA PUPILA EM MIDRÍASE
FENDA PALPEBRAL
PISCADAS POR MINUTO
OLHO DOMINANTE
CERATOMETRIA
OK, já fiz todos os
testes mas… e
agora?
LENTE JUSTA
LENTE JUSTA - SÍNDROME DA LENTE IMÓVEL
TESTE PUSH-UP
AVALIAÇÃO DE MOBILIDADE OCULAR ATRAVÉS DO RETINO
PÓS ADAPTAÇÃO
PÓS ADAPTAÇÃO
CÁLCULOS
DISTOMETRIA
SEPARAÇÃO DA RECEITA EM DOIS MERIDIANOS

Em uma receita cilíndrica, há a junção de dois meridianos em sua composição. Logo,


temos:
- Potência esférica,
- Potência cilíndrica.
A distometria consiste em separar e entender quais são, individualmente as duas
potências e seus respectivos eixos.
Exemplos:
O primeiro meridiano localizamos achando a
potência esférica, seguida do eixo da receita:
RX: +3,00 - 1,25 X 45° +3,00 x 45°
O segundo meridiano, é o intervalo entre as duas
potências, logo, para localizar o segundo
Quais são os dois meridianos e seus eixos? meridiano, seguimos alguns passos:
Exemplos:
- Levando em consideração que a potência
cilíndrica que vem na receita trata-se de um
+1,75 dioptrias.
intervalo e não da potência final, temos - Quando os sinais das potências esféricas e
que calcular o intervalo. cilíndricas são diferentes, eu subtraio o
- No exemplo dado a primeira potência é de cilíndrico do esférico.
+3,00 dioptrias, temos um intervalo
negativo de -1,25. Então, andando 1,25
dioptrias negativas, qual o valor final da
3,00
minha segunda potência?
-1,25___
+1,75
Exemplos

Mas e o eixo?
R: 135°
Os eixos sempre são perpendiculares, ou
Se o eixo da receita for inferior ou igual à
seja, têm entre si um intervalo de 90°.
90°, eu somo + 90°.
Logo, se o eixo da receita é 45°, qual o eixo
Se o eixo da receita for superior à 90°, eu
do segundo meridiano?
subtraio - 90°.
Exemplos:

Mas e se os sinais das potências esféricas e RX: -1,75 -3,25 X 90°


cilíndricas forem iguais?
Qual o primeiro meridiano?
Se quando eles são diferentes eu subtraio,
quando eles são iguais eu somo e mantenho o
-1,75 x 90°
sinal. E o segundo meridiano seguido do seu eixo?

Vamos ver um exemplo: 1,75


+3,25
5,00
Exemplos
Como vamos manter no final o sinal das Logo, os meridianos encontrados são:
potências que têm mesmo o sinal, a soma para obter
a diferença entre os meridianos pode ser feita em
módulo, ou seja, não utilizando na soma, os sinais
das potências e acrescentando-o no final. -1,75 x 90°
E o eixo?
-5,00 x 180°
90° + 90° = 180° Dúvidas?

Vamos praticar….
Praticando…..

+6,25 -2,75 x 120° +6,25 - 2,75 x 120°


-1,00 -4,75 x 50° +6,25 x 120°
+2,25 +1,50 x 0° +3,50 x 30°
-3,25 -3,75 x 160° -1,00 -4,75 x 50°
+2,00 -1,75 x 40° -1,00 x 50°
-5,75 x 140°
Praticando

+2,25 +1,50 x 0° +2,00 -1,75 x 40°


+2,25 x 180° +2,00 x 40°
+3,75 x 90° +0,25 x 130°
-3,25 -3,75 x 160°
-3,25 x 160° Dúvidas? =]
-7,00 x 70°
ATC - ASTIGMATISMO TOTAL DE CÓRNEA
ATC
O ATC é o astigmatismo corneano, e seu
cálculo é muito simples, precisamos saber apenas
40,00/43,25 x 120
da ceratometria, as informações de K e K’.
43,25
O cálculo do ATC dá-se pela subtração de
K’ - K. -40,00
O eixo é sempre do mais positivo, logo,
eixo de K, mesmo eixo da ceratometria. ATC: 3,25 x 120°
Vejamos alguns exemplos:
Praticando…

40,75 / 45,00 x 90° 40,75 / 45,00 x 90°


41,25 / 43,00 x 120° ATC: 4,25 X 90°
45,00 / 46,50 x 30° 41,25 / 43,00 x 120°
44,75 / 46,25 x 140° ATC: 1,75 X 120°
43,00 / 47,75 x 15° 45,00 / 46,50 x 30°
ATC: 1,50 X 30°
Praticando…

44,75 / 46,25 x 140°


Facinho até aqui né?
ATC: 1,50 x 140°
43,00 / 47,75 x 15° Vamos tomar uma água e ir ao
ATC: 4,75 x 15°
banheiro 5 mins…
CB - CURVA BASE
CB - CURVA BASE
O cálculo para a lente de contato dá-se por
uma série de cálculos, vamos iniciar falando do
41,00 / 43,00 x 35°
cálculo da curva base.
43,00 - 41,00 = 2
CB = K’ - K + K
2/2 = 1
2
Vamos ver um exemplo… 1 + 41,00 = 42,00
CB: 42,00
CB - CURVA BASE
Se o ATC for maior que 2,25, para o
cálculo da curva base, divide-se o ATC por 3 ao
41,00 / 44,50 x 35°
invés de dividir por 2.
44,50 - 41,00 = 3,50
CB = K’ - K + K
3,50/3 = 1,16
3
Vamos ver um exemplo… 1,25 + 41,00 = 42,25
CB: 42,25
Praticando…

45,00 / 46,75 x 15° 45,00 / 46,75 x 15°


43,00 / 44,50 x 35° CB: 45,75
45,75 / 48,00 x 70° 43,00 / 44,50 x 35°
41,50 / 43,75 x 110° CB: 43,75
44,00 / 46,25 x 155° 45,75 / 48,00 x 70°
CB: 46,75
Praticando…

41,50 / 43,75 x 110° 41,50 / 43,75 x 110°


44,00 / 46,25 x 155° CB: 42,50
44,00 / 46,25 x 155°
CB: 45,00
Praticando…

43,00 / 46,75 x 15° 43,00 / 46,75 x 15°


41,00 / 44,50 x 35° CB: 44,25
44,25 / 48,00 x 70° 41,00 / 44,50 x 35°
CB: 41,75
44,25 / 48,00 x 70°
CB: 45,50
PLL - PELÍCULA LENTE LÁGRIMA

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