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Guia do Monitor de

Matemática
9º ANO

Autor: João Marcos


INSTITUIÇÃO DE ENSINO: EDUCANDÁRIO SAGRADA FAMÍLIA
Sumário
Capítulo 1 – Recordando potências ...................................................................... 0
Potência de expoente inteiro ........................................................................... 0
Propriedades das potências.............................................................................. 0
Capítulo 2 – Raízes ................................................................................................ 1
Raiz quadrada ................................................................................................... 1
Raiz cúbica ........................................................................................................ 2
A quarta potência e a raiz quarta ..................................................................... 2
Raízes aritméticas ............................................................................................. 2
A equação xn = a, n par ................................................................................... 2
A equação xn = a, n ímpar ............................................................................... 2
Capítulo 3 – Relação entre expoente e raiz .......................................................... 3
Potência de expoente racional ......................................................................... 3
Exceção ......................................................................................................... 3
Transformando radicais em potências ............................................................. 3
Simplificação de radicais ............................................................................... 3
Raiz de um produto ...................................................................................... 4
Capítulo 3 – Operações com radicais ................................................................... 4
Adição e subtração com radicais ...................................................................... 4
Multiplicação e divisão com radicais ................................................................ 4
Potenciação e radiciação .................................................................................. 5
Potência de uma raiz .................................................................................... 5
Raiz de raiz .................................................................................................... 5
Atividades de fixação ............................................................................................ 6
Resoluções ............................................................................................................ 7
Capítulo 5 – Produtos Notáveis ............................................................................ 8
Quadrado da soma de dois termos .................................................................. 8
Quadrado da diferença de dois termos ............................................................ 8
Produto da soma pela diferença de dois termos ............................................. 8
Racionalização de denominadores ................................................................... 8
1º Caso .......................................................................................................... 8
2º Caso .......................................................................................................... 9
3º Caso .......................................................................................................... 9
Cubo da soma de dois termos .......................................................................... 9
Cubo da diferença de dois termos .................................................................... 9

1
Quadrado da soma de três termos ................................................................... 9
Capítulo 6 – Fatoração ........................................................................................ 10
Diferença de dois quadrados .......................................................................... 10
Trinômio quadrado perfeito ........................................................................... 10
Trinômio de 2º grau ........................................................................................ 10
Formando uma equação ................................................................................. 11
Soma ou diferença de dois cubos ................................................................... 11
Capítulo 7 – Equações do 2º grau ....................................................................... 11
Resolução sem fórmula .............................................................................. 12
Observações................................................................................................ 12
Completando quadrados ............................................................................ 12
A fórmula de Bhaskara................................................................................ 13
Bibliografia .......................................................................................................... 19

2
Por que a ≠ 0? Porque não existe
Unidade 1 – resolução para 00 , é uma expressão
indefinida3.
Radicais 1
• a−n = an , para a ≠ 0. a ≠ 0 por a
expressão 0−n também é indefinida.
Capítulo 1 – Recordando Dicas:
potências
Quando você tiver que resolver
Potência de expoente inteiro uma potência com números decimais, é
Vou começar apresentando a lei interessante que você transforme o nú-
de uma potência simples, isto é, de ex- mero decimal em uma fração. Na prá-
poente inteiro. tica:
Para n inteiro, n ≥ 2: an = a ∙ a ∙ … ∙ a
25 2 625
(0,252 ) = ( ) = = 0,0625
100 10000
n fatores Caso a questão peça o expoente
e dê a base e o resultado, você pode
Mas o que isso significa? Aí está montar uma “equação exponencial bá-
apenas mostrando que um número a sica”. Não se assuste, o que você deverá
elevado a n, com n ≥ 2, é o mesmo que fazer é apenas tentar igualar as bases.
multiplicar esse número a por ele Exemplo:
mesmo pela quantidade de vezes indica-
das por n. Mas por que ≥ 2? Porque, 2x = 64 ⟹ 2x = 26 ⟹ x = 6
como daqui a pouco veremos, qualquer
Mas como eu saberia que seria 6
número elevado a um é ele mesmo e,
aí? Você só precisaria decompor o 64, ao
portanto, não tem pelo que multiplicar.
fazer isso, você perceberia que o fator 2
Veja alguns exemplos de potên- aparece seis vezes, portanto, 26 .
cias com base 10, a mais simples1.
Propriedades das potências
4 m
10 = 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 = 10.000 2 n
a = √am → Um número elevado a
n

105 = 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 = 100.000 uma fração resulta em uma radiciação,


na qual o denominador será o índice e o
106 = 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 numerador será o expoente do radi-
= 1.000.000 cando.4
Observações: 3 44
74 = √73 = √343
• 1
a = a, ou seja, todo número ele-
vado a 1 é igual a ele mesmo, como 2 5
já havia citado. x 5 = √x 2
• a0 = 1, ou seja, todo número ele- am ∙ an = am+n → Quando houver uma
vado a zero é igual a um, mas, a ≠ 0. multiplicação de potências de mesma

1 3
Justifique a citação. Diga que julga-a a mais fá- Caso julgue interessante, ressalte que, em cál-
cil porque, basicamente, o expoente indica a culo, como é uma expressão muito usada, ela é
quantidade de zeros a se adicionar. considerada por convenção como sendo igual a
2 4
Este ponto (.) indica a separação de milhar. Esta propriedade também será vista mais a
frente, na parte de radiciação.
base, você deve manter a base e somar 88 8 8
os expoentes. 8
= ( ) = 48
2 2
53 ∙ 54 = 57 e9 e 9
=( )
x2 ∙ x3 = x5 f9 f
am
= am−n para a ≠ 0 → Na divi- Capítulo 2 – Raízes
an
são de potências de mesma base, deve- Raiz quadrada
se conservar a base e subtrair os expo- A raiz quadrada de um número real po-
entes. a ≠ 0 pois não existe divisão por sitivo a é um número positivo indicado
0, afinal, 0 elevado a qualquer outro nú- por √𝑎, elevado ao quadrado, resulta
mero, senão ele, é igual a 0. em a.

35 Mas por que real positivo? Preci-


= 35−2 = 3³ samos recordar que a raiz de índice par
32
de um número negativo √−n não existe
r4 no conjunto dos números reais (ℝ), so-
3
=r5
r mente no conjunto dos números com-
plexos ou imaginários.
(an )m = am∙n → Uma potência ele-
vada a outra possui seu resultado igual √4 = ± 2
a preservação da base, com a mesma
elevada ao produto dos expoentes. √16 = ± 4

(42 )3 = 42∙3 = 46 O que significa esse sinal ±? (Lê-


se mais ou menos) Significa que existe
(g 4 )5 = g 20 duas respostas para estas raízes: + 2, -2,
+4, -4, respectivamente. Isso ocorre por-
am ∙ bm = (a ∙ b)m → Quando tiver que um número negativo elevado ao
uma multiplicação de potências de ases quadrado resulta em um número posi-
diferentes, mas com expoentes iguais, tivo, isto é, (−x)2 = y, onde – x é o nú-
mantêm-se o expoente e multiplica-se mero que se eleva ao quadrado e y é o
as bases. seu quadrado [positivo]. Portanto, para
35 ∙ 65 = (3 ∙ 6)5 = 185 a positivo, temos: x 2 = a ⟺ x = ±√a.
Isso acontece com a raiz cúbica? Não.
v 6 ∙ t 6 = vt 6 Generalizando, isso ocorre somente
com expoentes positivos pares.
am a m
=( ) para b ≠ 0 → Na divi-
bm b Até agora, vimos apenas núme-
são de potências de bases diferentes e ros quadrados perfeitos6. Vamos dar
mesmo expoente, divide-se a base e uma olhada em como tirar a raiz de um
mantêm-se o expoente. número não quadrado perfeito. Qual a
raiz de 8? Para responder isso, precisa-
mos decompor este número em fatores

5
Ressalte que, apesar de haver o número um um número também natural. Um número natu-
como expoente, não é necessário escrevê-lo. ral n é dito um quadrado perfeito, se, e somente
6
Quadrado perfeito é qualquer número natural se, existir um número natural a tal que a² = n.
que possa ser representado pelo quadrado de
1
primos, formando, assim, neste caso, Qual a raiz cúbica de 27? Vamos
pares de números iguais. Os que forma- utilizar o mesmo método citado anteri-
rem, ficarão fora de uma raiz que você ormente.
deverá montar, os que não formarem,
27 3
ficarão dentro dessa raiz. É necessário
9 3 3
que formemos pares por causa do índice
3 3
da raiz, portanto, por exemplo, se fosse
1
a raiz cúbica de 10, precisaríamos for- 3
mar trios e assim por diante. Na prática, Portanto, √27 = 3.
temos: A quarta potência e a raiz
8 2 quarta
2√2 A raiz quarta de um número a é um nú-
4 2
2 2 mero n que, elevado a quarta potência,
1 resulte em a.
Que número, ao ser elevado a
Você poderá manter este for- quarta potência, resulta em 729? Mate-
mato, mas no caso de a questão trazer maticamente representando...
uma aproximação para a raiz, você de-
verá substituir a raiz pelo valor dado 𝑥 4 = 729 ⇒ 𝑥 = ±√729 ⇒ 𝑥 = ±9
pela questão, certo? Caso deseje saber
um valor mais exato, é interessante que Raízes aritméticas
você saiba a aproximação de raízes as- A n-ésima raiz de um número a é um nú-
sim. Neste caso, sabemos que a raiz de mero n positivo que, elevado ao expo-
dois é, aproximadamente, 1,4. Substi- ente n, resulte em a.
tuindo, temos: n
√a = x se, e somente se, x > 0 e
√8 = 2√2 ≅ 2 ∙ 1,4 = 2,8 x n = a.
Dicas: A equação x n = a, n par
É essencial que você saiba essas Para a positivo e n par, temos:
n n
aproximações. Dê uma olhada depois. x = a ⟺ x = ± √a.

É interessante que você saiba A equação x n = a, n ímpar


que √0 = 0 porque 02 = 0, e √1 = 1 Como já mencionado, para n ím-
n
porque 12 = 1. par, temos x n = a ⟺ x = √a, isto é,
não apresenta o sinal ±, porque, caso
Mais uma vez... Lembre-se que venha uma base negativa, um número
não há raiz de números negativos no negativo elevado a um expoente ímpar,
conjunto dos números reais (ℝ). Mas seu resultado é negativo.
isso vale somente para raízes com índi-
ces pares, grava isso! Observações:
n
Raiz cúbica √0 = 0 → Não importa qual o índice, a
A raiz cúbica de um número a é um nú- raiz n-enésima de 0 é 0.
mero n positivo que, elevado ao cubo,
x n = 0 ⟺ x = 0 → Não importa qual o
resulte em a.
índice, a equação x n = 0 possui como
3
√a = n, desde que n3 = a. raiz apenas o 0.

2
Capítulo 3 – Relação en- o denominador é formado por tan-
tos “noves” quantos forem os alga-
tre expoente e raiz rismos do período. Caso a dízima
Potência de expoente racional possua parte inteira, ela deve ser in-
Já foi explicado como se resolve cluída à frente dessa fração, for-
uma potência com um expoente fracio- mando um número misto.
nário. Olha, esta parte aqui não é muito
3
diferente. O que muda é, apenas, que 0,33333 … =
você irá transformar o número racional 9
em fração. Mas, relembrando 27 3
0,272727 … = =
m 99 11
n
a n = √am → Um número elevado a • Cálculo de geratriz de uma dízima
uma fração resulta em uma radiciação,
periódica simples8: Utilize a fórmula
na qual o denominador será o índice e o
que segue.
numerador será o expoente do radi-
Nºs até o período − Nºs não periódicos
cando. (Considere este processo após a
Um 9 p/c Nº que se repete e um 0 p/c Nº que ñ se repete após a vírg.
transformação)
3
p/c: Para cada
x2 = √x 3 ñ: Não
13456 − 13 13443
Mas se vier uma potência de 1,3456456 … = =
9990 9990
uma potência com uma delas sendo 4481
uma fração, o que devo fazer? O mesmo =
3330
que você faz normalmente, multiplica os
expoentes. Transformando radicais em
7 7 7
potências
(24 )8 = 24∙8 = 22 = √27 = √128 Basta fazer o processo contrário
= √16 ∙ √8 = 4 ∙ 2√2 à fórmula de resolução de potências
= 8√2 com expoente fracionário.
5 2
É certo que este exemplo utilizou √6² = 65
técnicas que você ainda não conhece, 3
mas irá ver daqui a instantes. √8³ = 82
Exceção Simplificação de radicais
Caso venha com um expoente Observe o seguinte cálculo e
em dízima periódica, é necessário lem- suas respectivas análises.
brar de como encontrar a geratriz da 4 2
6 3
mesma. De uma forma resumida, aí vão √104 = 106 = 103 = √10². Portanto,
6 3
as fórmulas: √104 = √10². Nos foi dado o problema
6
• Cálculo de geratriz de uma dízima √104 para simplificarmos, certo? A pri-
periódica simples7: A geratriz de meira coisa que foi feita, foi reverter a
uma dízima periódica simples é uma radiciação em potenciação, logo após
fração cujo numerador é o período e isso, a fração foi simplificada, depois, a

7 Uma dízima periódica simples é quando o pe- 8 Uma dízima periódica composta é quando há
ríodo apresenta-se logo após a vírgula. uma parte não periódica (não repetitiva) entre o
período e a vírgula.

3
potenciação foi transformada em radici- Multiplicação e divisão com ra-
ação novamente. Como houve apenas dicais
uma simplificação, podemos concluir, No que diz respeito a multiplica-
então, que o problema inicial é equiva- ção, é, basicamente, a mesma coisa que
lente ao final. A este processo, chama- vimos no tópico Raiz de um produto.
mos de simplificação de radicais. 𝑛 𝑛
𝑛
√𝑎 ∙ √𝑏 = √𝑎𝑏
Raiz de um produto
A raiz aritmética de um produto √2 ∙ √32 = √64 = 8
é igual ao produto das raízes aritméticas
dos fatores: √3 ∙ √12 = √36 = 6
𝑛 𝑛 Concluindo, quando lhe apare-
√𝑎𝑏 = 𝑛√𝑎 ∙ √𝑏 (𝑎 > 0, 𝑏 > 0)
cer uma multiplicação de radicais, “uni-
√576 = √12² ∙ √22 = 12 ∙ 2 = 24 fique-os” em um só radical, multiplique
os números que estiverem no radicando
√300 = √25 ∙ 12 = √25 ∙ √12 e, se possível, extraia a raiz, ou, em al-
= 5 ∙ √4 ∙ 3 guns casos, simplifique.
= 5 ∙ √4 ∙ √3 Caso você se depare com uma
= 5 ∙ 2 ∙ √3 = 10√3 multiplicação de mesmos radicais, o re-
sultado é o próprio radicando.
√500 = √100 ∙ 5 = √100 ∙ √5
= 10√5 Mas se fossem índices diferen-
tes? (método apresentado pelo livro)
Capítulo 3 – Operações Você deverá tirar o MMC de índi-
com radicais ces.
Adição e subtração com radi- 3 6 6 6
√5 ∙ √8 = √53 ∙ √82 = √53 ∙ 82 =
cais 6 6 6
√125 ∙ 64 = √8000 = √26 ∙ 125 =
Para poder realizar essas opera- 6 6
ções, você poderá fazer duas coisas, de- 2√125 = 2 √53 = 2√5
pendendo da situação. Você poderá ex- Caso você não tenha entendido,
trair a raiz, se possível, ou simplificar, aí vai a explicação: No início, nos foi
isto é, colocar algum termo em evidên- apresentado uma multiplicação entre
cia, por exemplo, assim como em Cál- radicais com índices diferentes, são eles:
culo Algébrico. Fará mais sentido com 2 e 3. Portanto, tirei o MMC entre esses
alguns exemplos. mesmos índices, que é 6. Você lembra
de como reescrevemos uma fração após
√49 + √81 = 7 + 9 = 16
o MMC? É a mesma coisa. Por isso os
3 4 5
√4 − √27 + √16 − √−1 = 2 − 3 + expoentes nos radicandos. Coloquei
2 − (−1) = 4 − 3 + 1 = 5 − 3 = 2 ambos sob o mesmo radical, resolvi as
3
potências, multipliquei o que havia no
3√25 + 2√4 − 5 √8 = 3 ∙ 5 + 2 ∙ 2 − radical, fatorei, e como o dois formou
5 ∙ 2 = 15 + 4 − 10 = 19 − 10 = 9 um grupo de seis, “liberou-se” do radi-
2√3 − 5√3 + 3√3 − 6√3 = √3(2 − cal. Depois, fatorei o 125 e simplifiquei
5 + 3 − 6) = −6√3 o expoente dele com o índice da raiz.

4
Já a divisão que, neste caso, se
trata de raízes de mesmo índice segue a
seguinte fórmula:
𝑛
√𝑎 𝑛 𝑎
𝑛 = √ (𝑎 > 0, 𝑏 > 0)
√𝑏 𝑏
Mas se fossem índices diferen-
tes? Irei mostrar isso na parte de racio-
nalização de denominadores.
3√10∙2√5 3√5∙2√5 3∙2∙5 30
= = = =
√8 √4 2 2
15
Potenciação e radiciação
Potência de uma raiz
A potência de uma raiz é quando
uma raiz está elevada a algum número
n.
m n
( n√a) = √am
5 2 2
(√2) = (√2) ∙ (√2) ∙ √2
= 2 ∙ 2 ∙ √2 = 4√2
4 8 4 4 4 4
( √5) = ( √5) ∙ ( √5) = 5 ∙ 5 = 25
Raiz de raiz
Uma raiz de raiz é quando eu te-
nho um problema em que dentro de um
radical eu possuo outro (s).
m n m∙n
√ √a = √a

√√6 = 2∙2√6 = 4√6

3
√ √√5 = √ 3∙2√5 = 2∙6√5 = 12√5

5
Atividades de fixação 5. (Puccamp–SP) Efetuando-se
1. Simplifique as expressões a seguir, 3
obtendo uma única potência. √ 14 + √3 − 11, obtêm-se:
125 5 25
a) (24 ∙ 26 ) ÷ (25 ∙ 23 )
3
√14+2
4 2 3 4 5
b) (x ∙ x ∙ x )² ÷ (x ) , com x ≠ 0 a) .
5
25x−1 ∙2x+2 3
√114
c) b)
23x−2 5
5²∙53 6
d) c)
5¹∙50 5
2. Responda: 4
d)
5
a) Dois números, elevados ao quadrado,
3
resultam em 100. Quais são eles? e)
5
b) Qual é a raiz quadrada de 100? 6. (Uece) Se 𝑝 = 3 + √2 e 𝑞 = 2 − √2,
3. Calcule: então 𝑝 ∙ 𝑞 − 𝑝 é igual a:

a) 2 ∙ √900 a) 1 − 2√2

3 b) 1 − √2
b) ∙ √2,56
4
c) 1 + √2
5
c) √0 − √−1
d) 1 + 2√2
3 8 25 4
d) √− − √64 7. (Fuvest–SP) Se 𝑎 = √2 e 𝑏 = √2, en-
27
tão o valor de 𝑎 ∙ 𝑏 é:
4. Calcule: 4
a) √8
a) √36 4
b) √4
1
b) 512 3 c) √8
4
c) √28 d) √4
8
5. Efetue: e) √4

a) 3√5 + √5 − 6√5

b) 4√2 + 6√3 − 2√2 + 9√3


5 5
c)2 √3 − 2√3 + 3√3 + 3 √3

d) 3 + √2 + 7 − 5√2

6
5 5
Resoluções c) 2 √3 − 2√3 + 3√3 + 3 √3 =
(24 ∙26 ) 210 5 5
1. a) = = 2² 2 √3 + 3 √3 − 2 √ 3 + 3 √3 =
(25 ∙23 ) 28 5
5 √3 + √3
(x4 ∙x2 ∙x3 )² x8 ∙x4 ∙x6 x18 1
b) = = x20 = x² = d) 3 + √2 + 7 − 5√2 = 3 + 7 +
(x4 )5 x20
−2
x √2 − 5√2 = 10 − 4√2
25x−1 ∙2x+2 25𝑥−1+𝑥+2 26𝑥+1
c) = 23x−2 = 23x−2 = 3
14 3 11
23x−2
6𝑥+1−3𝑥+2 5. √ + √5 − 25 =
2 = 23𝑥+3 125

5²∙53 55
d) = = 54 3 3
5¹∙50 5 √ 14 + √15−11 = √ 14 + √ 4 =
125 25 125 25
2. a) 𝑥 2 = 100 ⇒ 𝑥 = ±√100 ⇒ 𝑥 =
±10. Os números são, portanto, +10 e 3 14 2 3 14+50 3 64 4
−10. √ +5= √ = √125 = 5
125 125

b) √100 = 10. 6. (3 + √2 )(2 − √2) − (3 + √2) =


3. a) 2 ∙ √100 ∙ 9 = 2 ∙ √100 ∙ √9 = 2 ∙ 6 − 3√2 + 2√2 − 2 − 3 − √2 = 6 −
10 ∙ 3 = 60 5 − 4√2 + 2√2 = 1 − 2√2.
4 4 4 4
3 3 256 3 16 7. √2 ∙ √2 = √22 ∙ 2 = √4 ∙ 2 = √8
b) ∙ √2,56 = ∙ √100 = 4 ∙ 10 =
4 4
48 6
=5
40
5
c) √0 − √−1 = −(−1) = 1

3 8 25 2 5
d) √− − √64 = − 3 − 8 =
27
−16−15 31
= − 24
24

4. a) √36 = 33 = 27
1
3
b) 5123 = √512 = 8
4
c) √28 = 22 = 4

5. a) 3√5 + √5 − 6√5 = (3 + 1 −
6)√5 = −2√5
b) 4√2 + 6√3 − 2√2 + 9√3 =
4√2 − 2√2 + 6√3 + 9√3 =
2√2 + 15√3

7
primeiro multiplicado pelo segundo, so-
Unidade 2 – mado ao quadrado do segundo termo.
(x − 3y)2 = x 2 − 2 ∙ x ∙ 3y + (3y)2 =
Cálculo Algébrico x 2 − 6xy + 9y²
2
(a − 2√3) = a2 − 2 ∙ a ∙ 2√3 +
Capítulo 5 – Produtos 2
(2√3) = a2 − 4√3a + 4 ∙ 3 =
Notáveis
No 8º ano vimos os quadrados a2 − 4√3a + 12
da soma, da diferença e o produto da Tudo bem, mas não entendi os
soma pela diferença. Este ano veremos exemplos com radicais. Basta se lembrar
mais alguns. que, caso venha um número ao lado da
Mas, por enquanto, vamos re- raiz, ele estará multiplicando-a. E que
n
cordar os que vimos no 8º. ( √a)n = a.
Quadrado da soma de dois ter- Produto da soma pela dife-
mos rença de dois termos
(a + b)2 = (a + b)(a + b) = a2 + (𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏) = 𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑎𝑏 −
ab + ab + b² = 𝐚𝟐 + 𝟐𝐚𝐛 + 𝐛² 𝑏2 = 𝑎2 − 𝑏²

O quadrado da soma de dois ter- O produto da soma pela dife-


mos a (primeiro termo) e b (segundo rença de dois termos a e b é igual a dife-
termo) é igual ao quadrado do primeiro rença dos quadrados dos mesmos.
termo, somado a dois vezes o primeiro 2
multiplicado pelo segundo, somado ao (6 + √5)(6 − √5) = 62 − (√5) =
quadrado do segundo termo. 36 − 5 = 31

(6 + y)² = 6² + 2 ∙ 6 ∙ y + y² = 36 + (2 + 3√7)(2 − 3√7) = 22 −


2
12y + y² (3√7) = 4 − 9 ∙ 7 = 4 − 63 = −59
2 2
(x√2 + √5) = (x√2) + 2 ∙ x√2 ∙ Racionalização de denomina-
2
√5 + (√5) = x 2 ∙ 2 + 2√10x + 5 = dores
Este processo, como o próprio
2x 2 + 2√10x + 5
nome já sugere, serve para facilitar a re-
Quadrado da diferença de dois solução de uma razão em que o denomi-
termos nador possui uma raiz. Existe racionali-
(a − b)2 = (a − b)(a − b) = a2 − zação de numeradores? Não aqui. Tudo
ab − ab + b² = 𝐚𝟐 − 𝟐𝐚𝐛 + 𝐛² bem, mas como saberei quando racio-
nalizar. Não se preocupe, apresentar-te-
O quadrado da diferença de dois ei alguns casos9.
termos a (primeiro termo) e b (segundo
termo) é igual ao quadrado do primeiro 1º Caso
termo, subtraído de dois vezes o O primeiro caso de racionaliza-
ção é quando temos apenas 1 raiz sozi-
nha no denominador. Se você se

9
Existe um quarto caso, no qual o denomina- apresentados e, caso ainda tenha uma raiz ao
dor apresenta uma raiz de raiz. O que deve-se final, deve-se repetir o 1º caso (não precisa ser
fazer, neste caso, é fazer como nos casos necessariamente este, mas é o mais comum).
8
deparar com isto, você deverá multipli- 5 10
√2 √2 √9 √25∙92
car o numerador e o denominador por 5 = 5 ∙5 = 5 =
√3³ √3³ √3² √35
essa raiz. Veja os seguintes exemplos: 10
√2592
4 4 √5 4√5 3
= ∙ =
√5 √5 √5 5
Cubo da soma de dois termos
14 14 √7 14√7 (a + b)3 = (a + b)(a + b)2 = (a +
= ∙ = = 2√7 b)(a2 + 2ab + b2 ) = a3 + 2a2 b +
√7 √7 √7 7
ab2 + a2 b + 2ab2 + b3 =
2√3 2√3 √2 2√6 a3 + 3a2 b + 3ab2 + b³
= ∙ = = √6
√2 √2 √2 2 Apresento-lhes o cubo da soma
2º Caso de dois termos. Ao início ele pode pare-
O segundo acontece quando cer grande, mas depois você se acos-
além da raiz, temos outro número so- tuma. O mesmo dispensa apresenta-
mado (ou subtraído) a ela no denomina- ções, assim o cubo da diferença, apre-
dor. Para racionalizar este tipo de fração sentado a seguir.
devemos multiplicá-la por uma fração (x + 1)3 = x 3 + 3 ∙ x 2 ∙ 1 + 3 ∙ x ∙ 12 +
formada pelo denominador da primeira 13 = x 3 + 3x 2 + 3x + 1
apenas com o sinal do meio trocado.
3
Veja os seguintes exemplos: (10 + √3) = 103 + 3 ∙ 102 ∙ √3 + 3 ∙
2 3
21 21 (3−√5) 10 ∙ (√3) + (√3) = 1000 +
= ∙ = 300√3 + 90 + 3√3 = 1090 + 303√3
3+√5 3+√5 (3−√5)
63−21√5 63−21√5 Cubo da diferença de dois ter-
=
9−5 4 mos
4√8 (3+√10)
4√8 Apenas trocando o sinal do b (se-
= ∙ = gundo termo) na fórmula anterior, te-
3−√10 3−√10 (3+√10)
mos:
12√8+4√80 12∙2√2+4∙4√5
= = a3 + 3a2 (−b) + 3a(−b2 ) + (−b3 ) =
9−10 −1
24√2+16√5 a3 − 3a2 b + 3ab2 − b³
= −24√2 − 16√5
−1
3º Caso (x − 2)3 = x 3 − 3 ∙ x 2 ∙ 2 + 3 ∙ x ∙ 22 −
Este caso ocorre quando temos 23 = x 3 − 6x 2 + 12x − 8
uma raiz diferente de raiz quadrada no
denominador (raiz cúbica, por exem- (4x − y)3 = (4x)3 − 3 ∙ (4x)2 ∙ y + 3 ∙
plo). Será parecido com o 1º caso, mas 4x ∙ y2 − y 3 = 64x 3 − 3 ∙ 16x 2 ∙ y +
tem um diferencial: segue a fórmula 12xy2 − y3 = 64x 3 − 48x 2 y +
a 12xy2 − y³
n b em que n > 2. Daí você irá realizar
√x Quadrado da soma de três ter-
o primeiro caso, mas a fração pela qual mos
n
a inicial será multiplicada é: √x n−b . Veja Vamos a mais um tópico novo!
os seguintes exemplos:
(a + b + c)2 = (a + b + c)(a + b +
3 3 3
7 7 √9 7 √9 7 √9 c) = a2 + ab + ac + ba + b2 + bc +
3 = 3 ∙ 3 = 3 = ca + cb + c2 =
√3 √3 √9 √27 3
9
a2 + b2 + c2 + 2ab + 2ac + 2bc (x 2 − 4r 2 ) = (x + 2r)(x − 2r)
(x 2 + x + 6)2 = (x 2 )2 + x 2 + 62 + 2 ∙ (u2 − 16) = (u + 4)(u − 4)
x2 ∙ x + 2 ∙ x2 ∙ 6 + 2 ∙ x ∙ 6 = x4 +
Se aparecessem incógnitas com
x 2 + 36 + 2x 3 + 12x 2 + 12x = x 4 +
um expoente maior que 2? Vejamos na
13x 2 + 36 + 2x 3 + 12x = x 4 + 2x 3 +
13x 2 + 12x + 36 prática!

(𝑥 2 − 𝑥 + 6)2 = (𝑥 2 )2 + (−𝑥 )2 + (x 6 − 81)


62 + 2 ∙ 𝑥 2 ∙ (−𝑥 ) + 2 ∙ 𝑥 2 ∙ 6 + 2 ∙ Tu concordas que x 6 = x 2∙3? Se
(−𝑥 ) ∙ 6 = 𝑥 4 + 𝑥 2 + 36 − 2𝑥 3 + sim, parabéns, é a mesma coisa! Então,
12𝑥 2 − 12𝑥 = 𝑥 4 + 36 − 2𝑥 3 + basta cancelar o 2, daí, ficaremos ape-
13𝑥 2 − 12𝑥 = 𝑥 4 − 2𝑥 3 + 13𝑥 2 − nas com o expoente 3. Temos:
12𝑥 + 36
(x 6 − 81) = (x 2∙3 − 92 )
Neste último passo do segundo ⇒ ((x 3 )² − 92 )
exemplo, apenas reorganizei os termos. = (x 3 + 9)(x 3 − 9)

Capítulo 6 – Fatoração É a mesma coisa para expoentes


No 8º ano, vimos dois tipos de fa- ímpares? Não! Nesse caso, não terá
toração, não é? Por fator comum e por nada a se fazer.
agrupamento. Este primeiro, como o Trinômio quadrado perfeito
próprio nome já sugere, consiste em co- Os trinômios quadrados perfei-
locar, quando há termos comuns, os tos são, basicamente, o resultado do de-
mesmos em evidência. Já o segundo é senvolvimento do quadrado da soma de
mais comum em expressões maiores, dois termos e do quadrado da diferença
com quatro ou mais termos. Ela consiste de dois termos:
em agrupar os termos comuns, utili-
zando, assim, o mesmo princípio do pri- a2 + 2ab + b2 = (a + b)²
meiro modo. Veja alguns exemplos para e
que você relembrar.
a2 − 2ab + b² = (a − b)²
ax + ay + az = a(x + y + z)
Veja alguns exemplos:
x 3 + 2x 2 − x = x(x 2 + 2x − 1)
𝑥 4 + 16𝑥 2 + 64 = (𝑥 2 + 8)²
6x 2 b + 42x 2 – y2 b – 7y2 = 6x 2 (b +
7) − y 2 (b + 7) = (6x 2 − y2 )(b + 7) 4x 6 + 32x 3 y + 64y2 = (2x 3 + 8y)²
x 2 – 10x + xy – 10y = x(x − 10) + 49𝑥 2 − 42𝑥 + 9 = (7𝑥 − 3)²
y(x − 10) = (x + y)(x − 10)
(8 − 4√2𝑥 2 + 𝑥 4 ) = (√8 − 𝑥 2 )²
Diferença de dois quadrados
A diferença de dois quadrados é Trinômio de 2º grau
utilizada para a simplificação em uma De uma forma simples e rápida,
expressão algébrica. Ela é dada pela se- trinômio de segundo grau é uma expres-
guinte fórmula: são algébrica que obedece ax 2 + bx +
c = 0, onde a, b e c são os coeficientes.
a2 − b2 = (a + b)(a − b)
Segue alguns exemplos:
(9x 2 − 36) = (3x + 6)(3x − 6)
10
Certo, mas como devo fatorar Bom trabalho! Encontramos a
um trinômio de 2º grau10? É bem sim- segunda. Agora basta juntar as duas,
ples! Veja: isto é, multiplicar as duas. Temos, por-
tanto, que a equação que possui as raí-
Vamos tomar como exemplo a
zes 3 e 4 é (x − 3)(x − 4) = 0.
seguinte expressão: 𝑥 2 + 12𝑥 + 32 =
0. Agora, assuma o seguinte: Soma ou diferença de dois cu-
x 2 + 12x + 32 = 0 bos
Pulando as apresentações, a
soma ou a diferença de dois cubos são
Produto das raízes
dadas pelas fórmulas:
Soma das raízes
a3 + b3 = (a + b)(a2 − ab + b2 )
Você entenderá melhor prati-
cando. a3 − b3 = (a − b)(a2 + ab + b2 )
Resolvendo este trinômio... Ex:
x 2 + 12x + 32 = 0 27 + x 3 ⇒ 33 + x 3 ⇒ (3 + x)(32 −
3x + x 2 ) = (3 + x)(9 − 3x + x 2 )
x 2 + 8x + 4x + 32 = 0
64x 3 − y 6 ⇒ (4x)3 − (y 2 )³ ⇒ (4x −
x(x + 8) + 4(x + 8) = 0
y2 )(16x 2 + 4xy2 + y4 )
(x + 4)(x + 8) = 0
x ′ + 4 = 0 ⇒ x ′ = −4 Unidade 3 –
x ′′ + 8 = 0 ⇒ x ′′ = −8
S = {−8, −4}
Equações
Formando uma equação Capítulo 7 – Equações do
Você sabe como formular uma
2º grau
equação apenas com as raízes? Não é di-
As equações do 2º grau são
fícil, veja:
equações em que uma das incógnitas
Qual equação tem como raízes 3 está ao quadrado.
e 4?
Chamamos de equação do se-
Vamos lá! Separe essas raízes, gundo grau as equações do tipo ax² +
isto é, pense nelas separadamente. Ob- bx + c = 0 onde temos a, b e c ∈
serve: ℝ, onde a ≠ 0.
x−3=0⇒x = 3 Os números a, b e c são os coefi-
cientes e x é a incógnita.
Muito bem! Encontramos a pri-
meira equação. Vamos à segunda. a (número ao lado do x²) é o co-
eficiente principal;
x−4=0⇒x = 4

10
Diga a eles que, brevemente, este trinômio
será conhecido como equação quadrática ou do
2º grau.
11
b (número ao lado do x) é o coe- coeficientes b e c são diferentes de
ficiente secundário; zero. Quando pelo menos um deles é
igual a zero, chamamos essa equação de
c é o termo independente.
incompleta.
Resolução sem fórmula
Completando quadrados
Dizemos que um número é raiz
O método de completar quadra-
de uma equação quando substituído no
dos funciona quando a equação do 2º
lugar da incógnita, forma uma sentença
grau é um trinômio quadrado perfeito e
verdadeira.
quando não é, certo?
Você deve ter percebido que to-
Vejamos isso na prática.
das as equações do 2º tem resultado
igual a 0, certo? Isso torna mais fácil a x 2 + 6x + 2 = 0
resolução sem fórmula. Portanto, você
O que é a, b e c aí? a = 1, b =
precisa achar algum número que zere o
6 e c = 2. Isso, muito bem!
primeiro membro desta equação.
Enfim, passe c para o segundo
OBS: Quando b = 0, a equação
membro.
toma a seguinte forma: ax 2 + c = 0.
x 2 + 6x = −2
Quando c = 0, a equação toma a
seguinte forma: ax 2 + bx = 0. Certo, e agora? Quanto devemos
adicionar a ambos os membros para que
Que venham os exemplos!
tenhamos um trinômio quadrado per-
𝑥2 − 4 = 0 feito no segundo membro?
Sabemos que o primeiro mem- Relembremos o quadrado da
bro deve zerar, certo? Então, que nú- soma: (a + b)2 = a2 + 2ab + b². Sabe-
mero (s) elevado (s) ao quadrado é igual mos que a = x, não é? Vamos substituir.
a +4? Os números 2 e −2, certo? x 2 + 2 ∙ x ∙ b + b2 = x² + 2xb + b². No
Pronto! Encontramos as raízes da equa- entanto, que número multiplicado por
ção sem a fórmula. 2x = 6x? 3. Pronto, descobrimos.
Também há outra maneira de re- Agora, adicionando o quadrado
solver este exemplo, veja: de 3 a ambos os membros, temos:
x 2 − 4 = 0 ⇒ x 2 = 4 ⇒ x = ±2 x 2 + 6x + 9 = −2 + 9 ⇒ (x + 3)2 = 7
Ao final, obtivemos o mesmo re- Passando o quadrado da expres-
sultado. são x + 3 para o segundo membro, te-
mos:
Observações
Para darmos os resultados, utili- x + 3 = ±√7 ⇒ x = −3 ± √7
zamos o apóstrofo (‘) para representar
diferentes respostas. Separando as soluções, temos:

Na representação do conjunto x ′ = −3 − √7
solução, devemos colocar o menor nú- x ′′ = −3 + √7
mero primeiro, depois, o maior.
Por fim, temos que S = {−3 −
Uma equação do 2º grau é cha-
√7, −3 + √7}.
mada completa quando os
12
A fórmula de Bhaskara Portanto, temos que S=
Esta fórmula, também conhecida 1
{−3, − 2}.
como fórmula quadrática, é o método
mais comum para se resolver uma equa- Equações literais
ção do 2º grau. Vamos a ela! Dada uma equação do 2º grau
em que um dos coeficientes é represen-
−b ± √b 2 − 4ac tado por uma letra, a chamamos de
x=
2a equação literal. Essas letras (não são as
O que são essas letras a, b e c? incógnitas!) são denominadas parâme-
São os coeficientes, aqueles que já estu- tros.
damos. Veja este exemplo:
A fórmula de Bhaskara possui Resolva a equação kx 2 − 8x +
outra forma. A parte b2 − 4ac também 1 = 0, onde k ≠ 0.
é conhecida como delta (∆), também co-
nhecido como discriminante. Portanto, Vamos calcular o ∆.
podemos escrevê-la da seguinte ma- ∆= (−8)2 − 4 ∙ k ∙ 1 ⇒ ∆= 64 − 4k
neira:
Vamos substituir na fórmula de
−b ± √∆ Bhaskara.
x=
2a
−(−8) ± √64 − 4k
Vamos a um exemplo? x=
2k
Calcule x na equação 2x 2 + 7x +
8 ± √4(16 − k)
3 = 0 utilizando a fórmula de Bhaskara. x=
2k
Precisamos, primeiro, identificar
8 ± 2√16 − k
a, b e c. x=
2k
a = 2; b = 7; b = 3
4 + √16 − k
Agora, vamos calcular o ∆. x′ =
k
∆= b2 − 4ac 4 − √16 − k
x ′′ =
Substituindo, temos: k

∆= 72 − 4 ∙ 2 ∙ 3 = 25 Como você pôde observar, o va-


lor de x depende do valor de k, isto é,
Agora, substituindo ∆ na fór- sem ele, não teremos o valor exato de x.
mula, temos:
Lembre-se: você só poderá utili-
−7 ± √25 −7 ± 5 zar a fórmula de Bhaskara se as equa-
x= ⇒x= ções normal ou literal do 2º grau forem
2∙2 4
completas, isto é, obedecer a forma
Separando as respostas, temos:
ax 2 + bx + c = 0. Caso não seja, você
−7 − 5 12 terá que resolver normalmente.
𝑥′ = =− = −3
4 4
Ex:
−7 + 5 2 1
𝑥 ′′ = =− =− 3x 2 − 12m2 = 0 ⇒ 3x 2 = 12m2 ⇒
4 4 2
x 2 = 4m2 ⇒ x = ±√4m2 ⇒ x = ±2m

13
Temos, portanto, que x ′ = 2m e x ′′ = Produto das raízes
−2m. (−b + √∆) (−b − √∆)
x ′ ∙ x ′′ = ∙
Raízes de uma equação do 2º 2a 2a
grau ′
b2 − (∆)
′′
Você saberia dizer quantas raízes x ∙x =
4a²
tem uma equação do 2º grau sem re-
solvê-la? b2 − b2 + 4ac
x ′ ∙ x ′′ =
4a²
Para saber quantas raízes uma
4ac c
equação do 2º grau tem, basta avaliar o x ′ ∙ x ′′ = ⇒ x ′ ∙ x ′′ =
valor de ∆. Veja: 4a² a
c
Temos, enfim, que x ′ ∙ x ′′ = a.
Quando ∆ > 0, a equação possui
duas raízes reais e distintas. Forma fatorada do trinômio de
Quando ∆ < 0, a equação não 2º grau
possui raízes reais. Basicamente, a forma fatorada
do trinômio de 2º grau é dada por:
Quando ∆ = 0, a equação possui
uma única raiz real. ax 2 + bx + c = a(x ′′ − x ′ )(x ′ − x ′′ )

Soma e produto das raízes As raízes x ′ e x ′′ existem em ℝ


Nos casos em que equação pos- quando ∆ ≥ 0. E se ∆ < 0? Aí não existe
sui raízes reais algumas relações são ob- o trinômio de 2º grau fatorado em ℝ.
servadas. Veja:
Capítulo 8 – Equações
Soma (S) das raízes – x ′ + x′′
redutíveis à equação do 2º
Produto (P) das raízes – x′ ∙ x′′ grau
Mas para fazer isso, há um cami- Equações biquadradas
nho longo. Como posso resolver isso Chamamos de equação biqua-
mais rapidamente? Você descobrirá drada11 na incógnita x, aquela equação
quando efetuarmos estas operações. que pode ser escrita na forma ax 4 +
bx 2 + c = 0, onde 𝐚, 𝐛 e 𝐜 são números
Soma das raízes
reais e 𝐚 ≠ 𝟎.
−b + √∆ −b − √∆
x ′ + x ′′ = + Como resolvo essas equações?
2a 2a
Preste bem atenção: você vai decompor
−b + √∆ − b − √∆ o expoente 4 na incógnita elevada a ele.
x ′ + x ′′ =
2a Na prática, assim: x 4 = (x 2 )². Vai ser
−2b b sempre essa incógnita? Obviamente
x ′ + x ′′ = ⇒ x ′ + x ′′ = − não, mas o método de decomposição
2a a
sim.
Temos, enfim, que x ′ + x ′′ =
b
− a. x 4 − 18x 2 + 32 = 0 ⇒ (x 2 )2 −
18x 2 + 32 = 0

11
Diga aos alunos que uma equação biquadrada
possui apenas expoentes pares.
14
E agora? Temos duas incógnitas Antes que você resolva, deixe-
elevadas ao quadrado. Agora, você deve me fazer-te uma pergunta: as duas
substituir a variável com expoente de- equações não deveriam ser do 2º grau?
composto, utilizando x 2 = y. E não, não Não necessariamente. Obviamente há
precisam ser essas letras. sistemas de equações em que ambas
são quadráticas, mas não precisa ser as
Substituindo tudo isso, temos:
duas. Continuando...
y2 − 18y + 32 = 0
Vamos isolar y na equação mais
Basta resolver normalmente. simples.
∆ = (−18)2 − 4 ∙ 1 ∙ 32 = 196 6
y=
x
18 ± √196
y= Vamos substituir na 1ª equação.
2∙1
18 ± 14 6 2 36
y= x + ( ) = 13 ⇒ x 2 +
2
= 13
2 x x²
18 + 14 Tirando o M.M.C, temos:
y′ = = 16
2
x 4 + 36
18 − 14 = 13 ⇒ x 4 + 36 = 13x²
y′′ = =2 x²
2
Reorganizando, obtemos:
Agora, como x 2 = y, temos:
x 4 − 13x 2 + 36 = 0
x ′ = √16 = 4
Pronto, obtivemos uma equação
′′ biquadrada. Resolvê-la-emos agora.
x = −√16 = −4
x 4 = (x 2 )²; x 2 = y.
x3 = √2
y2 − 13y + 36 = 0
x4 = −√2
Vamos calcular o ∆.
OBS: Aí coloquei o número do x,
mas foi por ficar melhor, afinal, x’’’’ é um ∆ = (−13)2 − 4 ∙ 1 ∙ 36 ⇒ ∆ = 25
tanto quanto estranho. Aplicando a fórmula de
Enfim, temos que o conjunto so- Bhaskara, temos:
lução é:
13 ± √25
y=
S = {−4, −√2, √2, 4} 2∙1

Sistemas de equações Separando os resultados, temos:


Nós já sabemos o que é um sis- 13 + 5
tema de equações e como resolvê-lo. y′ = ⇒ y′ = 9
2
No entanto, vamos ver agora como re-
13 − 5
solver um sistema de equações de 2º y ′′ = ⇒ y ′′ = 4
grau. 2
Como y = x², temos:
x 2 + y2 = 13
{
x∙y= 6 x1 = √9 = 3;

x2 = −√9 = −3;
15
x3 = √4 = 2; Equações irracionais
Chamamos de equações irracio-
x4 = −√4 = −2 nais toda equação que possui uma vari-
S = (3, 2), (−3, −2), (2, 3), (−2, −3) ável no(s) radicando(s).

Equações fracionárias A resolução de uma equação ir-


Você já deve imaginar que, pelo racional deve ser efetuada procurando
que vimos, reduziremos toda a equação transformá-la inicialmente numa equa-
a uma outra equação biquadrática ou ção racional, obtida ao elevarmos am-
quadrática. Não há segredo, o que nos bos os membros da equação a uma po-
resta a fazer é praticar. tência conveniente.

x+7 x−3 3𝑥+1√3x + 1 = 5


+ =5
x+2 x−2 Neste caso, devemos elevar am-
Tirando o M.M.C, temos: bos os lados ao quadrado (expoente
conveniente), como dito no texto ante-
(x + 7) ∙ (x − 2) + (x − 3)(x + 2) rior.
=5
(x + 2)(x − 2) 2
(√3x + 1) = (5)2
Efetuando as operações, temos:
Ao fazermos isso, a raiz se anula
x 2 − 7x − 2x − 14 + x 2 − 3x + 2x − 6 − 5(x 2 − 4) com o expoente 2.
(x + 2)(x − 2)
3x + 1 = 25 ⇒ 3x = 24 ⇒ x = 8
Efetuando −5(x 2 − 4), temos:

x 2 − 7x − 2x − 14 + x 2 − 3x + 2x − 6 − 5x 2 + 20 Unidade 4 –
(x + 2)(x − 2)
Depois de realizar as operações,
Temas de Geo-
temos:
−3x 2 + 4x
metria
=0
(x + 2)(x − 2) Capítulo 9 – Teorema de
Passando (x + 2)(x − 2) para o Tales
outro lado e colocando o x em evidên-
Razão entre segmentos
cia, temos:
A razão entre dois segmentos,
−x(3x − 4) = 0 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
AB e CD, é a divisão das medidas dos
AB
Separando as respostas, obte- mesmos, isto é, , tendo em vista que
CD
mos: eles estão sob a mesma unidade de me-
dida.
x′ = 0
4 Segmentos proporcionais
3x ′′ − 4 = 0 ⇒ x ′′ = Se nós tivermos quatro segmen-
3
tos, AB e, ̅̅̅̅
̅̅̅̅ CD, ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅
EF GH, que formam a
O conjunto solução é, portanto, AB EF
proporção:
CD
=
GH
, dizemos que es-
4
S = {0, } tes segmentos são proporcionais.
3
16
Feixe de retas paralelas transversais é igual à razão entre os seg-
Dado um conjunto de retas para- mentos correspondentes da outra
lelas entre si, o chamamos de feixe de transversal.
paralelas.
A partir deste teorema e da fi-
gura a seguir, temos:

Você deve ter notado que elas


não estão dispostas com espaçamentos
iguais, não é? Pois é, elas não precisam
estar.
Transversal do feixe
Chamamos de transversal do AB DE
feixe a reta transversal sobre um feixe • =
BC EF
de retas paralelas. AC DF
• =
AB DE
AC DF
• =
BC EF

Capítulo 10 – Seme-
Retas paralelas igualmente espa- lhança
çadas
Agora pouco falei que as retas
não precisam estar igualmente espaça-
das, e não precisam! No entanto, isso
não significa que não haja retas espaça-
das igualmente.
Se um feixe de retas paralelas
determina segmentos congruentes, isto
é, de mesma medida sobre uma trans-
versal, então determina segmentos con-
gruente sore qualquer outra transver-
sal.
s t
x
x
x

Teorema de Tales
Se duas retas transversais são
cortadas por um feixe de retas paralelas,
então a razão entre quaisquer dois seg-
mentos determinados em uma das

17
18
Bibliografia
CAJU, P. Google. Tutor Brasil, 2016. Disponivel em:
<https://www.tutorbrasil.com.br>. Acesso em: 7 Janeiro 2019.
SILVA, D. Google. Estudo Prático, 2014. Disponivel em:
<https://www.estudopratico.com.br/>. Acesso em: 5 Janeiro 2019.

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