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Matemática

9o. ano
Volume 1
Livro de
atividades 1 Números reais 2

2 Semelhança 14

3 Retas paralelas e
proporcionalidade 28
nes
.M. Nu
/R
erstock
©Shutt

Livro do professor
1 Números reais

Potenciação e notação científica


Potências com expoentes • Na divisão de potência de mesma base, conser-
inteiros va-se a base e subtraem-se os expoentes.
• Na multiplicação de potência de mesmo expoente,
A potenciação consiste na multiplicação sucessiva multiplicam-se as bases e conserva-se o expoente.
de fatores iguais. • Na divisão de potência de mesmo expoente, divi-
Sendo a um número racional e n um número natural dem-se as bases e conserva-se o expoente.
maior do que 1, temos: • Para calcular uma potência elevada a um expoente,
conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.
an = a⋅a⋅a⋅… ⋅a

n vezes

Notação científica
1
Definimos também que a = a e que, quando a é
diferente de zero, a0 = 1. Um número em notação científica é escrito como um
Quando o expoente é um número inteiro negati- produto de dois fatores: um deles é um número maior
vo, o resultado é o inverso da potência com o corres- do que ou igual a 1 e menor do que 10; o outro é uma
pondente expoente positivo. potência de base 10.

Propriedades da potenciação Exemplos:


a) 45 mil = 45 000 = 4,5 · 104
• Na multiplicação de potência de mesma base, b) 0,00000000000007 = 7 · 10–14
conserva-se a base e somam-se os expoentes. c) 9 = 9 ·100
d) 0,00000207 = 2,07 · 10–6

Conjunto dos números reais


Números irracionais
Observe os conjuntos numéricos estudados.
• Conjunto dos números naturais: ` = {0, 1, 2, 3, 4 , 5, 6, 7, ...}
• Conjunto dos números inteiros: ] = {..., − 4 , − 3, − 2, − 1, 0, 1, 2, 3, 4 , ...}
• Conjunto dos números racionais:  = ⎧⎨ , com a e b ∈  e b ≠ 0 ⎫⎬
a
⎩b ⎭

2 Livro de atividades
• Conjunto dos números reais: ( \ ) um número é
1 real se for racional ou irracional.
Exemplos: –361; 0; 0, 333...;
3
25 7
11363636
, ...; 12,1; 47 Exemplos: –37; 4,1515...;  3 ; ; 61,103467...; 0,5
22 4

• Conjunto dos números irracionais: são números A reta numérica


que têm infinitas casas decimais e não são dízimas Qualquer número real pode ser representado na
periódicas. reta numérica.
O número real pi ( π = 3,14159265... ) , por exem-
Exemplos: 5 2, 2360679774...; plo, está localizado entre 3,14 e 3,15. Para uma preci-
3
são maior, podemos considerar mais casas decimais,
2 = 1, 2599210498...; π = 3,14159265... assim, teremos uma melhor aproximação. Por exem-
plo: o número está entre 3,14159 e 3,14160.

Radiciação e os números reais


A radiciação é a operação inversa da potenciação.
Exemplos:
1
Exemplos:
2
5 • 36 2 = 36 1 = 6
• 5
−32 = −2 , pois ( −2) = −32
2
6
• 6
729 3, pois 3 729 • 9 3 = 9 2 = 3 81
3

Atenção!
• Quando trabalhamos com a raiz de índice par, por
Propriedades dos radicais
convenção, o resultado será sempre um número • A raiz do produto de dois números não negativos
positivo; quando o índice é ímpar, existe apenas é igual ao produto das raízes desses números.
um resultado.
Exemplos:
6 6
Exemplo: 64 2, pois 2 64 • 49 ⋅ 4 = 49 ⋅ 4 = 7 ⋅ 2 = 14
3
• 8 ⋅ 64 = 3 8 ⋅ 3 64 = 2 ⋅ 4 = 8
• Quando o índice é par, o radicando não pode ser
negativo, pois não existe um número real que ele- • A raiz do quociente de dois números é o quocien-
vado a um expoente par tenha como resultado te das raízes.
um número negativo.
Exemplos:
Exemplo: 4 15 não existe, pois não existe um
196 196 14
número real que elevado à quarta potência resul- • = = =7
te em –15. 4 4 2
3
729 729 9
Quando o índice é ímpar sempre existirá raiz. Existe • 3 = 3
= =3
27 27 3
uma relação curiosa que envolve a potenciação (com
base maior do que ou igual a zero) e a radiciação.
Lembre que, se o índice da raiz é par, o radicando
deve ser não negativo.

Matemática – 9o. ano – Volume 1 3


Atividades

Potenciação e notação científica


1. Complete as tabelas com os resultados.

a) (2)  4 (2) 3 (2) 2 (2) 1 (2) 0 (2) 1 (2) 2 (2) 3 (2) 4


1 1 1 1
  1 –2 4 –8 16
16 8 4 2

−4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4
⎛5⎞ ⎛5⎞ ⎛5⎞ ⎛5⎞ ⎛5⎞ ⎛5⎞ ⎛5⎞ ⎛5⎞ ⎛5⎞
b) ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎝3⎠ ⎝3⎠ ⎝3⎠ ⎝3⎠ ⎝3⎠ ⎝3⎠ ⎝3⎠ ⎝3⎠ ⎝3⎠
81 27 9 3 5 25 125 625
1
625 125 25 5 3 9 27 81

2. Calcule o resultado das expressões aplicando seus conhecimentos de potenciação.


a) (5 ⋅ 3 − 2 4 ) 1 001 = (15 − 16) 1001 = ( −1) 1001 = −1

2
−2 3 ) 2
−4 2 −3 2 )
b) 1500
(3
− 1 889 (5 = 1500 ( 9−8) − 1889 (25−16−9) = 1500 1 − 1889 0 = 1500 − 1 = 1 499

3. Use as propriedades da potenciação para representar as expressões com uma única potência de
expoente não negativo.
a) (−5) −2 ⋅ (−5) 2 = (−5) −2+2 = (−5) 0

b) 6 −3 : 6 −5 = 6 −3−( −5) = 6 −3+5 = 6 2

5 5
c) 10 5 : 5 10 ⎛ 1⎞ ⎛2⎞
(2 ⋅5) 5 : 5 10 = 2 5 ⋅5 5−10 = 2 5 ⋅5 −5 = 2 5 ⋅ ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟
⎝5⎠ ⎝5⎠

−2
−2
( ) ( )
⎡3 7 : 3 2+1 3 ⎤ −2 −2 −2
d) ⎡3 7 : (3 2 ⋅ 3) 3 ⎤ = ⎢⎣ ⎥⎦ = ⎡⎣3 7 : 3 3⋅3 ⎤⎦ = ⎡⎣3 7 : 3 9 ⎤⎦ = 3 −2 =34
⎣ ⎦

−3
⎡44 ⋅ 64 ⎤ ⎡ ( 4 ⋅6) 4 ⎤
−3
⎡⎛ 4 ⋅ 6 ⎞ 4 ⎤
−3 12
e) ⎢ ⎥ = ⎢ 4 ⎥ = ⎢⎜ ⎟ ⎥
⎛ 1⎞
= 12 −12 = ⎜ ⎟
⎣ 16 ⎦ ⎢⎣ 2 ⎥⎦ ⎢⎣⎝ 2 ⎠ ⎥⎦ ⎝ 12 ⎠

4. Descubra o número escondido atrás do polígono em cada item, quando houver.


3

a) = –125 = –5 (−5) 3 = −125

4
b) = 256 = 4 ou – 4 4 4 = 256 e (−4) 4 = 256

4 Livro de atividades
51

c) =1 = 1 1 elevado a qualquer potência resulta em 1.

2
81 2
⎛ 9 ⎞ 81 ⎛ 9 ⎞ 81
2
d) =
9
ou −
9
⎜ ⎟ = ou ⎜ − ⎟ =
49 7 7 ⎝ 7 ⎠ 49 ⎝ 7 ⎠ 49

–3
−3
1 ⎛ 1⎞
e) = 8 000 8 000 = 8 ⋅1000 = 2 3 ⋅10 3 = 20 3 = ⎜ ⎟
20 ⎝ 20 ⎠

f) = –64 Não há solução.


O resultado da potência com expoente par não pode ser
negativo.

5. Ao estudar as propriedades da potenciação, um aluno acreditou que tinha encontrado uma proprie-
dade extra que o professor não mostrou na sala de aula.

Podemos trocar a base pelo expoente que o resultado da potência não se altera.
Exemplo: 4 2 = 4 ⋅ 4 = 16 e 2 4 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 16
42 = 24
Generalização: ab = ba para todos os valores de a e b.

Será que essa afirmação está correta?


a) Antes de responder à pergunta, aplique essa propriedade nos itens a seguir e complete a frase
com igual ou diferente.
• a=2eb=3
2 3 = 2 ⋅2 ⋅2 = 8 e 3 2 = 3⋅3 = 9
3 2
2 é diferente de 3 .
• a=0eb=5
05 0 e 50 1
5 0
0 é diferente de 5 .
• a = 4 e b = –2
1 1 1
2 4 4 −2 = ⋅ = e ( −2 ) 4 = ( −2 ) ⋅ ( −2 ) ⋅ ( −2 ) ⋅ ( −2 ) = 16
4 é diferente de (2) . 4 4 16

b) Escreva um exemplo para testar a propriedade extra. Pessoal.

a= e b= ab
ba
c) Em sua opinião, a propriedade extra existe ou não existe?
Essa propriedade não existe, pois ela não é válida para todos os valores de a e b escolhidos.

Matemática – 9o. ano – Volume 1 5


6. Leia o texto a seguir.

Brasil: o país dos 100 milhões de raios


Dos 3,15 bilhões de raios que golpeiam a Terra e seus habitantes durante um ano, 100 milhões
deles vêm desabar em terras brasileiras. O número, divulgado [...] por uma equipe de cientistas do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, São Paulo, não é supe-
rado por nenhum outro país. E ficou bem acima das estimativas que davam conta de 30 milhões ao
ano.

FON, Antonio C.; ZANCHETTA, Maria I. Brasil: o país dos 100 milhões de raios. Disponível em: <https://super.abril.com.br/comportamento/brasil-o-
pais-dos-100-milhoes-de-raios/>. Acesso em: 6 ago. 2018.

Complete a tabela com as informações do texto.

Número com algarismos Notação científica

Raios que caem na superfície da


3 150 000 000 3 ,15 ˜10 9
Terra em um ano

Estimativa da quantidade de raios


30 000 000 3 ˜10 7
que cairiam no Brasil (ao ano)

Raios que caíram no Brasil


100 000 000 1˜10 8 ou 10 8
em um ano

7. Observe os números do quadro escritos em notação científica:

6 ,3 ⋅ 10 5 10 5 3 ,1⋅ 10 −4 5 ⋅ 10 6 8 ⋅ 10 −5 7 ⋅ 10 3

a) Coloque-os em ordem crescente. 8 ⋅10 −5 < 3 ,1⋅10 −4 < 7 ˜10 3 < 10 5 < 6 , 3 ˜10 5 < 5 ˜10 6

b) Calcule o quociente entre o maior e o menor número, apresentando a resposta em notação científica.

5 ⋅10 6 5 6−( −5)


= ⋅10 = 0 , 625 ⋅10 11 = 6 , 25 ⋅10 10
8 ⋅10 −5 8

c) Calcule a diferença entre o segundo e o último número do quadro. Escreva o resultado em nota-
ção científica.

10 5 − 7 ⋅10 3 = 100 000 − 7 000 = 93 000 = 9 , 3 ⋅10 4

d) Escreva, em notação científica, o produto dos três últimos números do quadro.

5 ⋅10 6 ⋅ 8 ⋅10 −5 ⋅ 7 ⋅10 3 = 280 ⋅10 6+( −5)+3 = 280 ⋅10 4 = 2 , 8 ⋅10 6

6 Livro de atividades
8. (ENEM) Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostraram o processo de
devastação sofrido pela Região Amazônica entre agosto de 1999 e agosto de 2000. Analisando fotos
de satélites, os especialistas concluíram que, nesse período, sumiu do mapa um total de 20 000 qui-
lômetros quadrados de floresta. Um órgão de imprensa noticiou o fato com o seguinte texto:
O assustador ritmo de destruição é de um campo de futebol a cada oito segundos.
Considerando que um ano tem aproximadamente 32 × 106 s (trinta e dois milhões de segundos) e
que a medida da área oficial de um campo de futebol é aproximadamente 10–2 km2 (um centésimo
de quilômetro quadrado), as informações apresentadas nessa notícia permitem concluir que tal rit-
mo de desmatamento, em um ano, implica a destruição de uma área de
a) 10 000 km2, e a comparação dá a ideia de que a devastação não é tão grave quanto o dado
numérico nos indica.
b) 10 000 km2, e a comparação dá a ideia de que a devastação é mais grave do que o dado numérico nos indica.
c) 20 000 km2, e a comparação retrata exatamente o ritmo da destruição.
d) 40 000 km2, e o autor da notícia exagerou na comparação, dando a falsa impressão de gravidade
a um fenômeno natural.
X e) 40 000 km2 e, ao chamar a atenção para um fato realmente grave, o autor da notícia exagerou na
comparação. Tempo (s) Área (km 2 ) 8 x = 32 ⋅10 6 ⋅10 −2
−2
8 → 10 32 ⋅10 4
9. Você sabia? 32 ⋅10 6 → x x=
8
⇒ x = 40 000

©iStockphoto.com/MR1805
A baleia-azul (Balaenoptera musculus) é o maior ser vivo do
planeta Terra. Um adulto chega a pesar 200 T. Esse gigante ma-
rinho tem sua dieta baseada no krill, um pequeno crustáceo que
pesa, em média, 2 g. Um filhote de baleia-azul nasce em média
com 3 T e nos primeiros meses de vida engorda até 90 kg por dia.

Fonte: SOUZA, Joice S. de. Baleia-azul. Disponível em: <https://www.infoescola.com/mamiferos/baleia-azul/>. Acesso em: 6 ago. 2018.

Na tabela a seguir, escreva, em notação científica, os pesos apresentados no texto e as mesmas infor-
mações convertidas em gramas.

Informações do texto Peso (g)

Baleia-azul adulta 2 ˜10 2 T 2 ˜10 8

Krill 2 ˜10 0 g 2 ˜10 0

Filhote de baleia-azul 3 ˜10 0 T 3 ˜10 6

Peso de engorda por dia 9 ˜10 kg 9 ˜10 4

• Qual a razão entre o peso do filhote e da baleia adulta? Apresente a resposta em notação científica.

3 ⋅10 0 T 3 ⋅10 3 kg 3 ⋅10 6 g


= 1, 5 ⋅10 −2 ou = 1, 5 ⋅10 −2 ou = 1, 5 ⋅10 −2
2 ⋅10 T
2
2 ⋅10 kg
5
2 ⋅10 8 g

Oriente os alunos que estamos usando “peso” como sinônimo de “massa” (sentido coloquial), mas, do ponto de vista físico,
“peso” e “massa” são conceitos distintos.

Matemática – 9o. ano – Volume 1 7


Conjunto dos números reais
10. Observe no diagrama a seguir a representação dos conjuntos numéricos estudados até aqui: naturais
(` ), inteiros ( ] ), racionais (_ ), irracionais e reais ( \ ).

_ 5
3 Irracionais
4
2
7 π
3 ] 4
–42
 –15
2

` 64
2 3
70 67 0 2 2

5
224  9
23
24 4,2317...
3

–12 27 8
1 353
22 0,333... 0,9 –5,234

a) Escreva os números do quadro a seguir nos respectivos conjuntos do diagrama acima.

2 5 4 24 1 353
 
3 4 2 8 22
3
81 0 –15
7

3
23 –12 224  9
2
64
2 3
27 –42 0,333...
2
70
4,2317... 0,9 –5,234 67 
5

b) Há um número do quadro que não é um número real? Qual é esse número? Justifique sua
resposta.
O número 81 não é um número real. Não existe um número real que elevado ao quadrado resulte em –81.

c) Escreva um exemplo diferente dos números do quadro anterior.


• Um número real que não seja racional:
Há várias respostas, qualquer número irracional.

• Um número real que não seja irracional:


Há várias respostas, qualquer número racional.

8 Livro de atividades
11. Analise as sentenças e escreva V para as verdadeiras e F para as falsas. Justifique as informações falsas
com exemplos numéricos.
a) ( F ) No conjunto dos números reais temos apenas números racionais.
Pessoal. Qualquer número irracional também é real.

b) ( V ) Toda dízima periódica é um número racional.

5
c) ( V ) 0 , 263157894736842105... é um número racional, mesmo não conseguindo, visual-
19
mente, determinar o período.

d) ( F ) 2 1, 414.
2 1, 414...

e) ( V ) Podemos associar cada número real a um ponto específico da reta numérica.

f) ( F ) Todo número irracional é a radiciação de um número inteiro.


Pessoal. O número não é resultado de uma radiciação e é um número irracional.

g) ( V ) Entre dois números racionais existe um número irracional.

12. Faça o que se pede para descobrir o valor aproximado da raiz cúbica de 11.
a) Complete a tabela para encontrar o valor de 3 11 , com aproximação de uma casa decimal.

a 2,1 2,2 2,3 2,4

a3 9,261 10,648 12,167 13,824

• Com base nos resultados obtidos na tabela, pode-se escrever:

(2, 2 )3 < 11 < (2, 3 )3.

Portanto, temos: 2, 2 < 3 11 < 2, 3 .


b) Preencha a tabela para encontrar o valor de 3 11 , com aproximação de duas casas decimais.

a 2,21 2,22 2,23 2,24

a3 10,793861 10,941048 11,089567 11,239424

• Com base nos resultados obtidos na tabela, pode-se escrever:

(2, 22 )3 <11 < (2, 23 )3.

Portanto, temos: 2, 22 < 3 11 < 2, 23 .

Matemática – 9o. ano – Volume 1 9


Não podemos fazer previsão das próximas casas decimais. É verdade que o número é irracional, entretanto não podemos chegar a essa con-
clusão olhando para uma quantidade finita de dígitos. A demonstração de que um número é irracional não pode ser feita olhando apenas
para o resultado 3 11 = 2 , 2239800905693155211653633767222... Note que o período poderia começar no próximo dígito. No caso de

c) Olhando para as duas primeiras casas decimais de 3 11 , podemos prever qual será a próxima casa
decimal? Podemos concluir que o resultado é um número racional ou irracional?
25
 0 ,51020408163265306122448979591836734693877551020 , por exemplo, em uma calculadora comum não conseguiríamos ob-
49
servar o período de 42 dígitos, mas sabemos que é um número racional por se tratar de uma fração.

13. Localize na reta numérica os números do quadro com aproximação de duas casas decimais. Escreva
as letras nos respectivos retângulos.

3 10
A: B: 3
11 C: π 2 D: − π E: 15 F:
4 7

B A E C
–2,22 0,75 3,87 9,86

–4 –2 0 2 4 6 8 10

D F
–3,14 –1,43

14. Na reta numérica a seguir estão localizados os números 0, 2,  2 e 3. Com um compasso, localize
na mesma reta os números –4, 3 2 , 2 3 e 3  2 .

2
3 3 3
3 2
–4 –2 3 – 2 0 3 2 3 + 2

2 2 2 2

Radiciação e os números reais


15. Calcule o valor das expressões ou pelo menos simplifique-as. Lembre-se de que há situações em que
não é possível obter um número real.
16 4
a) 7
49

b) 243 = 3 5 = 3 4 ⋅3 = 9 3

c) 1 Não é real.

d)  3 1 000 000 = − 3 10 6 = −10 2 = −100

10 Livro de atividades
e) 4
144 = 4 3 2 ⋅2 4 = 4 3 2 ⋅ 4 2 4 = 2 3

f) 4
1024 = 4 2 10 = 4 2 4 ⋅ 2 4 ⋅ 2 2 = 4 2 4 ⋅ 4 2 4 ⋅ 4 2 2 = 4 2

g) 6
52  25 = 6 25 − 32 = 6 −7 Não é real.

h) 6 4 2
54 56 53
3
52 3
25

16. Dos números a seguir, assinale quais deles podem assumir o valor de x, satisfazendo a condição:

49  x  64

a) 6,81 X b) 7,23 X c) 7,57 X d) 7,89 e) 8,01


17. Associe a primeira coluna à segunda.
a) 3
729 6
( d ) 
7
b) 4
256
( f ) –7
c)  64
7
( e ) 
144 6
d) 
196 ( a ) 9
49
e)  ( b ) 4
36
f) 3
343 ( c ) –8
18. Calcule o valor das expressões a seguir.

a) 5+ 4 = 5+2 = 7

b) 11 + 25 = 11+ 5 = 16 = 4

c)
3
11 − 9 = 3
11− 3 = 3 8 = 2

d) 7 + 2 ⋅ 25 − 16 = 7 + 2 ⋅5 − 4 = 7 + 10 − 4 = 13

e) 3 −3 ⋅ ( 121 + 5 ⋅ 4 16 − 1 = ) 3 −3 ⋅ (11+ 5 ⋅ 2 ) − 1 = 3 −3 ⋅ (11+ 10 ) − 1 = 3 −3 ⋅ 21− 1 = 3 −63 − 1 = 3 −64 = −4

Matemática – 9o. ano – Volume 1 11


f) 21 + 13 + 7 + 4 = 21+ 13 + 7 + 2 = 21+ 13 + 9 = 21+ 13 + 3 = 21+ 16 = 21+ 4 = 25 = 5

g) 16 ⋅ 9 + 5 0 + 7 −1 = 144 + 0 + (−1) = 12 − 1 = 11

• Agora, escreva os resultados obtidos nas expressões e classifique-os em número racional ou


irracional.

Resultado Racional Irracional

a) 7
X

b) 4 X

c) 2 X

d) 13
X

e) –4 X

f) 5 X

g) 11 X

19. (UTFPR) Considere as seguintes expressões:


3 12 3 12 3 4 ⋅ 3 3 ⋅ 2 3
I. 3 2 I. = = = 3 3 Falsa.
2 2 2 2

3
II. (2 3 ) −1 = II. (2 3 ) −1 =
1

3
=
3
=
3
Verdadeira.
6 2 3 3 2⋅3 6

1 1
4 2
III. (2 ) 2 2 III. (2 4 ) 2 = 2 4 = 2 2 ⋅ 2 2 = 2 ⋅ 2 = 4 Falsa.

É (são) verdadeira(s), somente:


a) I. X b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.
20. Simplifique cada uma das expressões
p a seguir.
g

a) 32 − 72 − 5 50 = 4 2 − 6 2 − 25 2 = −27 2

b) 20 − 600 + 125 − 54 = 2 5 − 10 6 + 5 5 − 3 6 = 7 5 − 13 6

c) 18 + 128 + 450 3 2 + 8 2 + 15 2 26 2 26
= 2 2 +3 2
= = = 5,2
2 2 + 18 5 2 5

12 Livro de atividades
21. O cubo ao lado tem volume de 1 728 cm3.
a) Qual é a medida das arestas desse cubo?
3 1728 12
As arestas desse cubo medem 12 cm.

b) Qual é a área de cada face desse cubo?

12 2 144
A área de cada face desse cubo é de 144 cm2.

c) Se triplicar a medida das arestas desse cubo, qual será o novo volume?
3⋅12 = 36
36 3 = 36 ⋅ 36 ⋅ 36 = 46 656
O volume será 46 656 cm3.

d) Triplicando a medida das arestas, o volume também foi triplicado? Justifique sua resposta com
cálculos.
Não, pois o triplo do volume original seria 3 ⋅1728 cm 3 = 5 184 cm 3. Ou, ainda, podemos dizer que o novo volume é 27 vezes o

volume do cubo original.

22. Complete a tabela que relaciona a potência com expoente fracionário, o radical e o resultado corres-
pondente a ele na forma simplificada.

Potências com Radicais Resultado na forma simplificada


expoente fracionário

5
3
75
3 3 3
73 7 5 = 7 3 ⋅ 7 2 = 7 7 2 = 7 3 49

4 10 5
10
34 34 32 5
9
3 10

3
113 = 112 ⋅11 = 11 11
11 2 113

1 1 1⋅ 3 3

1 3 −1 = = = =
2 3 1 3 3 3⋅ 3 3
3
−1
1 ⎛ 1⎞

0 , 5 1 0 , 5 −1 = ⎜ ⎟ = 2
0 ,5 2 ⎝2⎠

3 3 3
5
3 4 5 = 2 10 = 2 3 ⋅ 2 3 ⋅ 2 3 ⋅ 2 = 8 3 2
43 45

1 1 1 1

16 1 16 −1 = = =
16 2 16 16 4

Matemática – 9o. ano – Volume 1 13


2 Semelhança

Vistas ortogonais e perspectiva


Um mesmo objeto pode ser visto de formas diferentes dependendo de onde esteja o observador.
Denominamos de vista a projeção ortogonal do objeto em relação a certos planos de referência, gerando as
vistas frontal, superior e lateral, ou seja, a denominação dessas vistas depende de uma escolha de como posi-
cionar o objeto. Devemos começar escolhendo qual lado do objeto será considerado frente.
Observe a imagem de um objeto e suas vistas:

Vista frontal Vista lateral


esquerda

Observador
Vista superior

Para conseguir desenhar no papel (bidimensional) um objeto (tridimensional) e dar a sensação de profundi-
dade, usamos os diversos tipos de perspectiva.

Perspectiva isométrica
Para a perspectiva isométrica, utilizamos um sistema de três semirretas que têm um mesmo ponto de ori-
gem e formam um ângulo de 120° entre si. Essas semirretas recebem o nome de eixos isométricos. Para auxiliar
no traçado da perspectiva isométrica, usamos um tipo de malha que apresenta uma rede de linhas que formam
ângulos de 120° entre si e que servem de guias no traçado do desenho.

120°

14 Livro de atividades
Perspectiva linear
Na realização do desenho na perspectiva linear, temos que começar pela escolha da posição da linha do
horizonte (h) e do ponto de fuga (F). Podemos utilizar um ou mais pontos de fuga.
Um ponto de fuga:

h h
F F

Dois pontos de fuga:


F1 F2 h

Polígonos semelhantes
Semelhança significa ter a mesma forma.

B F
Dois polígonos são semelhantes quando os ân- G
gulos correspondentes são congruentes e os lados C
correspondentes são proporcionais. E
H
A razão entre as medidas dos lados correspon-
dentes é chamada de razão de semelhança. D A

Os quadriláteros acima são semelhantes. Assim, as medidas dos lados do quadrilátero maior são proporcio-
nais às medidas dos lados do quadrilátero menor.

AB BC CD DA
EF FG GH HE

E as medidas dos ângulos correspondentes são congruentes.

ˆ = m(E)
m(A) ˆ m(B)
ˆ = m(F)
ˆ ˆ = m(G)
m(C) ˆ m(D)
ˆ = m(H)
ˆ

Dizemos que ABCD ~ EFGH.

Matemática – 9o. ano – Volume 1 15


Ampliação e redução de figuras
Aprendemos duas técnicas para produzir figuras semelhantes:
• Malha quadriculada – aumentando o tamanho dos quadradinhos da malha, produzimos uma nova figura
ampliada semelhante à original. Da mesma forma, reduzindo os quadradinhos da malha, obtemos a figura
reduzida, também semelhante à original.
• Homotetia – é uma transformação geométrica que mantém um ponto fixo, chamado de centro de homo-
tetia, e multiplica a medida de qualquer segmento de reta que passa por esse ponto por um fator constante
k, chamado de razão de homotetia.

Semelhança de triângulos
Casos de semelhança F D
B
1.º caso: AA (ângulo – ângulo)
Dois triângulos são semelhantes quando têm dois ângu-
los correspondentes congruentes.
Verificando que m(A)ˆ = m(D)
ˆ e m(B)
ˆ = m(E)
ˆ , concluímos
que os triângulos são semelhantes. E

A C

2.º caso: LAL (lado – ângulo – lado)


Dois triângulos são semelhantes quando têm dois pares de lados correspondentes proporcionais e os ângu-
los formados por eles congruentes.
AB CA ˆ = m(D)
ˆ , concluímos que os triângulos são semelhantes.
Verificando que e m(A)
DE FD
B
C

F
E

F E
3.º caso: LLL (lado – lado – lado)
Dois triângulos são semelhantes quando têm os
A
três pares de lados correspondentes proporcionais.
Verificando que AB BC CA , concluímos que
DE EF FD
os triângulos são semelhantes.
D
B C

16 Livro de atividades
Atividades
Vistas ortogonais e perspectiva
1. Os empilhamentos abaixo foram construídos com cubos idênticos e não há cubos escondidos. Es-
creva a quantidade de cubos utilizada em cada empilhamento e desenhe as vistas nas malhas qua-
driculadas, desconsiderando as divisões na junção dos cubos.
a)
Vista lateral
Quantidade Vista frontal Vista superior
esquerda
de cubos: 7

Observador

b) Vista lateral
Vista frontal Vista superior
Quantidade esquerda

de cubos: 9

Observador

c)
Vista lateral
Quantidade Vista frontal Vista superior
esquerda
de cubos: 8

Observador

d) Vista lateral
Vista frontal Vista superior
Quantidade esquerda

de cubos: 8

Observador

Matemática – 9o. ano – Volume 1 17


2. Observando os sólidos representados nas malhas isométricas, escreva quais são as vistas superior e
lateral esquerda com base na vista frontal apresentada.
a) Vista frontal

Vista lateral esquerda

Vista superior

b) Vista frontal

Vista lateral esquerda

Vista superior

3. Mostre que você sabe desenhar usando perspectiva e termine os dois desenhos de um cubo. No
primeiro, utilize um ponto de fuga; no segundo, dois pontos de fuga. Note que, em cada caso, uma
das faces já está representada.

h F h F1 F2

18 Livro de atividades
4. Em um dado comum, os pontos das faces opostas sempre somam 7. Um menino curioso olhou um
dado desses em quatro posições diferentes.
a) Considere que VF é vista frontal, VLE é vista lateral esquerda e VS é vista superior. Escreva a letra
no conjunto de vistas correspondente a cada imagem observada da posição do menino.

VF VLE VF VLE VF VLE


Jack Art. 2018.Digital.

( ____ ) ( ____ ) B )
( ____
VS VS VS

C D

VF VLE VF VLE

A )
( ____ ( ____ )
VS VS

B A

VF VLE VF VLE VF VLE

D )
( ____ X )
( ____ C )
( ____
VS VS VS

b) Com um dos conjuntos acima, não é possível construir um dado comum. Marque-o com um X
e justifique a impossibilidade.
Justificativa:
As faces 1 e 6 deveriam ser opostas, portanto, se alguém visualiza uma, não visualizará a outra.

Matemática – 9o. ano – Volume 1 19


5. O desenho a seguir é o esboço de uma construção feito com dois pontos de fuga.
Trace as retas necessárias para determinar esses pontos de fuga.

F1 F2

6. Nas imagens a seguir, o observador está de frente para o objeto.


Identifique as vistas frontal, lateral e superior e pinte-as.
a)

Vermelho
Verde Verde
Observador
Vermelho Amarelo Amarelo

Lateral esquerda Frontal Superior

b)

Verde
Verde

Vermelho
Amarelo
Observador Verde
Vermelho
Vermelho
Amarelo Amarelo Vermelho

Superior Frontal Lateral esquerda

20 Livro de atividades
7. Reproduza na malha isométrica o objeto representado.

Polígonos semelhantes
8. Observe os quadriláteros a seguir e faça o que se pede em cada item.

9
4,5
40° 30°
140° 3
4,5 A 3 150° B 150°
4,5 30°
140° 4,5
40°

6,75
4,5
50°
130° 50°
130°
4,5
3 D
4,5 C 3
130°
130° 50°
50°
4,5
6,75

a) Identifique quais deles são semelhantes e explique o porquê dessa semelhança.


Os quadriláteros C e D são semelhantes, pois têm os ângulos correspondentes congruentes e os lados proporcionais.

b) Determine a razão de semelhança entre as medidas dos lados dos polígonos indicados no item
anterior.
A razão de semelhança entre os polígonos C e D é igual a 4,5 : 3 = 1,5.

Matemática – 9o. ano – Volume 1 21


9. Em cada item temos dois polígonos semelhantes. Determine as medidas solicitadas.
a) B
Espera-se que os alunos percebam primeiro que a correspondência dos vértices é A e A’, B e B’, C e C’,
D e D’, E e E’.
E’
6
BC 6
A 3 = = 1,5 (razão)
70° D’ B’C’ 4
C
100° EA 8,1 8,1
= = 1,5 ⇒ E’A’ = = 5,4
4,5 E’A’ E’A’ 1,5
8,1 113° C’
A’ CD 4,5 4,5
D 4 = = 1,5 ⇒ C’D’ = =3
C’D’ C’D’ 1,5
B’
DE DE
E = = 1,5 ⇒ DE = 3 ⋅1,5 = 4,5
D’E’ 3

E’A’ = 5,4 C’D’ = 3 DE = 4,5

 =
m(C’) 100° ˆ =
m(A) 113°  =
m(E) 70°

b) C Espera-se que os alunos percebam primeiro que a correspondência dos vértices é A e F, B e E, C e H, D e G.


H
45° AB 4
3 2
= = 2 (razão)
FE 2
BC BC
5
E = = 2 ⇒ BC = 6 2
EH 3 2
B 2
CD CD
135° G F = = 2 ⇒ CD = 10
4 3 HG 5
DA DA
= = 2 ⇒ DA = 6
A D GF 3

BC = 6 2 CD = 10 DA = 6

ˆ =
m(E) 135° ˆ =
m(H) 45°

c) x

2,7

3 6
4
2

9 y

3 9 6 x
= = =
2 y 4 2,7
3 9
= ⇒ 3y = 18 ⇒ y = 6
2 y
3 x
= ⇒ 2 x = 8 ,1⇒ x = 4 , 05
2 2,7

x= 4,05 y= 6

22 Livro de atividades
Ampliação e redução de figuras
10. Observe as figuras 1 e 2 desenhadas na malha quadriculada a seguir.

Figura 2

Figura 1

a) Determine a razão de semelhança entre a figura 1 e a figura 2.


3
A razão de semelhança é = 3.
1
b) Complete a figura 3, sabendo que ela é semelhante à figura 1.

Figura 3

c) Observando as três figuras, escreva a razão de semelhança

• da figura 1 para a figura 3: 9 1


=
18 2

• da figura 2 para a figura 3: 3 1


=
18 6

Matemática – 9o. ano – Volume 1 23


11. Amplie as figuras a seguir a partir do segmento apresentado nas malhas quadriculadas.
a)

• Escreva a razão de semelhança da figura original para a figura que você desenhou.

2 1
=
4 2

24 Livro de atividades
b)

• Escreva a razão de semelhança da figura original para a figura que você desenhou.

8 1
16 2

Matemática – 9o. ano – Volume 1 25


12. Escolha um ponto no interior do pentágono e triplique a figura usando a homotetia.

Na atividade, constam um triângulo original e


13. Um aluno reduziu por homotetia dois triân- um triângulo reduzido. Inicialmente, devem-se
gulos amarelos com um vértice em comum traçar as semirretas que passam
pelo centro de homote-
(ponto A). Ele pintou de verde os triângulos tia (ponto O) e cada
que resultaram da homotetia. Depois, al-
guém apagou parte do desenho, mais pre-
cisamente um triângulo de cada cor e quase Verde
todas as semirretas usadas para fazer a ho-
O
motetia. Complete o desenho encontrando
os dois triângulos apagados e determine a
A
razão da homotetia. Considere o ponto O
como o centro da homotetia.
1 Amarelo

Razão: 2
vértice dos triângulos para então cons-
truir, por paralelas, os triângulos que
estão faltando.
Semelhança de triângulos
14. (UFRGS – RS) Na figura abaixo, AC = 5, BC = 6 e DE = 3.
C

A área do triângulo ADE é:


a) 15/8. d) 10.
X b) 15/4. e) 15.
c) 15/2.
A B
D

Os triângulos ABC e AED são semelhantes pelo caso AA:


ˆ = m(D)
m(C) ˆ = 90° e o ângulo  é comum aos dois triângulos.
AC CB 5 6 5
= ⇒ = ⇒ AD =
AD DE AD 3 2
5
3⋅
DE ⋅ AD 15 1 15
A área do triângulo ADE é igual a = 2= ⋅ = .
2 2 2 2 4

26 Livro de atividades
15. Observe as medidas indicadas. A

4
a) Verifique se os triângulos são semelhantes e justifique sua resposta. 3

C 5 B
Os triângulos têm dois ângulos congruentes: o ângulo reto e o ângulo indicado com um traço.

Pelo caso AA, eles são semelhantes.

b) Determine a razão de semelhança e calcule a área total do polígono for-


mado pelos dois triângulos.
C Colocando os triângulos em uma
mesma posição, temos:
A
5 Razão de semelhança: AC = 3
3 4 CB 5
D
C B B D AC AB 3 4 3 20
5 = = ⇒ = ⇒ CD =
CB CD 5 CD 5 3
20
5⋅
3⋅4 100 50 50 68
Área ΔABC: A 1 = =6 Área ΔCDB: A 2 = 3 = = A1 + A2 = 6+ =
2 2 6 3 3 3
2
A1 6 ⎛3⎞
Comente com os alunos que a razão entre as áreas dos triângulos é = =⎜ ⎟ .
A 2 50 ⎝5⎠
3

16. Você sabia que o fato de a homotetia gerar fi-


A2 A1 O
guras semelhantes é justificado pelos casos de
semelhança de triângulos?
C1
Vamos verificar que a homotetia ampliou o B1

triângulo A 1B 1C 1 com a razão de homotetia 2,


gerando o triângulo A 2B 2C 2 semelhante ao pri-
meiro triângulo. C2 B2

a) Lembrando que OA 2 = 2 ⋅ OA 1 , OB 2 = 2 ⋅ OB 1 e OC 2 = 2 ⋅ OC 1 , conclua que os triângulos


OA 1C 1 e OA 2C 2 são semelhantes. Faça o mesmo para os triângulos OB 1C 1 e OB 2C 2.

Como o vértice O é comum aos triângulos, temos m A 1OC ( ) (


ˆ 1 = m A 2OC )
ˆ 2 e m B 1OC ( ) (
ˆ 1 = m B 2OC )
ˆ 2 ; a proporcionalida-
OA 2 OC 2 OB 2
de entre os lados = = = 2 possibilita usar o caso de congruência LAL para concluir a semelhança dos triân-
OA 1 OC 1 OB 1
gulos OA 1C 1 e OA 2C 2 e dos triângulos OB 1C 1 e OB 2C 2 .

b) Verifique que os triângulos A 1B 1C 1 e A 2B 2C 2 são semelhantes com razão de proporcionalidade 2.

De forma análoga ao que fizemos no item anterior, podemos verificar que os triângulos OA 1C 1 e OA 2C 2 são semelhantes,
OA 2 A 2B 2 B 2C 2 C 2 A 2
todos com razão de proporcionalidade 2, assim, temos = = = = 2 e o caso de semelhança LLL
OA 1 A 1B 1 B 1C 1 C 1A 1
verifica o que foi proposto.

Matemática – 9o. ano – Volume 1 27


3 Retas paralelas e
proporcionalidade
Segmentos proporcionais
Dizemos que as medidas de quatro segmentos, AB, CD, EF e GH , nessa ordem, formam uma proporção quando a
AB EF
razão entre as medidas dos dois primeiros for igual à razão entre as medidas dos dois últimos, ou seja, .
CD GH
Exemplo:
Verifique se os segmentos AB, CD, EF e GH , nessa ordem, são proporcionais, sabendo que AB = 30 cm, CD = 5 cm,
EF = 36 cm e GH = 6 cm.
AB 30
Para verificar se os segmentos são proporcionais, basta, nessa ordem, formar uma proporção: 6 e
CD 5
EF 36
6.
GH 6
AB EF
Como , os segmentos AB, CD, EF e GH , nessa ordem, são proporcionais.
CD GH

Feixe de retas paralelas intersectadas


por transversais r s

No plano, retas paralelas são retas que não têm ponto comum; três ou a A E
mais retas paralelas entre si formam um feixe de retas paralelas. Uma trans- b B F
versal é uma reta que intersecta duas ou mais retas paralelas.
c C G
Na figura ao lado, as retas r e s (transversais) cortam o feixe de retas
paralelas (a // b // c // d). As retas r e s determinam pontos de intersec- d D H
ção com as retas a, b, c e d.

Se um feixe de retas paralelas determina segmentos congruentes entre si sobre uma transversal, ele também determina
segmentos congruentes entre si sobre qualquer outra transversal.

Teorema de Tales
Quando um feixe de retas paralelas é cortado por duas retas transversais, as medidas dos segmentos determinados
em uma das retas transversais são proporcionais às medidas dos correspondentes segmentos determinados na outra.

Que se traduz nas proporções:


AB BC CD AC BD AD .
EF FG GH EG FH EH
28 Livro de atividades
Teorema de Tales nos triângulos
Em um triângulo cortado por uma reta paralela a um dos A
lados, podemos utilizar o teorema de Tales.

M P r
Toda reta paralela a um lado de um triângulo que encontra os
outros dois lados em pontos distintos determina, sobre esses
dois lados, segmentos cujas medidas formam uma proporção.

B C
Existem muitas aplicações do teorema de Tales, entre elas
apresentamos o teorema da bissetriz interna:
t
A
A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo divide o lado oposto em dois a a
segmentos, cujas medidas são proporcionais às medidas dos lados do triângulo
que formam o ângulo considerado.
B C
D

Assim, se t é a bissetriz do ângulo interno  no triângulo ABC da figura, temos:


AB BD
=
AC DC

Atividades

Segmentos proporcionais
1. Durante uma caminhada, estimei que o comprimento da sombra de um pequeno poste fosse seis
vezes o comprimento da minha sombra. Sabendo que tenho 1,70 m e considerando que a minha
estimativa esteja correta, qual a altura do poste?

Considerando a minha altura h, o comprimento de minha sombra s, a altura do poste H e o comprimento da


sombra do poste S, temos: H = S = 6 ⇒ H = 6 ⋅h = 6 ⋅1, 70 = 10 , 2
h s 1
A altura do poste é 10,2 m.

2. A espiral foi construída de forma que os segmentos consecuti- P4 9 cm P3

vos sejam proporcionais.


a) Determine o comprimento do segmento P2P3 .
P2P3 P3P4 P2P3 9
⇒ (P2P3 ) = 144 ⇒ P2P3 = 12
2
= ⇒ = P5 P6
P1P2 P2P3 16 P2P3
O comprimento do segmento P2P3 é 12 cm.
16 cm
P1 P2

Matemática – 9o. ano – Volume 1 29


b) Qual é a razão de proporcionalidade? c) Qual é o comprimento dos segmentos
P4P5 e P5P6 ?
P2P3 12 3 PP 9 3
= = e 3 4= =
P1P2 16 4 P2P3 12 4
P4P5 P3P4 PP 9 81
A razão de proporcionalidade dos segmentos é 3 . = ⇒ 4 5 = ⇒ P4P5 = = 6 , 75
P3P4 P2P3 9 12 12
4
P5P6 P4P5 P P 6 , 75 45 , 5625
= ⇒ 5 6= ⇒ P5P6 = = 5 , 0625
P4P5 P3P4 6 , 75 9 9
O comprimento de P4P5 é 6,75 cm e o de P5P6 é
5,0625 cm.

3. (ENEM) A sombra de uma pessoa que tem 1,80 m de altura mede 60 cm. No mesmo momento, a
seu lado, a sombra projetada de um poste mede 2,00 m. Se, mais tarde, a sombra do poste diminuiu
50 cm, a sombra da pessoa passou a medir:
a) 30 cm X b) 45 cm c) 50 cm d) 80 cm e) 90 cm

x 1, 8 y 1, 5
= ⇒x =6 = ⇒ y = 0 , 45 x 6
2 0,6 1, 8 6
1,8 1,8
0,6 2 y 1,5

4. (ENEM) Uma televisão pode ser posicionada de modo que se consiga enxergar os detalhes de uma
imagem em alta definição. Considere que a distância ideal, com conforto visual, para se assistir à te-
levisão de 32 polegadas é de 1,8 metro. Suponha que haja uma relação de proporcionalidades direta
entre o tamanho da tela (medida em polegada) e a distância ideal. Considere que um espectador
dispõe de uma televisão de 60 polegadas e que ele deseja se posicionar em frente a ela, com conforto
visual.
A distância da televisão, em metro, em que o espectador deve se posicionar para que tenha conforto
visual é mais próxima de:
a) 0,33 b) 0,96 c) 1,57 X d) 3,37 e) 3,60

32 60 60 ⋅1, 8 27
= ⇒ x= = = 3 , 375
1, 8 x 32 8

30 Livro de atividades
Feixe de retas paralelas intersectadas por
transversais
5. Observe a representação de um feixe de retas paralelas (r // s // t // u) cortado por duas retas trans-
versais (v e w), com os pontos indicados no desenho.
v

w
r A B

C D s
E
t F G
I u
H

Avalie as afirmações considerando que o desenho é apenas uma representação e escreva V para as
verdadeiras e F para as falsas.
AG CE
a) ( V ) = Os segmentos nessa ordem formam uma proporção.
BF DE
AC BD AC GI
b) ( V ) = ou =
GI FH BD FH

AB BD AB BE
c) ( F ) = O correto seria = .
CD DE CD DE

d) ( V ) Os triângulos EDC e EHI são semelhantes.


e) ( F ) Os triângulos AEF e BEG são semelhantes. Os triângulos AEB e GEF são semelhantes.
FG HI
f) ( V ) = Semelhança dos triângulos EGF e EIH.
EG EI
g) ( V ) CI ⋅ EF = DH ⋅ EG CI EG
=
DH EF

Teorema de Tales
6. Calcule a medida desconhecida dos segmentos determinados pela intersecção de retas paralelas
com transversais.
a) m // n // t
m
a 2,8
a 2,8 =
n
2,1 4,2
4,2a = 5,88
2,1 4,2
a = 1,4
t

Matemática – 9o. ano – Volume 1 31


b) a // b // c 8 4x +1
=
10 6 x − 2
a 8 ⋅ (6 x − 2) = 10 ⋅ (4 x + 1)
8
48 x − 16 = 40 x + 10
4x + 1
48 x − 40 x = 16 + 10
b
8 x = 26
10 6x – 2
x = 3 , 25

c 4 x + 1 = 4 ⋅ 3 , 25 + 1 = 13 + 1 = 14
6 x − 2 = 6 ⋅ 3 , 25 − 2 = 19 , 5 − 2 = 17 , 5

c) p // q // r

p 10 6
=
3x − 5 x + 2
6 10 10 ⋅ ( x + 2) = 6 ⋅ (3 x − 5)
10 x + 20 = 18 x − 30
q
10 x − 18 x = −30 − 20
−8 x = −50
3x – 5 x+2 x = 6 , 25

x + 2 = 6 , 25 + 2 = 8 , 25
r
3 x − 5 = 3 ⋅ 6 , 25 − 5 = 18 , 75 − 5 = 13 , 75

7. Na figura abaixo, temos quatro quadrados colocados um ao lado do outro, de forma que os vértices
A, B, C e D estejam alinhados. Calcule as medidas x e y dos lados dos quadrados.

B
A

4 x 9 y

x −4 9− x y −9
= =
4 x 9
x −4 9−x
=
4 x
x 2 − 4 x = 36 − 4 x
D
x 2 = 36 ⇒ x = 6
y–9
C
6−4 y −9 9–x
G
= B
4 9 A x–4 F
2 y −9 E
=
4 9 4 x 9 y
4 y − 36 = 18
4 y = 54 ⇒ y = 13 , 5

32 Livro de atividades
8. Determine os valores das incógnitas em cada item.
a) 5,2
z = 1, 3
4
z
4,55 = 1, 3 ⇒ z = 6 , 5
5
4 , 55
5,2 = 1, 3 ⇒ x = 3 , 5
x
3,9
3,9 = 1, 3 ⇒ y = 3
y
5 x 4 y

b) x 4 ,5
y w = 1, 5
3
z
3 x
= 1, 5 ⇒ x = 7 , 5
5
4 4,5
y
2 = 1, 5 ⇒ y = 3
9 2
5
z
= 1, 5 ⇒ z = 6
4
9
= 1, 5 ⇒ w = 6
w

9. (ENEM) Um marceneiro deseja construir uma escada trapezoidal com 5 degraus, de forma que o mais
baixo e o mais alto tenham larguras respectivamente iguais a 60 cm e a 30 cm, conforme a figura:
30

60

Os degraus serão obtidos cortando-se uma peça linear de madeira cujo comprimento mínimo,
em cm, deve ser:
a) 144.
Há várias formas de resolução. Para utilizar o teorema de Tales, traçamos uma reta paralela a um dos lados da
b) 180. escada. Assim, podemos escrever a proporção:

c) 210. z y x 30
= = = 30
h 2h 3h 4h h
X d) z 30
225. z 30
= ⇒ 4hz = 30h ⇒ z = 7 , 5
h 4h h
e) 240. y 30
y 30

= ⇒ 4hy = 60h ⇒ y = 15 h
2h 4h x 30
x 30 h
= ⇒ 4hx = 90h ⇒ x = 22 , 5 30 30
3h 4h
Total = 7,5 + 15 + 22,5 + 6 ∙ 30 = 225 cm

Matemática – 9o. ano – Volume 1 33


10. No triângulo ABC, o segmento DE é paralelo ao lado BC.
A
a) Mostre que os triângulos ABC e ADE são semelhantes.

AB AD AB AC
Pelo teorema de Tales, temos = , logo, temos = e o ângulo
D E AC AE AD AE
G do vértice A é comum aos dos triângulos. Assim, pelo caso LAL, os triângulos

são semelhantes.

B C
F

b) Conclua que as alturas dos triângulos relativas ao vértice A (AF e AG) mantêm a mesma propor-
ção dos lados dos triângulos. Sugestão: Analise os triângulos ABF e ADG.

ˆ e os triângulos têm um ângulo reto, assim, AF AB ,


ˆ ≡ ADG
Os triângulos ABF e ADG são semelhantes pelo caso AA, pois ABF =
AG AD
mesma razão de semelhança dos triângulos originais ABC e ADE.

11. Em cada item, o segmento AD é a bissetriz do ângulo interno Â. Determine o valor das incógnitas em
cada item.
a) Pelo teorema da bissetriz:
A x 5 x 2
= ou
2 4 5 4
5
x 4 x = 10 4x 10
5 x 2 ,5
C
D
B
x = = 2 ,5
2 4 2

b) A Pelo teorema da bissetriz:


x y
=
8 12 4 x = 24 ⇒ x = 6
8 12
x + y 15 3 y 3
= = =
C
x D y
B
8 + 12 20 4 12 4
x 3 4 y = 36 ⇒ y = 9
15 =
8 4

c) O perímetro do triângulo é 21 cm.


A
Pelo teorema da bissetriz: Como o perímetro é 21 cm:
x + 10 + y + 2 = 21
x 10
10 = ⇒ x ⋅ y = 20 x + y = 21 − 12
x 2 y
x+y =9
2 y
C D B
Há duas soluções inteiras:
x = 5 cm e y = 4 cm ou x = 4 cm e y = 5 cm

34 Livro de atividades
d) O perímetro do triângulo é 21 cm.

A Pelo teorema da Como o perímetro 49 4 4


bissetriz: é 21 cm: x+y= e x= y x= y
4 3 3
x 5
x 5 15 4 49 4 21
15 = x +5+ + y = 21 y+y= x = ⋅ ⇒ x =7
y 4 y 15 4 3 4 3 4
C D B 4 20 15 84 4 3 49
x 4 4 x+y = − − + y+ y=
= ⇒ x= y 4 4 4 3 3 4
y 3 3 49 7 49 21
x+y = y= ⇒ y=
4 3 4 4

12. No triângulo ABC, o segmento DE é paralelo ao lado BC e AF é a bissetriz relativa ao vértice A. De-
termine as medidas dos segmentos BF e BD.
A Pelo teorema de Tales: Pelo teorema da bissetriz interna:
DB AD BF FC
= =
EC AE AB AC
6 9 DB 6 BF 6
= = ⇒ BF = 4
3 9 8 12
DB = 2
D E
3
B C
F 6

13. No quadrado ABCD, o lado mede 2,41 cm; a diagonal, 3,41 cm; o ângulo BÂE, 22,5°. Determine o
comprimento aproximado de BE.
A D

B C
E

O triângulo ABC é retângulo e isósceles e o ângulo BÂC mede 45°. Como BÂE mede 22,5°, EÂC também mede 22,5°. Assim, AE é
bissetriz do ângulo BÂC.
AB AC
=
BE CE
2 , 41 3 , 41
=
BE 2 , 41 − BE
5 , 8081 − 2 , 41BE = 3 , 41BE
5 , 82BE = 5 , 8081
BE  1

Matemática – 9o. ano – Volume 1 35


14. No retângulo ABCD a seguir, E é o ponto médio do segmento BC, e F é o ponto médio do segmento AE.
Calcule a razão entre os comprimentos dos segmentos DF e FG.
A G B
Traçando as linhas auxiliares IH e JF paralelas aos lados do retângulo, os
triângulos ABE e AJF são semelhantes com razão de semelhança 2 (F é pon-
1 1
F to médio de AE), assim, AI = JF = BE = BC.
2 4
E
Os triângulos IFD e JGF são semelhantes, portanto:
DF ID
=
FG JF J G
A B
D C
3
BC I H
DF 4 F
= E
FG 1 BC
4
DF 3 4 DF D C
= ⋅ ⇒ =3
FG 4 1 FG

15. Observe o triângulo ABC. O segmento AD é a bissetriz do ângulo interno Â. Sabendo que AB = 4,
AC = 3 e BC = 5, determine o comprimento aproximado do segmento BD.
A
Pelo teorema da bissetriz do ângulo interno, temos que:
BD CD
=
BA CA
BD 5 − BD
=
4 3
3BD = 20 − 4BD
B D C 7BD = 20
20
BD = ⇒ BD  2 , 86
7

16. (UFRGS – RS) Na figura 1, BC é paralelo a DE e, na figura 2, GH é paralelo a IJ.


Então, x e y valem, respectivamente: E
J
a x y
X a) ab e
b H
C
b a a
b) ab e
a
A F
B D G I
a 1 b b 1
c) e ab figura 1 figura 2
b
b
d) e ab Pelo teorema de Tales:
a x a y a
= =
b 1 1 b
a 1 x = ab
e) e y=
a
b b b

36 Livro de atividades

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