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Iago Moreira
nº matrı́cula: 2020035140
Séries de potência
1
Sumário
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1 Séries 3
1.1 Testes e critérios de convergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Critério de comparação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Teste de Cauchy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Raio de convergência de uma série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Série de Taylor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4 Referências 7
2
Resumo
Nessas notas iremos explorar algumas propriedades de funções básicas como log , exponencial, seno e cosseno
no contexto de séries de potência e seu caso particular para raio r de convergência maior que zero, e discutiremos
alternativas para se achar o raio de convergência de uma série.
1 Séries
Definição 1) Dada uma sequência an usamos a notação:
q
X
an (p ≤ q) (1)
n=p
para denotar a soma ap + ap+1 + .... + aq de forma que associamos sn uma nova sequência, onde
n
X
sn = ak (2)
k=1
Dizemos que uma série é convergente se existir número real c tal que c = limn→∞ sn ,lemos, que c é o limite da
soma a1P+ ..... + an + ..., se o limite não existir, dizemos que sn diverge. Uma série converge absolutamente
quando |an | converge.
1
com termo geral an = n1 − n+1 1
P
Exemplo 1 : a série tem soma sn :
n(n + 1)
1 1 1 1 1 1
sn = 1 − + − + .... + − =1−
2 2 3 n n+1 n+1
tal que limsn = 1 ou seja a soma converge para 1.
Teste de Cauchy
1
P Teorema 2 ) Quando existe um número p tal que |a| < p < 1 para todo n suficientemente grande a série
n
an é absolutamente convergente.
Demonstração:
1
pn > |an | para todo n suficientemente grande ,como
P n
se |a| n < p < 1 logoP p é convergente segue do critério
de comparação que an é absolutamente convergente.
3
Teorema de Abel:P
∞
Se a série de potências n=0 an xn converge para algum x = x0 ̸= 0, então a série converge absolutamente para
todo x tal que |x| < |x0 |.
P∞
Prova: Suponha que a série n=0 an xn0 converge, ou seja, limn→∞ an xn0 = 0.
Agora, para 0 < |x| < |x0 |, usaremos o critério de comparação de séries. Como |x| < |x0 |, existe uma cons-
tante r tal que |x|/|x0 | = r < 1. Então, para n suficientemente grande, temos |x|n ≤ rn |x0 |n , e portanto
|an x|n ≤ |an x0 |n rn .
P∞ P∞
Sabemos que P n=0 an xn0 converge, e portanto n=0 |an x0 |n também converge. Pelo critério de comparação,
∞
isso implica que n=0 |an x|n converge.
P∞
Assim, para 0 < |x| < |x0 |, a série n=0 an xn converge absolutamente. Portanto, o Teorema de Abel é
demonstrado.
(x0 − r, x0 + r)
e diverge para x fora desse intervalo. O raio de convergência é, portanto, o raio do maior intervalo centrado em
x0 onde a série converge.
Teorema 2)
an xn , ou converge apenas para x=0 ou existe r, com 0 < r ≤ +∞, tal que a série
P
Uma série de potências
converge absolutamente no intervalo aberto (−r, r) e diverge fora do intervalo fechado [−r, r]
1
Vale notar que pelo critério de Cauchy se a sequência |an | n é limitada então o conjunto R = {p > 0; |an | <
1
p n para n suficientemente grande }, ou seja , R é o conjunto formado por intervalos da forma (−1/pn , 1/pn )
onde toda sequência an ∈ (−1/pn , 1/pn ) note que se existe r > p R é um intervalo do tipo (0, r] ou (0, +∞)
onde r = supR e r é chamado de raio de convergência da série.
Onde an , an−1 , ...., a1 são constantes, ditas coeficiente do polinômio e n o grau do polimômio. Uma forma de
escrevermos uma função polinomial é em forma de série,desse modo:
∞
X
p(x) = an xn (4)
n=o
Agora vamos analisar algumas propriedades de duas séries especiais c(x) e s(x), dadas por :
n=0 n=0
X (−1)n x2n X (−1)n x2n+1
c(x) = e s(x) =
∞
(2n)! ∞
(2n + 1)!
4
é dado pela fórmula:
1
R= p
lim supn→∞ n
|an |
Vamos calcular o raio de convergência para as séries c(x) e s(x): O raio de convergência de uma série de
potências
∞
X
an xn
n=0
(−1)n
an =
(2n + 1)!
calculando seu limsup:
an+1 1
lim sup = lim sup =0
n→∞ an n→∞ 2n + 3
logo,
Rs = ∞
derivando-as :
∞ ∞
X (−1)n 2nx2n−1 X (−1)n+1 x2n−1
c′ (x) = = = −s(x)
n=1
(2n)(2n − 1)! n=0
(2(n + 1) − 1)
∞ ∞
X (−1)n (2n + 1)x2n X (−1)n x2n
s′ (x) = = = c(x)
n=1
(2n + 1)(2n)! n=0
(2n)!
Se com muita perspicácia tomarmos a função f (x) = c2 (x)+s2 (x) e a derivarmos obtemos a seguinte identidade:
c2 (x) + s2 (x) = 1 ∀x ∈ R
5
Da mesma forma se fixarmos y ∈ R e definir as funções f (x) = s(x + y) − s(x)c(y) − c(x)s(y) e f (x) =
c(x + y) − c(x)c(y) − s(x)s(y), teremos que f ′ = g e g ′ = f , logo, resulta que f 2 + g 2 tem derivada nula, portanto
constante. Vale notar que f (0) = g(0) = 0.Por fim f (x) = g(x) = 0 para todo x ∈ R e as fórmulas estão
provadas.m
Como c(x) é contı́nua o conjunto de dos números x ≤ 0 tais que c(x) = 0. Logo possui um menor elemento
, ao qual chamaremos de convenietemente de π2 para o qual se tem c( π2 ) = 0.
f (n+1) (c)
Rn (x) = (x − a)n+1
(n + 1)!
para algum c entre a e x.
Teorema 3
Seja f : I → R derivável no intervalo I, com f ′ (x) = k.f (x). Se, para um certo x0 ∈ I, tem-se f (x0 = c então
f (x) = c.ek(x−x0 ) ∀x ∈ I. Logo munidos desse teorema teremos que f (x) = ex , e sua série de Taylor em x = 0
será :
x2 x3
ex = 1 + x + + + ...
2! 3!
a funçaõ logaritmo se dá de uma forma diferente, uma vez que, ela não é definida em x = 0, utilizando nova-
R x dt tomamos log(1 + x). definida para todo x > −1. P
mente a perspicácia, Pelo Teorema fundamental do cálculo,
log(1 + x) = 0 (1+t) . Como a série de Taylor da função 1/(1 + x) é n≤0 (−1)n .xn , se intergrarmos a série
termo a termo:
∞
x2 x3 x4 X xn
log(1 + x) = x − + − ... = (−1)n+1
2! 3! 4! n=1
n
A série de Taylor de log(x + 1) é convergente no intervalo aberto (-1,1), pois 1 é seu raio de convergência
(verifique utilizando os testes e critérios de convergência da seção 2).
6
solução:
a reta tangente ao gráfico de f no ponto x0 é dada seguinte forma:
onde F (x) é uma primitiva de f (x) e Fna (x) é uma primitiva de pan (x).
Z b
Rn (x) dx = F (b) − F (a) − [pan (x)]ba
a
b
f ′′ (a) f (n) (a)
Z
f (b) = F (b) − F (a) − [f (a) + f ′ (a)(b − a) + (b − a)2 + . . . + (b − a)n ] + pan (x) dx
2! n! a
simplificando teremos:
Z b
1
f (b) = pan (b) + f (n+1) (x)(b − x)n dx
n! a
Essa é a fórmula de Taylor de ordem n com o termo de resto integral demonstrada para uma função f n + 1
vezes diferenciável.
4 Referências
Lima, Elon Lages. Análise Real - Volume 1.
Doering,Claus. Introduction a real analisys.