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APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 03
Módulo I .................................................................................................................................... 04
Seção 1.1 - Operações envolvendo sinais e expressões numéricas .......................................... 04
Seção 1.2 - Operações com frações ........................................................................................... 09
Seção 1.3 - Fatoração e simplificação algébrica ......................................................................... 14
Seção 1.4 - Potenciação Radiciação ........................................................................................... 20
Módulo II ................................................................................................................................... 25
Seção 2.1 - Razão e Proporção .................................................................................................. 25
Seção 2.2 - Grandezas proporcionais ......................................................................................... 30
Seção 2.3 - Regra de três simples e composta ........................................................................... 31
Seção 2.4 – Porcentagem ........................................................................................................... 38
Módulo IV .................................................................................................................................. 50
Seção 4.1 - Equações exponenciais ........................................................................................... 50
Seção 4.2 - Logaritmos ............................................................................................................... 55
Módulo V ................................................................................................................................... 66
Seção 5.1 - Matrizes e Determinantes ........................................................................................ 66
Seção 5.2 - Sistemas lineares ..................................................................................................... 77
Módulo VI .................................................................................................................................. 88
Seção 1.1 – Trigonometria ....................................................................................................... 88
2
Apresentação
Nossa experiência profissional mostra, que mesmo que as noções teóricas sobre o assunto
sejam absorvidas rapidamente pelos alunos, nem sempre essas são bem compreendidas por eles.
Assim, para tornar a aprendizagem uma tarefa menos árdua e para proporcionar melhorias de
desempenho dos alunos, este material foi desenvolvido e consta dos seguintes tópicos: Operações
algébricas, grandezas, conversão de unidades, exponenciais, logaritmos, matrizes, determinantes,
sistemas lineares, Trigonometria, Funções, Vetores e Números Complexos.
3
MÓDULO I
Objetivos
Instrumentar o aluno, para que o mesmo seja capaz de: realizar operações envolvendo sinais,
realizar operações com frações, realizar processos de fatoração e simplificação algébrica e operar
com potências e radicais.
Seção 1.1
Se tenho, por exemplo, R$ 10,00 e recebo mais R$ 5,00, fico com R$ 15,00; ou se devo R$
10,00 a Pedro e devo R$ 5,00 a Maria então devo ao todo R$ 15,00 — (sinais iguais soma-se e
repete o sinal); agora se tenho os mesmos R$ 10,00 e gasto R$ 5,00 fico com R$ 5,00; ou se tenho
R$ 5,00 e devo a João R$ 10,00, só posso pagar o que tenho, isto é, os R$ 5,00, e ainda assim fico
devendo R$ 5,00 — (sinais diferentes subtraí-se e dá o sinal do maior número em valor
absoluto).
4
Na operação 9 + 5 = 14, partimos do número 9, andamos 5 unidades para a direita e chegamos ao
número 14.
Para resumir:
Exemplos:
símbolo da adição ( + )
5
• Com o símbolo da adição implícito (sem aparecer)
+7 + 5 = +12 – 5 –7 = –12
símbolo da subtração ( – )
7 – (–6) = 7 + 6 = 13 (+6) – (+2) = 6 – 2 = 4
sinal negativo ( – ) sinal positivo ( + )
Veja a seguir, como devemos proceder numa situação em que há soma e subtração de
diversos números.
53 - 25 + 65 - 30 - 18 =
A melhor forma de realizar esse cálculo é somar os números positivos, somar os números
negativos e depois subtrair o segundo resultado do primeiro. Assim:
(53 + 65) - (25 + 30 + 18) = 118 - 73 = 45
Exemplos:
a) (+2) . (+7) = +14 (nenhum negativo, logo, um número par de negativos);
b) +3 . (–4) = –12 (apenas um negativo, logo número ímpar de negativos);
c) (–12) : (–4) = +3 (número par de negativos);
d) (–2)3 = –8 (aqui, quem conta os negativos da base é o valor do expoente, logo, ímpar).
Tal regra ainda pode ser utilizada na eliminação de parênteses, como foi realizada nos exemplos
da operação de subtração:
– (–4) = + 4 (número par de negativos);
– (+3) = – 3 (número ímpar de negativos).
6
Resumindo
o produto ou a divisão de um positivo por um negativo é negativo:
(–3) . 2 = (–3) + (–3) = – 6 (–16) : (4) = - 4
a) Expressões numéricas
Nas expressões numéricas contendo as operações de adição, subtração, multiplicação e
divisão são adotadas as seguintes regras:
1ª) Primeiramente devem ser realizadas as operações multiplicativas, ou seja, a multiplicação e a
divisão, na ordem em que aparecem;
2ª) As operações aditivas, ou seja, adições e subtrações, na ordem em que aparecem;
3ª) Se nas expressões numéricas aparecerem parênteses, colchetes e chaves, a regra é a seguinte:
primeiro são efetuadas as operações de dentro dos parênteses, depois as que sobraram dentro dos
colchetes, depois as que ficaram dentro das chaves (sempre de dentro para fora) e, por fim, as que
ficaram fora das chaves.
Exemplo:
Somar primeiro
1000-{987-[6.(5+4)+3].2+1} = 1000 - {987-[6.9+3].2+1}
= 1000 - {987-[54+3].2+1}
= 1000 - {987-57.2+1}
= 1000 - {987-114+1}
= 1000 - 874
= 126
7
= 1000 - 874
= 126
Observação:
Nas calculadoras não há espaço para as teclas com [ ] e { }. Por isso, usamos apenas os
parênteses. O que devemos lembrar é que o número de parênteses de abertura deve ser
igual o número de parênteses de fechamento.
Exercícios
Resolva as seguintes expressões.
a) − 5 + (− 6 ) − (− 8)
b) − 10 − (− 8 + 3)
c) − 5 − (− 2 − 6 + 1) + (− 3 − 4 )
d) (7 − 3) + (− 8 + 1) − (5 − 8)
e) − (− 2) + (− 3) − {− 2 + [− 1 − (− 2 + 1)] + 5}
f) 20 − {− 10 − [− 8 + (5 − 12)] − 20}
g) − 3 ⋅ (− 4 ) + (− 6 ) ⋅ (5)
h) (− 2) ⋅ (3) + {2 ⋅ [− 3 + (− 2) ⋅ (− 4)]}
i) (− 4 + 20) ÷ (− 8)
j) [− 20 + (− 12 + 4)] ÷ [1 + (− 3) ⋅ (− 2)]
k) − 5 + {3 − (12 ÷ 3) + (12,4 − 0,565)} − 15
l) 300 − 7 ⋅ 8 + 80 ÷ 5
m) 40 + (15 + 4 ⋅ (90 ÷ (21 − 4 ⋅ 3)) + 7 ) ÷ 31
Gabarito
a) -3 b) -5 c) -5 d) 0 e) -4 f) 35 g) -18
h) 4 i) -2 j) -4 k) -9,165 l) 260 m) 42
8
Seção 1.2
• O segundo número (b), chamado de denominador, indica em quantas partes iguais a unidade foi
dividida;
• O primeiro número (a), chamado numerador, indica quantas partes da unidade foram tomadas
• Simplificar uma fração é dividir seus termos por um mesmo número diferente de zero e obter
termos menores que os iniciais.
14 2
Por exemplo, simplificando a fração obtemos a fração .
21 3
• Quando simplificamos uma fração e obtemos uma nova fração que não pode ser simplificada,
dizemos que foi obtida a forma irredutível da fração dada.
12 3
Por exemplo, simplificando a fração obtemos a fração , que está na sua forma irredutível.
44 11
9
b) Operações com frações
I. Adição e subtração de frações
A soma de frações com denominadores iguais é uma fração cujo denominador é igual ao das
a c a+c
parcelas e cujo numerador é a soma dos numeradores das parcelas, ou seja: + =
b b b .
2 3 5
Exemplo: + =
7 7 7
A diferença de duas frações com denominadores iguais é uma fração cujo denominador é
a c a−c
igual ao das frações dadas e cujo numerador é a diferença dos numeradores, isto é: − =
b b b .
8 5 3
Exemplo: − =
11 11 11
Quando vamos somar ou subtrair frações que tem denominadores diferentes devemos
primeiro reduzi-las ao mesmo denominador e, em seguida, aplicar as regras anteriores. Dadas as frações
a c
irredutíveis b e d
a c a⋅d + b⋅c
- Na adição temos b + d = b⋅d
, b ⋅ d é o mmc de b e d
a c a ⋅d −b⋅c
- Na subtração temos b − d = b⋅d
, b ⋅ d é o mmc de b e d
Observação. O mmc representa o menor múltiplo comum dos denominadores de uma fração.
Exemplos:
4 5
a) +
9 6
O primeiro passo é reduzir as frações ao mesmo denominador. Para isso devemos encontrar o
mmc(9, 6) que é 18. Então:
4 5 4 ⋅ 2 + 5 ⋅ 3 8 + 15 23
+ = = =
9 6 18 18 18
10
2 3
b) −
3 4
O primeiro passo é reduzir as frações ao mesmo denominador. Para isso devemos encontrar o
mmc(3, 4) que é 12. Então:
2 4 2⋅4 − 4⋅3 8 − 9 1
− = = =−
3 4 12 12 12
Exercício
Calcule o valor de cada expressão.
3 2 1 4 2 5 1 1 1
a) + − b) − + − c) 1 − − −
4 5 10 5 9 3 2 4 8
7 1 9 5 1 1 1 7 5
d) − 2 − − 1 e) − + − 1 − − + f) 1 + − − −
3 3 2 8 4 2 5 4 4
Gabarito
21 101 1 1 41 4
a) b) − c) d) − e) − f)
20 45 8 3 8 5
Exemplos:
3 1 3 ⋅1 3 3 5 − 3 ⋅ 5 − 15 3 3 ⋅ 6 18
a) ⋅ = = b) − ⋅ = = c) ⋅6 = =
5 2 5 ⋅ 2 10 4 7 4⋅7 28 5 5 ⋅1 5
2 − 5 ⋅ −2 10 11 4 11 ⋅ 4 44 11
d) − 5 ⋅ − = = e) ⋅ = = =
7 1⋅ 7 7 8 7 8 ⋅ 7 56 14
11
Observação.
Depois de calcular o produto de duas frações, devemos simplificar a fração obtida, colocando-a
na forma irredutível. Ou podemos cancelar os fatores comuns aos numeradores e aos denominadores
antes de fazer a multiplicação.
4 20 4 16 2 9 7 3 7 21
a) ⋅ = 4⋅ = b) ⋅ ⋅ = 1⋅ ⋅ =
5 7 7 7 3 5 22 5 11 55
Exercícios
Efetue as multiplicações de frações a seguir.
14 9 25 2 1 3
a) (− 3) ⋅ b) − ⋅ − c) ⋅ − ⋅ −
5 5 36 3 2 7
13 72 5 24 55
d) ⋅ e) ⋅− ⋅−
60 11 18 25 54
Gabarito
42 5 1 78 22
a) − b) c) d) e)
5 4 7 55 81
Exemplos:
3 3 3 2 2 3 5 3 7 21
a) ÷ = ⋅ = b) − ÷ =− ⋅ =−
5 2 5 3 5 4 7 4 5 20
2 7 35 11 11 1 11
c) − 5 ÷ − = −5 ⋅ − = d) ÷3 = ⋅ =
7 2 2 8 8 3 24
12
Exercícios
1) Efetue as divisões de frações a seguir
3 3 1
÷ (− 2 )
4 11 11 7 11
a) ÷ b) − 5 ÷ c) − d) ÷ e) ÷
5 4 6 3 2 5 3 6
1 3 1 3 3 2 1 4 21 20 2 9 1 2 1
a) ⋅ + ⋅ b) + ÷ + c) ⋅ − ⋅ d) + 3⋅ −
2 4 5 2 4 4 3 3 4 14 27 10 2 5 4
1 1 1 1 1 1 5 1 4 1 3 10 7 1 3
e) − ÷ − f) + + ÷ 2 − + g) ⋅ + ⋅ ÷ 2 − ⋅
2 3 4 6 2 3 4 4 3 3 5 7 5 2 4
2 9 5 10 37 1 1 1 1
h) ⋅ − ÷ ÷ 2 − i) 1 − ⋅ 1 − ⋅ 1 − ÷ 1 −
3 8 49 7 28 2 3 4 5
Gabarito
Questão 01:
4 2 5 14
a) b) − 30 c) d) e)
5 3 2 11
Questão 02:
27 3 223 29 25
a) b) c) d) e) 2 f)
40 4 30 20 37
88 5
g) h) 1 i)
65 16
13
Seção 1.3
a) 3x b) 3 x + 7 y 1 2 3
c) a + 2a − 3b −
2 5
Ele é formado por dois termos ax e ay que apresentam em comum o fator a. Pela propriedade
distributiva, sabemos que:
ax + ay = a( x + y )
Exemplos:
a) 6 x 3 y − 9 x 2 y 2 = 3 x 2 y (2 x − 3 y ) b) 15 x 3 − 10 x 2 = 5 x 2 (3x − 2 )
c) 2ax 3 − 3a 2 x 2 = ax 2 (2 x − 3a )
14
b) Caso do agrupamento
Observe os termos do polinômio: ax − mx + ay − my
Os dois primeiros termos apresentam fator comum x e os dois últimos apresentam o fator comum
y. Vamos agrupar os termos e colocar em evidência os fatores comuns:
(ax − mx) + (ay − my )
(colocando em evidência no primeiro termo o x e o y no segundo termo)
x(a − m ) + y(a − m )
Com isso, transformamos o polinômio dado no produto (a − m)( x + y ) , que é a forma fatorada
dele. Então:
ax − mx + ay − my = (a − m)( x + y )
Exemplos:
a) 5( x − y ) − a( x − y ) = ( x − y )(5 − a )
b) ax − bx + 2a − 2b = x(a − b ) + 2(a − b ) = (a − b )( x + 2)
c) xy + 2 x − 3 y − 6 = x( y + 2) − 3( y + 2) = ( y + 2)( x − 3)
d) x 2 + 2 xy + 3x + 6 y = x( x + 2 y ) + 3( x + 2 y ) = ( x + 2 y )( x + 3)
15
Exemplos:
(
3) a 4 b12 é quadrado perfeito, pois a 4 b12 = a 2 b 6 )2
diferença (a − b ) , isto é:
a 2 − b 2 = (a + b )(a − b )
A forma fatorada de uma diferença de dois quadrados é o produto da soma pela diferença das
bases deles na ordem dada. Assim:
(a + b) ⋅ (a − b) é a forma fatorada de a 2 − b 2 .
Exemplos:
a) x 2 − 9 = ( x + 3)( x − 3) c) x 4 − y 4 = (x 2 + y 2 )(x 2 − y 2 )
a 2 + 2ab + b 2 = (a + b )
2
16
O trinômio a 2 − 2ab + b 2 é denominado trinômio quadrado perfeito, porque é igual ao
quadrado do binômio (a − b ) :
a 2 − 2ab + b 2 = (a − b )
2
Resumindo temos:
Exemplos:
a) x 2 + 10 x + 25 = ( x + 5) b) a 2 − 6ab + 9b 2 = (a − 3b ) c) 9a 2 x 2 − 6ax + 1 = (3ax − 1)
2 2 2
1) (x + 2)(x + 3) = x 2 + 3x + 2 x + 6 = x 2 +{5 x +{
6
2+ 3 2⋅3
2) (x − 3)(x − 5) = x 2 − 3x − 5x + 15 = x 2 − 8 x+ {
{ 15
( −3 )+( −5 ) ( −3 )⋅( −5 )
3) (x + 4)(x − 2) = x 2 + 4 x − 2 x + 8 = x 2 {
+2 x −
{ 8
4+ ( − 2 ) 4⋅( − 2 )
= x2 + s x + p
Fatoração do trinômio x 2 + s x + p
Exemplos:
1) Fatorar x 2 + 5 x + 6
Neste caso, temos s = 5 e p = 6
Então, quais são os dois números que tem soma s = 5 e produto p = 6 ?
2) Fatorar x 2 − 5 x + 6
Neste caso, temos s = −5 e p = 6
Então, quais são os dois números que tem soma s = −5 e produto p = 6 ?
3) Fatorar x 2 + 2 x − 8
Neste caso, temos s = 2 e p = −8
Então, quais são os dois números que tem soma s = 2 e produto p = −8 ?
18
Exercícios
1) Fatore, colocando em evidência os fatores comuns.
d) x 3 y 2 + x 2 y 2 + xy 2 e) − am − bm f) 15a 2 x 2 − 5a 2 x 4 + 10a 2 x 3
g) mp + np − mq − nq h) x 3 − 5 x 2 + 4 x − 20 i) abx + aby + a xy + b xy
2 2 2 2
j) 3( x − 1) + a( x − 1) + a 2 ( x − 1) k) (a + b ) + (a + b )
3 2
a) x 2 + 4 x + 3 b) x 2 − 7 x + 10 c) x 2 + 3 x − 18
d) y 2 + 4 y − 5 e) t 2 − t − 12 f) a 2 + 10 a + 24
x 2 + 4x + 3
3) Supondo x ≠ -1, simplifique a fração algébrica .
x +1
x 2 + 8 x + 15
4) Simplifique a fração algébrica , supondo x 2 + 4 x − 5 ≠ 0 .
x + 4x − 5
2
Gabarito
Questão 01
a) k (x + 1) e) − m(a + b ) i) (bx + ay )(ax + by )
b) 4k ( p + 2q − 3) (
f) 5a 2 x 2 3 − x 2 + 2 x ) j) (x − 1)(3 + a + a 2 )
c) x 2 (x 2 − x + 1) g) (m + n )( p − q )
k) (a + b )2 (a + b + 1)
d) xy 2 (x 2 + x + 1) h) (x 2
)
+ 4 ( x − 5)
Questão 02
a) ( x + 3)( x + 1) b) ( x − 2)( x − 5) c) ( x + 6)( x − 3)
19
d) ( y + 5)( y − 1) e) (a + 4)(a + 6) f) (t − 4)(t + 3)
Questão 03 Questão 04
(x + 3) x+3
x −1
Seção 1.4
Potenciação e Radiciação
a) Potenciação
O que é potenciação? Potenciação é uma operação que consiste em elevar um número a um
expoente dado, ou seja, an onde a é um número real.
an = x a ∈ R ⇒ a ⋅ a ⋅ a...a = x
Nomenclatura:
a – base da potência;
n – expoente;
x – potência
20
b) Propriedades da potenciação
(
1ª - Produto de potências de mesma base: a m ⋅ a n = a m + n )
Exemplo: ( 2 3 ⋅ 2 5 ) = 2 3+ 5 = 2 8
53 1
Exemplo: 5 = 5 3−5 = 5 −2 Pela definição de expoente negativo 5 −2 =
5 52
(a )
m n
= a m⋅n
Exemplo: (9 ) 2 3
= 9 2⋅3 = 9 6
(a ⋅ b )m = a m ⋅ b m e (a ÷ b )m = am ÷ bm
56
Exemplo: 4 = 5 6−4 = 5 2
5
21
Curiosidades:
1. Se “a” é um número natural diferente de zero, qual é o valor de a0?
Demonstração
Podemos escrever: a0 = an ÷ an , pela propriedade da potência
an
a n ÷ a n = a n − n , mas a n ÷ a n = n
= 1 , logo a 0 = 1 .
a
c) Radiciação
O que significa radiciação? Radiciação indica que x
a = b ⇔ b x = a onde (x ∈ N e x > 1), ou
seja, é a operação inversa da potenciação. Nestas condições observamos que, um expoente fracionário
pode ser escrito através de um radical, ou seja:
y
( x a ) y = x (a) y = a x (a ∈ R *+ , y ∈ Z e x ∈ Z*+ )
Exemplos:
1 2
1) 2 2 = 4 = 4 2 = 2 ou 22 = 2 2 = 2
2) 3
243 = 3
35 = 3
33 ⋅ 3 2 =
243 3
3
33 ⋅ 3 3 2 =
81 3
2
31 ⋅ 3 3 27 3
2 9 3
3
3⋅ 3 3
3
ou 1 3 4.3 = 243
Resultados
3⋅ 3 32 possíveis forma fatorada
ou
3⋅ 3 9
22
d) Propriedades da radiciação
1. x
(a) x = a Exemplo: 3
(5) 3 = 5
2. x
a⋅b = x a ⋅ x b Exemplo: 4⋅9 = 4 ⋅ 9 = 2⋅3 = 6
x 3
a a 8 8 2
3. x = x
Exemplo: 3 = 3
=
b b 27 27 3
x⋅ p x÷ p
4. x
ay = a y⋅ p ou x
ay = a y÷ p Exemplo: 3
5 2 =6 5 4
Curiosidades:
1. A afirmação 3+ 3 = 6 está correta?
Não, pois na soma de radicais não se efetua a soma de radicandos, ou
seja, 3+ 3 = 2 3 , o que é diferente de 6.
Exercícios
1) Marque as alternativas corretas.
4 1 2
a) ( ) 4
33 = 3 3 b) ( ) 3
6 = 63 c) ( ) 3
62 = 6 3
3 5
d) ( ) 4
54 = 5 e) ( ) 5 2 = 3 5 2 f) ( ) 15 8 = 8 155
2 1 5
g) ( ) 3 5 = 35 h) ( ) 7 2 = 7 i) ( ) 15 8 = 5 158
a) ( ) 3
3 = 6 32 b) ( ) 8
42 = 4 42 c) ( ) 6
33 = 3
d) ( ) 3 ⋅ 4 =4 3 e) ( ) 81 ⋅16 = 36 f) ( ) 2 2 = 2 ⋅ 16
23
3) Simplificando os radicais as respostas corretas são:
a) ( ) 20 = 4 5 b) ( ) 12 = 2 3
c) ( ) 72 = 6 2 d) ( ) 45 = 9 5
b) ( ) 4⋅9 = 4 ⋅ 9
b) ( ) 4 3 +2 3 −3 3 = 3
33 1
c) ( ) − 3 10 − 10 = − 3 10
4 2
Gabarito
Questão 01
1 2
b) 3
6 = 63 c) 3
62 = 6 3 d) 4
54 = 5
5 2 1
f) 15 8 = 8 15 5 g) 3 5 = 5 3 2 h) 7 2 = 7
Questão 02
a) 6 ÷2
3 2÷ 2 = 3 3 c) 6 ÷3
3 3÷ 3 = 3 e) 81 ⋅16 = 81 16 = 9.4= 36
Questão 03
b) 12 = 2 2.3 = 2 3 c) 72 = 2 3.3 2 = 6 2
Questão 04 Questão 05
4⋅9 = 4 ⋅ 9
b) a) 5 +3 5 = 4 5
36 = 2.3 = 6
24
MÓDULO II
Objetivos
Propiciar a compreensão e o domínio dos conceitos abordados neste módulo.
Seção 2.1.
Razão e Proporção
2.1.1. Razões entre grandezas
Chama-se razão o quociente entre dois números ou duas grandezas. Muitos conceitos
importantes são expressos por razões, como por exemplo, as situações colocadas a seguir.
a) Densidade demográfica: razão entre o número de habitantes de uma região e a área dessa região.
habitantes
Densidade demográfic a =
área
b) Densidade de um corpo: razão entre a massa de um corpo e o seu volume.
massa
Densidade =
volume
c) Velocidade média: razão entre a distância percorrida por um móvel e o tempo gasto para percorrê-la.
distância
Velocidade média =
tempo
d) Escala: razão entre a medida de um comprimento no desenho e a medida correspondente ao
comprimento real.
medida do compriment o no desenho
escala =
medida do compriment o real
25
Definição:
a
Dados dois números racionais a e b, com b ≠ 0, chama-se razão entre a e b ao quociente indicado por
b
ou então, a : b , ou seja:
a
r= , ou de modo semelhante r = a : b
b
Exemplos:
1) No vestibular inscreveram-se 7830 candidatos para disputarem as 90 vagas de um curso. Qual a
relação candidato-vaga para esse curso?
7830 candidatos
Solução: r = ⇒ r = 87 candidatos vaga
90 vagas
2 3
2) Qual a razão entre e ?
5 10
2
0,4
Solução: r = 5
3
⇒r= ⇒ r ≈ 1,33
10 0,3
Exercícios
1) Determine a razão entre os números abaixo.
6
1.1) 3 e (a) 3,5 (b) 2,5 (c) 1,5 (d) 4,5 (e) 5,5
7
1 1
1.2) e (a) 0,5 (b) 2,5 (c) 1,5 (d) 3,5 (e) 4,5
2 3
1.3) 1,5 e 5 (a) 0,1 (b) 1,5 (c) 2,3 (d) 0,3 (e) 3,3
26
2) Calcule as razões entre as grandezas a seguir:
2.1) 27 km e 3 l de álcool
(a) 7 km/ l (b) 8 km/ l (c) 5 km/ l (d) 9 km/ l (e) 6 km/ l
2.2) 40 g e 5 cm3
(a) 8 g/cm3 (b) 7 g/cm3 (c) 5 g/cm3 (d) 0,8 g/cm3 (e) 80 g/cm3
2.3) 24 kg e 80 kg
(a) 3 (b) 30 (c) 9 (d) 0,9 (e) 0,3
2.4) 20 cm e 4 dm
(a) 0,5 (b) 5 (c) 1,5 (d) 50 (e) 0,15
4) Numa planta baixa de uma casa é usada 1cm para cada metro (100cm) qual a razão entre a
medida do desenho e a medida verdadeira?
1 1 1 1 1
(a) (b) (c) (d) (e)
10 100 1 1000 10000
mulheres mulheres
(d) 5 (e) 0,4
alunos alunos
27
Gabarito
Questão 01 Questão 04
1.1) a 1.2) c 1.3) d Opção b
Questão 05
Questão 02
5.1) e 5.2) b
2.1) d 2.2) a 2.3) e 2.4) a
Questão 03
Opção d
2.1.2 Proporção
Em certas situações práticas do cotidiano, somos levados a ter de escolher entre duas ofertas,
verificando qual é a mais econômica. Por exemplo, na compra de 2 potes de manteiga, um com 300g
custam R$ 1,50 o outro com 1000g custam R$ 4,80. Como vemos o pacote de 1000g é o mais caro.
Porém este fato pode não ser suficiente para avaliar qual é a melhor compra.
O que estamos tentando fazer neste caso é comparar o preço das manteigas. Entretanto, tal
comparação não pode ser feita diretamente, porque as quantidades são diferentes. Para resolver esta
questão podemos recorrer a definição de proporção.
Definição
Denomina-se proporção a uma igualdade entre duas razões, ou seja:
a c
= ou de modo semelhante a : b = c : d
b d
Exemplo:
1 4
= ou 1:2 = 4:8 onde 2 e 4 são os meios; 1 e 8 são os extremos
2 8
Observamos que temos uma proporção, pois a razão entre os valores 1 e 2 é 0,5, da mesma forma
que a razão entre 4 e 8 é também 0,5. Como temos então duas razões iguais, dizemos que os valores 1, 2,
28
4 e 8 (nessa ordem) formam uma proporção. Além disso, este valor 0,5 recebe o nome de coeficiente de
proporcionalidade.
Exemplo:
x 24
Calcule o valor de x para que se tenha uma proporção: = .
7 8
Solução. Utilizando a propriedade fundamental das proporções podemos escrever:
x 24 168
= ⇒ x ⋅ 8 = 24 ⋅ 7 ⇒ 8 x = 168 ⇒ x = ⇒ x = 21
7 8 8
No caso desse exemplo, observamos que o valor de cada uma das razões que constituem a
proporção é 3. Neste caso então o coeficiente de proporcionalidade é 3.
Exercícios
Calcule o valor de x para que se tenha, em cada caso, uma proporção.
Questão 01
x 4
= (a) 5 (b) 100 (c) 10 (d) 0,1 (e) 1000
5 2
Questão 02
5 20
= (a) 16 (b) 14 (c) 12 (d) 10 (e) 1,6
4 x
Questão 03
x 6
= (a) 0,1 (b) 10 (c) 0,001 (d) 1 (e) 100
2 12
Questão 04
2 x
= (a) 25 (b) 2,5 (c) 0,25 (d) 250 (e) 0,025
5 6,25
29
Questão 05
1 − 13 4
= (a) 0,3 (b) 30 (c) 4 (d) 0,4 (e) 3
0,5 x
Gabarito
1) c 3) d 5) e
2) a 4) b
Seção 2.2.
Grandezas proporcionais
Definições
1) Duas grandezas são diretamente proporcionais, quando o aumento de uma (diminuir)
implica no aumento (diminuir) da outra.
2) Duas grandezas são inversamente proporcionais, quando o aumento de uma (diminuir)
implica no diminuir (aumento) da outra.
Exemplos:
Considere as situações a seguir.
a) 4 kg de um determinado produto custam R$ 12,00.
8 kg do mesmo produto custarão mais de R$ 12,00 (mais especificamente custarão R$ 24,00).
Portanto o aumento da grandeza “número de kg”, implicou no aumento do valor da grandeza
“preço”.
ii) 2 kg do mesmo produto custarão menos de R$ 12,00 (mais especificamente custarão R$ 6,00).
Portanto o diminuir da grandeza “número de kg”, implicou no diminuir do valor da grandeza
“preço”.
30
ii) se o carro andar a 120 km/h, levará menos tempo para percorrer a respectiva distância (mais
especificamente levará ½ hora). Portanto o aumento da grandeza “km/h” implicou no diminuir
no valor da grandeza “número de horas”.
Assim a situação exposta na letra a) exemplifica duas
grandezas que são diretamente proporcionais, enquanto que
a situação exposta na letra b) exemplifica duas grandezas
que são inversamente proporcionais.
Seção 2.3
Regra de três simples e composta
São modos práticos de encontrar um valor desconhecido, dados outros valores, envolvendo
grandezas proporcionais (diretamente ou inversamente).
A regra de três pode ser:
a) simples - quando envolve apenas duas grandezas;
b) composta - quando envolve mais de duas grandezas.
Solução. Em primeiro lugar devemos transformar as grandezas envolvidas na mesma unidade, como o
problema pede o número de litros de álcool, transformamos as grandezas todas em litros, ou seja:
50 ml = 50 : 10 : 10 : 10 = 0,05 litros
10 ml = 10 : 10 : 10 : 10 = 0,01 litros
Número de litros de gasolina impura Número de litros de álcool
0,05 0,01
20 x
Como o aumento do número de litros de gasolina impura, implica no aumento do número de
litros de álcool, isto significa que as grandezas envolvidas são diretamente proporcionais. Portanto,
formamos com os valores envolvidos uma proporção levando em conta este fato, ou seja:
0,05 0,01 0,2
= ⇒ 0,05 ⋅ x = 20 ⋅ 0,01 ⇒ 0,05 x = 0,2 ⇒ x = ⇒ x = 4 litros de álcool
20 x 0,05
31
2) Um trem com velocidade de 60 km/h faz o percurso entre as cidades A e B em 2 horas. Quanto tempo
levará o trem para fazer este mesmo percurso, se a sua velocidade passar a ser 80 km/h?
Solução
Número de km/h Número de horas
60 2
80 x
O aumento do número de km/h implica no diminuir no número de horas, isto significa que as
grandezas envolvidas são inversamente proporcionais. Portanto formamos com os valores envolvidos
uma proporção levando em conta este fato, ou seja:
60 x
=
80 2
60 ⋅ 2 = 80 ⋅ x
80 x = 120
120
x=
80
x = 1,5 horas
X 6 600 15
A grandeza “No de homens” denomina-se “Grandeza Fundamental”, pois ela é que contém o
valor que desejamos encontrar. A partir disso analisamos, separadamente, cada par de grandezas, em
relação à grandeza fundamental, estabelecendo se os mesmos, em relação à grandeza fundamental, são
diretamente ou inversamente proporcionais.
32
b) No de homens e No de m3 são diretamente ou inversamente proporcionais;
c) No de homens e No de dias são diretamente ou inversamente proporcionais.
33
Portanto, no nosso quadro inicial de grandezas temos a seguinte situação:
No de homens No de horas/dia No de m3 No de dias
15 8 400 10
x 6 600 15
Fundamental Inversa Direta Inversa
Exercícios
1) Se um corte de 2,80m de tecido custa R$ 84,00, quanto custarão 20,50m desse mesmo tecido?
(a) R$ 315,00 (c) R$ 615,00 (e) R$715,00
(b) R$ 515,00 (d) R$ 415,00
2) 100 kg de trigo fornecem 85 kg de farinha. Que quantidade de farinha se obterá com 150 sacos
de 75 kg cada um?
(a) 8564 kg (c) 34526,87 kg (e) 9562,5 kg
(b) 6789 kg (d) 6543,98 kg
3) Um automóvel percorre 240 km em 3 horas. Quanto tempo levará para percorrer 400 km?
(a) 5 h (b) 6h (c) 4h (d) 2h (e) 8 h
4) Um trem com velocidade de 60 km/h faz o percurso entre as cidades A e B em 2 horas. Quanto
tempo levará o trem para fazer este mesmo percurso, se a sua velocidade passar a ser 80 km/h?
(a) 2,5 h (b) 0,5 h (c) 1,5 h (d) 3,5 h (e) 4,5 h
34
5) Num acampamento 30 homens possuem alimentos para dois meses. Tendo chegado ao
acampamento mais 90 homens, pergunta-se por quanto tempo o acampamento disporá de
alimentos?
(a) 1,5 meses (c) 3,5 meses (e) 4,5 meses
(b) 2 meses (d) 0,5 meses
6) Um avião comercial, com velocidade de 450 km/h realiza a viagem entre São Paulo e Porto
Alegre em 2 horas. Em quanto tempo um avião com velocidade igual a 1200 km/h faria à mesma
viagem?
(a) 20 minutos (c) 35 minutos (e) 10 minutos
(b) 45 minutos (d) 15 minutos
7) Um negociante pagou $330 u.m. (unidades monetárias) por um rolo de arame e $264 u.m. por
outro da mesma qualidade. Qual é o comprimento de cada um dos rolos, se o primeiro tem 12
metros a mais do que o segundo?
(a) 50m e 24 m (c) 30m e 14 m (e) 65m 23m
(b) 60 m e 48 m (d) 70m e 35 m
8) Um automóvel gasta 7 horas para ir da cidade A para a cidade B a uma velocidade média de 60
km/h. Quanto tempo este automóvel gastará se em sua próxima viagem sua velocidade média for
100 km/h?
(a) 3,2 h (b) 2,2 h (c) 7,2 h (d) 4,2 h (e) 5,2 h
9) Cinco torneiras idênticas enchem um tanque em 144 minutos. Quantas dessas torneiras são
necessárias para encher o mesmo tanque em uma hora e meia?
(a) 6 (b) 7 (c) 8 (d) 5 (e) 10
35
11) Se um operário assenta 80 tijolos trabalhando 5 horas, quantos tijolos, a mais, assentará,
trabalhando 6 horas?
(a) 16 (b) 18 (c) 19 (d) 14 (e) 12
12) A produção de uma tecelagem é de 8000 metros de tecido por dia. Com a admissão de mais 300
operários a indústria passou a produzir 14000 metros de tecido por dia. Qual era o número de
operários antes da admissão dos 300 operários?
(a) 500 (b) 400 (c) 200 (d) 800 (e) 300
13) Um navio partiu para uma viagem levando a bordo alimentos para 12 tripulantes durante 30
dias. Quando o navio partiu descobre-se três passageiros clandestinos. Nestas condições, quantos
dias deverão durar o alimento?
(a) 12 dias (b) 36 dias (c) 6 dias (d) 32 dias (e) 24 dias
14) Uma máquina trabalhando continuamente produz 400 peças em 50 minutos. Quantas peças a
mais, a máquina produzirá em 1h e 10 minutos?
(a) 180 (b) 260 (c) 160 (d) 280 (e) 340
15) Num internato 35 alunos gastam $15400 u.m. pelas refeições em 22 dias. Quanto gastaria 100
alunos pelas refeições de 83 dias neste internato?
(a) $166000um (b)$144000um (c) $244000um
(d) $122000um (e) $322000um
17) Para alimentar uma família de seis pessoas durante dois dias, são necessários 3 litros de leite.
Para alimentá-los durante cinco dias estando ausente duas pessoas, quantos litros de leite serão
necessários?
(a) 6 litros (b) 4 litros (c) 3 litros (d) 5 litros (e) 2 litros
36
18) Três operários trabalhando durante seis dias, produzem 400 peças. Quantas peças desse
mesmo tipo produzirão sete operários trabalhando nove dias?
(a) 1400 (b) 1500 (c) 1600 (d) 1800 (e) 1900
19) Um ciclista percorre 120 km em 2 dias, dirigindo 3 horas por dia. Em quantos dias percorrerá
500 km viajando 5 horas por dia?
(a) 3 dias (b) 7 dias (c) 6 dias (d) 8 dias (e) 5 dias
21) Numa fazenda 3 cavalos consomem 210 kg de alfafa durante 7 dias. Para alimentar 8 cavalos
durante 10 dias, quantos quilos de alfafa serão necessários?
(a) 500 kg (b) 400 kg (c) 700 kg (d) 800 kg (e) 600 kg
22) Se 10 máquinas funcionando 6 horas por dia durante 60 dias produzem 90000 peças, em
quantos dias 12 dessas máquinas funcionando 8 horas por dia produzirão 192000 peças?
(a) 70 dias (b) 50 dias (c) 80 dias (d) 60 dias (e) 90 dias
23) Para asfaltar 1800 m de uma estrada, 15 operários utilizam 12 dias num regime de 10 horas
por dia. Quantos dias, num regime de 8 horas por dia serão necessários para que 32 operários
façam 6000 m de asfaltamento de uma estrada em condições idênticas?
(a) 32 dias (b) 23 dias (c) 13 dias (d) 43 dias (e) 34 dias
24) Uma família composta por 6 pessoas consome em 2 dias, 3 kg de pão. Quantos quilogramas de
pão serão consumidos em 5 dias, estando 2 pessoas ausentes?
(a) 4 kg (b) 3 kg (c) 6 kg (d) 5 kg (e) 7 kg
25) Se 15 homens, trabalhando 8 horas por dia, cavaram um poço de 400 m3 em 10 dias, quantos
homens devem ser acrescentados para que em 15 dias, trabalhando 6 horas por dia cavem 600 m3?
(a) 4 (b) 5 (c) 6 (d) 3 (e) 7
37
Gabarito
Seção 2.4
Porcentagem
Chama-se porcentagem ou percentagem a porção de um dado valor que se determina sabendo
o quanto corresponde a cada 100. O símbolo % foi criado a quatro séculos atrás por comerciantes
ingleses para significar a linguagem nas transações comerciais. Quando dizemos 30% de certo valor,
queremos dizer que em cada 100 partes devemos tomar 30.
30
30% =
100
38
Exemplo. Quanto por cento 30 é de 80?
Solução. 80 - 100%
30 - x
80 100% 3000%
= ⇒ 80 ⋅ x = 100% ⋅ 30 ⇒ 80 x = 3000% ⇒ x = ⇒ x = 37,5%
30 x 80
Exercícios
1) Calcule e marque a alternativa correta.
I) 8% de 432
(a) 34,56 (b) 23,17 (c) 35,87 (d) 45,32 (e) 43,7
II) 6% de 18
(a) 10,8 (b) 8,6 (c) 1,08 (d) 6,4 (e) 9,2
III) 9% de 0,847
(a) 0,086 (b)0,065 (c) 0,048 (d) 0,74 (e) 0,076
II) 30 de 120
(a) 30% (b) 25% (c) 2,5% (d) 0,25% (e) 0,3%
39
III) 5 de 80
(a) 7,50% (b) 9,45% (c) 6,25% (d) 5,42% (e) 8,55%
II) 8% são 36
(a) 550 (b)650 (c) 350 (d) 750 (e )450
4) Fiz uma compra por 5400 um e vendi por 6300 um. Que taxa percentual sobre o preço de custo
representa o lucro?
(a) 1,66% (b) 16,66% (c) 166% (d) 26,66% (e) 2,66%
5) Numa cidade a população adulta é de 18300 pessoas, 42% das quais são analfabetas. Quantos são
os adultos alfabetizados da cidade?
(a) 12614 (b) 15614 (c) 8614 (d) 10614 (e) 25614
6) Em uma classe com 40 alunos, a percentagem de comparecimento certo dia foi de 90%. Quantos
alunos faltaram neste dia?
(a) 4 (b) 3 (c) 2 (d) 5 (e) 6
7) Em uma assembléia compareceram 108 dos 150 sócios. Qual foi a taxa percentual de ausências?
(a) 72% (b) 62% (c) 82% (d) 28% (e) 27%
8) Na compra de uma bicicleta, uma pessoa obteve um desconto de 4%. Qual era o preço da
bicicleta, sabendo-se que o desconto importou em 26 um? (R: 650)
(a) 450 (b) 350 (c) 650 (d) 550 (e) 750
9) Uma conta foi paga com atraso e sofreu uma multa de 3400 um correspondente a 10% do seu
valor. Qual era o valor da compra?
(a) 340 (b) 34 (c) 34000 (d) 3400 (e)0,34
40
10) Numa liquidação com 20% de desconto, uma pessoa pagou por uma mercadoria 5600 um.
Quanto custava a mercadoria?
(a) 700 (b) 4000 (c) 6000 (d) 8000 (e) 7000
11) O preço de uma televisão é 540 um. Se conseguir um desconto de 12% quanto pagarei por ela?
(a) 575,20 (b) 47,52 (c) 675,20 (d) 475,20 (e) 67,52
12) Num concurso em que participaram 15000 candidatos, a taxa de aprovação foi 64%. Quantos
candidatos foram reprovados?
(a) 540 (b) 4500 (c) 5400 (d) 960 (e) 9600
13) Ao comprar uma geladeira obtive um desconto de 25 um. Qual o preço, sabendo que o desconto
foi de 5%?
(a) 500 (b) 50 (c) 60 (d) 600 (e) 5000
14) Em uma turma de alunos que fizeram exames, o número de aprovações que atingiu 85% foi de
102 alunos, quantos fizeram o exame?
(a) 160 (b) 14 (c) 12 (d) 120 (e) 140
15) Sobre uma compra de $10500 u.m. foi feito um desconto de $ 840 u.m. Qual foi a taxa
percentual do desconto oferecido?
(a) 4% (b) 40% (c) 80% (d) 8% (e) 0,8%
Gabarito
4) b 9) c 14) d
5) d 10) e 15) d
41
MÓDULO III
Objetivos
Instrumentalizar o aluno para que possa, ao final deste módulo, utilizar corretamente critérios
de arredondamento, bem como transformar números em notação científica, além de realizar
conversões entre unidades do SI.
Seção 3.1
Critérios de arredondamento
a) Algarismos significativos
Imagine que você esteja realizando uma medida qualquer, como por exemplo, a medida de
uma barra. Observe que a menor divisão da régua utilizada na medição é de 1mm. Ao Tentar
expressar o resultado da medida, digamos entre 14,3 e 14,4cm, a fração de mm deverá ser avaliada,
ou seja, acrescenta-se mm a 14,3cm se a medida estiver além da metade do cm, imaginando-se o
intervalo subdividido em 10 partes, assim teremos 14,35, onde 1,4 e o 3 foram obtidos através de
divisões inteiras da régua, ou eles são algarismos corretos. O 5 foi avaliado, isto é, você não tem
certeza sobre o seu valor, outra pessoa poderia avaliá-lo como sendo 4 ou 6, por exemplo.
Por isso, este algarismo avaliado é denominado algarismo duvidoso ou incerto.
Como observamos, uma medida deve figurar somente os algarismos corretos e o primeiro
avaliado. Esta maneira de proceder é adotada convencionalmente entre físicos, químicos, e em geral
por pessoas que realizam medidas.
b) Critérios de arredondamento
1º) Quando o primeiro algarismo a ser abandonado for menor que 5 o último a permanecer não é
alterado;
42
Exemplo:
24,3 para inteiro = 24
3º) Quando o algarismo a ser abandonado for maior que 5, acrescenta-se uma unidade no último
algarismo a permanecer.
Exemplo:
5,76 para décimos = 5,8
Seção 3.2
Notação científica
As potências de 10 são usadas para representar números muito grandes ou muito pequenos.
Geralmente esses números são escritos como produtos de dois fatores, onde um deles é uma potência
de 10 e o outro um número entre 0 e 10 ( ou seja de 1 a 9).
Em algumas calculadoras encontramos, por exemplo, uma tecla que transforma qualquer
número para notação científica e vice-versa: F ↔ E . Nestas calculadoras, procede-se como o
descrito a seguir.
Exemplo:
Escreva 32714 em notação científica.
Teclar Visor
32714 = F ↔ E 3.2714 04
Para retornar 3.2714 04
= 32714.
43
Observação. Existem diferentes tipos de calculadoras. Algumas
utilizam o procedimento acima para escrever um número em notação
científica, outras, porém utilizam o modo Sci.
Exercícios
1) Nas questões abaixo utilizando os critérios de arredondamento, marque os resultados que são
corretos com duas casas decimais.
a) ( ) 4
33 ≈ 2,28 b) ( ) 3
6 ≈ 1,82 c) ( ) 3
6 2 ≈ 3.3
3 5
d) ( ) 4
54 = 5 e) ( ) 5 2 ≈ 2,89 f) ( ) 15 8 ≈ 5,43
2 1 8
g) ( ) 3 ≈ 1,50
5
h) ( ) 7 ≈ 2,65
2
i) ( ). 5 ≈ 13,20
5
b) 4 3 +2 3 − 3
44
5) Arredonde os valores a seguir conforme indicação entre parênteses.
a) 123, 05 (inteiro)
b) 14,25 (décimos)
c) 3,7535 (milésimos)
d) 58,34 (inteiro)
e) 25,678 (centésimos)
f) 132,5007 (décimos)
Gabarito
1) a) b) c) d) f) h)
2) a) b)
3) a) 2,01.106 b) 5.10-4 c)4,7.10-7
4) a)10,6 b) 8,7
5) a) 123 b) 14,2 c) 3,754 d) 58 e)25,68 f) 132,6
Seção 3.3
Conversão de unidades
a) Unidades de medidas
A unidade de principal de comprimento é o metro, entretanto existem situações em que essa
unidade deixa de ser prática. Se queremos medir grandes extensões ela é muito pequena, por outro
lado se queremos medir extensões muito "pequenas", a unidade metro é muito "grande".
Os múltiplos e submúltiplos do metro são chamados de unidades secundárias de
comprimento. Na tabela abaixo vemos as unidades de comprimento, seus símbolos e o valor
correspondente em metro. Na tabela, cada unidade de comprimento corresponde a 10 vezes a
unidade do comprimento imediatamente inferior (à direita). Em conseqüência, cada unidade de
comprimento corresponde a 1 décimo da unidade imediatamente superior (à esquerda).
45
Regras Práticas:
• Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação
por 10. Ex.: 1 m = 10 dm
• Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por
10. Ex.: 1 m = 0,1 dam
• Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras
anteriores. Ex.: 1 m = 100 cm 1 m = 0,001 km
Unidades de Área
Regras Práticas:
• Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação
por 100. Ex.: 1 m2 = 100 dm2
• Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por
100. Ex.: 1 m2 = 0,01 dam2
• Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras
anteriores.
UNIDADES DE VOLUME
Regras Práticas:
• Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação
por 1000. Ex.: 1 m3 = 1000 dm3
46
• Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por
1000. Ex: 1 m3 = 0,001 dam3
• Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras
anteriores.
Litro
1 litro = 1 dm3
Unidades básicas
Comprimento metro m
Massa Quilograma kg
Tempo segundo s
47
Unidades SI derivadas
As unidades SI derivadas são definidas de forma que sejam coerentes com as unidades
básicas e suplementares, a estas, são definidas por expressões algébricas sob a forma de produtos de
potências das unidades SI básicas e/ou suplementares com um fator numérico igual 1.
Várias destas unidades SI derivadas são expressas simplesmente a partir das unidades SI
básicas e suplementares. Outras receberam um nome especial e um símbolo particular.
Uma unidade SI derivada pode expressar-se de várias formas equivalentes utilizando, nome
de unidades básicas e suplementares, ou então nomes especiais de outras unidades SI derivadas, é
admitido o emprego preferencial de certas combinações ou de certos nomes especiais, com o fim de
facilitar a distinção entre grandezas que tenham as mesmas dimensões. Por exemplo, o hertz é
empregado para a freqüência, como preferência ao segundo a potência menos um, e para o momento
de força, é preferido o newton metro ao joule.
48
Exercícios
Gabarito
49
MÓDULO IV
Objetivos
Que ao final deste módulo o aluno seja capaz de resolver equações exponenciais de mesma
base e bases diferentes, bem como, operar com logaritmos.
Seção 4.1
Equações exponenciais
a) Potência
1) a0 = 1 para a ≠ 0 Exemplo. 5 0 = 1
2) am. an = am+n Exemplo. x 2 .x 3 = x 2+3 = x 5
am x4
3) = a m−n , a ≠ 0 Exemplo. = x 4 −3 = x
an x 3
50
b) Equação Exponencial
2) 2 x − 3 = 16
Solução:
Da mesma forma que o exemplo anterior, fatoramos o número 16 e obtemos que 16 = 2 4 .
Portanto, escrevemos então:
2 x −3 = 2 4
x−3= 4
x=7
3) 9 x +1 = 27 x −3
Solução:
Neste caso devemos fatorar tanto a base 9 como a base 27, onde encontraremos: 9 = 3 2 e de
modo semelhante 27 = 3 3 . Assim, podemos escrever então:
(3 )
2 x +1
= 33( )x −3
51
2 x + 2 = 3x − 9
2 x − 3 x = −9 − 2
− x = −11
x = 11
x
3 16
4) =
2 81
Solução:
Fatoramos os valores 16 e 81, obtendo dessa forma que 16 = 2 4 ; 81 = 34 e portanto,
4
16 2 4 2
= = .
81 3 4 3
Dessa forma na equação podemos escrever:
x 4
3 2
=
2 3
Logo a seguir, utilizando a propriedade de número 7, podemos escrever
x −4
3 3
= ⇒ x = −4
2 2
5) (2 x ) x = (4 x ) 3
Solução:
Logo a seguir fatoramos a base 4, onde obtemos: 4 = 2 2 , podendo então escrever a equação
da seguinte forma: 2 x = (2 2 ) 3 x
2
2 x = 26x
2
Como temos então bases iguais, a equação pode finalmente ser escrita da forma:
x 2 = 6x
x 2 − 6 x = 0 ⇒ x = 0 ou x = 6
6) 5 x −3 = 1
Solução:
Pela propriedade de número 1, a equação acima pode ser escrita da seguinte forma: 5 x −3 = 5 0 .
52
Obtendo assim uma equação exponencial de mesma base, onde podemos imediatamente
igualar os expoentes, ou seja:
x−3= 0
x=3
7) 3 x = 27
Solução:
Em primeiro lugar devemos fatorar a base 27, onde encontramos que 27 = 33 . Logo a seguir
Exercícios
Questão 02
1
2x = (a) x = 3 (b) x = 1
2
(c) x = 1
3
(d) x = -3 (e) x = 4
8
Questão 03
1
2 x −3 = (a) x = -1 (b) x = 0 (c) x = 2 (d) x = 32 (e) x = 1
4
Questão 04
2x = 8 (a) x = 3
2 (b) x = 2
3 (c) x = − 32 (d) x = − 23 (e) x = 1
2
53
Questão 05
7 2 x −3 = 1 (a) x = 2
3 (b) x = − 23 (c) x = 3
2 (d) x = − 32 (e) x = − 12
Questão 06
3
3 x −5 = 27 (a) x = 16 (b) x = -14 (c) x = -16 (d) x = 8 (e) x = 14
Questão 07
−3 x
= 3−2 (a) x = 2 ou x = −1 (b) x = 2 ou x = 1 (c) x = −2 ou x = 1
2
3x
(d) x = 0 ou x = 1 (e) x = 2 ou x = 0
Questão 08
−3 x − 4
=1 (a) x = 4 ou x = −1 (b) x = −4 ou x = −1 (c) x = 4 ou x = 1
2
2x
(d) x = 4 ou x = 0 (e) x = 0 ou x = −1
Questão 09
2 x +1 = 64 (a) x = -5 (b) x = 1 (c) x = -1 (d) x = 5 (e) x = 10
Questão 10
49 x −1 = 7 (a) x = 3
2 (b) x = − 23 (c) x = − 32 (d) x = 0 (e) x = 2
3
Gabarito
1) B 2)D 3)E 4) A 5) C
6) E 7) B 8) A 9) D 10) A
54
Seção 4.2
Logaritmos
Além do seu emprego generalizado para tornar possíveis operações aritméticas complicadas,
os logaritmos, juntamente com as exponenciais, revelam-se possuidores de notáveis propriedades,
que as qualificam como modelos ideais para certos fenômenos de variação, nos quais a grandeza
estudada aumenta (ou diminui) com taxa de variação proporcional à quantidade daquela grandeza
existente no momento dado. Exemplo deste tipo de variação, (chama-se variação exponencial) é um
capital empregado a juros contínuos (crescimento). Inúmeras outras situações desta natureza existem,
em quantidade e importância suficientes para justificar a presença das funções exponenciais e
logarítmicas na matemática, nas Ciências e na Tecnologia.
A escala Richter é uma escala logarítmica de medição da energia liberada pelos terremotos
sob a forma de ondas que se propagam pela crosta terrestre. Nela, é utilizado o logaritmo decimal. O
logaritmo decimal é também utilizado, na Física, na definição da intensidade auditiva ou nível
sonoro. Na Astronomia, o brilho das estrelas é também medido por uma escala logarítmica. Na
biologia descreve o crescimento populacional de certo tipo de bactérias, assim como em outras áreas
do conhecimento.
Definição:
Considere “b” e “a” números reais positivos, com a ≠ 1, ou seja:
b > 0
a ≠ 1 e a > 0
Definimos: log a b =c ⇔ a c = b .
A esse expoente “c” damos o nome de logaritmo de “b” na base “a”, onde: “b” é o
antilogaritmo (ou logaritmando), “a” é a base e “c” é o logaritmo.
Nomenclatura:
b = antilogaritmo (ou logaritmando),
a = base,
c = logaritmo.
55
Exemplos:
1) log 2 8 → logaritmo de oito na base 2
OBS:
a) Quando a base é 10 omite-se a base, ou seja, ao invés de log10 8 , escrevemos apenas log 8 .
b) Quando a base é o número “e” (“e” é um número irracional aproximadamente igual a
2,718281828459045... - chamado Número de Euler)., ao invés de escrevermos log e 10 , escrevemos
ln 10 .
Exemplos:
1) Calcule o valor indicado em cada item.
a) log 2 8
Solução:
Como queremos calcular o valor de log 2 8 , escrevemos inicialmente que log 2 8 = x
Portanto, estamos chamando o log 2 8 de x, e nosso trabalho, consiste então em encontrar o
valor desse “x”. Logo a seguir, utilizando a definição de logaritmo podemos escrever: 2 x = 8
Dessa forma, nosso trabalho então se restringe a resolver a equação exponencial
2 x = 23
resultante,
x=3
Ou seja, em log 2 8 = x , como encontramos que x = 3, portanto escrevemos: log 2 8 = 3
b) log 25
Solução
Como queremos calcular o valor de log 25 , escrevemos inicialmente que log 25 = x
Na situação apresentada, nosso trabalho consiste em determinar o logaritmo decimal do valor
25. Neste caso utilizaremos uma calculadora científica que nos fornecerá imediatamente o valor
pedido, da seguinte forma:
Digitar: 25 log
Ler no visor: 1.397940009
Portanto podemos dizer que “aproximadamente” o valor de log 25 é 1,39794, ou seja:
log 25 ≅ 1,39794
56
c) ln 75
Solução:
Como queremos calcular o valor de ln 75 , escrevemos inicialmente que ln 75 = x
Na situação apresentada, nosso trabalho consiste em determinar o logaritmo “natural” (ou
“neperiano”) do valor 75. Neste caso utilizaremos uma calculadora científica que nos fornecerá
imediatamente o valor pedido, da seguinte forma:
Digitar: 75 ln
Ler no visor: 4.317488114
Portanto podemos dizer que “aproximadamente” o valor de ln 75 é 4,31748, ou seja:
ln 75 ≅ 4,31748
Solução:
Utilizando a definição de logaritmo podemos escrever: 3 4 = x
Calculando a potência indicada encontramos que: x = 81
Portanto podemos dizer que o valor de x na expressão log 3 x = 4 é 81, ou seja:
log 3 x = 4 ⇒ x = 81
b) log x = 2,456
Solução:
A expressão indica que o logaritmo utilizado é o logaritmo decimal, ou seja, a base que não
aparece escrita é a base dez, assim poderíamos escrever a expressão da seguinte maneira:
log 10 x = 2,456
57
c) ln x = 0,743
Solução:
A expressão indica que o logaritmo utilizado é o logaritmo natural (ou neperiano), ou seja, a
base que não aparece escrita é o número “e”, assim poderíamos escrever a expressão da seguinte
maneira: log e x = 0,743
Exercícios
Questão 02
log 5 25 (a) -2 (b) 4 (c) 2 (d) 0 (e) 1
Questão 03
log 4 4 (a) 0 (b) 2 (c) 3 (d) 4 (e) 1
Questão 04
log 2 2 (a) 1
3
(b) 2 (c) -1 (d) − 12 (e) 1
2
Questão 05
1 1
log 3 81 (a) -4 (b) 4 (c) 3
(d) 1 (e) 2
Questão 06
log 76 (a) 0,88 (b) 2,88 (c) 1,88 (d) 3,88 (e) 4,88
58
Questão 07
ln 6 (a) 0,79 (b) -0,79 (c) -1,79 (d) 1,79 (e) 0
Questão 02
log x = 3,30103 (a) 2 (b) 20000 (c) 20 (d) 200 (e) 2000
Questão 03
log x = 1 (a) 100 (b) 10 (c) 1 (d) -10 (e) -100
Questão 04
log x = 2,69897 (a) 5 (b) 500 (c) 0,5 (d) 5000 (e) 50000
Questão 05
log 2 x = 5 (a) 32 (b) 64 (c) 16 (d) 8 (e) 128
Questão 06
ln x = 0,269 (a) 3,31 (b) 2,31 (c) 0,31 (d) 1,31 (e) 4,31
Questão 02
S = ln 12 + log 2 64 − log 4 32 (a) 4,98 (b) -5,98 (c) 3,98 (d) 2,98 e) 5,98
59
Gabarito
Conseqüências da definição
São propriedades que decorrem imediatamente da definição de logaritmo (considerando que
b > 0; a ≠ 1 e a > 0 ).
1) log a a = 1 , ou seja, “o logaritmo de um número numa base que é esse mesmo número é
igual a 1”.
Facilmente mostramos o que está posto nesta conseqüência, ou seja, vamos calcular o valor de
log a a . Para isso diremos que log a a = x , a seguir usando a definição de logaritmo escrevemos:
log a a = x ⇒ a x = a ⇒ a x = a 1 ⇒ x = 1
log a 1 = x ⇒ a x = 1 ⇒ a x = a 0 ⇒ x = 0
60
Para mostrarmos esta conseqüência chamamos inicialmente log a b = x . Nesta expressão
= ax
log a b
log a b por x, teremos imediatamente: a
Mas, sabemos da definição de logaritmo que a x = b , assim então, podemos finalmente
= ax = b.
log a b
escrever: a
=b
log a b
Portanto temos imediatamente da definição que: a
4) log b = log c ⇔ b = c , ou seja, “dois logaritmos em uma mesma base são iguais se,
a a
e somente se, os antilogaritmos são iguais.
Para mostrarmos esta conseqüência da definição aplicamos na igualdade a definição de
Mudança de base
Há ocasiões em que logaritmos em bases diferentes precisam ser convertidos para uma única
base conveniente, por exemplo, na resolução de cálculos com a calculadora científica podemos
utilizar duas bases: a base 10 (log) e a base e (ln). Para realizarmos a mudança da base a para uma
base qualquer c realizamos a seguinte operação:
log c b
log a b =
log c a
Exemplo 1:
log 81
log 3 81 = (mudança da base 3 para base 10)
log 3
1,908485019
log 3 81 =
0,477121254
log 3 81 = 4
61
Exemplo 2:
ln 8
log 2 8 = (mudança da base 2 para base e)
ln 2
2,079441542
log 2 8 =
0,69314718
log 2 8 = 3
2) Propriedade do produto. O logaritmo do produto de dois (ou mais) fatores numa dada base a
( 0 < a ≠ 1) é igual à soma dos logaritmos desses fatores na mesma base.
a) log 6 6 xy
Solução:
log 6 6 xy = log 6 6 + log 6 x + log 6 y
log 6 6 xy = 1,7781
62
b) log 6 x 5
Solução:
log 6 x 5 = 5 ⋅ log 6 x
log 6 x 5 = 5 ⋅ 0,301
log 6 x 5 = 1,505
Exemplo 2:
Determine o valor de x na expressão: 3 x = 2 .
Solução: Para resolver esta equação exponencial, como temos bases diferentes, utilizamos
logaritmos a seguinte maneira:
3x = 2 3x = 2
ln 3 x = ln 2 log 3 x = log 2
x ⋅ ln 3 = ln 2 x ⋅ log 3 = log 2
Ou
ln 2 0 ,69314718 log 2 0,301029995
x= ⇒ x= ⇒x=
ln 3 1,098612289 log 3 0,477121254
x ≈ 0,63 x ≈ 0,63
Exemplo 3:
Dados log a 2 = 0,402 , log a 3 = 0,631 e log a 5 = 0,801 , determine o valor de cada logaritmo abaixo.
a) log a 48
Solução:
log a 48 = log a (2 4 ⋅ 3)
log a 48 = 2,239
63
b) log a ( 125 )
Solução:
log a ( 125 ) = log a 12 − log a 5
Cologaritmo
O cologaritmo de um número b ( b > 0 ) numa base a ( 0 < a ≠ 1) , é o logaritmo do inverso
deste número, sendo então:
1
co log a b = log a = log a b −1 = − log a b
b
Exemplo:
Determine o cologaritmo de cinco na base 3, ou seja co log 3 5 .
Solução: Temos, portanto, utilizando a definição de cologaritmo que:
1
co log 3 5 = log 3 = log 3 5 −1 = − log 3 5
5
Exercícios
1
d) log 1
27 e) log 9 9
3
64
2) Calcule o valor de cada expressão.
a) 5 log 5 2 b) 2 log 2 π
3) Dados log 2 = 0,30103; log 1,2 = 0,07918; log 3 = 0,47712; log 5 = 0,69897. Determine os valores
a seguir.
a) log (5⋅10-5) b) log (1,2⋅105)
5) Para todo número x > 0, indicamos log x = log10 x . Dados log 2 = 0,3010 e log 3 = 0,4771 ,
calcule aplicando as propriedades dos logaritmos.
a) log 6 b) log 18
Gabarito
c) 4/3 c) 10 c) 1,04
d) -3 d) 20 d) 0,21
e) -1 e) 1,58
65
MÓDULO V
Objetivos
Oportunizar ao aluno a compreensão sobre matrizes e determinantes, bem como a resolução
de sistemas lineares via processo de escalonamento.
Seção 5.1
Matrizes e Determinantes
5.1.1) Matrizes
Uma matriz é um arranjo retangular de números variáveis, cada um tendo um lugar ordenado
dentro da matriz. Os números ou variáveis chamados elementos da matriz. Os números em cada fila
horizontal são chamados linhas; os números em cada fila vertical são chamados colunas. O número
de linhas (m) e o número de colunas (n) definem as dimensões da matriz (m x n) que se lê “m por n”.
Representaremos uma matriz de “m” linhas e “n” colunas por:
a11 a a .... a
[aij]
12 13 1n
a a a .... a
Am×n = ....21 ....
22
....
23 2n
.... ....
=
m× n
, “i = linha e j = coluna”
a m1 a m2 a m3
.... a mn
66
Exemplos:
2 − 2 0 4
Dadas A = e B=
2 5 1 − 5
2 − 2 0 4 2 + 0 − 2 + 4 2 2
a) A + B = + = =
2 5 1 − 5 2 + 1 5 − 5 3 0
2 − 2 0 4 2 − 0 − 2 − 4 2 − 6
b) A – B = − = =
2 5 1 − 5 2 − 1 5 + 5 1 10
Exemplo:
1 1 2
Se k=5 e A = 3 6 1 então:
0 − 3 8
através da soma dos produtos dos elementos i-ésima linha de A pelos elementos da j-ésima coluna de
B.
67
Exemplo:
1 1 2
3 − 1 0
Se A = e B = 0 7 3 então:
1 2 5 − 3 1 0
3 − 4 3
A2×3 ⋅ B3×3 =
− 14 20 8 2×3
5.1.3) Determinante
Determinante é um escalar associado a uma matriz quadrada.
det M = a 11
da matriz M.
associado a essa matriz, ou seja, o determinante de segunda ordem é dado por: “produto dos
elementos da diagonal principal menos o produto dos elementos da diagonal secundária”.
a11 a12
det M = = a .a
11 22
− a .a
12 21
a 21 a 22
68
Exemplo:
1 3 1 3
Se M = então o det M será dado por: = 1.3 – 3.2 = 3 – 6 = –3
2 3 2 3
2°) Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal principal com os dois produtos
obtidos pela multiplicação dos elementos das paralelas a essa diagonal com 3 elementos:
3°) Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal secundária com os dois produtos
obtidos pela multiplicação dos elementos das paralelas a essa diagonal com 3 elementos.
69
Exemplo:
Para calcular o determinante da matriz M procedemos da seguinte maneira:
1 1 4 1 1 41 1
M = 2 5 3 → repetimos as duas primeiras colunas 2 5 3 2 5
0 3 2 0 3 20 3
Exemplo:
2 1 3
Dada a matriz M = − 1 − 2 4 determine M23.
1 0 − 3
Solução. Para determinarmos M23, devemos calcular o determinante que obtemos suprimindo
2 1
da matriz M a linha 2 e a coluna 3, ou seja; M23 = = 0 – 1 = – 1.
1 0
5.1.5) Cofator
Chamamos de cofator relativo ao elemento a ij
de uma matriz quadrada o número C ij tal
que:
C ij = (−1) i + j ⋅ M ij
Exemplo:
2 1 3
Dada a matriz M = − 1 − 2 4 determinar
C 22
e C 12
.
1 0 − 3
Solução:
Para determinarmos o cofator C 22 teremos: C 22 = (−1) 2+ 2 . M 22
70
2 3
ou seja: C 22 = (−1) 2+ 2 . = 1.(−9) = −9
1 −3
−1 4
C12 = (−1)1+ 2 . = −1.(−1) = 1
1 −3
Exemplo: Considere a matriz M e logo a seguir calcule o valor de seu determinante, utilizando o
teorema de Laplace.
2 1 3
M = − 1 − 2 4
1 0 − 3
Solução:
Inicialmente devemos escolher uma fila qualquer da matriz M (indiferente se é linha ou
coluna). Vamos supor, em primeiro lugar, que a fila escolhida tenha sido a primeira linha. Portanto
pelo teorema de Laplace teremos que o determinante da matriz M será dado pela expressão:
det M = 2 ⋅ C11 + 1 ⋅ C12 + 3 ⋅ C13
Nosso próximo passo será então calcular os cofatores C11 , C12 e C13 , onde sabemos que cada
Assim:
−2 4
C11 = (−1) 2 = 1.6 = 6
0 −3
−1 4
C12 = (−1) 3 = −1. − 1 = 1 cofatores de primeira linha
1 −3
−1 − 2
C13 = (−1) 4 = 1.2 = 2
1 0
71
Do mesmo modo poderíamos ter calculado o determinante da matriz M, escolhendo outra fila
qualquer da matriz, por exemplo, a segunda coluna. Teríamos então nesta situação, que o
determinante da matriz M, seria dado por: det M = 1 ⋅ C12 − 2 ⋅ C 22 + 0 ⋅ C32
Nesta situação, nosso próximo passo será então calcular os cofatores C12 , C 22 e C 32 , onde
Assim:
−1 4
C12 = ( −1) 3 = −1. − 1 = 1
1 −3
2 3
C 22 = (−1) 4
= 1. − 9 = −9 cofatores de segunda coluna
1 −3
5 −2 3
C 32 = (−1) = −1. − 5 = 5
−1 4
Portanto se a fila que escolhemos para aplicar o teorema de Laplace foi a segunda coluna, o
determinante da matriz M será dado por: det M = 1 ⋅ 1 − 2 ⋅ (−9) + 0 ⋅ 5 = 19
Exemplo:
1 0 3
Se A = 3 0 1 então o det A =(1.0.0+0.1.4 + 3.0.3) – (3.0.4+1.0.1+0.3.0) = 0
4 0 0
• det A = det
t t
A , onde A indica a transposta da matriz A, ou seja, a matriz obtida a partir de A,
trocando-se ordenadamente suas linhas por suas colunas.
Exemplo:
5 − 1 5 2
Se A = e At =
2 1 − 1 1
det A = 5 + 2 = 7 det At =5 + 2 = 7
72
• Seja A uma matriz, contendo duas linhas (ou duas colunas) paralelas iguais. Então, det A = 0.
Exemplo:
3 3
Seja A = então o det A = 3.2 – 3.2 = 6 – 6 = 0
2 2
• Se na matriz A duas linhas (ou duas colunas) têm seus elementos correspondentes proporcionais,
o determinante é nulo.
Exemplo:
3 6
Dada A = , o det A = 3.4 – 6.2 = 12 – 12 = 0
2 4
• Quando trocamos as posições de duas filas paralelas (linhas ou colunas), o determinante muda de
sinal.
Exemplo:
3 4 1
Seja A = 1 5 0 então o det A = -(1.5.6) = - 30
6 0 0
• Quando se multiplicam por um número real todos os elementos de uma linha ou de uma coluna da
matriz A, o determinante fica multiplicado por esse número.
73
Exemplo:
5 1 10 1
Dadas A = e B= − 4 2 , observa-se que a 1ª coluna da matriz B é a 1ª coluna da
− 2 2
matriz A, que foi multiplicada por 2, logo o determinante da matriz B será multiplicado por 2, ou
seja:
det A = 12 det B = 2.12 = 24
Exercícios
1) Determine os valores de x e y nas igualdades.
2x 3 y x + 1 2 y 2 0 2 y
a) = b) =
3 4 3 y + 4 − 1 x − 1 3
2 x − 3 y 2 12 2
c) =
0 13 0 5 x + y
3) Sendo
1
−1
−5 1
, calcule o que se pede a seguir.
A= 9 B = 3 e C = 0 1
2
3
2 2
5
−1
−1 2
a) 2 ( 14 A + 14 B )
b) B - C
c) o elemento x21 da matriz X = 23 A + 103 B − 23 C
− 1
1 2 3 − 2 0 1
4) Sejam: A = B= C = 2 D = [2 − 1] , calcule o indicado.
2 1 − 1 3 0 1 4
3 − 2 7 6 − 2 4
5) Sejam A = 6 5 4 e B = 0 1 3 , encontre o indicado em cada item.
0 4 9 7 7 5
74
c) a segunda coluna de AB d) a primeira coluna de BA
2 3 − 1 2
11) Sendo A = e B = , calcule
4 5 3 4
a) det (A+B) b) det A + det B c) det A . det B
75
1 1 3
2x 4
12) Calcule o valor de x para que se tenha x x 4 = .
1 x
0 x 2
Gabarito
Questão 01
a) x = 1 e y = 0 b) x = 3 e y = 0
Questão 02
a) x = 1; y = ±2 e z = 1 b) x= 3; y = 2 e z= 4 c) x = 3 e y = -2
Questão 03
− 2 1
9 − 5 − 23 22
a) 8 b) 7 d)
5 − 3
1
15 2 9
Questão 04
− 2 1
15 6
a) b) c) 4 − 2 d) [0 3 7] e) [− 7 0 1]
− 4 1 8 − 4
Questão 05
41 6
a) [67 41 41] b) [63 67 57] c) 21 d) 6
67 63
Questão 06
det A = 0 (duas linhas proporcionais) det B= 0 (uma linha nula)
det C = 0 (duas colunas iguais) det D = 0 (duas linhas iguais)
76
Questão 07
det A = 21 det B = 70
Questão 08
a) 0,8 b) -2 c) 68 d) -70
Questão 09
a) (1,-4) b) ± 2 c) (1,-4) d) (6,-2)
Questão 10
a) 3 2 b) -140
Questão 11
a) -26 b) -12 c) 20
Questão 12
2
Seção 5.2
Sistemas lineares
Um sistema de equações lineares com m equações e n incógnitas é um conjunto de equações
do tipo:
a11 x1 + a12 x 2 + ...... + a1n xn = b1
a 21 x1 + a 22 x 2 + ...... + a 2 n x n = b2
a31 x1 + a32 x2 + ...... + a3n x n = b3
::::::::::::::::::::::::::::::::::
a m1 x1 + a m 2 x 2 + ........ + a mn x n = bm
a mn
=coeficientes das incógnitas
onde: x n
=incógnitas
bm
= termos independentes.
77
Exemplo:
x + 2y + z = 1
2 x + y − 3z = 4
3x + 3 y − 2 z = 0
2n
M = a 21 a a
22
.....
: : : :
..... a mn
a m1 a m2
Exemplo:
x + 2y + z = 1 1 2 1
No sistema 2 x + y − 3z = 4 , a matriz incompleta é dada por: M = 2 1 − 3
3x + 3 y − 2 z = 0 3 3 − 2
• Matriz completa: é a matriz, que obtemos ao acrescentarmos à matriz incompleta uma última
coluna formada pelos termos independentes das equações do sistema, ou seja:
a11 a ..... a b
12 1n 1
b
N = a21 a a
22
..... 2n 2
: : : : :
am1 a m2
..... a mn bm
Exemplo:
x + 2y + z = 1 1 2 1 1
No sistema 2 x + y − 3z = 4 , a matriz completa é dada por: N = 2 1 − 3 4
3x + 3 y − 2 z = 0 3 3 − 2 0
78
Podemos dizer que um sistema satisfaz a equação
matricial: A ⋅ X = B , onde:
x1 b1
a11 a ..... a
12 1n
x2 b2
2n
A= a 21 a a
.....
22
; X = x3 e B = b3
: : : :
: :
..... a mn
a m1 a m2
xn bm
Como a ordem da matriz A é m x n, e a ordem da matriz X é n x 1, teremos que a ordem da
matriz B será m x 1, ou seja:
79
c) Sistemas Equivalentes
Dois sistemas são equivalentes quando possuem a mesma solução.
Exemplo:
x + y = 3 x + y = 3
2 x + 3 y = 8 x + 2 y = 5
Estes sistemas são equivalentes, pois ambos possuem como solução o par (1,2), fato que pode
facilmente ser verificado, substituindo x por 1 e y por 2, nas equações dos dois sistemas.
Exemplo:
x + 2 y = 4 x + 2 y = 4 x + 2 y = 4
⇒ ⇒
x − y = 1 (−1) − x + y = −1 3 y = 3
↑ _______________________________ ↑
EQUIVALENTES
Sistemas Escalonados
Dizemos que um sistema está escalonado se o número de coeficientes nulos antes do primeiro
coeficiente não nulo aumenta de equação para equação, como por exemplo:
x − 2 y − z = 1
y − 3z = 0
− 7z = 3
80
Procedimento para escalonar um sistema
1. Colocamos como primeira equação aquela em que o coeficiente da primeira incógnita seja
diferente de zero e fazemos este coeficiente igual a 1.
4. Repetimos o processo com as demais incógnitas até que o sistema se torne escalonado.
Definição:
Dada uma matriz Am×n e seja Bm×n a matriz escalonada equivalente a A. O posto de A, denotado por
Exemplo:
x + y + z = 0
Seja o sistema x − y + z = 2 , a matriz completa associada a esse sistema é dada por:
x + 2 y + z = −1
1 1 1 0
A = 1 − 1 1 2
1 2 1 − 1
Utilizando os procedimentos para escalonamento de matrizes (sistemas), obtemos uma nova
matriz equivalente a primeira, dada por:
1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0
1 − 1 1 2 L' 2 = L1 − L2 ⇒ 0 2 0 − 2 ⇒ 0 2 0 − 2
1 2 1 − 1 L' = L − L 0 − 1 0 1 L' ' = L + 2 L 0 0 0 0
3 1 3 3 2 3
81
1 1 1 0 1 1 1 0
A = 1 − 1 1 2 equivalente a B = 0 2 0 − 2 ⇒ p(A) = 2
1 2 1 − 1 0 0 0 0
Assim o posto da matriz A é 2, pois esse é o número de linhas não nulas da matriz
escalonada B, equivalente a A.
Teorema:
1. Um sistema de m equações e n incógnitas admite solução se e somente se o posto da matriz
completa é igual ao posto da matriz incompleta; caso contrário o sistema é impossível.
2. Se as duas matrizes tem o mesmo posto p e p = n, a solução do sistema será única (n= número de
incógnitas).
3. Se as duas matrizes tem o mesmo posto p e p < n, podemos escolher n - p incógnitas (variáveis
livres - nulidade) e as outras p incógnitas serão dadas em função destas; portanto teremos um
sistema com infinitas soluções.
Exemplo 01:
x + 2 y − 3z = 4 x + 2 y − 3 z = 4
Consideremos o sistema 2 x + 3 y + 4 z = 5 . Na forma escalonada adquire a forma: y − 10 z = 3
4 x + 7 y − 3z = 10 z =3
1 2 − 3
Matriz Incompleta: B = 0 1 − 10
0 0 1
Determinemos agora o posto dessas duas matrizes, ou seja, analisemos o número de linhas
não nulas de cada uma delas:
pA = 3 e pB = 3
82
Observamos que o posto da matriz completa A é igual ao posto da matriz incompleta B e este
é igual ao número de incógnitas do sistema, que são 3 (n = 3), portanto, o sistema possui uma única
solução, ou seja, é possível e determinado. Para obter esta solução procedemos conforme está
especificado a seguir.
Dessa forma a solução do sistema será dada pela terna de números S = {x, y, z} , ou seja: S = {-53,
33, 3}
83
Exemplo 02:
2 x − y + 3 z = 5
Consideremos o sistema 6 x − 3 y + 9 z = 15 . Na forma escalonada adquire a forma:
4 x − 2 y + 6 z = 3
2 x − y + 3 z = 4
0 x + 0 y + 0 z = 7
0 x + 0 y + 0 z = 0
2 − 1 3
Matriz Incompleta: B = 0 0 0
0 0 0
Determinemos agora o posto dessas duas matrizes, ou seja, analisemos o número de linhas
não nulas de cada uma delas:
pA = 2 e pB = 1
Exemplo 03:
x + 2 y + z = 3 x + 2 y + z = 3
Consideremos o sistema 3x + 6 y + 3z = 9 . Na forma escalonada adquire a forma: 0 x + y + z = 2
− x + 2 y + z = 1 0 x + 0 y + 0 z = 0
84
1 2 3
Matriz Incompleta: B = 0 1 1
0 0 0
Determinemos agora o posto dessas duas matrizes, ou seja, analisemos o número de linhas
não nulas de cada uma delas:
pA = 2 e pB = 2
Observamos que o posto da matriz completa A é igual ao posto da matriz incompleta B e este
é menor do que o número de incógnitas do sistema, que são 3 ( n = 3) , portanto, o sistema possui
infinitas soluções, ou seja, é possível e indeterminado. Para obter estas infinitas soluções devemos
determinar o número de variáveis livres que, segundo o teorema é dado por:
Número de variáveis livres = n – p
Número de variáveis livres = 3 – 2
Número de variáveis livres = 1
Devemos, portanto, escolher uma das variáveis (x, y ou z) para ser a variável livre, ou seja,
para escrevermos as demais em função desta que é chamada de variável livre. Podemos por
exemplo escolher como variável livre o “z”, assim teremos:
Consideramos o sistema na sua forma escalonada, ou seja:
x+2y+z =3
x + 2 y + z = 3
0 x + y + z = 2 ou de forma equivalente
0 x + 0 y + 0 z = 0 y+z =2
Na segunda equação escrevemos a variável y em função da variável livre escolhida (z):
y+z =2
y = 2−z
Por último substituímos o valor encontrado de y na primeira equação do sistema, encontrando
assim o valor da variável x também em função da variável z, ou seja:
x+2y+z =3
x + 2 ⋅ (2 − z ) + z = 3
x + 4 − 2z + z = 3
x−z+4=3
x = 3−4+ z
x = −1 + z
Dessa forma a solução do sistema será dada pela terna de números S = {x, y, z} , ou seja:
S = {-1 + z, 2 - z, z}
85
Através dessa terna genérica poderemos encontrar as infinitas soluções do sistema. Para isso
basta assumirmos valores quaisquer para z e encontrar x e y correspondentes. Observe abaixo:
4 x + 2 y − 6 z = 8 x − 2 y + 3z = 4
3) 6 x + 3 y − 9 z = 12 4) 2 x − 4 y + 6 z = 15
2 x + 2 y − 3 z = 4 3x − 6 y + 9 z = 40
x − 2 y + 3z = 4 x + 2 y − 3z = 4
5) 2 x − 4 y + 6 z = 25 6) 2 x + 3 y + 4 z = 5
7 x − 6 y + 9 z = 12 4 x + 7 y − 2 z = 13
x + 2 y − 3z = 4 3x + 2 y + 6 z = 24
7) 2 x + 3 y + 4 z = 5 8) 2 x + 4 y + 3 z = 23
4 x + 7 y − 2 z = 32 5 x + 3 y + 4 z = 33
4 x + 2 y − 6 z = 8 x + 2 y + z = 9
9) 6 x + 3 y − 9 z = 12 10) 2 x + y − z = 3
2 x + y − 3 z = 4 3x − y − 2 z = −4
86
Gabarito
87
MÓDULO VI
Objetivos
Propiciar a compreensão e o domínio dos conceitos básicos de trigonometria.
Seção 1.1
Trigonometria
Numa primeira visão, Trigonometria é o estudo das relações entre medidas de ângulos e
lados nos triângulos retângulos (trigono = triângulo e metria = medida).
C
Hipotenusa ⇒ CB = a
a Catetos ⇒ AB = c
b AC = b
Cateto oposto a B̂ = b
A B Cateto adjacente a B̂ = c
c
Cateto oposto a Ĉ = c
Cateto adjacente a Ĉ = b
Constantes trigonométricas
Do ponto de vista matemático, o desenvolvimento da trigonometria está associado à
descoberta de constantes nas relações entre os lados de um triângulo retângulo.
Exemplo:
As medidas dos lados dos triângulos ABC, ADE e AFG estão indicadas na figura. O ângulo
 mede α e, portanto podemos estabelecer as seguintes razões:
88
1º) Razões entre os catetos opostos a  e as hipotenusas:
BC 3 DE 6 3 FG 9 3
= ; = = ; = =
AC 5 AE 10 5 AG 15 5
essas razões são chamadas de seno de Â.
Portanto:
cateto oposto a α cateto adjacente a α cateto oposto a α
sen α = cos α = tg α =
hipotenusa hipotenusa cateto adjacente a α
89
Logo Então:
senα
tgα =
cos α
1)
AB AB
tg α = =
OA 1
__
tg α = AB
90
Com isso podemos reunir em uma só figura as noções de cosseno, seno e tangente de um ângulo
agudo α.
quadrante trigonométrico.
Exercícios:
91
Gabarito
1) a) 3/5 b) 4/5 c) 3/4 d) 4/5 e) 3/5 f) 4/3
2 5 5 5 2 5
2) a) b) c) 2 d) e) f) 1/2
5 5 5 5
∧ ∧ ∧ ∧
3) a) cos B = 4 / 5 e tg B = 3 / 4 b) cos B = 5 / 3 e tg B = 2 5 / 5
∧ ∧ ∧ ∧
c) cos B = 0,82 e tg B = 0,69 d) cos B = 0,31 e tg B = 3,06
c) Medida de arco
Analisaremos as duas unidades mais importantes de medir arcos de circunferências (ou
ângulos): o grau e o radiano.
Grau. Consideremos uma circunferência qualquer dividida em 360 partes iguais, cada uma
dessas partes é uma unidade de medida da amplitude de qualquer arco dessa mesma circunferência.
Essa unidade de medida é chamada de um grau e indicamos por 1º. Portanto 1 grau corresponde a
1
da circunferência onde está o arco a ser medido.
360
} 1o = 1
360
Radiano. Um arco de 1 rad (um radiano) é um arco cujo comprimento é igual ao raio da
circunferência que o contém. Isto significa que se pudéssemos “desentortar” o arco e medir o
comprimento obteríamos como resultado o raio da circunferência.
92
Sabemos que o comprimento da circunferência de raio “r” é 2πr, onde π = 3,141592 ..... Isto
Usando o fato de que um arco de π rad mede 180º, podemos fazer a conversão de unidades
empregando uma regra de três simples.
Exemplo:
Qual é a medida em radianos de um arco de 6cm contido numa circunferência de raio 2cm?
Comprimento de um arco
Sejam:
l = comprimento do arco
r = raio
α = ângulo central
93
Vamos determinar o comprimento do arco l , conhecendo o ângulo central α
correspondente. Sabemos que uma circunferência tem comprimento igual a 2πr, ao mesmo tempo em
que apresenta um ângulo de 2π rad. Portanto um arco de ângulo α terá um comprimento l , ou seja:
2πr u. m. → 2π rad 2πr um ⋅ α rad
l= l = r ⋅ α u.m.
l → α rad 2π rad
Por outro lado, conhecendo o comprimento do arco, podemos determinar a medida do ângulo
central correspondente:
2πr u. m. → 2π rad 2π rad ⋅ l um l
α= α= rad
l u. m. → α 2πr um r
Exemplo:
Consideremos a seguinte aplicação. Um relógio tem ponteiro das horas e ponteiro dos minutos.
Pergunta-se:
a) Qual é o deslocamento do ponteiro das horas em uma hora?
Solução:
Notando que o mostrador está dividido em 12 partes iguais (uma para cada hora) então, para
cada hora corresponderá um deslocamento de 360 o ÷ 12 , ou seja, em 1 hora o ponteiro das horas se
desloca 30º.
94
Portanto x = 0,5º, então, em cada minuto (tempo) o ponteiro das horas se desloca 0,5º, ou seja,
30’(ângulo).
e) Qual o menor arco determinado pelos dois ponteiros quando for 3h 10min?
Solução:
Vamos analisar o que ocorre desde as 3h até 3h 10min.
1
Às 3h o arco era de 3 x 30º, ou seja, 90º. Nos 10 min o ponteiro das horas se deslocou 10 ⋅
2
grau, ou seja, 5º. Nos mesmos 10 min o ponteiro dos minutos se deslocou 10 x 6º, ou seja, 60º. Então
o arco procurado mede: 90º + 5º - 60º = 35º. O menor arco às 3h 10 min mede 35º.
95
Exercícios
Marque as alternativas verdadeiras com V e falsas com F
1) ( ) O comprimento de um arco determinado em uma circunferência de raio 3cm, sabendo que esse
π
arco mede rad é π cm.
3
2) ( ) O menor ângulo formado pelos ponteiros de um relógio quando este marca 13h 25min é 100º.
3) ( ) O menor dos ângulos formados pelos ponteiros de um relógio que marca 2h40min é 160º.
π
4) ( ) Em radianos a medida do arco de 60º é rad .
3
3π
5) ( ) Em graus a medida do arco rad é 150º.
4
6) ( ) O menor dos ângulos formados pelos ponteiros de um relógio que marca 5h55min é 152,5º.
7) ( ) O menor dos ângulos formados pelos ponteiros de um relógio que marca 6h30min é 30º é 15.
8) ( ) O menor dos ângulos formados pelos ponteiros de um relógio que marca 10h15min é 142,5º.
41π
9) ( ) Em radianos, a medida do arco 20º 30’ (1º = 60’) é rad .
360
Gabarito
1) V 2) F 3) V 4) V 5) F 6) V
7) F 8) V 9) V
96
d) Circunferência trigonométrica
É uma circunferência orientada em que:
- o raio é unitário
- o sentido positivo é o anti-horário
- o sentido negativo é o horário
97
As ampliações das noções de seno, cosseno e tangente de um ângulo serão feitas mantendo-se
estas idéias.
P localizado no 2º Q
P localizado no 3º Q
P localizado no 4º Q
98
Valores notáveis de seno, cosseno e tangente
sen α 0 1 2 3 1 0 -1 0
2 2 2
Sinais
Podemos observar
também que:
e) Redução ao 1° quadrante
É uma forma de determinar seno, cosseno e tangente de ângulos que não estão no
1°quadrante, relacionando-os com ângulos do 1° quadrante. A meta é ficar conhecendo seno,
cosseno e tangente a partir de uma tabela que forneça os valores de seno, cosseno e tangente de
ângulos entre 0° e 90°.
99
Redução do 2° quadrante para o 1°
Dado um ângulo θ tal que 90°< θ <180° e seja P a imagem de θ no ciclo trigonométrico. Seja
P’ o ponto do ciclo, simétrico a P em relação ao eixo dos senos.
AP = θ e AP’= x
Temos: AP+ PA’= 180°, mas PA’ = AP’
então: AP+ AP’= 180°
mas θ + x = 180°, então
θ = 180° - x
Exemplo:
Determine o valor de cos 115°.
Solução Portanto:
θ = 180°° - x
Como o ângulo θ , nesse caso, 115°° = 180°° - x
pertence ao 2º quadrante, ele será obtido x = 65°°
pela igualdade: O ângulo de 115° ∈ 2° Q e cosseno no 2°
Quadrante é negativo, teremos portanto
que:
θ = 180 o − x cos 115°= - cos 65°
Redução do 3° quadrante ao 1°
Dado um ângulo θ tal que 180°< θ < 270° e seja P a imagem de θ no ciclo trigonométrico.
Seja P’ o simétrico de P em relação ao centro do ciclo.
100
AP= θ e AP’= x
AP- AP’= 180°
θ - x = 180°
θ = 180° + x
Exemplo:
Determine o valor de sen 210°.
Solução: Portanto:
θ = 180°° + x
Como o ângulo θ , nesse caso, 210°° - 180°° = x
pertence ao 3º quadrante, ele será obtido x = 30°°
pela igualdade: O ângulo de 210° ∈ 3° Q e seno
no 3° quadrante é negativo, teremos
θ = 180 + x
o
portanto que:
sen 210°= - sen 30°
Dado um ângulo θ tal que 270°< θ < 360° e seja P a imagem de θ no ciclo trigonométrico.
Seja P’ o ponto no ciclo, simétrico a P em relação ao eixo dos cossenos.
101
AP = θ e AP’= x
AP+ PA = 360°
mas PA = AP’
então AP + AP’= 360°
portanto θ + x = 360°
θ = 360° - x
Exemplo:
Determine o valor de sen 330°.
Solução: Portanto:
θ = 360° - x
Como o ângulo θ , nesse 330° = 360° - x
caso, pertence ao 4º quadrante, ele x = 30°
será obtido pela igualdade: O ângulo de 330° ∈ 4° Q e
seno no 4° quadrante é negativo,
θ = 360 − x
o
teremos portanto que:
sen 330° = - sen 30°
102
1) sen2 x + cos 2 x = 1 chamada relação fundamental da trigonometria
senx
2) tgx = ; cos x ≠ 0
cos x
cos x
3) cot gx = ; senx ≠ 0
senx
1
4) sec x = ; cos x ≠ 0
cos x
1
5) cos sec x = ; senx ≠ 0
senx
tg2 x + 1 = sec 2 x
103
Exercícios
1) Dada a circunferência trigonométrica abaixo, determine os valores indicados.
a) sen x
b) cos x
c) cotg x
d) sec x
3) Calcule.
a) arc cos 1 3
e) sen −1
2
b) arc sen 1
3
f) cos −1
2
c) cos x = 0,866025403
− 2
g) tg −1
3
d) sen x = -1
−1
h) sen −1
3
104
Gabarito
Questão 1)
1 3 3 2 3
a) b) c) d)
2 2 3 3
Questão 2)
3
a) cos 150º = - cos 30º = −
2
b) sen 210º = - sen 30º = -0,5
4π
c) tg ( ) = tg (80 0 ) ≈ 5,67 )
9
Questão 3)
a) arc cos 1 = 0º
b) arc sen 1 = 90º
c) x = 30º
d) x = -90º
e) 60º
f) 30º
g) ≅ -49º
h) ≅ -20º
Questão 4) -1
105
Exercícios Complementares
3 π
1) Se cos x = − , < x < π calcule o valor de 2 cot g x + cos sec 2 x .
10 2
1 − sen 2 x
5) Simplifique a expressão .
cot g x ⋅ senx
106
10) Sabendo que x é um arco com extremidade no 3º quadrante, determine o sinal da expressão y, dada
por:
Gabarito
5 2 3 2
1) 2 2) 3) − 4) 5) cos x
6 2 4
1 1 1 1
6) a) 1 b) − c) d) e) -1 f)
2 2 2 2
2 3 2 3
g) 1 h) − 3 i) − 3 j) k) l) − 2
3 3
107
MÓDULO VII
Objetivos
Propiciar a compreensão e o domínio dos conceitos básicos de funções, bem como das principais
funções polinomiais: linear e quadrática.
2.1. Funções
Situações-problema podem envolver diversas variáveis (tempo, percentual, valores,
quantidades...). As funções são instrumentos para estudar as relações, correspondências ou possíveis
associações entre essas variáveis. As funções muitas vezes são modelos matemáticos que representam e
simplificam situações reais. Supõe-se que uma das maneiras de construir o conceito de função é mostrar
a importância e variedade de suas aplicações e relacioná-lo com outras idéias matemáticas.
Exemplo 1:
A resistividade de um metal é uma medida do quanto um arame feito dele resiste ao fluxo de uma
corrente elétrica. (A verdadeira resistência do arame dependerá tanto da resistividade do metal quanto
das dimensões do arame). Uma unidade comum de resistividade é o ohm-metro (Ω m). Experimentos
mostram que, baixando a temperatura de um metal, também baixa sua resistividade. A tabela abaixo
fornece a resistividade do cobre a várias temperaturas.
Temperatura T Resistividade
(ºC) (10-8Ω m)
-100 0,82
-50 1,19
0 1,54
50 1,91
100 2,27
150 2,63
108
Podemos observar na situação acima que existe variação da resistividade do metal para diferentes
temperaturas, ou seja, a resistividade do metal depende da temperatura: R = f (T ) .
Exemplo 2:
Lei de Boyle: O volume de uma massa gasosa é inversamente proporcional à pressão a que ela
está submetida, isto é, o produto da pressão pelo volume é constante, se a temperatura do gás é
constante. Denotamos a pressão por P, o volume por V e a temperatura constante por C; então, P.V = C.
C
a) Podemos escrever a pressão em função do volume: P = f (V ) = .
V
C
b) Podemos escrever também o volume em função da pressão: V = f ( P) =
P
a) Definição
Uma função expressa o relacionamento entre duas variáveis. Se duas variáveis “x” e “y” estão
relacionadas de forma que “para cada valor atribuído a “x”, existe um único valor associado a “y”, então
dizemos que “y” é uma função de “x” e escrevemos y = f(x).
y = f(x)
Variável independente
Variável dependente
Exemplos:
1) O preço total pago pela gasolina posta em um automóvel depende do número de litros
comprados, ou seja:
Preço = função do número de litros
Preço = f( l )
109
Em y = f(x) podemos caracterizar alguns conjuntos associados às variáveis envolvidas e esses
conjuntos estão definidos a seguir.
Domínio. É o conjunto de todos os valores que se pode atribuir a variável x de modo que exista a
variável y.
Contradomínio. É o conjunto que contém os valores da variável y.
Imagem. São os valores da variável y.
•2
1• •3
2• •5
ou seja:
a) Domínio = {1, 2}
b) Contradomínio = {2, 3, 5}
c) Imagem = {2, 3}
Exemplo:
y = 3x +4
2
y
0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
x
3+x
2) y = ⇒ Função algébrica racional fracionária.
x−5
3) y = 3
x − 2 ⇒ Função algébrica irracional.
Solução.
Solução.
D = {x ∈ R / x ≥ -1}, pois a operação radiciação, com índice par, só é
3) f ( x) = x +1 sentido se x + 1 ≥ 0, ou seja, se x ≥ −1
x +1 ≥ 0
Solução.
D = {x ∈ R / x > 3}, pois o denominador não pode ser nulo e o radicando não
x+2
pode ser negativo. Assim, a expressão somente tem sentido se
x−3
113
Exercícios
3x − 2
4) Considere a função f ( x) = , determine:
x +1
a) o domínio;
b) a imagem do elemento 3;
c) qual o elemento do domínio que tem como imagem o valor 3.
x+4
6) Seja a função f ( x) = , determine:
3x − 2
a) o domínio;
114
b) o elemento do domínio cuja imagem é 3;
c) a imagem do elemento 7.
8) Uma firma para escritório determina que o número de aparelhos de fax vendidos em um
determinado ano é dado, aproximadamente pela função f ( x) = 50 + 4 x + 12 x 2 , onde x = 0
9) Suponha o custo fixo de produção de um artigo seja dado pela função C ( x ) = 2,5 ⋅ x , onde “x”
representa o número de unidades do referido artigo. Determine:
a) o custo de 10000 unidades deste artigo;
b) a quantidade de artigos para que o custo seja $19500,00 u.m.
(2, 3)
3
y = f(x)
y
0
-1 1 3 5 7 9
-1
(7, -1)
-2
x
115
a) O valor de f(0).
b) A imagem do elemento 7.
c) O elemento do domínio cuja imagem é 3.
d) Qual o maior, f(1) ou f(6)?
e) Quais os valores de x que tem como imagem o zero?
f) f(4) é positiva ou negativa?
g) f(6) é positiva ou negativa?
Gabarito
1) a) R b) 5 c) 8
2) a) R b) 0
3) a) {x∈ R/ x ≥ 6} b) 3 c) 22 d) não existe
4) a) {x∈ R/ x ≠ -1} b) 7/4 c) não existe
5) a) R b) -12 c) -110/9
6) a) {x∈ R/ x ≠ 2/3} b) 5/4 c) 11/19
7) a) {x∈ R/ x ≥ -5/2} b) não existe c) ≅ 3,31 d) 2
8) a) f(0) representa o número de aparelhos de b) 60
fax vendidos em 1990 e f(0) = 50
9) a) 25000 b) 7800
10) a) 1 b) -1 c) 2 d) f(1) e) -1; 5 e 9 f) positiva g) negativa
onde: a ≠ 0;
a – recebe o nome de coeficiente angular - indica a inclinação da reta;
b – recebe o nome de coeficiente linear - indica o valor onde o gráfico corta o eixo y, gerando o ponto de
coordenadas (0, b).
116
Voltemos ao exemplo da resistividade (y) de um metal em função da temperatura (x).
Temperatura T
Resistividade (10-8Ω m)
(ºC)
-100 0,82
-50 1,19
0 1,54
50 1,91
100 2,27
150 2,63
Representação gráfica
O gráfico de uma função de 1º grau é uma reta e temos D = R e Im = R.Se a > 0 a função é
crescente, se a < 0 a função é decrescente.
117
Observação. Se a = 0 temos a função constante y = b (função constante).
Raiz ou zero da função
É todo número x cuja imagem é nula, isto é, f(x) = 0. Assim, para determinarmos o zero da
função, basta resolver a equação do 1o grau:
ax + b = 0
que apresenta uma única solução
−b
x= .
a
O zero ou a raiz da função representa o ponto de interseção do gráfico com o eixo x, isto é, é
−b
ponto de coordenadas: ( , 0).
a
No nosso exemplo: resistividade (y) de um metal em função da temperatura (x)
determinaremos então, os pontos de interseção com os eixos x e y, respectivamente. Sabemos que a
função representativa do modelo é dada por:
f(x) = 0,0072x+1,5458
portanto teremos:
Exercícios
1) Um fabricante vende seu produto por $0,80 u.m. por unidade. O custo total do produto consiste em
uma taxa fixa de $40,00 u.m. mais o custo de produção de $0,30 u.m. por unidade. Qual o valor do lucro
ao vender 200 unidades deste produto?
118
2) O gráfico de y = −2 x + b corta o eixo x no ponto (3/2, 0). Qual o valor de b ?
7) Uma fábrica de peças para máquinas agrícolas tem um custo determinado pelo modelo linear
C ( x ) = 20 x + 3000 . Em um regime de produção, determine:
a) O custo para produzir 200 peças;
119
b) O custo adicional se o nível de produção fosse elevado de 200 para 220 peças;
c) Se o preço de venda for estipulado em $ 40 u.m. por máquina, para um faturamento de $ 11000
u.m., qual será o lucro correspondente?
Gabarito
1) Lucro = $ 60 u.m.
2) b = 3
3) a) x = 5/2 b) x = 2 c) x = 2
4) a) 140 b) 598 c) x > 0
5) C(x) = 15x + 400
a) 20 litros b) 700 u.m. c) 30 litros
6) C(x) = 12x + 700 e C(100) = $1900 u.m.
7) a) $7000 u.m. b) $ 400 u.m. c) $ 2500 u.m.
b) Função do 2º Grau
0,025 96,9 80
0,04167 95,1
60
0,05833 92,9
0,075 90,8 40
0,09167 88,1
20
0,10833 85,3
0,125 82,1 0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
0,14167 78,6
0,15833 74,9
120
Observando a distribuição dos dados da tabela em pontos do gráfico, verifica-se que estes estão
sobre uma rota de uma curva.
2
120 y = -499,13x - 73,213x + 99,021
100
80
60
40
20
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
Gráfico
A representação gráfica da função quadrática está presente no nosso dia-a-dia em várias situações:
Quando lançamos uma pedra obliquamente para cima, sua trajetória é parabólica.
Quando acendemos o farol do carro, os raios de luz, provenientes da lâmpada, incidem num espelho
parabólico e são refletidos paralelamente ao eixo de simetria.
Economistas utilizam curvas de custo médio para relacionar o custo unitário médio da produção de
um produto e o número de unidades produzidas.
Cada uma destas curvas tem a forma de um arco, com abertura para cima ou para baixo. As mais
simples das funções, cujos gráficos lembra estas curvas, são funções quadráticas. Assim, o gráfico de
uma função do 2º grau é uma curva aberta chamada parábola. A parábola poderá ter concavidade voltada
para cima ou para baixo.
• se a > 0 , a concavidade é voltada para cima.
• se a < 0 , a concavidade é voltada para baixo.
121
Considerando x real, o modelo do exemplo inicial y = −499,13x 2 − 73,213x + 99,021 tem a
seguinte representação gráfica
−b± ∆
x= , onde ∆ = b 2 − 4ac .
2a
Logo, os zeros da função quadrática são as raízes da equação de 2º grau, ou seja, os pontos onde
o gráfico corta o eixo x, assim se:
a) se ∆ > 0 : a função f ( x ) = ax 2 + bx + c tem duas raízes reais desiguais ( x' ≠ x" ), ou seja, o
gráfico corta o eixo x em dois pontos distintos;
c) se ∆ < 0 : a função f ( x ) = ax 2 + bx + c não tem raízes reais, ou seja, o gráfico não corta o
eixo x.
122
Observe as figuras abaixo.
1) a > 0
2) a < 0
Estudo do vértice
A parábola, que representa o gráfico da função f ( x) = ax 2 + bx + c , passa por um ponto V,
chamado vértice e este ponto divide a parábola em duas partes iguais, fazendo assim com que a parábola
seja uma curva simétrica, observe as figuras a seguir.
123
O vértice é um ponto V ( x v , y v ) cujas coordenadas são dadas por:
b ∆
xv = − (abscissa) e y v = − (ordenada).
2a 4a
ou seja:
b ∆
V = − ,−
2a 4a
Observando o gráfico,
verificamos que:
Im = {y ∈ R / y ≥ −4}
Observando o gráfico,
verificamos que:
Im = {y ∈ R / y ≤ 0}
124
Dos exemplos dados, podemos concluir que:
∆ ∆
se a > 0 , então Im = y ∈ R / y ≥ − se a < 0 , então Im = y ∈ R / y ≤ −
4a 4a
∆
2) Quando a < 0, o vértice V ( x v , y v ) é o ponto máximo da parábola ⇒ y v = − é o valor máximo
4a
da função.
Exemplo:
Um objeto é lançado verticalmente para cima e está a S metros acima do solo, t segundos depois
de ser lançado, onde S = 81t – 9t2. Analisar graficamente a trajetória do objeto determinando a altura
máxima atingida por ele.
Solução:
• a< 0 – concavidade para baixo;
• gráfico corta o eixo y no ponto (0, 0);
• raízes: x’ = 0 e x” = 9, ou seja duas
raízes reais e distintas, portanto o gráfico
corta o eixo x nos pontos (0, 0) e (9, 0);
125
9 729
• vértice: V = ( , ) = (4.5, 182.25) portanto ponto de máximo;
2 4
• D=R Im = {y ∈ R; y ≤ 182,25}
• O yv representa a altura máxima atingida pelo objeto, portanto a altura máxima do objeto será de
182,25 metros;
• O tempo em que a altura máxima é atingida será dado pela coordenada xv, portanto necessário
para que o objeto atinja a altura máxima são 4,5 segundos.
Exercícios
1) Para cada função abaixo, analise o sinal de “ a ”, determine o ponto onde a parábola corta o eixo y ,
calcule as raízes, determine o vértice caracterizando se o mesmo é ponto de Máximo ou de Mínimo,
determine o domínio e a imagem, esboce o seu gráfico.
a) y = x 2 + 2 x + 1
b) y = 2 x 2 − 8
c) y = x 2 + 3
d) y = − x 2 − 4 x − 4
e) y = − x 2 − x
f) y = 3x 2
2) Um corpo é lançado obliquamente, a partir da superfície da terra, com velocidade inicial. Desse
modo, descreve uma trajetória parabólica, que representa a função y = x − 0,1x 2 ( x e y em metros).
a) Calcule a altura máxima atingida por esse corpo.
b) Obtenha o alcance desse corpo, ou seja, a distância horizontal que o corpo percorre até encontrar
novamente o solo.
3) Em uma partida de futebol, a cobrança de uma falta lança a bola em uma trajetória tal, que a altura h ,
em metros, varia com o tempo t , em segundos, de acordo com a fórmula h(t ) = −t 2 + 10t .
a) Em que instante a bola atinge a altura máxima?
b) De quantos metros é essa altura?
126
4) Um objeto, lançado obliquamente a partir do solo, alcança uma altura h (em metros) que varia em
função do tempo t (em segundos) de acordo com a fórmula h(t ) = −t 2 + 20t .
a) Em que instante o objeto atinge a altura máxima? De quantos metros é essa altura?
b) Em que instante ele atinge o solo novamente?
6) Suponha que a função L(x) = – 0,1x2 +5x –10 represente o lucro de uma empresa (L é dado em mil
reais e x em unidades). Determine o lucro máximo.
7) Após t horas de operação, uma linha de montagem produziu A(t) = 20t – ½ t2 cortadores de grama.
Suponha que o custo para a fábrica ao produzir x unidades é C(x) unidades monetárias, em que C(x) =
3000 + 80 x. Qual o custo das primeiras duas horas de operação?
Gabarito
1)a) a> 0 – concavidade para cima;
gráfico corta o eixo y no ponto (0, 1);
raízes: x’ = x” = -1, ou seja duas raízes reais e iguais,
portanto o gráfico corta o eixo x apenas no ponto (-1, 0);
vértice: V(-1, 0) portanto ponto de mínimo;
D=R Im = {y ∈ R; y ≥ 0}
128
2) a) 2,5 metros b) 10 metros
3) a) 25 metros b) 5 segundos
7) $ 6040 u.m.
129
MÓDULO VIII
Objetivos
Propiciar a compreensão e o domínio dos conceitos elementares de vetores e números
complexos, bem como de operações envolvendo esses entes matemáticos.
3.1. Vetores
Muitas grandezas físicas, como velocidade, força, deslocamento e impulso, para serem
completamente identificadas, precisam, além da magnitude, da direção e do sentido. Estas grandezas são
chamadas grandezas vetoriais ou simplesmente vetores.
Geometricamente, vetores são representados por segmentos (de retas) orientados (segmentos de
retas com um sentido de percurso) no plano ou no espaço. A ponta da seta do segmento orientado
chamada ponto final ou extremidade e o outro ponto extremo é chamado de ponto inicial ou origem
do segmento orientado.
r
Se o ponto inicial de um vetor v é A(x1, y1) e o ponto final é B(x2, y2), como mostra a figura,
então escrevemos:
v ou v = AB ou v = B − A = ( x2 , y 2 ) − ( x1 , y1 ) = ( x2 − x1 , y 2 − y1 )
r r r
B
y2
v=A-B
A
y1
x1 x2
130
Algumas Observações:
• Vetores com o mesmo comprimento, direção e sentido são ditos eqüipolentes, ou seja, iguais,
mesmo quando estiverem localizados em posições diferentes.
Exemplo 1:
O vetor v = (1, 2) é igual ao vetor AB que possui origem em A=(2, 3) e extremidade em B=(3, 5).
r
r r
A cada vetor não nulo v corresponde um vetor oposto − v , que tem o mesmo módulo, a mesma
r
direção, porém sentido oposto ao de v .
Exemplo 2:
→ →
O vetor v = (1,−3) tem como vetor oposto − v = (− 1, 3)
r
O módulo de um vetor, que representa o seu comprimento é dado por v = x 2 + y 2
Exemplo 3:
Exemplo 4:
2 2
r 1 2 r 1 2 1 4
O vetor v = ,− é unitário, pois v = + − = + = 1 =1
5 5 5 5 5 5
r r
Dois vetores são paralelos (colineares) - u // v - se tiverem a mesma direção.
Exemplo 5:
Os vetores u = (− 2, 6) e v = (1,−3) são paralelos, pois possuem mesma direção.
r r
r r
⇒ Dois vetores são ortogonais (perpendiculares) - u ⊥ v - se o ângulo entre eles for um ângulo reto,
isto é, de 90o.
Exemplo 6:
Os vetores u = (− 2, 0) e v = (0, 2) são ortogonais, pois o ângulo entre eles é de 90o.
r r
Exercícios
1) Esboce os seguintes vetores com ponto inicial na origem.
a) v1 = (3,6) b) v2 = (-4,-8) c) v3 = (-4,-3)
d) v4 = (5,-4) e) v5 = (3,0) f) v6 = (0,-7)
Gabarito
1) 2)
132
a) Adição de vetores
r r
Sejam os vetores v = ( x1 , y1 ) e u = ( x2 , y 2 ) , define-se:
r r
v + u = ( x1 + x2 , y1 + y 2 )
Exemplo:
Se u = (− 2, 6) e v = (1,−3) então:
r r
v + u = (−2 + 1, 6 + (− 3)) = (− 1, 3) .
r r
Propriedades da adição
a) Associativa: (v + u ) + w = v + (u + w)
r r r r r r
Exemplo:
Dados os vetores u = (− 2, 0) , v = (0, 2) e w = (− 4, 6) temos:
r r r
(vr + ur ) + wr = vr + (ur + wr )
(− 2, 2) + (− 4, 6) = (0, 2) + (− 6, 6)
(− 6, 8) = (− 6, 8)
r r r r
b) Comutativa: v + u = u + v
Exemplo:
Dados u = (− 2, 6) e v = (1,−3) então:
r r
r r r r
v +u =u +v
(1 − 2, − 3 + 6) = (− 2 + 1, 6 − 3)
(− 1, 3) = (− 1, 3)
r r r
c) Elemento neutro: v + 0 = 0 + v = v , onde 0 é um vetor nulo.
Exemplo:
Se v = (1,−3) então:
r
r r r
v +0 = 0+v = v
(1, − 3) + (0, 0) = (0, 0) + (1, − 3) = (1, − 3)
133
r r r
d) Elemento oposto: v + (− v ) = −v + v = 0
r r
Exemplo:
Se v = (1,−3) então:
r
r r r
v + (− v ) = −v + v = 0
r r
2) Regra do paralelogramo
Idéia da regra: Construir um paralelogramo com origem comum para cada par de vetores.
134
c) Multiplicação de um número real por um vetor
r
Seja o vetor u = ( x 2 , y 2 ) e, k ∈ R. Define-se o produto de um número real k pelo vetor, como:
k u = (kx2 , ky 2 )
r
Exemplos:
Propriedades
r r
Nas expressões abaixo, a e b são escalares quaisquer e u e v são vetores arbitrários:
135
a) Propriedade associativa em relação aos escalares: a(bv ) = (ab) v
r r
Exemplo: Se a = 2 e b = -3 e v = (− 1, 3)
r
a(bv ) = (ab) v
r r
2(3, − 9 ) = −6(− 1, 3)
(6, − 18) = (6, − 18)
Exemplo: Se a = 2 e b = -3 e v = (− 1, 3)
r
Se a = 2, u = (− 2, 4) e v = (− 1, 3)
r r
Exemplo:
a (u + v ) = au + av
r r r r
2 (− 3, 7) = 2(− 2, 4) + 2(− 1, 3)
(− 6,14) = (− 4, 8) + (− 2, 6)
(− 6,14) = (− 4 − 2 , 8 + 6)
(− 6,14) = (− 6,14)
Exercícios
136
A B C D
L M N
E
P O
K F
G
J I H
a) AB = OF b) AM = PH c) BC = OP d) BL = − MC e) DE = − ED
f) AO = MG g) KN = FI h) AC // HI i) JO // LD j) AJ // FG
k) AB ⊥ EG l) AM ⊥ BL m) PE ⊥ EC n) PN ⊥ NB o) PN ⊥ AM
p) AC = FP q) IF = MF r) AJ = AC s) AO = 2 NP t) AM = BL
a) AC + CN b) AB + BD c) AC + DC d) AC + AK
e) AC + EO f) AM + BL g) AK + AN h) AO − OE
i) MO − NP j) BC − CB k) LP + PN + NF l) BL + BN + PB
b) v = u − 3w , sendo u = (2,−3) e w = (− 1, 3)
r r r r r
137
Gabarito
Questão 1)
a) V b) V c) F d) V e) V f) V g) F
h) V i) F j) V k) V l) V m) F n) V
o) V p) V q) V r) F s) V t) V
1.1)
a) AN b) AD c) AB d) AO e) AM f) AK g) AH
h) AI i) AC j) AC k) AE l) 0
Questão 2)
c) v5 + v6 = (3,-7) d) v7 + v8 = (0, 0)
138
3) a) 2 AB + CD = 2(− 4,−3) + (− 2,−2) = (− 8 − 2,−6 − 2) = (− 10,−8)
b) v = (2, − 3) − (− 3, 9) = (2 + 3, − 3 − 9) = (5, − 12)
r
a) Introdução
O primeiro conjunto numérico que estudamos é o conjunto dos Números Naturais, os elementos
que pertencem a esse conjunto são:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ...}.
Esse conjunto não satisfaz todas as necessidades dos cálculos matemáticos, por exemplo, quanto
fosse preciso subtrair 5 – 10, qual seria o resultado? Assim, foi criado mais um novo conjunto, conjunto
dos Números Inteiros. Conhecido como conjunto dos números negativos e positivos mais o zero (zero
foi considerado um número nulo no conjunto dos inteiros, pois não seria nem positivo e nem negativo).
Z = {... , -4,-3,-2,-1,0,1,2,3,4, ... }.
Com a evolução dos cálculos nem o conjunto dos números inteiros estava satisfazendo algumas
operações, como por exemplo 7 ÷ 5 , assim foi estipulado um novo conjunto, o conjunto dos Números
Racionais, esse conjunto é a junção do conjunto dos naturais com os inteiros mais os números que
podem ser escritos em forma de fração (números decimais).
Q = { ... , -5; ...; - 4,2; ... ; - 2; ... ; -1;...; 0; ...; 3,56; ...; 4; ... }.
Alguns números decimais não podem ser escritos em forma de fração, por isso não pertencem ao
conjunto dos racionais e sim a um novo conjunto, que é chamado de conjunto dos Números
Irracionais. Os números irracionais mais conhecidos são os números: π = 3,1416 ... , e = 2,718282 ... ,
139
Toda essa evolução dos conjuntos numéricos não satisfaz ainda, a resolução de raízes com índice
par e radicando negativo. Na resolução de uma equação do 2º grau onde o discriminante é negativo,
significa que essa equação não admite raízes reais. Seja a equação
x2 + 9 = 0
verificamos que o discriminante ( ∆ = b 2 − 4ac ) é negativo ( ∆ = 0 2 − 4.1.9 ⇒ ∆ = −36 ), portanto ela não
admite raízes reais. Se usarmos os métodos que conhecemos para resolvê-la, obtemos
x 2 = −9
x = ± −9
mas, é inaceitável tal resultado para x; os números negativos não têm raiz quadrada.
Para superar tal impossibilidade e poder, então, resolver todas as equações do 2º grau, foi
ampliado o sistema de números, criando-se o conjunto dos Números Complexos, que abrange todos os
números reais e mais todas as raízes com índice par e radicando negativo.
b) Definição
Chama-se conjunto dos números complexos, e representa-se por C, o conjunto de pares
ordenados, ou seja:
Z = (x, y), onde x pertence a R e y pertence a R
ou, tendo a forma algébrica:
Z=x + yi
onde, x e y ∈ R e “i” que é chamado de unidade imaginária apresenta a seguinte propriedade:
i 2 = −1 ⇒ i = − 1
denominada propriedade fundamental dos números complexos.
140
Exemplos:
1) O número complexo na forma de par ordenado (5, 3) pode ser escrito na forma algébrica, ou seja, (5,
3) = 5 + 3i.
2) O número complexo na forma algébrica 2 +i pode ser escrito na forma de par ordenado, ou seja, 2+i =
(2, 1).
Dessa forma, todo número complexo Z = (x, y) pode ser escrito na forma Z = x + iy ,
onde temos:
x = Re(Z), parte real de Z
y = Im(Z), parte imaginária de Z
Exemplos:
1) Em Z = 2+4i temos: Re(Z) = 2 e Im(Z) = 4.
2) Em Z = (-5, 7) temos: Re(Z) = -5 e Im(Z) = 7.
3) Em Z = 3i temos: Re(Z) = 0 e Im(Z) = 3.
4) Em Z = 3 temos: Re(Z) = 3 e Im(Z) = 0.
141
Além disso:
1) o par (1, 0) é chamado de unidade real, pois: (1, 0) = 1 + 0i = 1 + 0 =1;
2) o par (0,1) é chamado de unidade imaginária, pois: (0, 1) = 0 + 1i = i
− 4 = − 1.4 = 4. − 1 = 4 . − 1 = 22 . i = 2i
2) A equação x2 + 9 = 0 não admite raízes reais. Se usarmos os métodos que conhecemos para resolvê-
la, obtemos
x2 = -9
x = ± −9
nos números reais, sabemos que não existe − 9 , mas considerando os números complexos e utilizando
a sua propriedade fundamental ( i 2 = −1 ), podemos continuar resolvendo esta equação da seguinte
forma:
x = ± 9.(−1)
x = ± 9. − 1
x = ± 3i
Assim, as raízes da equação x2 + 9 = 0 são 3i e - 3i.
Exemplo:
Se x e y são números reais e x + yi = 7 - 4i, então x = 7 e y = - 4.
142
d) Operações com números complexos
Adição. Sejam Z 1 e Z 2 , dois números complexos tais que: Z 1 = a + bi e Z 2 = c + di , sua soma será
dada por:
Exemplos:
1) Sejam Z 1 = 3 + 4i e Z 2 = −7 + 8i , calculando Z 1 + Z 2 teremos:
(3 + 4i) + (- 7 + 8i) = (3 - 7) + (4 + 8) i = - 4 + 12i.
Na prática, fazemos
Na prática fazemos
143
Multiplicação: Sejam Z 1 e Z 2 , dois números complexos tais que: Z 1 = a + bi e Z 2 = c + di , seu
produto será dado por:
Exemplos:
1) Sejam Z 1 = 2 + 3i e Z 2 = 3 − 4i , calculando Z 1 ⋅ Z 2 teremos:
Distributiva
= 6 + i – 12 . (-1) -8i + 9i = i e i2 = - 1
= 6 + i + 12
= 18 + i
Distributiva
= – 8 + 2 . (-1) -4i + 4i = 0 e i2 = - 1
=–8–2
= – 10
144
3) Sejam Z 1 = −3i e Z 2 = 4 − 2i , calculando Z 1 ⋅ Z 2 teremos:
= – 3i . (4) – 3i . (-2i)
= - 12i + 6i2
= - 12i + 6 . (-1)
= - 6 - 12i
Complexos conjugados
O conjugado de um número complexo a + bi é a − bi , e o conjugado de a − bi é a − bi .
Os números complexos a + bi e a − bi são chamados complexos conjugados.
Para um número complexo Z, seu conjugado é representado com Z ; então, se Z = a + bi
escrevemos Z = a − bi .
Exemplos:
1) O conjugado de Z = 2 + 3i é Z = 2 - 3i
2) O conjugado de Z = 2 - i é Z = 2 + i
3) O conjugado de Z = 5i é Z = - 5i
4) O conjugado de Z = 10 é Z = 10
145
Z . Z = (a + bi) . (a – bi)
Usamos então, essa propriedade para expressar o quociente de dois números complexos na forma
a + bi.
a + bi
Para escrevermos o quociente na forma a + bi, multiplicamos o
c + di
numerador e o denominador pelo conjugado do denominador.
Exemplo:
3−i
Vamos escrever o quociente na forma a + bi, ou seja, vamos encontrar o quociente entre os
2+i
números Z 1 = 3 − i e Z 2 = 2 + i .
146
Para isso multiplicamos o numerador e o denominador pelo conjugado do denominador, para
obter um número real no denominador.
Z1 3 − i (3 − i) (2 − i) Z1 6 − 3 i − 2 i + i 2
= = ⋅ = = =
Z 2 2 + i (2 + i ) ( 2 − i ) Z2 4 − i2
Z1 6 − 5 i − 1 Z1 5 − 5 i
= = = = =
Z2 4 +1 Z2 5
Z 5 5i Z1
= 1 = − = = 1− i
Z2 5 5 Z2
Exercícios resolvidos
1) Determine os valores de x e y para que 2x + yi + 3y + xi = 2 + 3i
Solução. Em primeiro lugar devemos, no lado esquerdo da igualdade, agrupar os elementos que
pertencem a parte real e a parte imaginária do número, ou seja, devemos escrever a expressão da
seguinte forma:
(2x+3y) + (x+y)i = 2 +3i
Logo a seguir para encontrarmos os valores de x e y, devemos levar em conta que a expressão
corresponde a uma igualdade entre dois números complexos, e para dois números complexos serem
iguais é necessário que suas partes reais e suas partes imaginárias sejam iguais, ou seja:
2 x + 3 y = 2
x + y = 3
Resolvendo o sistema acima encontraremos então os valores procurados de x e y. Passemos então
a resolução do sistema utilizando o método de adição, onde multiplicaremos a segunda linha por -2 e
logo após somaremos as equações. Assim, por conseqüência encontraremos o valor da primeira variável
procurada.
2 x + 3 y = 2 2x + 3 y = 2
⇒
x + y = 3 (⋅ − 2) − 2 x − 2 y = −6
y = −4
Substituindo o valor encontrado para y em qualquer uma das equações, encontraremos o valor
que a variável x deverá assumir para que se tenha a igualdade entre os dois números acima.
Substituiremos então y = -4 na segunda equação, onde encontraremos:
x + y = 3⇒ x− 4 = 3⇒ x = 3+ 4 ⇒ x = 7
147
Portanto, para que se tenha a igualdade 2x + yi + 3y + xi = 2 + 3i é necessário que x = 7 e y = -4.
Pela propriedade fundamental dos números complexos sabemos que i 2 = −1 , então no último
resultado fazemos esta substituição e agrupamos os elementos que constituirão a parte real e a parte
imaginária do número complexo Z.
Z = −3x + x 2 i − 6i + 2 x(−1) ⇒ Z = −3x + x 2 i − 6i − 2 x
Z = − 5 x + ( x 2 − 6) i
onde neste produto podemos identificar sua parte real e sua parte imaginária, a saber:
Re( Z ) = −5 x e Im( Z ) = x 2 − 6
ou seja, em qualquer uma das possibilidades para x ( ± 6 ), a resultante no número Z, será sempre um
número real.
e) Potências de i
i 0 = 1
1
i = 1
i n = i ⋅ i ⋅ ... ⋅ i n ≥ 2 e n∈N
1424 3
n vezes
−n 1
i = n
i
149
Calculando as potências de expoente natural da unidade imaginária i verificamos:
i0 = 1 i4 = i2 . i2 = (-1) . (-1) = 1
i1 = i i5 = i4 . i = 1 . i = i
i2 = -1 i6 = i4 . i2 = 1 . (-1) = -1
i3 = i2 . i = -1 . i = -i i7 = i4 . i3 = 1 (-i) = -i
Observe que as quatro potências de i na coluna da esquerda repetem-se nos quatro casos
seguintes na coluna da direita. Este ciclo
1, i, -1, -i
repete-se indefinidamente.
Então, para simplificar o valor de in para n > 4, buscamos o maior múltiplo de 4 contido em n, ou
seja, inicialmente efetuamos a divisão de n por 4, obtendo um quociente q e um resto r.
i 0 = 1 ; i 1 = i ; i 2 = −1 ou i 3 = −i
Exemplos:
1) Calcule o valor de i26.
Solução:
Em primeiro lugar efetuamos a divisão de 26 por 4. O resultado obtido é um quociente 6 e um
resto 2. Para determinarmos a potência indicada nos interessa o resto da divisão pois como vimos
i n = i r , onde r é o resto da divisão de n por 4. Portanto para encontrarmos o valor de i 26 , escreveremos:
i 26 = i 2
mas como i 2 = −1 , teremos então: i 26 = −1
150
2) Determine o valor de i −43 .
Solução:
Procedemos da mesma forma que o exemplo anterior, apenas dividindo 43 por 4. O que resulta
em um quociente igual a 10 e um resto igual a 3. Portanto escrevemos então:
i −43 = i −3
mas, como i 3 = −i , teremos então:
i −43 = (i 3 ) −1
i −43 = (−i ) −1
1
i −43 =
−i
desse ponto em diante devemos resolver a divisão em que resultou a potência i −43 , começando o
processo por multiplicar o quociente indicado pelo conjugado do denominador, que neste caso será dado
por i:
1 i
i −43 = ⋅
−i i
i
i − 43 =
− i2
151
Para representarmos graficamente o número complexo Z = a + bi, marcamos o ponto Z(a; b) no
plano.
Cada número complexo, portanto, é associado a um único ponto P do plano cartesiano. O ponto
P, correspondente do número complexo Z = a + bi, é denominado de imagem ou afixo de Z.
Exemplo:
Representar graficamente os números complexos Z 1 e Z 2 indicados a seguir. Logo a seguir
represente também o número Z 1+ Z 2 .
a) Z1 = 3 + 2i
Solução:
Para representar o número Z1 , marcamos no plano complexo o par ordenado (3, 2).
152
b) Z 2 = 2 − 3i
Solução:
Para representar o número Z2 , marcamos no plano complexo o par ordenado (2, -3).
c) Z 1+Z 2
Solução:
Devemos em primeiro lugar calcular o número complexo Z 1+ Z 2 , que será dado por:
ou seja:
Z = a2 + b2
153
Definição
Exemplos:
1) O módulo do número complexo - 3 + 4i será dado por:
− 3 + 4i = (−3) 2 + 4 2 = 25 = 5
7 + 4i = 7 2 + 4 2 = 65
Exercícios
5) Sendo a = –4 + 3i , b = 5 – 6i e c = 4 – 3i , o valor de ac + b é:
(a) 2 + 18i (b) –2 – 18i (c) –2 + 18i (d) –1 + 9i (e) 2 – 18i
154
6) Determine o número complexo Z tal que iZ + 2 Z + 1 − i = 0 .
(a) Z = –1–i (b) Z = 1 +i (c) Z = –2–2i (d) Z = 1–i (e) Z = –1+i
10) A soma de um numero complexo Z com o triplo do seu conjugado é igual a –8 – 6i. O módulo
de Z é:
(a) 13 (b) 7 (c) 13 (d) 7 (e) 5
( 3 + i)(1 − 3i )
12) Encontre o valor da expressão: .
5
155
11 − 3i
II)
2+i
19 17 17 19 19 17 17 19 19 17
(a) − − i (b) − i (c) + i (d) + i (e) − i
5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
III) (7 − 2i )
2
1
IV)
5 + 2i
5 2 5 2 2 5 2 5 5 2
(a) − i (b) − − i (c) − i (d) − + i (e) − + i
29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
5 + 5i 20
V) +
3 − 4i 4 + 3i
(a) − 3 − i (b) 3 − i (c) 1− 3i (d) − 1− 3i (e) − 3 + i
II) ( x + 2 y ) + (3 x − 2) ⋅ i = 2 + ( y + 4 ) ⋅ i
(a) 1 e 0 (b) -2 e 0 (c) -1 e 0 (d) 2 e 0 (e) 0 e 4
III) 2 x − 1 + i = 3 + yi − 2i
(a) 2 e 3 (b) -2 e 3 (c) 1 e 3 (d) 2 e -3 (e) -1 e-3
IV) 2 + 3 yi = x + 9i
(a) -2 e 3 (b) 1 e 3 (c) 2 e 3 (d) -1 e -3 (e)-4 e 3
V) (2 x − 3) + 4 yi = ( x + 5 ) + 24i
(a) -8 e 6 (b) 8 e 6 (c) -8 e -6 (d) 0 e 6 (e) 8 e 0
156
VI) ( x + yi ) ⋅ (3 + 4i ) = 7 + 26i
(a) -5 e 2 (b) 5 e -2 (c) 5 e 0 (d) 5 e 2 (e) -5 e -2
2 − xi
17) ) Determine x∈ R de modo que o número Z = seja imaginário puro.
1 + 2 xi
(a) 0 (b) ± 2 (c) ± 3 (d) ± 2 (e) ± 1
1 + 2i
18) Determine a ∈ R de modo que o número Z = seja real.
2 + ai
(a) -4 (b) 0 (c) 2 (d) 4 (e) -2
2+i
20) Determine o conjugado de Z = .
7 − 3i
11 13 11 13 11 13 11 13
(a) 0 (b) − + i (c) + i (d) − i (e) − − i
58 58 58 58 58 58 58 58
157
Gabarito
1) b 2) d 3) e 4) a 5) c 6) a
158
Pelas definições da trigonometria circular temos as relações:
cateto adjacente ao ângulo θ cateto oposto ao ângulo θ
cos θ = e sen θ =
hipotenusa hipotenusa
Substituindo então os valores encontrados para “a” e “b” nas coordenadas Z e θ , podemos
Z = Z (cos θ + isen θ )
Exemplos:
Escreva os números complexos a seguir na forma trigonométrica.
1) Z = 1 + i
Solução:
Em primeiro lugar, devemos identificar no número Z = 1 + i, sua parte real (a) e sua parte
imaginária (b), que são dadas por:
a=1 e b=1
159
Logo a seguir devemos calcular o valor do módulo do número complexo Z, ou seja, devemos
calcular Z :
Z = a 2 + b 2 = 12 + 12 ⇒ Z = 2
Nossa próxima etapa é determinar o argumento θ , onde para isso devemos levar em conta as
seguintes expressões:
a b
cos θ = sen θ =
Z Z
1 1
cos θ = sen θ =
2 2
e
1 2 1 2
cos θ = . sen θ = .
2 2 2 2
2 2
cos θ = sen θ =
2 2
Portanto temos que os valores encontrados para o cos θ e para o sen θ são ambos positivos, isto
significa que o ângulo θ pertence ao primeiro quadrante, assim basta localizar qual o ângulo do primeiro
quadrante apresenta os valores encontrados, ou seja:
2
cos θ = θ ∈ 1o quadrante
2
π
2 θ = 45 ou θ = rad
o
senθ = 4
2
π
argumento θ = 45 o (ou θ = rad ). Podemos então escrever o respectivo número Z na forma
4
trigonométrica ou polar, substituindo na expressão Z = Z (cos θ + isen θ ) , os valores encontrados para
Z e θ , ou seja:
π π
( )
Z = 2 cos 45 o + i sen 45 o ou Z = 2 cos + isen
4 4
160
2) Z = -1 - i
Solução:
Em primeiro lugar, devemos identificar no número Z = -1 - i, sua parte real (a) e sua parte
imaginária (b), que são dadas por:
a = -1 e b = -1
Logo a seguir devemos calcular o valor do módulo do número complexo Z, ou seja, devemos
calcular Z :
Z = a 2 + b 2 = (−1) 2 + (−1) 2 = 12 + 12 ⇒ Z = 2
Nossa próxima etapa é determinar o argumento θ , onde para isso devemos levar em conta as
seguintes expressões:
a b
cos θ = sen θ =
Z Z
1 1
cos θ = − sen θ = −
2 2
e
1 2 1 2
cos θ = − . sen θ = − .
2 2 2 2
2 2
cos θ = − sen θ = −
2 2
Portanto, temos que os valores encontrados para o cos θ e para o sen θ são ambos negativos, isto
significa que o ângulo θ pertence ao terceiro quadrante, pois temos em relação aos sinais dessas
funções, o que se encontra ilustrado na figura abaixo.
Para encontrarmos o ângulo θ , devemos também levar em conta, a forma como reduzimos um
ângulo ao primeiro quadrante, ou seja, se:
θ ∈ 2 o quadrante ⇒ θ = 180 o − x ou equivalentemente θ ∈ 2 o quadrante ⇒ θ = π − x
161
θ ∈ 3o quadrante ⇒ θ = 180 o + x ou equivalentemente θ ∈ 3 o quadrante ⇒ θ = π + x
θ ∈ 4 o quadrante ⇒ θ = 360 o − x ou equivalentemente θ ∈ 4 o quadrante ⇒ θ = 2π − x
sen α 0 1 2 3 1 0 -1 0
2 2 2
Como o ângulo θ , nesse caso, pertence ao 3º quadrante, ele será obtido pela igualdade
θ = 180 o + x , ou equivalentemente, θ = π + x .
Assim, precisamos determinar o valor “x”, e para isso levamos em conta o que se encontra a
seguir.
cos x = cos θ
e, isso nos leva, observando a
e Tabela 1, a concluirmos que:
sen x = senθ x = 45º ou x = π4 rad
162
Portanto temos que:
2 θ ∈ 3o quadrante
cos θ = −
2 θ = 180 o + x
2
senθ = − θ = 180 o + 45o ⇒ θ = 225 o
2
ou de forma equivalente
2 θ ∈ 3o quadrante
cos θ = −
2 θ =π + x
2
senθ = − θ = π + π4 ⇒ θ = 54π
2
5π
argumento θ = 225 o (ou θ = rad ). Podemos então escrever o respectivo número Z na forma
4
trigonométrica ou polar, substituindo na expressão Z = Z (cos θ + isen θ ) , os valores encontrados para
Z e θ , ou seja:
5π 5π
( )
Z = 2 cos 225 o + i sen 225 o ou Z = 2 cos + isen
4 4
3) Z = -3i
Solução:
Em primeiro lugar, devemos identificar no número Z = -3i, sua parte real (a) e sua parte
imaginária (b), que são dadas por:
a = 0 e b = -3
Logo a seguir devemos calcular o valor do módulo do número complexo Z, ou seja, devemos calcular
Z :
Z = a 2 + b 2 = 0 2 + (−3) 2 = 9 ⇒ Z = 3
Nossa próxima etapa é determinar o argumento θ , onde para isso devemos levar em conta as
seguintes expressões:
163
a b
cos θ = sen θ =
Z Z
0 −3
cos θ = e sen θ =
3 3
cos θ = 0 sen θ = −1
Portanto temos que os valores encontrados para o cos θ e para o sen θ , conforme a Tabela 1,
indicam que o ângulo procurado se encontra em extremidades de quadrantes, ou seja, o ângulo θ
3π
corresponde ao ângulo de 270º ou rad :
2
cos θ = 0 3π
θ = 270 ou θ =
o
rad
senθ = −1 2
3π
argumento θ = 270 o (ou θ = rad ). Podemos então escrever o respectivo número Z na forma
2
trigonométrica ou polar, substituindo na expressão Z = Z (cos θ + isen θ ) , os valores encontrados para
Z e θ , ou seja:
3π 3π
( )
Z = 3 cos 270 o + i sen 270 o ou Z = 3 cos + isen
2 2
Observação. Nem sempre os valores de seno e cosseno recaem em arcos notáveis, quando
isto acontecer, podemos recorrer à calculadora, que será nossa grande aliada para este
trabalho. Observe o exemplo a seguir.
4) Z = -2+3i
Solução:
Em primeiro lugar, devemos identificar no número Z = -2 + 3i, sua parte real (a) e sua parte
imaginária (b), que são dadas por:
a = -2 e b = 3
164
Logo a seguir devemos calcular o valor do módulo do número complexo Z, ou seja, devemos
calcular Z :
Z = a 2 + b 2 = (−2) 2 + 32 = 4 + 9 ⇒ Z = 13
Nossa próxima etapa é determinar o argumento θ , onde para isso devemos levar em conta as
seguintes expressões:
a b
cos θ = sen θ =
Z Z
2 3
cos θ = − sen θ =
13 13
e
2 13 3 13
cos θ = − . sen θ = .
13 13 13 13
2 13 3 13
cos θ = − sen θ =
13 13
Portanto, temos que o valor encontrado para o cos θ é negativo e o valor encontrado para o sen θ
é positivo, isto significa que o ângulo θ pertence ao segundo quadrante, pois temos em relação aos
sinais dessas funções, o que se encontra ilustrado na figura abaixo
Como o ângulo θ , nesse caso, pertence ao 2º quadrante, ele será obtido pela igualdade
θ = 180 o − x , ou equivalentemente, θ = π − x .
Assim, precisamos determinar o valor “x”, e para isso levamos em conta o que se encontra a
seguir.
165
Para determinarmos Assim, no nosso exemplo, temos que: cos x = 21313 e sen x = 31313 e
o valor de “x”,
estes valores não se encontram na Tabela 1. Portanto utilizando a
consideramos que:
calculadora temos o que segue.
cos x = cos θ
e
⇒ x = 56,3...
2 13 2 13
cos x = ⇒ x = arc cos
sen x = sen θ 13 13
⇒ x ≈ 56 o ou x ≈ 14 π
45 rad
⇒ x = 56,3...
3 13 3 13
sen x = 13 ⇒ x = arc sen 13
2 13 θ ∈ 2 o quadrante
cos θ = −
13
θ = 180 o − x
3 13
senθ = θ ≈ 180 o − 56 o ⇒ θ ≈ 124 o
13
ou de forma equivalente:
2 13 θ ∈ 1o quadrante
cos θ = −
13
θ =π − x
3 13
senθ = θ ≈ π − 1445π ⇒ θ ≈ 3145π rad
13
31π
um argumento θ = 124 o (ou θ = rad ). Podemos então escrever o respectivo número Z na forma
45
trigonométrica ou polar, substituindo na expressão Z = Z (cos θ + isen θ ) , os valores encontrados para
Z e θ , ou seja:
31π 31π
( )
Z ≈ 13 cos124 o + i sen124 o ou Z ≈ 13 cos + isen
45 45
166
j) Operações com números complexos na forma polar ou trigonométrica
Não é usual efetuar-se adições ou subtrações de números complexos na forma polar, devido ao
fato de que estas operações com os números complexos na forma algébrica são bem mais fáceis de
realizar. Se os números complexos estiverem na forma polar, para somá-los (ou subtraí-los), primeiro
converta-os para a forma algébrica e efetue os cálculos.
Exemplo:
Sejam os números Z = 10(cos 0 o + i sen 0 o ) e W = 5(cos 90 o + isen90 o ) , encontre os números Z +
W e Z – W.
Solução:
Portanto iniciaremos nosso trabalho, transformando os números que se encontram na forma
trigonométrica para a forma algébrica, ou seja:
Portanto, teremos:
Z + W = 10 + 5i e Z – W = 10 – 5i.
Muitas vezes ao realizarmos multiplicações, divisões ou calcularmos potências de números
complexos, nosso trabalho se torna bem mais simples, se trabalharmos com os números na forma polar
ou trigonométrica. Por exemplo, se desejarmos encontrar o valor de (1 − 2i ) 25 , se optarmos por
multiplicar o número 1 – 2i por ele mesmo vinte e cinco vezes, esse trabalho se torna praticamente
impossível. Portanto passemos a analisar as operações de multiplicação, divisão e potenciação de
números complexos na forma trigonométrica ou polar, através do chamado Teorema de Moivre.
167
Teorema de Moivre
Sejam os números complexos Z1 = Z1 (cosθ1 + i senθ1 ) e Z 2 = Z 2 (cosθ 2 + i senθ 2 ) , podemos
mostrar que:
i) Z 1 ⋅ Z 2 = Z 1 ⋅ Z 2 [cos(θ1 + θ 2 ) + i sen (θ1 + θ 2 )]
Conseqüências:
1) Z1 ⋅ Z 2 ⋅ ... ⋅ Z n = Z1 ⋅ Z 2 ⋅ ... ⋅ Z n [cos(θ1 + θ 2 + ... + θ n ) + i sen (θ1 + θ 2 + ... + θ n )]
2) Z 1n = Z 1
n
[cos(nθ1 ) + i sen (nθ1 )]
Z1
⋅ [cos (θ1 − θ 2 ) + i sen (θ1 − θ 2 )]
Z1
ii) =
Z2 Z2
Exemplos:
1) Sejam Z1 = 15(cos30º + i . sen30º) e Z2 = 3(cos60º + i . sen60º). Encontre o valor de Z1 ⋅ Z 2 , na
forma trigonométrica e na forma algébrica.
Solução:
Como os dois números complexos estão na forma trigonométrica, para multiplicá-los, segundo o
Teorema de Moivre, basta multiplicar os seus módulos e somar seus argumentos, ou seja:
Z 1 ⋅ Z 2 = 15(cos30º + i . sen30º) . 3(cos60º + i . sen60º)
168
Forma Trigonométrica
π
Z1 ⋅ Z 2 = 45 (cos 90 o + i sen90 o ) ou equivalentemente Z1 ⋅ Z 2 = 45 (cos π2 + i sen )
2
Forma Algébrica
Z 1 ⋅ Z 2 = 45 i
Z1
2) Sejam Z1 = 10(cos120º + i sen120º) e Z2 = 5(cos30º + i sen30º). Determine o valor de , na forma
Z2
trigonométrica e na forma algébrica.
Solução:
Como os dois números complexos estão na forma trigonométrica, para dividi-los, segundo o
Teorema de Moivre, basta dividir os seus módulos e diminuir seus argumentos, ou seja:
Z1 10 (cos120 o + i sen120 o )
=
Z2 5 (cos 30 o + i sen 30 o )
Z1 10
= [cos(120º - 30º) + i . sen(120º - 30º)]
Z2 5
Z1
= 2(cos90º + i . sen90º)
Z2
Z1
Para obtermos o valor de na forma algébrica, basta substituirmos os valores correspondentes
Z2
ao seno e ao cosseno na expressão encontrada, isto é:
Z1
= 2(cos90º + i . sen90º) = 2(0+i . 1) = 2i
Z2
Z1
Portanto temos, para , os seguintes resultados:
Z2
169
Forma Trigonométrica
Forma Algébrica
Z1
= 2i
Z2
Z 9 = 109[cos(9.30º) + i . sen(9.30º)]
Z 9 = 109(cos270º + i . sen270º)
Para obtermos o valor de Z 9 na forma algébrica, basta substituirmos os valores correspondentes ao seno
e ao cosseno na expressão encontrada, isto é:
Forma Trigonométrica
Z 9 = 10 9 (cos 270 o + i sen 270 o ) ou equivalentemente Z 9 = 10 9 (cos 32π + i sen 32π )
170
Forma Algébrica
Z 9 = −10 9 i
4) Encontre o valor da expressão a seguir, tanto na forma trigonométrica, como na forma algébrica.
Solução:
Em primeiro lugar devemos observar os números complexos envolvidos, vamos identificá-los
por Z1 , Z2 e Z3 , da seguinte forma:
Z1 = 2(cos 20 o + isen 20 o )
Z 2 = 2(cos 50 o − isen50 o )
Z 3 = 2 (cos 60 o + isen 60 o )
Em relação ao número Z 2 cabe fazer algumas considerações: o seu módulo vale 2, mas seu
argumento vale -50o, ou seja, o sinal negativo da parte imaginária significa que o ângulo é negativo, pois
da trigonometria sabemos que:
171
Então em Z 2 = 2 (cos 50 o − isen50 o ) temos que: Z 2 = 2 [cos(−50 o ) + isen(−50 o )]
Z=
[2 (cos 20 o
+ isen 20 o )] ⋅ [2 (cos( −50
3 o
) + isen ( −50 o ) )] 4
[2 (cos 60 o
+ isen 60 o )] 2
Z=
[2 (cos(3 ⋅ 20 ) + isen(3 ⋅ 20 ))]⋅ [2 (cos(4 ⋅ −50 ) + isen(4 ⋅ −50 ))]
3 o o 4 o o
2 2 (cos(2 ⋅ 60 o ) + isen(2 ⋅ 60 o ))
Z=
[8 (cos(60 ) + isen(60 ))]⋅ [16 (cos(−200 ) + isen(−200 ))]
o o o o
4 (cos120 o + isen120 o )
Z=
[
8 ⋅16 cos(60 o + (−200 o )) + isen(60 o + ( −200 o )) ]
4 (cos120 o + isen120 o )
Z=
[
128 cos(−140 o ) + isen(−140 o ) ]
4 (cos120 o + isen120 o )
Z=
128
4
(
cos[(−140o ) − (120 o )] + isen[(−140o ) − (120 o )] )
Z = 32 [cos(−260 o ) + isen(−260 o )]
Forma Trigonométrica
Z = 32 (cos 260 o − i sen 260 o ) ou equivalentemente Z = 32 (cos 139π − i sen 139π )
172
Forma Algébrica
Z ≈ −5,44 + 31,36i
θ + 360 o ⋅ k θ + 360 o ⋅ k
Z k = n Z cos + i sen para k = 0, 1,..., n-1
n n
ou de forma equivalente
θ + 2kπ θ + 2kπ
Z k = n Z cos + i sen para k = 0, 1,...,n-1
n n
Se k > n, as raízes se repetem e basta então tomar k = 0, 1,..., n-1 para esta fórmula produzir n
raízes distintas do número complexo Z.
origem e raio n Z , esses números dividem esta circunferência em n partes iguais, ou seja:
Exemplos:
1) Determinar as raízes cúbicas do número complexo 8i.
Solução:
As raízes cúbicas de 8i são obtidas conforme segue.
173
i) Em primeiro lugar, devemos identificar no número Z = 8i, sua parte real (a) e sua parte imaginária (b),
que são dadas por:
a=0 e b=8
ii) A seguir devemos calcular o valor do módulo do número complexo Z = 8i, ou seja, devemos calcular
Z :
Z = a 2 + b 2 = 0 2 + 8 2 = 0 + 64 = 64 ⇒ Z = 8
iii) Nosso próximo passo é a determinação do argumento θ do número complexo Z, onde para isso
devemos levar em conta as seguintes expressões:
a b
cos θ = sen θ =
Z Z
0 8
cos θ = e sen θ =
8 8
cos θ = 0 sen θ = 1
Portanto temos que os valores encontrados para o cos θ e para o sen θ , conforme a Tabela 1,
indicam que o ângulo procurado se encontra em extremidades de quadrantes, ou seja, o ângulo θ
π
corresponde ao ângulo de 90º ou rad :
2
cos θ = 0 π
θ = 90 ou θ = rad
o
senθ = 1 2
θ + 360o ⋅ k θ + 360o ⋅ k
Z k = n Z cos + i sen para k = 0, 1,..., n-1
n n
Como Zk são as raízes cúbicas de 8i, ou seja, Z k = 3 8i , temos que n = 3 e dessa forma os
e θ teremos:
174
90 o + 360 o ⋅ 0 90 o + 360 o ⋅ 0
Para k = 0 ⇒ Z o = 8 cos
3
+ i sen
3 3
90 o + 360 o ⋅ 1 90 o + 360 o ⋅ 1
Para k = 1 ⇒ Z 1 = 3 8 cos + i sen
3 3
90 o + 360 o ⋅ 2 90 o + 360 o ⋅ 2
Para k = 2 ⇒ Z 2 = 3 8 cos + i sen
3 3
175
Exercícios:
1+ i
1) Escreva na forma trigonométrica o complexo Z = .
i
(a) 2 (cos 270 o + i sen270 o )
(b) 2 (cos 225 o + i sen225 o )
(c) 2 (cos 45 o + i sen45 o )
(d) 2 (cos 135 o + i sen135 o )
(e) 2 (cos 315 o + i sen315 o )
2) Seja Z 1 = 5(cos 20 º +i sen 20 º ) e Z 2 = 3(cos 40 º −i sen 40 º ) , calcule o valor de cada item a seguir.
i) Z 1 ⋅ Z 2
(a) 15(cos 20 o + i sen20 o )
(b) 15(cos 20 o − i sen20 o )
(c) 15(cos120 o − i sen120 o )
(d) 15(cos120 o + i sen120 o )
(e) (cos 20 o − i sen20 o )
ii) Z12
(a) 25(cos 40 o + i sen 40 o )
(b) 25(cos 40 o − i sen 40 o )
(c) 225(cos 40 o + i sen 40 o )
(d) 9(cos 80 o + i sen80 o )
(e) 9(cos 80 o − i sen80 o )
Z1
iii)
Z2
(a) 53 (cos 20 o − i sen20 o )
(b) 53 (cos 60 o + i sen60 o )
(c) 53 (cos 20 o + i sen 20 o )
(d) 53 (cos 60 o − i sen60 o )
(e) 35 (cos 20 o + i sen 20 o )
176
3) Calcule o valor de cada expressão.
4(cos180º +isen180º )
i)
2(cos150º +i sen150º )
(a) 2(cos 30 o + i sen30 o )
(b) 2(cos 30 o − i sen30 o )
(c) 2(cos 130 o + i sen130 o )
(d) 2(cos 330 o + i sen330 o )
(e) 2(cos 320 o − i sen320 o )
iv)
[2(cos 20 o
+ i sen20 o ] ⋅ [cos10 − i sen10 ]
−3 o o
[3(cos40 o
− i sen40 )]
o −2
177
v)
[4(cos50 o
+ i sen50 o ) ]
2
[2(cos20 ] [ −2
− i sen20 o ⋅ 4(cos 30 o + i sen30 o
o
]
(a) 16(cos 60 o + i sen60 o )
(b) 16(cos 30 o − i sen30 o )
(c) 16(cos 30 o + i sen30 o )
(d) 16(cos 330 o + i sen330 o )
(e) 16(cos 230 o + i sen230 o )
5) Dado Z = 1 + i obtenha Z −7 .
(a) 8 1 2 (cos 315 o + i sen 315 o )
(b) 1
8 2
(cos 215o − i sen 215o )
(c) 1
8 2
(cos 225 o − i sen 225 o )
(d) 1
8 2
(cos 315 o − i sen 315 o )
(e) 1
8 2
(cos 225 o + i sen 225 o )
Gabarito
1) e 2) (i) b (ii) a (iii) c 3) (i) a (ii) d (iii) e (iv) c (v) c
4) e 5) d 6) c
178