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Universidade Federal de Itajubá

2° Lista de exercícios
FIS104

1) Foi realizada uma medida com um voltímetro de classe II (2% do fundo de escala) e
o resultado encontrado foi 3,50 V. Sabendo que essa medida foi realizada com o seletor
no fundo de escala de 10 V, como podemos expressar o resultado final desta medida?

R: 3,50 ± 0,20 V

2) Olhando no microscópio uma suspensão de células de diferentes tamanhos, você


mediu os seguintes valores em m (10- 6m):

1,26 5,61 3,96 2,18 2,70 2,43 3,04 3,15 1,43 5,26 4,52 4,72 3,55

3,54 5,10 2,80 1,88 2,41 2,58 3,87 2,42 2,09 2,33 1,68 1,35 4,56

3,84 4,79 3,25 3,31 1,49 4,69 3,26 2,82 3,8 2,72 2,80 2,80 4,80

2,80 1,35 3,35 4,18 2,65 2,53 3,87 1,98 5,18 5,22 4,95 5,27 5,00

Faça um histograma da distribuição de tamanhos de células na amostra observada.


Estime o valor médio desta distribuição.

3) Medindo várias vezes o diâmetro de uma célula você obteve os dados seguintes, em
mm:

0,034 0,033 0,034 0,033 0,032 0,031 0,034

0,032 0,035 0,035 0,032 0,033 0,032 0,034

Qual é o tamanho da célula? Dê a resposta na forma de intervalo. Suponha que o


ES=0,008 mm.

R: x̅ ± ES = 0.003 ± 0.008 mm

4) Qual é a diferença entre dois conjuntos I e II de n leituras que apresentam médias


(TI=TII) iguais e desvios padrão distintos (I  II)?

R: A diferença entre dois conjuntos de n leituras que apresentam médias iguais e desvios
padrão distintos é que eles têm diferentes graus de dispersão em torno da média.
O desvio padrão é uma medida da variação dos dados em relação à média. Quanto maior
o desvio padrão, maior é a dispersão dos dados e menor é a precisão da medida. Por
exemplo, se dois conjuntos de leituras têm média de 10, mas o conjunto I tem desvio
padrão de 1 e o conjunto II tem desvio padrão de 2, isso significa que os dados do
conjunto II estão mais espalhados do que os do conjunto I.
5) A partir da expressão matemática para a função de distribuição, determine o seu valor
máximo – Gmax.

R: A função de distribuição de uma variável aleatória contínua X é definida como:

F(x) = P(X≤x)

Ou seja, a probabilidade de X assumir um valor menor ou igual a x. Essa função tem as


seguintes propriedades:

• É uma função não decrescente, ou seja, se x1 ≤ x2, então F(x1) ≤ F(x2);


• É limitada entre 0 e 1, ou seja, 0 ≤ F(x) ≤ 1 para todo x;
• É contínua à direita, ou seja, limx→x0 + F(x) = F(x0) para todo x;
• Tem limite 0 quando x tende a menos infinito e limite 1 quando x tende a mais infinito, ou seja,
limx→−∞ F(x) =0 e limx→+∞ F(x)=1.

A partir dessas propriedades, podemos concluir que o valor máximo da função de


distribuição é 1, que ocorre quando x tende a mais infinito. Portanto, o valor máximo da
função de distribuição é:

Gmax = 1

6) Esboce uma função gaussiana e identifique no desenho o desvio padrão e o valor


médio.

R: A função gaussiana tem a forma:

Onde μ é a média e σ é o desvio padrão da distribuição.

A média indica o valor central da distribuição, onde a função atinge o seu valor máximo;

O desvio padrão indica o grau de dispersão dos dados em torno da média, ou seja, quanto
maior o desvio padrão, mais larga é a curva da função.
A média é o ponto onde a curva cruza o eixo horizontal e tem valor zero. O desvio
padrão é a distância entre a média e os pontos onde a curva tem altura igual a 0,6
(aproximadamente). Esses pontos são chamados de pontos de inflexão, onde a curva muda
de concavidade.

7) Para medir o tempo de percurso de um objeto sobre um trilho de ar, foi empregado
um cronômetro digital até centésimos de segundo. O manual do fabricante informa que
o máximo erro do instrumento é de 0,5% do valor médio mais 0,01 s. As medidas
realizadas encontram-se na tabela. Pede-se:

a) Calcule o desvio padrão t e o erro estatístico EE (t).

R:
0,013s

0,0049s

b) Calcule a incerteza e o valor mais provável da medida, escrevendo-a sob a forma de


intervalo.

R:

7,845 s

El (t)= 0.005 t + 0.01 = 0.005 (7.845)+ 0.01 = 0.049s


U (t) = El (t) + EE (t) =0.049 + 0.0049 = 0.0539s
VMP (t) = t = 7.845 s

O intervalo de confiança da medida é:

IC(t) = VMP(t) ± U(t) =7.845 ± 0.0539

i 01 02 03 04 05 06 07

ti (s) 7,84 7,83 7,86 7,83 7,85 7,86 7,84


8) Doze determinações da largura de uma barra metálica, feitas com uma régua
milimetrada acham-se assim distribuídas:

Li (cm) 17,80 17,79 17,82 17,81 17,78

f 3 2 2 3 2

sendo f a freqüência de ocorrência de cada medida. Determine:


a) o desvio padrão L da medida;
R:
0.0061 cm

b) o limite de erro estatístico;


R:

0,0061cm

0,0018cm

Supondo um nível de confiança de 95%, o fator z é aproximadamente 1,96. Então:

0,0035cm

c) o limite de erro sistemático. Justifique a sua escolha.

R: O limite de erro sistemático das medidas depende do valor verdadeiro ou de referência da


largura da barra metálica, que não foi fornecido na questão. No entanto, podemos supor um valor
hipotético para ilustrar o cálculo. Por exemplo, se o valor verdadeiro for Lv=17,75 cm, então o
limite de erro sistemático será:

0,0525 cm

A escolha desse valor hipotético foi arbitrária e pode não refletir a realidade do problema. Para
obter o valor real do limite de erro sistemático, seria necessário consultar uma fonte confiável que
informasse o valor verdadeiro ou de referência da largura da barra metálica.

d) as incertezas absolutas e a relativa percentual da medida;

R:
0,056 cm

0,3146 %
e) escreva a medida na forma de intervalo.

R:

9) Para determinar o peso atômico do átomo do carbono foram efetuadas as medidas


mostradas na tabela abaixo. Determine:

a) o desvio padrão L da medida;

R: 0,00165

0,00165

b) o limite de erro estatístico;

R:
0,000476

Supondo um nível de confiança de 95%, o fator z é aproximadamente 1,96. Então:

0,000883

c) o limite de erro sistemático. Justifique a sua escolha.

R: O limite de erro sistemático LEs da medida depende do valor verdadeiro ou de referência do


peso atômico do carbono, que não foi fornecido na questão. No entanto, podemos supor um valor
hipotético para ilustrar o cálculo. Por exemplo, se o valor verdadeiro for Lv=12,011 u.m.a, então o
limite de erro sistemático será:

0,000883

A escolha desse valor hipotético foi arbitrária e pode não refletir a realidade do problema. Para
obter o valor real do limite de erro sistemático, seria necessário consultar uma fonte confiável que
informasse o valor verdadeiro ou de referência do peso atômico do carbono.

d) as incertezas absolutas e a relativa percentual da medida;

R: 0,001816

0,0151%
e) escreva a medida na forma de intervalo.

R:

Peso atômico (u.m.a)

12,0080 12,0101 12,0107 12,0095 12,0102 12,0116

12,0097 12,0106 12,0129 12,0080 12,0104 12,0107

10) A distância focal Y de uma lente convergente foi determinada a partir das posições
de um objeto luminoso e da sua imagem correspondente. A medição foi repetida 12
vezes e os resultados encontram-se na tabela abaixo.

Y (mm) 208,33 206,21 207,00 206,39 205,44 209,18

f 2 3 2 2 2 1

Sendo f a freqüência de ocorrência de cada medida. Sabendo-se que o erro na medição é


de 0,01 mm, determine:

a) o desvio padrão L da medida:

R:
206,6mm

0,9087mm

a) o limite de erro estatístico;

R:
0,2623mm

Supondo um nível de confiança de 95%, o fator z é aproximadamente 1,96. Então:

LEe = z × EPm = 1,96 × 0,2623 = 0,5141mm


b) o limite de erro sistemático. Justifique a sua escolha.

R: O limite de erro sistemático LEs da medida depende do valor verdadeiro ou de


referência da distância focal Y, que não foi fornecido na questão. No entanto, podemos
supor um valor hipotético para ilustrar o cálculo. Por exemplo, se o valor verdadeiro for Lv
=207 mm, então o limite de erro sistemático será:

LEs = ∣L−Lv∣ = ∣206,6067−207∣ = 0,3933mm

A escolha desse valor hipotético foi arbitrária e pode não refletir a realidade do problema.
Para obter o valor real do limite de erro sistemático, seria necessário consultar uma fonte
confiável que informasse o valor verdadeiro ou de referência da distância focal Y.

c) as incertezas absolutas e a relativa percentual da medida;

R: 0,9074mm

0,4392%

d) escreva a medida na forma de intervalo.

R: VMP ± Ua = 206,6067 ± 0,9074 mm

11) Um método para se determinar a energia cinética de um feixe de nêutrons, como o


de um reator nuclear, consiste em medir-se quanto tempo demora para uma partícula do
feixe passe por dois pontos fixos posicionados a uma distância conhecida. Esta técnica é
conhecida como método do tempo de vôo. Suponha que um nêutron de massa m =
(1,6728  0,0015) x 10-27 kg percorre uma distância d = (6,24  0,12) m em um tempo t
= (160,0  4,0) x 10-6 s. Determine a energia cinética desse nêutron.

Por fim, podemos converter a energia cinética de joules para elétron-volts, usando o fator de
conversão de 1 eV=1,6022×10^−19 J:

Portanto, a energia cinética do nêutron é (8,02 ± 0,41) MeV.

Data de Entrega: 29/09/2023

Local: SIGAA

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