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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

FORTALEZA-CE
2022.1
AVALIANDO O CRÂNIO
2

 Deve ser observado:


 Tamanho (varia de acordo com a idade e o biotipo)
 Investigar alterações como micro e macrocefalia.
 Hidrocefalia (aumento de líquido cefalorraquidiano).
 Presença de nódulos, depressões ou protuberâncias anormais.
 Acromegalia (aumento do maxilar e ossos faciais causado pela
secreção excessiva de hormônio do crescimento).
ALTERRAÇÕES DO CRÂNIO
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Macrocefalia
Macrocefalia

Microcefalia
AVALIANDO A FACE
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 Observe a expressão facial e sua relação com o comportamento ou


humor relatado;
 Observe a simetria das sobrancelhas, fissuras palpebrais, sulcos
nasolabiais e os cantos da boca;
 Observe algumas estruturas faciais anormais:
 Exoftalmias
 Pigmentação da pele
 Edema
 Assimetria
ACHADOS ANORMAIS - FACE
Edema
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Assimetria
Exoftalmia
AVALIANDO A FACE
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 Movimentos involuntários (tiques);


 Fácies – conjunto de alterações na expressão da face que
caracteriza uma doença;
 Normal - Hipocrática – Renal - Leonina
 Adenoideana - Parkinsoniana - Basedowiana
 Mixedematosa – Acromegálica- Cushingóide
 Mongolóide - Depressão - Pseudobulbar
 Paralisia facial periférica - Miastênica
 Deficiente mental - Etílica -Esclerodérmica
HIPOCRÁTICA RENAL
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Olhos fundos, parados, Edema periorbitário, palidez


inexpressíveis, palidez cutânea cutânea, equimose, hematomas

Edema
periorbitário

Rosto pálido e
edemaciado

Lábios edemaciados
LEONINA ADENOIDEANA
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Nariz pequeno e afilado, boca


Sugestiva de hanseníase, pele espessa,
entreaberta. Comum em portadores de
supercílios e sobrancelhas caem
hipertrofia de adenóide.
PARKINSONIANA
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Expressão de espanto, fronte enrugada,


olhar fixo, supercílios elevados.
MIXEDEMATOSA ACROMEGALIA
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Proeminência das maças do rosto,


Rosto arredondado, nariz grosso, pele desenvolvimento do maxilar. Aumento
seca, apatia e desânimo. do nariz, lábios , orelhas pés e mãos.
CUSHINGÓIDE DOWNIANA
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Olhos oblíquos, bem distantes um do


Rosto arredondado, acne, hirsutismo, outro, rosto redondo, boca entreaberta,
obesidade central. implantação baixa da orelha.
MIASTÊNICA ESCLERODÉRMICA
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Pele se assemelha a um pergaminho.


Ptose palpebral bilateral.
Repuxamento dos lábios, afinamento do
nariz e imobilização das pálpebras .
AVALIANDO O OLHO
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 Inclui a avaliação da acuidade visual, dos campos visuais,


dos movimentos extraoculares e das estruturas internas
e externas do olho;

 O exame dos olhos pode revelar afecções locais ou


manifestações oculares de doenças sistêmicas (ex.
hipertireoidismo - exoftalmia);
ANATOMIA DO OLHO

ESTRUTURAS EXTERNAS

14 Estruturas do olho e aparelho lacrimal


ANATOMIA DO OLHO

ESTRUTURAS INTERNAS

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INVESTIGAR:
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 Dificuldade de visão (diminuição da acuidade visual, ofuscamento,


pontos cegos);
 Dor;
 Estrabismo, diplopia;
 Hiperemia, edema;
 Lacrimejamento, secreção;
 História pregressa de problemas oculares;
 Glaucoma;
 Uso de óculos ou lente de contato;
 Comportamentos de autocuidado.
AVALIANDO PALPEBRAS E CÍLIOS
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 Avaliar o fechamento e abertura das pálpebras;

 Identificar se há alteração na mobilidade e presença de movimentos


conjugados, além de edema palpebral;

 Identificar processos inflamatórios das glândulas de Zeis ou dos


folículos pilosos (hordéolos/terçol);

 Região superciliar e ciliar: observar a simetria, presença e as


distribuição dos pelos;

 Madarose: Ausência de pelos (parcial, difusa ou total).


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AVALIANDO GLOBO OCULAR
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 São alinhados normalmente sem saliências ou aparência afundada;


 Tem aparência úmida e brilhante. Inúmeros vasos sanguíneos
normalmente são visualizados através da conjuntiva transparente;
 Identificar se há protrusão (exoftalmia) unilateral (tumores) ou
bilateralmente (hipertireoidismo);
 Identificar se há enoftalmia (afundamento do globo ocular – Ex.
desidratação grave);
 Identificar, também, desvios, como no estrabismo, ou movimentos
involuntários, como o nistagmo.
TIPOS DE ESTRABISMO

EXOFTALMIA ENOFTALMIA

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AVALIANDO A CONJUNTIVA
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 São claras e apresentam a cor normal da estrutura:

 Rosa sobre as pálpebras inferiores;


 Branca sobre a esclera;

 Observe qualquer mudança de cor, edema ou lesões;

 Pode tornar-se pálida (anemias), amarelada (icterícia),


hiperemiada (conjuntivite);
Durante o exame:
tracione as pálpebras
para baixo e para cima.

Observe: coloração,
congestão ou presença de
secreção mucopurulenta
e hemorragia
subconjuntival.
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AVALIANDO A ESCLERÓTICA/ESCLERA
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 Corresponde à porção do globo ocular que está exposta ao redor da íris;

 É de coloração branca como a porcelana;

 Variações:

 Placas de pigmento marrom (Negros);


 Coloração amarelo forte (Hepatite ou obstrução dos ductos biliares);
 Vermelho vivo (Hemorragias)

• Pesquisar outros achados: Sensibilidade, presença de corpos estranhos,


lesões, secreções...
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AVALIANDO A PUPILA E ÍRIS
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 Pupilas: devem ser esféricas, negras e isocóricas (mesmo


diâmetro para ambos os olhos);

 Seu tamanho varia de acordo com a exposição à luz e o foco do


olhar;

 Em adultos, elas têm, em repouso, de 3 a 5 mm de tamanho;

 Íris: normalmente tem uma forma redonda regular e uma


coloração uniforme.
AVALIANDO A PUPILA E ÍRIS
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• Fique atento para estes achados!

 Irite: processo inflamatório comum da íris;

 Heterocromia parcial ou total da íris - Síndrome de


Waardenburg.

 Discoria: Condição em que a pupila apresenta alteração em sua


forma. Pode ocorrer por mal formações congênitas, neurossífilis,
entre outros;
ALTERAÇÕES DA PUPILA E ÍRIS

HETEROCROMIA IRITE

27 CATARATA DISCORIA
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ACUIDADE VISUAL
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 Definição: É a capacidade do olho para detectar os detalhes de


uma imagem. Ao testar a acuidade visual avalia-se a visão de
longe, de perto, periférica e de cores (WILKINSON; LEUVEN,
2010).
 Esta medida é de grande importância, pois permite esclarecer se
a queixa de perda ou de diminuição de visão é procedente ou não
(PORTO, 2009);
 A tabela de Snellen é a medida mais usual e precisa para a
determinação da acuidade visual.
ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DA ACUIDADE VISUAL
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AVALIANDO NARIZ
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 Apresenta formas variáveis no tamanho e na conformação das


pirâmides, conforme as características das raças e constituição
corporal.
 Inspeção Externa:
 Identificar forma, tamanho, pele, cor e presença de deformidades ou
inflamação;
 Observar a presença de sensibilidade, massas ou desvio;
 No exame dos seios paranasais palpar as áreas frontais da face e
maxilar.
ANORMALIDADES
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NARIZ EM CELA RINOFIMA


DIGITOPRESSÃO DOS SEIOS FRONTAIS
PALPAÇÃO DOS SEIOS
PARANASAIS

DIGITOPRESSÃO DOS SEIOS MAXILARES

DIGITOPRESSÃO DOS SEIOS ETMOIDAIS

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EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO
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 Visualiza-se os lábios, dentes, gengivas, face interna da bochechas,


língua, assoalho da boca e as glândulas salivares.
 Observe:
1. Número de dentes: 32 dentes
2. Estado dos dentes e uso de prótese dentária;
3. Cuidados com a higiene oral;

 Palpe as glândulas salivares:


 Parótida
 Submandibular
 Sublingual
AVALIANDO LÁBIOS
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 Inspeção Externa:

 Coloração: Palidez ou cianose;


 Forma: Lábio leporino;
 Textura: Edema; Lábio Leporino Herpes Labial
 Flexibilidade: Tremor;
 Lesões: Herpes labial, lesões ulcerosas;

Carcinoma Labial
AVALIANDO MUCOSA ORAL
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 Material: Lanterna, abaixador de língua e luva;

 Identificar:

 Coloração: Mucosa róseo-avermelhada;


 Lesões: Estomatite, Candidíase oral, lesões ulcerosas, queilite;

Quelose Estomatite Candidíase oral


AVALIANDO LÍNGUA
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 Observe-a em três momentos:


1. Na posição de repouso;
2. Colocada para fora da boca;
3. Tocando o céu da boca com a ponta;

 Avaliar:
 Posição, tamanho, cor, umidade, superfície, textura, movimentos e
presença de lesões;
 Achado esperado: coloração róseo-avermelhada, levemente úmida,
superfície rugosa com proeminências papilares e presença de sulcos;
ANORMALIDADES

Língua Saburrosa Língua Pilosa Língua Framboesa

Língua Escrotal
38 Língua Geográfica
Macroglossia
EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO
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 Rinoscopia: Inspeção das fossas nasais efetuado geralmente com


o auxílio do espéculo nasal;

 Visualizar o vestíbulo e o septo nasal;


 Resultado esperado: a mucosa normal é úmida, rosada e de
superfície lisa;
EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO
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 Otoscopia: Inspeção do conduto auditivo, realizado com um


otoscópio;

 Visualizar o estado da pele, dos pelos, presença ou de cerúmen


ou descamação;
 Membrana timpânica: Brilhante, translúcida, com cor cinza-
perolada;
 O tímpano é plano, levemente retraído para dentro em seu centro
e vibra quando o paciente faz a manobra de Valsava ou tapa o
nariz enquanto deglute
EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO
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 Principais problemas associados: Otites, excesso de cerúmen,


corpos estranhos, otorreia, perfuração da membrana timpânica,
descamação, lesões.
EXAME DO PESCOÇO
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 Simetria: A posição da cabeça é na linha média; os músculos


acessórios do pescoço são simétricos;
 Movimento: Pesquisar possíveis limitações de movimento e/ou
dor associada;

 Artrite Cervical
 Meningite
 Tétano
 Torcicolo
EXAME DOS LINFONODOS
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 Linfadenopatia: É uma doença dos linfonodos com aumento de


mais de 1cm, na vigência de infecção, alergia ou neoplasia;

 Condições associadas:
 Infecção aguda: os linfonodos são bilaterais, aumentados,
quentes, dolorosos e firmes, mas livremente móveis;

 Inflamação crônica: os linfonodos estão agregados (ex.


tuberculose);
EXAME DOS LINFONODOS
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 Linfonodos cancerígenos: são duros, unilaterais, não dolorosos e


fixos;

 Linfonodos em pessoas com HIV: os linfonodos são aumentados,


firmes, não dolorosos e móveis. A linfadenopatia occipital é comum;

 Um único linfonodo supraclavicular esquerdo, aumentado, não


duro, pode indicar uma neoplasia no tórax ou abdome.

 Linfonodos discretos que aparecem gradualmente, associados a


rubor e sem dor, ocorrem com o linfoma de Hodgkin;
Avalie o gânglio supraclavicular, pedindo ao paciente que encurve os
membros e cotovelos para a frente.
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AVALIANDO A TRAQUEIA
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 Fica normalmente na linha média;


 Palpe-a para detectar desvios;
 Coloque o indicador sobre a traqueia, na chanfradura esternal, e
deslize-o para um lado e para o outro – o espaço deve ser
simétrico;
 Se existirem gânglios palpáveis, registre localização,
tamanho, formato, delimitação, mobilidade, consistência e
sensibilidade;
 Com frequência, podem-se palpar os gânglios cervicais em
pessoas normais, embora essa possibilidade diminua com a
idade;

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AVALIANDO A TIREOIDE
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 Identificar aumentos ou tumoração nodular;


 É de difícil palpação no adulto normal;
 Coloque um foco (caso necessário) para fornecer iluminação
tangencial ao pescoço e destacar qualquer possível aumento de
volume;
 Ofereça um copo d’água à pessoa e inspecione o pescoço enquanto ela
engole;
 O tecido tireoidiano desloca-se para cima com a deglutição.
 EXAMINANDO A GLÂNDULA TIREOIDE  Examinador posicionado atrás
do paciente;
 Peça que ele(a) sente-se de
forma ereta, dobre a cabeça
discretamente para frente e
para a direita;
 Curve os dedos da mão direita
entre a traqueia e o músculo
esternocleidomastóide,
afastando-o um pouco, e peça
ao paciente para tomar um gole
d’água;
Investigar: aumento, consistência, simetria e presença
de nódulos nos lóbulos.  A tireoide se move sob os
dedos, enquanto o paciente
engole;
 Inverta o procedimento para
49 pesquisar o lado esquerdo.
REFERÊNCIAS
50

1. BARROS, A. L. B. L & Col. Anamnese e exame físico. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

2. CHAVES, L. C; POSSO, M.B.S (Org.). Avaliação física em enfermagem. Barueri(SP): Manole,


2012.

3. JARVIS, C. Guia de exame físico para a enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

4. PORTO, C. C. Semiologia médica. 7ª.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

5. POTER, P.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

6. WILKINSON, J. M.; LEUVEN, K. V. Fundamentos de enfermagem: teoria, conceitos e


aplicações. v.1. Seção 3. Cap 19. Levantamento de saúde: realizando exame físico. São Paulo:
Roca, 2010. p.445-446.

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