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“Qualidade no atendimento médico e a falta de estrutura na área da saúde no

Brasil”

A doença, seja na compra de remédios ou na atenção medica, requer um


investimento muito forte, descaracterizando o objetivo da saúde que é impedir que
as pessoas adoeçam. A atenção particular gera um movimento econômico muito
forte, porque existe a falta de estrutura na atenção da saúde publica para atender
preventivamente as pessoas.
Por isso, a qualidade no atendimento médico está diretamente relacionada com a
descentralização da atenção medica e a falta de estrutura de alguns municípios para
atender pelo SUS, forçando a contratação do serviço particular que muitas vezes se
configura num plano de saúde.
Essa situação foi reforçada por M. P., um profissional na área da saúde odontológica
que presta serviço tanto pelo SUS como particular a traves de um plano de saúde
especifico, que atende a rede pública e particular, afirma que a perda da qualidade
no atendimento está diretamente relacionada a falta de medicamentos e materiais
que permitem uma melhor finalização do tratamento. Destacando ainda que:

No atendimento pelo SUS o professional deve usar os produtos e materiais dos


provedores contratados pela instituição pública, sem poder intervir diretamente na
compra – sempre ganha o menor preço e não a qualidade dos produtos. Tampouco
pode acelerar o tempo de entrega dos produtos, ocasionando que alguns trabalhos
são remediativos da dor.

Por outro lado, se conto com a opinião de uma mãe de uma criança autista que
compara a atenção particular com a recebida pelo SUS. Para V.B. , mediante
demanda judicial foi possível obter as terapias para seu filho através do Plano de
Saúde, mas o SUS responde com excelentes profissionais que atendem essa área
também. Segundo V.B. a qualidade de atenção do serviço não se diferencia entre o
SUS e o Plano de Saúde no aspecto de intervenção terapêutica; no econômico sim.

Em este sentido, a diferença na qualidade de atenção entre um serviço particular e


pelo SUS para os dois entrevistados é variável. Se exigir apenas atenção do
profissional especifico se pode dizer que igual. Mas, se requerer medicação,
exames, recursos materiais a qualidade será prejudicada.
Ambos entrevistados concordam, ainda, que na unidade privada o usuário tem a
possibilidade de solucionar mais rápido um conflito, seja com a defesa do
consumidor ou a unidade interna de transparência. Já na rede publica os processos
para solução de conflitos depende e instancias não visíveis ao momento da
necessidade.

Para Carvalho (2013) a história se repetirá: os planos de saúde acolherão


preferencialmente os mais jovens (os sem doenças) e rejeitarão os mais velhos (os
com doenças) (...) farão procedimentos mais simples e baratos e, deixarão ao SUS
(direito de todos os cidadãos) a execução de procedimentos mais complexos e
caros. Tudo isso passa pela administração descentralizada do sistema publico de
saúde, como os agentes operacionais distantes dos legisladores das regras de
atenção.

Referência Bibliográfica.
CARVALHO, Gilson. A saúde pública no Brasil. Saúde Pública • Estud. av. 27 (78)
• 2013 • disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-40142013000200002

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