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ABSTRACT: Objective: with the increase in the number of people diagnosed with Autism
Spectrum Disorder and speech difficulties, such as childhood apraxia of speech, requires the
need to develop better clinical speech therapy practices and research in the area of speech
therapy neurorehabilitation; including abnormalities of the respiratory system. The present
work aimed to investigate the number of scientific speech-language pathology publications that
address the interface of autism spectrum disorder, childhood apraxia of speech and mouth
breathing. Methodology: the present study is a contemporary and cross-sectional investigation,
carried out in international research databases. Conclusion: research on autism spectrum
disorder and respiratory mode was not found. However, although few, there are studies on
1
Graduanda do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário UniFatecie, Capão do Leão, RS, Brasil. E-mail:
laurafono2022@gmail.com.
2
Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana. Consultório Saúde Fono, Porto Alegre, RS, Brasil.
Orientadora. E-mail: carlacesafga@yahoo.com.br
autism spectrum disorder and childhood apraxia of speech. No research was found that
addresses the co-occurrence of autism spectrum disorder and childhood apraxia of speech and
mouth breathing. There is a lack of scientific data considering mental and motor disorders in
autism spectrum disorder.
Keywords: Autism Spectrum Disorder, Childhood Apraxia of Speech, Mouth Breather, Speech
Therapy
INTRODUÇÃO
O Plano de ação integral sobre saúde mental 2013-2030 da Organização Mundial da
Saúde (OMS, 2022) tem como um dos seus objetivos fortalecer os sistemas de informações, os
dados científicos e as investigações sobre a saúde mental, onde incluiu o Transtorno do Espectro
Autista (TEA). O Plano, tem como um dos princípios as práticas baseadas nas evidências
científicas.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) definido pela última versão do Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5 TR, 2022), publicação da Associação
Americana de Psiquiatria (APA), caracteriza-se por prejuízos na comunicação e na interação
social que afeta padrões de comportamentos, interesses ou atividades, restritas e repetitivas, ou
seja, é um transtorno do neurodesenvolvimento. (APA, 2022)
A Rede de Monitoramento do Autismo e Deficiências de Desenvolvimento (ADDM)
do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) demonstrou que nas últimas décadas o
número de crianças com idade de 8 anos, em 11 cidades americanas, aumentou (CDC, 2023).
A ADDM estimou 1 em cada 44 crianças com diagnóstico de TEA no ano 2018 e, para a mesma
área de estudo em 2020, cerca de 1 em cada 36 crianças.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em agosto de 2022, mapeou o
número de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (IBGE, 2023). Segundo
a Lei n° 13.861, de 18 de julho de 2019, as especificidades do TEA passaram a ser incluídas
nos censos demográficos brasileiros (BRASIL, 2019), mas ainda não foram divulgados os
resultados.
O estudo de Zanon, Backes e Bosa (2014) revelou que o diagnóstico de TEA de crianças
durante os dois primeiros anos de vida foram possíveis a partir da percepção dos pais, pela falta
de interação social e um comprometimento de fala nos filhos. A Associação Brasileira de
Apraxia da Fala na Infância (ABRAPRAXIA, 2023) refere, que dentre os transtornos motores
de fala na infância existe a Apraxia de Fala Infantil (AFI). Esta descreve este transtorno como
uma falha na sequência de movimento necessários para a emissão dos sons da fala, mesmo que
as crianças compreendam a linguagem.
Por outro lado, Nishimura e Gimenez (2010) constataram que distúrbios na fala podem
estar relacionados com a respiração oral; recomendando incrementar as pesquisas. A
Respiração Oral ou mista é uma disfunção no sistema estomatognático, pois a respiração nas
condições de normalidade do organismo é nasal. Segundo Veron e colaboradores, 2016 o
indivíduo diagnosticado com Síndrome do Respirador Oral (SRO), apresentou um conjunto de
sinais ou sintomas de alteração da via respiratória, por um período igual ou superior a seis
meses. (Veron et al., 2016)
Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi investigar a quantidade de publicações
científicas fonoaudiológicas que abordem a interface transtorno do espectro autista, apraxia de
fala infantil e respiração oral, colaborando para a proposta da OMS, com ampliação da prática
de pesquisa para a promoção da saúde pública e melhores aportes ao atendimento clínico
fonoaudiológico.
METODOLOGIA
O presente estudo é uma investigação contemporânea e transversal, realizada no período
de outubro de 2023. Para isso realizou-se uma busca nas bases de dados internacionais SCIELO
Scientific Electronic Library Online, LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde), PubMed e MedlinePlus (Medical Literature Analysis and Retrieval System
Online). Necessário se faz esclarecer que as plataformas LILACS, PubMed e MedlinePlus são
bibliotecas específicas da área da saúde onde atua o profissional Fonoaudiólogo. A SCIELO é
uma biblioteca digital livre, que apoia os resultados por ser conhecida na comunidade
acadêmica.
Utilizaram-se os descritores autismo, apraxia de fala infantil, apraxia de fala, respirador
oral e respirador bucal, isolados e também combinados. Após foi classificada a ocorrência em
números absolutos.
Os descritores foram buscados no idioma Português (Brasil) sem utilizar filtros para
exclusão de termos em outro idioma. Ou seja, os trabalhos publicados em idiomas diferentes,
mas que reconheceram o termo em português, foram incluídos na busca.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A estratégia utilizada na busca e os resultados compilados podem ser visualizados no
Quadro 1. Os dados foram organizados para um melhor entendimento dos descritores
individuais e combinados, de maneira que permita visualizar o resultado da pesquisa realizada.
CONCLUSÃO
Conforme a metodologia utilizada, o presente trabalho permite concluir que nos
resultados se visualiza carência de pesquisas sobre TEA e modo respiratório. Entretanto, mesmo
que poucas, existem sobre TEA e apraxia de fala infantil. Não foram encontradas pesquisas que
abordem a co-ocorrência de TEA, AFI e respiração oral. Portanto, há uma carência de dados
científicos considerando os transtornos mentais e motores no TEA. Nesse sentido, fomenta-se
ampliar as práticas de pesquisa com promoção da saúde pública, dando melhores aportes ao
atendimento clínico fonoaudiológico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei n°. 13.861, de 18 de julho de 2019. Altera a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de
1989, para incluir as especificidades inerentes ao transtorno do espectro autista nos censos
demográficos. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/lei/l13861.htm . Acesso em: 19 out. 2023.
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