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Programa de Reabilitação em Audiologia Educacional para Crianças

Deficientes Auditivas.
Eliane Maria Carrit Delgado-Pinheiro, Jessica Caroline Bonbonati, Sílvia Mara Maeda. Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Marília, Fonoaudiologia, elia@terra.com.br,
PROEX.
Eixo 2: “Os Valores para Teorias e Práticas Vitais.”

Resumo Abstract:
This study aims to show the Program of
O presente estudo tem como objetivo apresentar o
Rehabilitation in Educational Audiology Hearing for
Programa de Reabilitação em Audiologia
Impaired Children whose emphasis is the
Educacional para Crianças Deficientes Auditivas,
development of the hearing abilities and oral
cujo enfoque é o desenvolvimento das habilidades
language.
auditivas e da linguagem falada.
Keywords: Cochlear Implant, Hearing impaired.
Palavras Chave: Implante coclear, Deficiente auditivo.

recém-nascidas, possibilitando o diagnostico


Introdução precoce da deficiência auditiva.
A prevalência das perdas auditivas é bastante Em 2011 o “Plano Nacional dos Direitos da Pessoa
variável e apresenta estreita relação com o com Deficiência – Viver sem Limite” possibilitou a
desenvolvimento social e econômico de diferentes identificação da deficiência auditiva por meio da
países, estados, cidades e regiões (SILVA; LEWIS, triagem auditiva neonatal, o diagnóstico audiológico,
2013). a adaptação de aparelho de amplificação sonora
No Brasil, dados de estudos epidemiológicos individual e a intervenção terapêutica precoce.
indicam que a prevalência da deficiência auditiva Em 2013 a portaria Nº1.274, determinou que o
varia de um a seis neonatos para cada mil nascidos Sistema Único de Saúde (SUS), oferecesse o
vivos (BRASIL, 2012). Sistema de Frequência Modulada (FM) aos alunos
Esta privação auditiva na infância pode acarretar um deficientes auditivos, usuários de aparelho de
impacto negativo no desenvolvimento comunicativo, amplificação sonora individual (AAS) e/ou implante
emocional e social. coclear (IC), matriculados no Ensino Fundamental I
Os recentes avanços nas políticas públicas na área ou II ou no Ensino Médio. O sistema FM possibilita
da saúde auditiva, concomitante com o atenuar os efeitos do ruído, distância e
desenvolvimento nos dispositivos tecnológicos de reverberação, principalmente no ambiente escolar.
avaliação audiológica e acesso aos sons, podem A indicação do implante coclear (IC) ou aparelho de
minimizar as consequências da deficiência auditiva amplificação sonora individual (AASI) é feita de
na infância. Os aparelhos de amplificação sonora acordo com algumas particularidades do usuário
individual (AASI), implante coclear (IC) e sistema de como o tipo e grau da perda auditiva e a idade
frequência modulada (FM), bem como a terapia (MORAES et al, 2001).
fonoaudiológica representam estratégias que A realização da cirurgia do implante coclear requer
favorecem o acesso aos sons da fala (BRASIL, o cumprimento de diversos critérios como faixa
2004). etária até 6 anos, com perda auditiva sensorioneural
Nos últimos anos foram estabelecidas severa ou profunda bilateral; uso de no mínimo 3
regulamentações que tem possibilitado o meses de AASI; e motivação da família para o uso
diagnóstico e a intervenção precoce na deficiência do implante coclear e para o processo de
auditiva. reabilitação fonoaudiológica. Esses critérios foram
Em 2010, a lei Nº 12.303, tornou obrigatória a estabelecidos pelo consenso da Associação
realização gratuita do exame denominado Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico
“Emissões Otoacústicas Evocadas” também Facial, Sociedade Brasileira de Otologia, Sociedade
chamado de “Teste da Orelhinha”, em crianças Brasileira de Fonoaudiologia, Academia Brasileira

8º Congresso de Extensão Universitária da UNESP, 2015. Título, autores – ISSN 2176-9761


de Audiologia e Sociedade Brasileira de Pediatria - Caracterizar o grupo de crianças e adolescentes
publicado em 2011. deficientes auditivos que participaram do referido
Mesmo atendendo a todos estes critérios, o programa no último ano.
desenvolvimento da criança deficiente auditiva não
será satisfatório se o acesso ao diagnóstico Material e Métodos
audiológico e a adaptação do AASI ou implante A apresentação das atividades desenvolvidas no
coclear ocorrer sem o acompanhamento terapêutico PRAE terá caráter descritivo quanto aos principais
fonoaudiológico especializado. elementos que o compõe:
Programas que enfoquem a terapia fonoaudiológica
especializada, ou seja, que possibilitem o - Avaliação Audiológica;
desenvolvimento das habilidades auditivas da - Reabilitação Auditiva;
criança usuária de AASI ou IC são essenciais para o - Avaliação da Percepção dos Sons da Fala;
desenvolvimento da comunicação oral. A terapia - Orientação a Pais;
fonoaudiológica especializada também é um critério - Discussão Periódica com a Equipe Escolar.
avaliado para a criança adquirir o implante coclear
(BEVILACQUA; COSTA; MORET, 2003). A caracterização do perfil do grupo de crianças
Ressalta-se também que quanto maior o tempo de deficientes auditivas que participam do PRAE será
privação sensorial auditiva nos primeiros anos de apresentada de acordo com as seguintes
vida, piores serão os resultados da intervenção. informações:
Nos primeiros anos de vida ocorre o processo de
maturação do sistema nervoso central, por isso é - Idade;
considerado uma fase importante para o - Idade na Época do Diagnóstico;
desenvolvimento da audição (AZEVEDO, 1997). Por - Tipo e Grau da Perda Auditiva;
isso é necessário que as crianças deficientes - Dispositivo utilizado (AASI/IC);
auditivas tenham acesso precoce aos dispositivos - Desenvolvimento da Habilidade Auditiva
que fornecem acesso aos sons e estejam inseridas
em programas que realizem o acompanhamento de
seu desenvolvimento. Resultados e Discussão
Embora tenham ocorrido os diversos avanços,
anteriormente citados, ainda há crianças que O Programa de Reabilitação em Audiologia
chegam tardiamente aos serviços de saúde para a Educacional para Crianças Deficientes Auditivas
realização do diagnóstico e intervenção nas segue parâmetros nacionais em consonância com
deficiências auditivas. as políticas públicas vigentes na área da saúde e
O Programa de Reabilitação em Audiologia critérios internacionais quanto ao delineamento das
Educacional para Crianças Deficientes Auditivas atividades e protocolos utilizados.
(PRAE) tem o objetivo de acompanhar o processo Um programa de reabilitação auditiva, segundo
terapêutico fonoaudiológico de crianças deficientes Bess (2012), tem pelo menos duas fases. A primeira
auditivas, com enfoque na comunicação oral. Nesse é a identificação do problema e a segunda a
programa há ênfase nas orientações familiares, intervenção. Antes que as estratégias de
parceria com a equipe escolar, acompanhamento intervenção possam ser desenvolvidas, deve-se
sistemático do desenvolvimento das habilidades saber o tipo e o grau da perda auditiva e o impacto
auditivas e da linguagem falada. Também tem a que isso terá na comunicação, audição, na
finalidade de realizar o acompanhamento da educação na vida social e nas funções cognitivas.
indicação do implante coclear nas etapas pré e pós
cirúrgicas. Avaliação Audiológica

Todas as crianças e adolescentes deficientes


Objetivos auditivos são encaminhados para a avaliação
otorrinolaringológica e audiológica de acordo com a
Os objetivos deste trabalho foram: idade.
A avaliação audiológica é composta por diferentes
- Descrever as atividades realizadas no Programa procedimentos, comportamentais, eletroacústicos e
de Reabilitação em Audiologia Educacional para eletrofisiológicos.
Crianças Deficientes Auditivas (PRAE); Os procedimentos realizados com essas crianças
são: Audiometria de Observação do
Comportamento, Audiometria Condicionada,
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Imitanciometria, Emissões Otoacústicas Evocadas e Avaliação da percepção dos sons da fala
Potenciais Evocados do Tronco Encefálico.
O controle do encaminhamento das avaliações Na prática clínica e em pesquisas nacionais e
audiológicas é realizado não apenas no inicio do internacionais, protocolos respondidos pelos pais
processo terapêutico, mas periodicamente, com são utilizados para mensurar o comportamento
intervalos de aproximadamente um ano. auditivo da criança deficiente auditiva e detectar sua
Nas deficiências auditivas são recomendadas habilidade auditiva. Entre eles destaca-se: a Escala
reavaliações, tanto sob forma de testes audiológicos de Integração Auditiva Significativa para Crianças
como sob forma de avaliação clínica do Pequenas (CASTIQUINI, 1998), adaptada do Infant-
comportamento auditivo (BEVILACQUA; Toddler Meaningful Auditory Integration Scale - IT-
FORMIGONI, 1997). MAIS (ZIMMERMAN-PHILLIPS; OSBERGER;
ROBBINS, 1997) e a Escala de Integração Auditiva
Reabilitação Auditiva Significativa (CASTIQUINI; BEVILACQUA, 2000),
adaptada do Meaningful Auditory Infant Scale -
A reabilitação auditiva foi redimensionada, nas MAIS (ROBBINS; RENSHAW; BERRY, 1991).
últimas décadas, com os avanços tecnológicos de Também por meio de instrumentos de coleta de
diagnóstico e acesso aos sons da fala. dados que utilizam um questionário dirigido aos pais
O desenvolvimento da função auditiva possibilita, pode-se obter informações da utilização da
com a intervenção apropriada, o desenvolvimento linguagem falada da criança deficiente auditiva.
da linguagem falada. Esses são os protocolos utilizados para descrever
Assim concomitante ao acolhimento da família, que as habilidades auditivas que vão desde atenção
será apresentado nos próximos tópicos, uma das auditiva, detecção, reconhecimento auditivo
primeiras condutas, no programa de reabilitação introdutório e avançado e compreensão auditiva.
auditiva, é a indicação e adaptação do aparelho de
amplificação sonora individual ou o implante Dispositivo utilizado (AASI/IC)
coclear, para que a criança possa ouvir.
O implante coclear é um recurso diferenciado Conforme mencionado, os recursos tecnológicos
principalmente para as crianças com perda auditiva existentes para acesso aos sons da fala são o
profunda. aparelho de amplificação sonora individual e o
Quando a intervenção ocorre nos primeiros meses implante coclear.
de vida os resultados são extremamente O AASI irá amplificar os sons e a utilização do
satisfatórios quanto ao desenvolvimento da processamento digital permite uma melhor
comunicação oral, nesse caso desencadeando um qualidade acústica dos sinais sonoros captados com
processo de habilitação auditiva. excelente qualidade na maioria das situações.
A sofisticação auditiva linguística, que grande parte Esse recurso é utilizado com mais sucesso em
das crianças usuárias do implante coclear alcança, perdas auditivas de grau leve, moderado e severo.
revela a velocidade com que se chega ao domínio Faz parte dos critérios para a indicação do implante
da linguagem em elevados níveis de capacidade de coclear a utilização prévia do AASI para verificar se
leitura e competência acadêmica (Alves, 2011). existem benefícios para a criança com esse recurso.
Todas as crianças receberam dispositivos de O implante coclear é indicado para perdas auditivas
acesso aos sons da fala, representados pelo de grau severo e profundo.
aparelho de amplificação sonora individual e/ou O IC é um dispositivo eletrônico extremamente
implante coclear. durável, biomédico, biocompatível e tem a função
O planejamento terapêutico é realizado de acordo de realizar as atividades das células ciliadas
com a necessidade de cada criança ou adolescente externas, as quais estão lesionadas. Seu
e visa organizar um conjunto de estratégias, funcionamento permite transformar a energia sonora
condições e procedimentos que promovam a em baixos níveis de corrente elétrica, e proporcionar
construção da linguagem por meio da função a estimulação elétrica das fibras remanescentes do
auditiva. nervo auditivo (COSTA; BEVILACQUA; AMANTINI,
A participação da família e da escola nessa 2005). Ele é composto de uma parte interna inserida
proposta é essencial. cirurgicamente e outra externa.
O direcionamento para outras propostas é realizado Vários fatores podem interferir nos resultados
sempre que necessário. Da mesma forma, de obtidos com o implante coclear, entre eles destaca-
acordo com a especificação e necessidade são se: o tempo de privação sensorial auditiva, a idade
incluídas estratégias com a Leitura Orofacial. da instalação da deficiência auditiva, o número de
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células ganglionares remanescentes, Discussão periódica com a equipe escolar
permeabilidade coclear para inserção cirúrgica dos
eletrodos, tempo de uso do implante coclear, tempo A parceria com a equipe escolar ocorre com
de uso do IC, desenvolvimento cognitivo da criança, encontros individuais semestrais e encontros
terapia fonoaudiológica especializada, envolvimento grupais mensais.
familiar no processo terapêutico, acompanhamento Nos encontros mensais, não são realizadas
pós-cirúrgico, avaliação e manutenção constante do atividades expositivas, e sim uma dinâmica que a
IC (BEVILACQUA; MORET; COSTA, 2011). partir de um tema permite que os professores
Todos esses aspectos são acompanhados e apresentem suas dúvidas e soluções para as
ocorrem intervenções constantes para que as demandas escolares das crianças deficientes
crianças que utilizam o implante coclear e aparelhos auditivas. Os temas abordados são apresentados
de amplificação sonora individuais possam ter por meio de debates, diálogos, dinâmica de grupo,
benefícios. onde se utilizaram recursos audiovisuais e
Há muitos desafios, no serviço público, para orientar discussões das filmagens da interação professor-
aluno e da criança com o fonoaudiólogo
e auxiliar as famílias na manutenção de
(DELGADO-PINHEIRO, 2013).
equipamentos de alta tecnologia. Há no PRAE um
trabalho multidisciplinar com as áreas de psicologia
Caracterização do grupo de crianças e
e assistência social.
adolescentes deficientes auditivos
Orientação a pais
A caracterização do perfil do grupo de crianças
A participação familiar é um aspecto de suma deficientes auditivas que participaram do PRAE , no
importância na intervenção fonoaudiológica com as último ano, está na tabela 1 (Anexo 1).
crianças e os adolescentes deficientes auditivos, Nesse último ano participaram do PRAE dezoito
pois é por meio dela que as situações pragmáticas crianças e adolescentes deficientes auditivos, com
irão se transformar em relevantes oportunidades seus respectivos pais e professores, conforme
para o desenvolvimento da audição e domínio da descrito anteriormente.
comunicação oral (JANJUA; WOLL; KYLE,2002; Na cidade de Marília local onde o programa é
SANTANA, 2005; CHELUCCI; NOVAES,2005). desenvolvido estão matriculados na educação
O PRAE proporciona encontros individuais entre infantil e no ensino fundamental I (Rede de Ensino
família e terapeuta, bem como reuniões semanais Municipal Pública), vinte e um alunos com
grupais entre as famílias e terapeutas das áreas da deficiência auditiva sensorioneural. O PRAE atende
psicologia e/ou fonoaudiologia. praticamente a totalidade dessas crianças.
Durante as reuniões os principais aspectos O PRAE começou a receber as primeiras crianças
abordados pelas famílias são: critérios e diagnosticadas na triagem auditiva neonatal,
encaminhamentos para a cirurgia do implante entretanto, essa situação ainda não é uma realidade
coclear (IC), manutenção dos aparelhos de freqüente. Provavelmente esse aspecto seja
amplificação sonora individual (AASI) e IC, questões decorrente dos próprios desafios que as equipes de
relacionadas à escola, adaptação do sistema de profissionais tem enfrentado na implantação dos
Frequência Modulada (FM) na escola, programas e efetivação da rede de
desenvolvimento de audição e linguagem. As encaminhamentos.
reuniões também auxiliam os familiares a decidirem A maioria das crianças apresenta perda auditiva
sobre a intervenção que desejam para os seus sensorioneural profunda e utilizam o implante
filhos, por meio de esclarecimentos profissionais e coclear. Também a maioria das crianças atingiram a
compartilhamento dos depoimentos dos habilidade de compreensão auditiva.
participantes do grupo. Este aspecto é reforçado na As crianças receberam o implante coclear
literatura que aponta que o contato entre pais de realizaram a cirurgia em um ouvido, pois o Sistema
deficientes auditivos, possibilitando a troca de Único de Saúde não disponibilizava até 2014 a
experiências, pode contribuir de forma mais efetiva, cirurgia nos dois ouvidos. Essa realidade
dando-lhes o que nenhum profissional talentoso possivelmente sofra mudanças nos próximos anos.
pode dar (LUTERMAN, 1999).

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Conclusões denominado Emissões Otoacústicas. Brasília, 189º da Independência e
122º da República.
As atividades realizadas no PRAE fundamentam-se BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de
em critérios internacionais e que estão em Atenção da Triagem Auditiva Neonatal / Ministério da Saúde, Secretaria
consonância com as políticas públicas vigentes. de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas
O alinhamento de todas as atividades é realizado e Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2012. 32 p. : il. ISBN 978-85-334-1980-3
para possibilitar o desenvolvimento auditivo e da BOOTHYD, A. Hearing impairments in children. New York,
linguagem falada de crianças deficientes auditivas. Prentice Hall, 1982. Philade.
Essas ações colaboram para que crianças CASTIQUINI, E.A.T. Escala de integração auditiva significativa:
deficientes auditivas profundas tenham acesso a procedimento adaptado para a avaliação da percepção da fala
[Dissertação]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica;
recursos de alta tecnologia, como o implante 1998.
coclear, pois o programa de intervenção é um dos CASTIQUINI, E.A.T.; BEVILACQUA, M.C. Escala de integração
critérios avaliados para uma criança ser candidata a auditiva significativa: procedimento adaptado para a avaliação da
percepção da fala. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia,
cirurgia. 6:51-60, 2000.
Há um predomínio no atendimento de crianças CHELUCCI L.S.O.; NOVAES B.C. Contar histórias com livros
deficientes auditivas profundas sendo que a maioria infantis: caracterização da interação das díades mãe ouvinte/criança
com deficiência auditiva e mãe/criança ouvintes. Rev Distúrb Comun.
não iniciou os atendimentos precocemente. 2005;17(1):55-67.
Atualmente as primeiras crianças oriundas da COUTO M.I.V.; CARVALHO A.C.M. Fatores que influenciam na
triagem auditiva neonatal iniciaram sua participação participação dos pais de crianças usuárias de implante coclear na
(re)habilitação oral: revisão sistemática. CoDAS. 2013; 25(1):84-91.
no programa de intervenção.
COSTA, O. A.; BEVILACQUA, M.C.; AMANTINI, R.C.B.
Observa-se que há o desenvolvimento das Considerações sobre o implante coclear em crianças. In:
habilidades auditivas na maioria das crianças que Bevilacqua, MC, Moret ALM, editores. Deficiência auditiva:
participam do PRAE. conversando com familiares e profissionais da saúde. São José
dos Campos: Editora Pulso; 2005, p. 123-38.
DAVIS, ADRIAN; DAVIS, KATRINA A. S. Descriptive
Epidemiology of Childhood Hearing Impairment. In SEEWALD,
Agradecimentos Richard; THARPE, Anne Marie. Comprehensive Handbook of
Pediatric Audiology. San Diego: Plural Publishing Inc., 2011, 85-111.v
Às crianças, familiares e professores que participam DELGADO-PINHEIRO, E. M. C. . Audiologia Educacional e Escola:
do PRAE e à PROEX pelo suporte. Uma Parceria Necessária na Proposta de Inclusão. In: Célia Maria
Giacheti e Sandra Regina Gimenez-Paschoal. (Org.). Perspectivas
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BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Portaria n.
1.274, de 25 de junho de 2013. Inclui o Procedimento de Sistema de
Frequência Modulada Pessoal (FM) na Tabela de Procedimentos,
Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) do
Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Diário Oficial da União. Lei nº 12.303, de 2 de agosto de
2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização do exame

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Anexo 1
Tabela 1. Características dos participantes do Programa de Reabilitação em Audiologia Educacional para
Crianças Deficientes Auditivas, da UNESP de Marília.
Participantes Idade Tipo/grau da Idade do AASI Implante Habilidade
atual perda auditiva Diagnóstico utilizado Coclear Auditiva
atualmente
1 2 anos Sensorioneural/ 2 meses AASI Oticon Advanced Compreensão
Profunda/ Bionics Auditiva
Bilateral
2 3 anos Sensorioneural/ 7 meses Claris _ Compreensão
moderada/ PM100C – Auditiva
Bilateral Oticon
(bilateral)
3 4 anos Sensorioneural/ 4 meses phonak, Medel- Compreensão
Profunda/ modelo naída Opus2 Auditiva
Bilateral UP
4 5 anos Sensorioneural/ 7 meses Rhapsody 12 _ Reconhecimento
Profunda/ BTE Power Introdutório
Bilateral Plus/Starkey
(bilateral)
5 6 anos Sensorioneural/ 1 anos e 11 _ Medel- Compreensão
Profunda/ meses Opus2 Auditiva
Bilateral
6 6 anos Sensorioneural/ 2 anos e 1 Naída Freedon Reconhecimento
Profunda/ mês (Phonak)- (Nucleus) Introdutório
Bilateral
7 6 anos Sensorioneural/ 9 meses _ Opus 2 – Reconhecimento
Profunda/ Medel Introdutório
Bilateral
8 6 anos Sensorioneural/ 3 anos e 6 simens _ Compreensão
Severa/ Bilateral meses explorer 500p Auditiva
9 6 anos Sensorioneural/ 2 anos e 7 Phonak Advanced Reconhecimento
Profunda/ meses Bionics Avançado
Bilateral
10 7 anos Sensorioneural/ 1 ano e 10 denmark IC Nucleus Detecção auditiva
Profunda/ meses (sumo dm V
Bilateral 260507)
11 7 anos Sensorioneural/ 1 ano e 11 Bravissimo _ Compreensão
Severa/ Bilateral meses Widex-BV 38 Auditiva
(bilateral)
12 9 anos Sensorioneural/ 11 meses _ Freedom Reconhecimento
Severa/ Bilateral Nucleus Avançado
13 10 anos Sensorioneural/ 1 ano e 4 _ Opus I - Compreensão
Profunda/ meses Medel Auditiva
Bilateral
14 10 anos Sensorioneural/ 1 anos e 3 _ Opus I – Compreensão
Profunda/ meses Medel Auditiva
Bilateral
15 11 anos Sensorioneural/ 2 anos e 10 _ Núcleus V Reconhecimento
Profunda/ meses Introdutório
Bilateral
16 12 anos Sensorioneural/ 7 anos e 1 argosy - _ Compreensão
Severa/ Bilateral mês phonak Auditiva
17 12 anos Sensorioneural/ 1 ano e 8 _ Nucleus V Compreensão
Profunda/ meses Auditiva
Bilateral
18 13 anos Sensorioneural/ 2 anos e 1 _ IC Nucleus Compreensão
Profunda/ mês V Auditiva
Bilateral

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