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Disciplina de Habilitação e Reabilitação

dos Distúrbios da Audição

Profª. Mônica Pires de Castro

Curso de Fonoaudiologia

Universidade de Franca
Introdução

 Os efeitos da perda de audição sobre o seu


desenvolvimento intelectual, acadêmico e social de
uma criança variarão consideravelmente, em
função desta população tratar-se de um grupo
heterogêneo.

 Criança com uma perda auditiva significante deve


ser considerada como candidata ao uso de um
dispositivo eletrônico para surdez.

(Bentler, 1993).
Introdução

 No caso das Perdas Auditivas Neurossensoriais Profundas, a


audição não será o meio primário para o desenvolvimento
de fala e linguagem.

 = Necessidade de treinamento extensivo e constante,


mesmo com uso da amplificação.

 As próteses auditivas servirão de elo para a conexão com o


mundo sonoro e para permitir a utilização de qualquer pista
auditiva que possa estar presente.

(Almeida, Russo 2003).


Classificação/canal

Auditivo

35
Predominantemente auditivo
70

Predominantemente visual
90

Visual
PROCESSO DE REABILITAÇÃO

 REABILITAÇÃO: processo pelo qual pode-


se reduzir as incapacidades auditivas e o
consequente handicap.

(Iervolino, Castiglioni e Almeida, 2003).


Introdução

O processo terapêutico deve abranger o


conhecimentos sobre as características do
paciente, bem como suas necessidades e
limites.

É de extrema importância que seja


desenvolvida uma comunicação eficiente para
a criança deficiente auditiva, independente do
tipo de abordagem utilizada.

(REIS, A. C. M. B. -2010)
Intervenção em crianças
(REIS, A. C. M. B. -2010)
 A população de crianças deficientes auditivas apresenta
uma grande variedade de características e necessidades.

 Deficiências auditivas diferem em termos de:


 localização,
 causa,
 tempo de aquisição,
 grau de deficiência e
 estabilidade do limiar.

 Elas podem ocorrer sozinhas ou em combinação com


outras deficiências.
Intervenção em crianças:
(REIS, A. C. M. B. -2010)

 Cada um desses fatores tem influência


na deficiência auditiva:
 no tipo de intervenção,
 no sucesso da intervenção e,
 consequentemente, em todo o desenvolvimento
psicossocial do deficiente.
Intervenção em crianças:

(REIS, A. C. M. B. -2010)
Na Intervenção da Criança:

O Fonoaudiólogo

-orienta a família sobre as possibilidades educacionais e


terapêuticas disponíveis à criança deficiente auditiva,

MAS,

A Família

- É quem decide os passos a serem dados para a conquista de


melhores condições biopsicossociais da criança.

REIS, A. C. M. B. -2010)
Intervenção em crianças:

 É fundamental dar transparência


aos modelos de atendimento
terapêutico oferecidos à criança
diagnosticada com deficiência
auditiva, à concepção de
linguagem que permeia cada um
deles e às consequências trazidas
pela opção de uso de cada uma das
abordagens disponíveis.
REIS, A. C. M. B. -2010)
Intervenção em crianças:

 A escolha deverá ser realizada o mais breve


possível, assim que for concluído todo o
processo de adaptação do AASI, visando não
perder tempo em definir a melhor abordagem
para a criança.

 Abordagem aurioral
 Comunicação Total
 Bilinguísmo - http://www.libras.org.br/.

(REIS, A. C. M. B. -2010)
Políticas de Saúde Auditiva
 Entende-se por Serviço de Atenção à Saúde Auditiva na
Média Complexidade aquele que ofereça atenção
diagnóstica e terapêutica especializada, condições
técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos
humanos adequados ao atendimento às pessoas com risco
ou suspeita para perda auditiva e pessoas portadoras de
deficiência auditiva, de forma articulada e integrada com o
sistema local e regional e que ofereça triagem e
monitoramento da    audição de neonatos, pré-escolares e
escolares, diagnóstico, tratamento e reabilitação de perda
auditiva em crianças a partir de três anos de idade, de
jovens, de adultos, incluindo os trabalhadores e de idosos,
respeitando as especificidades da avaliação e reabilitação
exigidas para cada um desses segmentos;
PORTARIA Nº 587,
DE 07 DE OUTUBRO DE 2004
 Considerando a necessidade de definir as Ações de Saúde Auditiva na Atenção Básica, os
Serviços de Atenção à Saúde Auditiva na Média Complexidade e os Serviços de Atenção à
Saúde Auditiva na Alta Complexidade, bem como a de determinar os seus papéis na atenção à
saúde e as qualidades técnicas necessárias ao bom desempenho de suas funções;
 Considerando a necessidade de auxiliar os gestores no controle e avaliação da atenção às
pessoas portadoras de deficiência auditiva;
 Considerando a necessidade de estabelecer uma nova conformação para a tabela de
procedimento para a assistência às pessoas portadoras de deficiência auditiva na média e na
alta complexidade;
 Considerando a necessidade de estabelecer regulamento técnico, normas e critérios para os
Serviços com a finalidade de credenciamento/habilitação, e
 Considerando a necessidade do estabelecimento de um sistema de fluxo de referência e
contra-referência no âmbito do Sistema Único de Saúde, resolve:
 Art. 1º Determinar que as Secretarias de Estado da Saúde dos estados adotem as providências
necessárias à organização e implantação das Redes Estaduais de Atenção à Saúde Auditiva.
 Art 2º Definir que as Redes Estaduais de Atenção à Saúde Auditiva serão compostas pelas
Ações de Saúde Auditiva  na  Atenção Básica, Serviços de Atenção à Saúde Auditiva na Média
Complexidade e Serviços de Atenção à Saúde Auditiva na Alta Complexidade.
Políticas de Saúde Auditiva
 A Rede de Atenção Básica (Postos de Saúde, Saúde da Família,
Ambulatórios) terá a função de identificar o problema e antes de
tudo atuar junto à população para conscientizá-la da importância
da audição na qualidade de vida das pessoas. Nesta fase todos os
profissionais de saúde e educação que atuam em postos de saúde,
centros, clínicas, creches, berçários, maternidades, escolas,
ambulatórios, saúde da família, asilos etc., serão treinados pelos
fonoaudiólogos para que possam educar a população na
preservação da audição. O fonoaudiólogo dará a sustentação aos
programas no atendimento básico para que seja introduzida a
educação auditiva
Políticas de Saúde Auditiva
 Entende-se por Serviço de Atenção à Saúde Auditiva na Média
Complexidade aquele que ofereça atenção diagnóstica e terapêutica
especializada, condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e
recursos humanos adequados ao atendimento às pessoas com risco ou
suspeita para perda auditiva e pessoas portadoras de deficiência auditiva,
de forma articulada e integrada com o sistema local e regional e que
ofereça triagem e monitoramento da    audição de neonatos, pré-escolares
e escolares, diagnóstico, tratamento e reabilitação de perda auditiva em
crianças a partir de três anos de idade, de jovens, de adultos, incluindo os
trabalhadores e de idosos, respeitando as especificidades da avaliação e
reabilitação exigidas para cada um desses segmentos.
Políticas de Saúde Auditiva
Entende-se por Serviço de Atenção à Saúde  Auditiva na Alta
Complexidade aquele que ofereça atenção diagnóstica e terapêutica
especializada, condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos
humanos adequados ao atendimento às pessoas com risco ou suspeita para
perda auditiva e pessoas portadoras de deficiência auditiva de forma articulada
e integrada com o sistema local e regional, constituindo-se como referência
para o diagnóstico, tratamento e reabilitação de perda auditiva em crianças até
três anos de idade e em pacientes com afecções associadas sejam
neurológicas, psicológicas, síndromes genéticas, cegueira, visão subnormal,   
perdas unilaterais e daqueles que apresentarem dificuldades na realização da
avaliação audiológica em serviço de menor complexidade.
A Política Nacional de Deficiência Auditiva garante à criança deficiente
auditiva

 2 sessões de 45 minutos por semana, individual,

 Proposta: avaliação e reabilitação dos aspectos


auditivos e de linguagem, assim como o registro de
sua evolução.

 Dessa forma, a criança diagnosticada com deficiência


auditiva deverá realizar sessões de terapia no local
onde recebeu os aparelhos de amplificação
sonora individuais - AASIs (Média ou Alta
Complexidade), ou encaminhadas a centros de
referências da cidade.
Nos serviços credenciados como Média e Alta Complexidade, o
fonoaudiólogo responsável pela adaptação dos AASIs na criança
deverá:

 orientar a família quanto à necessidade de realização de


terapia para a criança,

 definir com ela se a reabilitação do usuário adaptado


ocorrerá na própria instituição, visto que, a Portaria da
Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde nº
587, de 07 de outubro de 2004, que estabelece a
Organização e Implantação das Redes Estaduais de Atenção
à Saúde Auditiva, determina que as instituições credenciadas
como Média Complexidade devem contar com pelo menos 2
fonoaudiólogos qualificados para trabalhar com terapia de
crianças deficientes auditivas. Já os serviços credenciados
como Alta Complexidade devem ter no mínimo 3
fonoaudiólogos com experiência em reabilitação auditiva.
Caso seja encaminhada:

 Caso esta criança seja encaminhada a centros de


referência próximos ou localizados em sua cidade de
origem, ou a família opte por realizar em clínicas
privadas, é necessário que, durante o
acompanhamento do uso do DE no serviço responsável
pela adaptação, seja verificado que esta criança
esteja recebendo tratamento adequado e que este
esteja possibilitando seu desenvolvimento
biopsicossocial semelhante aos seus pares.

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