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Profª.

Mônica Pires de Castro

Curso de Fonoaudiologia - Universidade de


Franca
Abord agens
de habilitação/
reabilitação
atu ais

Método aural Comunic ação Tota l Bilin güismo


ou abord agem auditivo-verb al "Filo sofia que requer a in corp oração de modelos auditivos, Tem como prin cíp io, que sejam ensin adas duas lín guas
* uso da audição re sid ual o que perm itirá prender manuais e orais adequados para assegura r a comunic ação para o surd o, a lín gua de sin ais e, secundariamente, a
a ouvir, processar lin guagem verb al e fala r. entre as pessoas efic ie ntes auditivas" (C E A S D,1 976) lín gua utilizada pelo gru po de ouvin tes.
 Refere-se ao uso de um conjunto de
procedimentos terapêuticos para desenvolver a
linguagem oral e, consequentemente, adequar a
interação do indivíduo deficiente auditivo com o
meio.

 O canal de entrada da informação, para realizar os


procedimentos de reabilitação é o auditivo.

 Assim, esse método necessita do uso da


amplificação sonora por uso de AASI ou IC.
 Segundo Boothroyd (1982), o processo de reabilitação depende da
atenção do terapeuta para fatores fundamentais, que sustentam o
desenvolvimento das habilidades auditivas:

 Motivação = criança é motivada a adquirir novas habilidades auditivas.

 Recompensa = criança deve perceber que o domínio das habilidades é


gratificante. “Vale a pena perceber o mundo por meio da audição”.

 Prática = fazer uso diário da habilidade conquistada, integrá-la à rotina.

 Exposição = criança deve ser exposta a um ambiente estimulante


(materiais e estímulos) que desenvolvam as habilidades auditivas e de
linguagem, com interesse.

 Exploração = incentivar a criança explorar, interagir com o ambiente,


com diferentes experiências, para descobrir de que modo estes são
organizados física e socialmente. Aprender de que modo suas ações
influenciam a ação do meio.

 Expansão = conhecer novas experiências, novas atividades, novas


pessoas. Levar ao desenvolvimento da abstração, do simbolismo e da
capacidade do raciocínio.
 Segundo Erber (1982) e Boothroyd (1982), o desenvolvimento das
habilidades auditivas tem o objetivo de ajudar a criança deficiente
auditiva aprender a escutar para que tenha as experiências semelhantes
às crianças ouvintes.

» Há uma sequência de habilidades auditivas a serem desenvolvidas.


» O desenvolvimento das referidas habilidades também deve seguir uma
sequência gradativa de dificuldades.

 Habilidades auditivas:
O desenvolvimento destas
 Detecção auditiva habilidades é permeado pelos
 Discriminação auditiva processos psíquicos de
 Reconhecimento auditivo ATENÇÃO E MEMÓRIA

 O processo de desenvolvimento auditivo da criança inicia com a


atenção e finaliza com a compreensão.
Habilidades Auditivas
 Habilidade de percepção da presença e ausência
do som.

 Detecção de sons ambientais e de fala


= Itens a serem trabalhados:
 Atençãoespontânea a seletiva;
 Procura e localização do som
 Resposta condicionada ao som
 Atenção espontânea ao som

 Jogos vocálicos e silábicos e Onomatopéias


 Habilidade de discriminar dois ou mais estímulos.
 Aprender a identificar a igualdade ou a diferença de dois ou
mais estímulos.
 Fornecer subsídios para aprender as diferenças acústicas.
 O nível de dificuldade deve ir aumentando.

 Trabalho para discriminar:


- Vogais; Traço distintivo das consoantes;
- Palavras (extensão, modo, ponto e tonicidade);
- Frases (extensão, conteúdo e entonação);
 Subsídios para diferenças acústicas:
- Forte X fraco; Agudo X grave; Contínuo X intermitente
 Habilidade de identificar o som e a fonte sonora,
com capacidade de classificar e nomear o que se
ouviu, repetindo o estímulo ou apontando a
figura, a palavra ou a sentença correspondente ao
estímulo .

 Etapa Introdutória - Informações auditivas em


conjunto fechado.

 Etapa Avançada- Estímulo sonoro em conjunto


aberto.
Espera-se o reconhecimento das vogais, traços
distintos das consoantes, palavras e frases
 Trabalhar o reconhecimento de sons:
- Ambientais; Onomatopéias; Vogais;
- Traços distintivos das consoantes; palavras e frases.

 Trabalhar sons supra-segmentares:


- características prosódicas da fala;

 Trabalhar sons segmentares:


- Palavras, Número de sílabas, Conteúdos, Mensagens,
Frases;

 Memória auditiva e sequência: Ordens de vários elementos;

 Reconhecer descrições.
 Habilidade para entender os estímulos sonoros
apresentados, sem necessariamente repetí-los.

 Habilidade de responder perguntas, recontar histórias


e seguir instruções.

 Habilidade para entender o significado da linguagem


oral.

 Habilidade para compreender e se fazer compreender.

 Compreensão é a sobreposição de todas as habilidades.


 Crianças com perda auditiva neurossensorial
bilateral se beneficiam do enfoque aurioral
(habilidades auditivas) quando a perda
auditiva é detectada precocemente.
 A proposta terapêutica é apresentação dos
sons de fala dentro de contextos significativos
de acordo com idade e interessa da criança
atividades lúdicas e prazerosas.

(Formigoni, 2011)
 Atividades Lúdicas

 Tem o objetivo de levar a criança PERCEBER a presença


de diferentes tipos de sons ambientais, verbais,
produzidos pelo corpo humano, por objetos e por ações.

Introduzir a criança no
mundo sonoro.

(Formigoni, 2011)
(Formigoni, 2011)
 Para que o atendimento às crianças deficientes auditivas se
realize de forma adequada, deve haver um trabalho
integrado entre pais, crianças, terapeutas e professores.

 O papel do fonoaudiólogo/terapeuta:
 Mediador e orientador do processo (MAESTRO);
 Visa o melhor para a criança;
 Deve estar atento ao desenvolvimento da criança e de suas
reais necessidades;
 Deve ter sensibilidade e flexibilidade para saber o que deve
ser priorizado a cada momento.

(REIS, 2010)
 Caderno de experiências/vivências
 Brincadeiras e jogos
 Livros infantis
 Diário
 Músicas infantis
 Avaliar a criança durante cada sessão é um
aspecto muito importante:

- Perfil comunicativo/linguagem;

- Percepção e produção da fala;

- Habilidades cognitivas (conceitos, memória, atenção);

- Atenção aos aspectos emocionais.


 Parceiros.

 Deve entender que a transformação no


comportamento de audição e de linguagem da
criança acontece nas rotinas diárias.

 Dar oportunidade para que a família sinta-se


competente em relação à comunicação com seu
filho.

 Importante estabelecer um elo de comunicação


com a família.
 Processo que envolve Compreensão, assimilação (memória),
atribuição de significado e estabelecimento de relações entre o
conteúdo a ser aprendido com os já armazenados.

 Sensação

 Percepção

 Atenção

 Memórias (operacional e de longo prazo)

 Atenção e memória antecedem a Aprendizagem

PANTANO (2008)
Processo neural = Capacidade de filtrar
informações em diferentes pontos do processo
perceptivo.
 
Percepção de alguns estímulos e a negligência de
outros estímulos.
 
Mecanismo que escolhe os estímulos relevantes
para serem processados.
 
Baseada na experiência de vida de cada pessoa –
estimulações diferentes de acordo com o ambiente
social, cultural, ...
Processo Atencional:

Atenção Automática = destinada a estímulos salientes sensorialmente ou


relevantes biologicamente.

Atenção Voluntária = motivações biológicas ou sociais. Subidivide-se em

Seletiva:
Privilegiar determinados estímulos em detrimento de outros –
mecanismo atencional básico.

Sustentada: manter a atenção em um estímulo durante um determinado


tempo.

Alternada: Alternar o foco atencional – desengajar de um estínulo e


engajar em outro.

Dividida:Desempenho simultâneo de duas tarefas – um estímulo torna-


se um processamento automático e o outro controlado.

 
 Definição
 “Atividade eletrofisiológica” que permite o
registro, a manutenção e a evocação dos
fatos já acontecidos.
 
 Fases
 Percepção, registro e evocação
 Retenção e conservação
 Reprodução e evocação
Memorizamos somente:

 Lemos – 10%
 Lemos + ouvimos – 20%
 Vemos – 30%
 Vemos + ouvimos – 50%
 Ouvimos e discutimos – 70%
 Ouvimos e fazemos – 90%

 Aprendizagem = Bastante relacionada com a memória

 Aprender é o ato de formar novas memórias (visão da


neurociência)
  PANTANO (2008)

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