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Audição

e
Histórico dos Dispositivos
Eletroacústicos

Profa. Dra. Mônica Pires de Castro


Disciplina: Habilitação e Reabilitação dos Distúrbios da Audição
Curso de Fonoaudiologia
UNIVERSIDADE DE FRANCA
Audição
“Sentido pelo qual se percebe os sons.
Ato de ouvir, escutar...”
(Northen & Downs, 1989)

“A audição é base da existência humana pois


esta possibilita o desenvolvimento da
linguagem, da comunicação e da
aprendizagem, aspectos que estão presentes
em todas as atividades humanas...”
Riper (1997) e Borgstein (2001)
Anátomo fisiologia
Audição
Orgão receptor: Orelha
- Totalmente formado na 20ª semana de gestação.
(Northen & Downs, 1989)

- O desenvolvimento do sistema nervoso auditivo central (SNAC) está


relacionado com o processo de neuromaturação e neuroplasticidade
do SNC. Tais processos sofrem a interferência da estimulação, ou seja,
a estimulação sensorial pode alterar o número de conexões sinápticas
ou a densidade sináptica, aumentando-as ou decrescendo-as, conforme
o nível de estimulação sonora que o sistema recebe durante o período
de maturação. O processo de neuromaturação do SNAC não se encontra
completo antes dos doze anos de idade.

(Bellis,1996; Azevedo, 1996; Chemark e Musiek;


1997)
Audição
Mielinização da via auditiva:

► ocorre em diferentes fases da vida;

► sentido caudal-rostral;

► tem estágios variados.


Audição

Por outro lado...

► O desenvolvimento é incompleto
“A medida que a criança é exposta ao mundo
sonoro, processos de mielinização das fibras
nervosas ocorrem e as habilidades de análise e
interpretação dos estímulos sonoros vão sendo
incorporadas ao seu desenvolvimento.”

(PEREIRA, 1993)
Audição
Mielinização da via auditiva:

► trato pré-talâmico: 5/6 m antes nascimento;

► trato pós-talâmico: 5/6 anos de idade;

► áreas de associação: 10/12 anos de idade


(YAKOVLEV & LECOURS,1967).
Audição

Maturação e Desenvolvimento

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Desenvolvimento das respostas
auditivas dos bebês
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Desenvolvimento da Audição
Depende da integridade do sistema auditivo:

 Periférico

 Central

 Plasticidade neural = Habilidade do sistema nervoso em


reorganizar-se e adaptar-se em resposta às mudanças internas e
externas. (Bellis, 1995)

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Período crítico

 Fase em que o organismo está preparado


para receber e utilizar tipos particulares de
estímulos.
 Transferindo este conceito para audição =

“ Em certos períodos, os sinais acústicos


seriam recebidos de modo óptimo e
utilizados para importantes atividades pré-
lingüísticas.” de 0 a 2 anos
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Audição: desenvolvimento
auditivo
Motor Auditivo
1.º mês Atividade reflexa RCP, sobressalto
intensa
3.º mês Esquemas atenção sonora,
piagetianos reconhecimento
sensório-motores de voz familiar,
responde à sons
mais fracos
5.º mês Controle de no colo lateraliza
cabeça e tronco cabeça, procura
e localiza sons
(Martinez, 2004)
Período: recém nascido a 4 meses

 O bebê normal é acordado do sono


através de sinais sonoros de 90dB
(NPS) em um ambiente ruidoso, 50 a
70dB em ambiente silencioso.

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Período: 3 a 4 meses

 O bebê normal começa a fazer um


movimento de cabeça rudimentar em
direção a um sinal sonoro de 50 a 60dB
(NPS).

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Período: 4 a 7 meses

 Ele vira sua cabeça diretamente em


direção ao lado de um sinal de 40 a 50dB
(NPS) mas ele não pode encontrá-lo
acima ou abaixo de si.

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Período: 7 a 9 meses

 Ele localiza diretamente a fonte sonora de


30 a 40 dB para o lado e indiretamente
quando abaixo dele.

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Período: 9 a 13 meses

 Ele localiza diretamente uma fonte


sonora de 25 a 35dB para o lado e para
baixo.

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Período: 13 a 16 meses

 Ele localiza diretamente os sinais


sonoros de 25 a 30dB para o lado e
para baixo e indiretamente para cima.

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Período: 16 a 21 meses

 Ele localiza diretamente os sinais


sonoros de 25 a 30dB na lateral, acima
e abaixo.

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Período: 21 a 24 meses

 Ele localiza diretamente um sinal


sonoro de 25dB em todos os ângulos.

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Avaliação auditiva no 1º ano de vida
► Exige procedimentos especiais de avaliação.
► Uso de sons calibrados, estímulos verbais e
instrumentos.
► Não é possível determinar o limiar auditivo.

Aspectos importantes:

►Quantitativos:
EOAs, BERA e avaliação comportamental da audição.

► Qualitativos:
análise do desenvolvimento auditivo.
Avaliação auditiva no 1º ano de vida
Observação de sinais que podem sugerir a presença de alterações no
desenvolvimento da função auditiva.

Ausência
RCP

Ausência de Demora p/
habituação responder
DPAC
(1º ano de vida)

Dificuldade de Repostas
Localização sonora exacerbadas
DISTÚRBIOS DA AUDIÇÃO

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CASTRO, M. P.
Distúrbios da audição

Dificuldades na capacidade de detectar e/ou


interpretar o estímulo sonoro.

 Perda Auditiva

 Distúrbio do Processamento Auditivo

(BOOTHROYD, 1982)

CASTRO, M. P.
Distúrbios da audição
Dificuldades na capacidade de detectar da energia sonora

Perda Auditiva

(grau da perda auditiva medida em decibel)

Total Profunda Severa Moderada Leve


Surdo Deficiente auditivo
(descrição baseada no uso funcional da audição) (BOOTHROYD, 1982))

CASTRO, M. P.
Distúrbios da audição
Dificuldades na capacidade de interpretar o estímulo sonoro.

Distúrbio do Processamento Auditivo

(dificuldade na de compreender interpretar o estímulo sonoro)

(BOOTHROYD, 1982))

CASTRO, M. P.
Tipos de Distúrbios de audição
 Perdas auditivas
* Grau
* Tipo
* Localização

 Alterações do processamento da
informação auditiva
* Decodificação
* Codificação
*Organização
* Não Verbal
CASTRO, M. P.
 Há séculos, a deficiência auditiva é
considerada como uma doença
incapacitante.

 Para minimizar os seus efeitos, sistemas


eletroacústicos de amplificação sonora
têm sido estudados e desenvolvidos.
( Iorio, Almeida e Dishichekenian. 1996)

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CASTRO, M. P.

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