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ATIVIDADE – HABILIDADES AUDITIVAS

1. INTRODUÇÃO

O PAC refere-se à eficiência e à efetividade com que o sistema nervoso


auditivo central utiliza a informação auditiva (ASHA, 2005; Geffner, 2019). Em
outras palavras, é um conjunto de habilidades específicas das quais o indivíduo
depende para compreender o que ouve. É uma atividade mental, isto é, uma
função cerebral e, assim sendo, não pode ser estudada como um fenômeno
unitário, mas sim como uma resposta multidimensional aos estímulos recebidos
por meio da audição (Ferre, 1997).

O TPAC é definido como um déficit em um ou mais processos auditivos


centrais, sendo caracterizado por uma ou mais alterações nas habilidades de
localização e lateralização sonora; discriminação; reconhecimento auditivo e
dos aspectos temporais da audição como: resolução, mascaramento,
integração e ordenação temporal (ASHA, 2005).

2. DEFINIÇÃO DAS HABILIDADES AUDITIVAS CENTRAIS

Localização e lateralização sonora: habilidade para identificar a fonte sonora


e reconhecer a sua procedência no espaço.

Discriminação auditiva: habilidade para distinguir um som de outro.

Reconhecimento de padrão auditivo: habilidade para determinar


semelhanças e diferenças entre padrões acústicos.

Aspectos temporais da audição: habilidade para processar estímulos


acústicos em função do tempo. 

Figura-fundo: a habilidade de reconhecer a fala ou outros sons quando sinais


competitivos estão presentes, podendo ser fala ou ruído com espectro de fala. 

Fechamento auditivo: habilidade de reconhecer a fala ou outros sons quando


parte desta informação está faltando, como quando parte do espectro do sinal
está mascarada em sua amplitude (por exemplo 15 Avaliação e Intervenção no
Processamento Auditivo Central pela introdução de ruído branco), comprimida
no tempo ou ainda com extração de frequências baixas ou altas. 
Aspectos binaurais da audição: habilidades para processar estímulos
acústicos apresentados simultaneamente nas duas orelhas.

3. ESTRATÉGIAS
Figura-Fundo
O paciente estará com o fone de ouvindo nas duas orelhas e escutará um ruído
de fundo, em alguns momentos ouvirá palavras, como: martelo-escova, sino-
taça, dentre outras. O intuito é que ele consiga identificar quais palavras foram
ditas e que ele as ligue na folha com um lápis. As palavras não possuem
semelhanças para que ele marque realmente o que escutou.

Material: uma folha impressa com algumas figuras, lápis.

Fechamento Auditivo
O terapeuta irá propor que ele é o paciente joguem Cara a Cara, porém, o jogo
terá uma dificuldade a mais, além de ter que conseguir adivinhar qual pessoa o
terapeuta é, ele terá um ruído de fundo atrapalhando. O terapeuta irá gravar
um som com várias vozes sobrepostas e utilizará essa gravação como ruído de
fundo durante o jogo. O paciente terá que entender os comandos simples do
jogo e as pistas que o terapeuta dará sobre o jogo com o ruído de
fundo atrapalhando. Materiais: computador, tablet ou celular, jogo Cara a
Cara.

ASPECTOS BINAURAIS DA AUDIÇÃO


Integração Binaural

Para a realização da atividade, a terapeuta realizará uma pescaria utilizando


diversas imagens. O paciente utilizará um fone em que serão apresentados a
ele duas palavras simultaneamente nas duas orelhas, como por exemplo "pato
e boneca". Posteriormente, o paciente ao ouvir as palavras deverá encontrar as
figuras na pescaria, pescando-as, para que sejam coladas dentro do aquário
que estará desenhado no espelho.

Interação Binaural

Para a realização da atividade, a terapeuta realizará uma folha com diversas


imagens coloridas, e com as características exatas que ele vai ouvir. O
paciente vai receber os estímulos um seguido do outro e vai sinalizar com as
imagens o que ele ouviu. Exemplo: ele ouvirá vestido numa orelha e azul em
outra, então ele terá de pegar a imagem que corresponde ao que ele ouviu.

Separação Binaural

Para a realização da atividade, a terapeuta vai orientar que ele vai receber
estímulos nas duas orelhas, mas ele irá prestar atenção e responder apenas o
que ouviu em uma orelha. Para a atividade a orelha será a direita. A terapeuta
vai disponibilizar um texto escrito, pequeno, sobre uma história infantil, no texto
terão lacunas e o paciente terá de preencher com as palavras que ele ouviu na
orelha que foi solicitada.

REFERÊNCIA
MARCIA MENDES-CIVITELLA - CRFA 2-4619 ADEMIR COMERLATTO
JUNIOR - CRFA 2-9613-3 MARIA INÊS COSTA FERREIRA - CRFA 7-6253
MARIANA CARDOSO GUEDES - CRFA 2-10393 SHEILA ANDREOLI BALEN -
CRFA 8-5670-3 SILVANA FROTA - CRFA 1-4725-4. Conselho Federal de
Fonoaudiologia - CFFa. Guia de Orientação Avaliação e Intervenção no
Processamento Auditivo Central. [S.l.]. Conselho Federal de Fonoaudiologia,
2020. Disponível em: https://www.fonoaudiologia.org.br/comunicacao/guia-de-
orientacao-avaliacao-e-intervencao-no-processamento-auditivo-central/.
Acesso em: 28 out. 2022.

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