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Material Teórico
Deficiência Auditiva
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Deficiência Auditiva
• Deficiência Auditiva.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Estudar a aprendizagem das diferentes manifestações da cultura corporal para as necessi-
dades e potencialidades da pessoa com deficiência auditiva.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Deficiência Auditiva
Deficiência Auditiva
Nesta unidade abordaremos o tema Deficiência Auditiva. Dentro da população
com deficiência, segundo o CENSO (2010), a deficiência auditiva representa 5,10%
da população brasileira, ou seja, 9,7 milhões de pessoas.
Mais de 2,1 milhões de pessoas apresentam deficiência auditiva severa; 344,2 mil
são surdas, e 1,7 milhão têm grande dificuldade de ouvir (IBGE, 2012).
Tabela 1
Deficiência Auditiva
0 a 14 anos 1,3%
15 a 64 anos 4,2%
Acima de 65 anos 25,6%
Fonte: IBGE, CENSO 2010
Para isso, vamos começar definindo o termo Audição: é o sentido que permite
perceber e reconhecer os diferentes sons.
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Lábios
Dentes
Palato Duro
Palato Mole
Língua
Dentes
Mandíbula
Lábios
Figura 1
Fonte: Adaptado de Getty Images
Você deve ter percebido que o ouvido humano é formado por parte externa,
média e interna. Observe na imagem.
Som
Tímpano
Tímpano Estribo
Janela oval
Janela
oval Cóclea
Figura 2
Fonte: Adaptado de Getty Images
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UNIDADE Deficiência Auditiva
Martelo
Músculo temporal
Bigorna
Estribo Canais semicirculares
Hélice Osso temporal
Scapha
Fossa triangular
Cartilagem Tímpano
Tuba auditiva
Meato acústico externo
(canal auditivo)
Figura 3
Fonte: Adaptado de Getty Images
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O som possui características que influenciam a audição, como a propagação, a
intensidade e a frequência.
Uso em excesso do fone de ouvido com som alto causa danos à saúde auditiva. Veja a repor-
Explor
O termo deficiência auditiva muitas vezes é substituído por surdo, devido a um movimento
Explor
Figura 4
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UNIDADE Deficiência Auditiva
• Por que levar meu bebê para fazer o teste da orelhinha? https://bit.ly/2YIBlmd
• Escola de Pais - Teste da Orelhinha e da Linguinha: https://youtu.be/qg2lGXZZhE0
Em relação aos tipos, a surdez condutiva está relacionada aos problemas locali-
zados no ouvido externo ou médio (otites, rolha de cera, acúmulo de secreção vinda
da nasofaringe para o interior do ouvido médio, falta de mobilidade dos ossículos).
Geralmente são perdas reversíveis após tratamento.
Em relação aos graus, a deficiência auditiva pode ser leve - perda auditiva está
entre 26 e 40 dB; moderada - perda entre 41 e 55 dB; acentuada - perda entre 56
e 70 dB; severa - perda acima de 71 e abaixo de 90 dB e profunda - perda acima
de 90 dB. Observe, no link a seguir, alguns exemplos de sons em relação ao nível
de audição.
Explor
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O quarto e último fator, associado ao grau de perda auditiva, influencia direta-
mente na aquisição da língua falada e na educação do indivíduo acometido. É o
período de aquisição, que pode ser pré-lingual, no qual a surdez é congênita ou
adquirida pouco tempo após o nascimento, antes da aquisição da língua; e pode ser
pós-lingual, no qual a surdez ocorre depois da aquisição da língua.
Importante! Importante!
em impulsos elétricos para o nervo auditivo. É um recurso tecnológico eficaz para as pessoas
com deficiência auditiva neurossensorial de grau grave a profundo bilateral, que não apre-
sentam resultados satisfatórios com o uso do aparelho de amplificação sonora.
Leia o artigo em que os autores trazem os resultados funcionais após 10 anos de implante
coclear em crianças pós-linguais (Tanamati et al., Braz J Otorhinolaryngol. 2012; 78(2): 103-
110), disponível em: https://bit.ly/30GS1fW
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UNIDADE Deficiência Auditiva
Somado a isso, lesão nos canais semicirculares do ouvido interno estão relaciona-
das a um prejuízo no equilíbrio e no desenvolvimento motor do indivíduo acometido.
crianças (Lima et al., 2011. Brazilian Journal of Motor Behavior, 2011, Vol. 6, No. 1, 16-23),
disponível em: https://bit.ly/30DQoQb
Programas de atividade física para a pessoa com deficiência auditiva não diferem
de outros. O desenvolvimento motor de crianças com surdez, mesmo com atraso,
costuma seguir os padrões de normalidade e não impede nem acarreta restrições
à prática de atividade física.
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A participação em esportes exclusivos para pessoas com deficiência auditiva
ocorre em função dos aspectos sociais e de comunicação, e não por condições
físicas ou necessidades de adaptações. Infelizmente, muitos ouvintes demonstram
atitudes negativas para com a pessoa com deficiência auditiva.
Você acredita que o ensino da música deve fazer parte das intervenções realizadas com as
Explor
A pessoa com deficiência auditiva possui sua musicalidade interna, a qual devemos
valorizar, além de permitir que ela transmita essa musicalidade. Também é importan-
te possibilitar e estimular o desenvolvimento rítmico da fala, todavia, a musicalidade
é muito mais do que isso, ela é constituinte do ser humano.
Vale lembrar que os estímulos dos aspectos motores e físicos são muito impor-
tantes para o aluno com deficiência auditiva, que muitas vezes pode apresentar a
musculatura respiratória menos requisitada, prejuízo motor (pouco estímulo) e pre-
juízo na capacidade física e equilíbrio.
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UNIDADE Deficiência Auditiva
ser executada, ou a quantidade de pessoas por grupo podem ser indicadas através
de números. O movimento e a tarefa desejados podem ser indicados através de
figuras e demonstrações pelo professor, alunos ou vídeos. Observe na imagem al-
gumas normas de condutas sobre o relacionamento interpessoal entre o professor
e alunos com deficiência auditiva.
Tabela 2
ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR
Em relação à prótese auditiva
Em relação ao relacionamento Em relação à comunicação
(quando houver)
Falar de frente, em velocidade normal,
Enxerga mais a criança que a deficiência; Não mergulhar na água, nem molhar;
quando a criança estiver olhando;
Considerar as limitações, mas enfatizar
Usar frases curtas e simples, mas corretas; Não permitir o uso durante lutas ou acrobacias;
as capacidades;
Usar gestos, se necessário, e
Se informar sobre etiologia, o local e a Incentivar o uso durantes atividades
esforçar-se para entender os gestos
gravidade da surdez; limites. rítmicas (exceto dentro d’água);
das crianças;
Se o molde estiver pequeno para a orelha
Ser paciente e acolhedor, sem deixar
Não utilizar a LIBRAS com o Português; da criança, retirar antes de qualquer
de estabelecer;
atividade física;
Guardar os aparelhos em local seguro para
Aprender LIBRAS;
que não se quebrem ou se misturem.
Fonte: Santos Filha, 2006
Aprendemos que a prática de atividade física para a pessoa com deficiência auditiva é
Explor
muito importante. Agora reflita: existem órgãos responsáveis pelo esporte competitivo
para essa população?
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Tecnologia assistiva é uma realidade! Fique atento para a utilização de recursos tecnológicos
(computador, smartphone, softwares) para a pessoa com deficiência auditiva.
Leia o Artigo Tecnologia Assistiva para captar a atenção de deficientes auditivos e sur-
dos (PLACHEVSKI, 2014), disponível em: https://bit.ly/2HNHtD3
No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é reconhecida como meio legal de comunica-
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Para finalizar, elabore uma atividade que possa ser utilizada nas aulas de Educa-
ção Física (6-14 anos) de uma turma com 22 alunos sem deficiência, e 1 aluno com
deficiência auditiva. Justifique a atividade escolhida. Aponte os principais aspectos
da postura do professor.
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UNIDADE Deficiência Auditiva
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Vendo Vozes: Uma Viagem ao Mundo dos Surdos
SACKS, O.W. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Companhia
das Letras, 2010.
Filmes
A Música e o Silêncio
Longa-metragem, produzido em 1996.
Filhos do Silêncio
Longa-metragem, produzido em 1986.
Leitura
Estudo da Deficiência Auditiva das Crianças do HRAC-USP: Subsídios para uma Política de Intervenção
MONDELLI, M. F. C. G. et al. Estudo da deficiência auditiva das crianças do HRAC-
-USP: subsídios para uma política de intervenção. Sinopse de Pediatria, Bauru, v. 8,
n. 3, out. 2002.
Crianças com e sem Deficiência Auditiva: o Equilíbrio na Fase Escolar
RODRIGUES, A. T.; BERTIN, V.; VITOR, L. G. V.; FUJISAWA, D. S. Crianças com
e sem deficiência auditiva: o equilíbrio na fase escolar. Rev. bras. educ. espec. Marília,
v. 20, n. 2, p. 169-178, jun. 2014.
https://bit.ly/2VNnyZY
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Referências
AMERICAN NATIONAL STANDARDS INSTITUTE - ANSI. (1969). Specifications
for audiometers (S3.6-1969). New York: ANSI.
SANTOS FILHA, D. A. dos. Atividades físicas para surdos. in: Atividades despor-
tivas para Pessoas com Deficiência Auditiva. Curso de capacitação de docentes
da Prefeitura de São Paulo. Instituto Nacional de Educação de Surdos. c 10. v D.
São Paulo, 2006.
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