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Educação Física Inclusiva

Material Teórico
Deficiência Visual

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Dr.ª Nathalia Bernardes

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Deficiência Visual

• Deficiência Visual.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Aprendizagem das diferentes manifestações da cultura corporal às necessidades e poten-
cialidades da pessoa com deficiência visual.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Deficiência Visual

Deficiência Visual
Caros alunos, nessa unidade abordaremos o tema Deficiência Visual. Dentro da
população com deficiência, segundo o CENSO (2010), a deficiência visual repre-
senta 18,60% da população brasileira, a mais prevalente na população.

Observe no quadro a divisão da população com deficiência visual por diferentes


faixas etárias.

Tabela 1
Deficiência Visual
0 a 14 anos 5,3%
15 a 64 20,1%
Acima de 65 anos 49,8%
Fonte: IBGE, CENSO 2010.

A deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade


visual, em ambos os olhos, avaliada após a melhor correção ótica ou cirúrgica,
levando o indivíduo a uma limitação em seu desempenho habitual.

A avaliação da deficiência visual é realizada pelo médico oftalmologista, com base


em algumas funções visuais, dentre as quais podem ser destacadas: acuidade visual,
campo visual, binocularidade, sensibilidade à luz e ao contraste e visão para cores.

Acuidade visual é a capacidade de visualizar forma e contorno dos objetos. A ta-


bela de Snellen é um famoso recurso usado para avaliação da acuidade visual em
pessoas alfabetizadas. Para pessoas não alfabetizadas, existe a carta em E.

O campo visual é a área que é visível com os olhos fixados em determinado


ponto, o teste de Campimetria pode ser utilizado para avalição.

Binocularidade, se refere à visão tridimensional, capaz de nos interpretar a ava-


liação das distâncias. O teste de Estereopsia, pode avaliar a visão tridimensional.

A percepção e a projeção luminosa é a capacidade de distinguir claro e escuro


em origem do foco luminoso. A tabela do VCTS 6500 (Vistech Consultants, INC),
mede a sensibilidade ao contraste, O MCT 8000 (Vistech Consultants, Inc) mede
a sensibilidade ao contraste e o ofuscamento.

Trocando ideias... Importante!


Queridos alunos, antes de discutirmos os diferentes tipos de classificação que a defici-
ência visual recebe, vamos aprender a anatomia e a fisiologia do sistema visual? Estão
prontos! Vamos lá!!!

Nas estruturas do olho podemos observar o cristalino, que como uma lente
faz adaptações necessárias para a visão. Temos a retina que contém as células

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fotossensíveis que são responsáveis por detectar as cores e os estímulos lumi-
nosos. Há também a córnea, primeira superfície que a luz atravessa. E por fim,
os nervos ópticos, que transportam as informações entre a retina e o cérebro.
Observem a imagem!

Anatomia do Olho Humano

Esclera
Retina
Ligamento Coróide
suspensório

Córnea Macula

Humor Artéria e veia


aquoso central da retina

Pupila

Lentes Nervo
Íris óptico
Corpo Ora Canal
ciliar serrata Hialóide

Cavidade
posterior

Figura 1 – Anatomia do olho humano


Fonte: Adaptado de Getty Images

Então para enxergamos, todas essas estruturas precisam estar saudáveis para
funcionar da forma correta.

Como Enxergamos – Anatomia do olho – Clínica Franca Visão.


Explor

Disponível em: https://youtu.be/0TGo7LPOGm4

Os vários tipos de classificação da deficiência visual são baseados em quatro


parâmetros:
• legais: para efeito de elegibilidade em programas de assistência e obtenção de
recursos da previdência social;
• clínicos: para diagnóstico, tratamento e acompanhamento médico especializado;
• educacionais: baseada nos recursos necessários ao processo de ensino-
-aprendizagem;
• esportivos: como critério de divisão em diferentes categorias para competi-
ções e eventos desportivos.

Na classificação educacional temos dois tipos: baixa visão ou cego.

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UNIDADE Deficiência Visual

A baixa visão é quando o indivíduo possui dificuldade em desempenhar tarefas


visuais com o uso de lentes corretivas, mas melhora esse desempenho com estraté-
gias visuais compensatórias (lupas, computadores etc.).

Veja no vídeo a inclusão de um aluno com deficiência, que começa a estudar só aos 12 anos
Explor

e supera expectativas. Disponível em: https://youtu.be/xHmE5ZzPNjo

Cegueira é quando a percepção de luz, apesar de auxiliar, é insuficiente


para aquisição de conhecimento por meio visual, é necessário a utilização do
sistema Braille.

Escolas adotam estratégias para ensinar alunos com deficiência visual.


Explor

Disponível em: https://youtu.be/2zTLFCfdgME

Você Sabia? Importante!

O Braille foi criado por Luís Braille. São 63 sinais formados por uma combinação de até
6 pontos.

Figura 2
Fonte: Getty Images

Na classificação esportiva, temos três tipos, B1, B2 e B3 (Blind, cedo em


inglês). B1 o indivíduo não consegue perceber a luz ou as formas a qualquer dis-
tância. No B2 o indivíduo possui visão inferior a 2/60 m e consegue perceber

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formas, no melhor olho ou campo visual inferior a 5 graus. E no B3 o indivíduo
tem a visão maior que 2/60 m até 6/60 m, no melhor olho ou um campo visual
entre 5 e 20 graus.
Explor

IBSA – International Blind Sports Federation: http://bit.ly/2ZJ2gTg

É necessário atenção com o crescimento e com o desenvolvimento da pessoa


com deficiência visual, considerando todos os campos como o educacional, o
intelectual, o físico-motor e o social.

Isso porque a pessoa com deficiência visual pode apresentar características como
maneirismo, dificuldades e dependência para locomoção, bem como algumas pe-
culiaridades com a percepção sensorial.

Devido à falta do estímulo sensorial da visão, outras vias sensoriais são e preci-
sam ser estimuladas. Já foi demonstrado que ocorre plasticidade neural em indiví-
duos cegos, decorrente desses estímulos.

Dentre as características do deficiente visual, podemos destacar a locomoção in-


segura, prejuízo na consciência corporal, problemas posturais e insegurança. Tudo
isso leva a um comprometimento no equilíbrio, na coordenação, na agilidade, no
controle corporal e no desenvolvimento motor.

Devido a esses fatores, o sedentarismo acaba sendo um importante fator de ris-


co encontrado na população com deficiência visual. Já foi elucidado baixo nível de
aptidão física, menor consumo de oxigênio máximo, combinação de movimentos
e equilíbrio limitados.

Neste contexto, fica evidente a importância da Educação Física para a pessoa


com deficiência visual.

Devemos trabalhar orientação espacial visando a orientação e mobilidade, es-


timular os sentidos remanescentes, desenvolver referenciais espaciais, bem como
mapa espacial.

Além disso, as habilidades sociais são fundamentais para inclusão desse indi-
víduo. Trabalhar expressão facial, saudações, maneirismos, estimular e encarar o
interlocutor, além de indicações para noção de técnicas a mesa, higiene e vestuário.

O professor deve ter atenção aos sistemas de informação, em relação aos es-
tímulos auditivos (verbal e sinalética) e táteis (direto e indireto) no momento das
intervenções. Lembrando que a interação dos estímulos e a recepção do sujeito
estão relacionados ao foco de atenção, considerar o desenvolvimento motor do indi-
víduo e a exigência da atividade, bem como, ao nível de complexidade da atividade
proposta, que está relacionado ao nível de desenvolvimento do aluno. Por isso é
necessário atenção na elaboração e na aplicação das atividades propostas à pessoa
com deficiência visual.

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As estratégias pedagógicas que podemos utilizar são: dirigir-se ao aluno com de-
ficiência visual chamando-o sempre pelo nome, antecipar verbalmente suas ações
para não surpreender ou assustar o aluno; é importante mapear o espaço físico
que será utilizado.

Inicialmente é aconselhável trabalhar em círculo, fileiras ou colunas; é importante­


transmitir afetividade por gestos e palavras.

A percepção tátil, por meio do toque, e a percepção sinestésica, pela condução


do aluno, podem ser utilizadas para reconhecimento do movimento desejado. Aten-
ção, quando for tocar o aluno durante a explicação do movimento, é importante
avisá-lo antes.

É preciso estimular a movimentação e o deslocamento do deficiente visual,


­assegure um ambiente adequado para isso. Incentive novos movimentos, ofereça
­feedback corretivo, apesar do aluno que adquiriu a deficiência não ter atraso no
desenvolvimento motor ele pode aperfeiçoar o movimento e no caso de deficiência
congênita, no qual é comum esse atraso decorrente da superproteção e da falta de
estímulo para o desenvolvimento motor, o feedback é essencial.

A assimetria devido à ausência da busca visual e da manutenção da cabeça em


sustentação podem levar a alterações posturais. Por isso, é importante propor ati-
vidades para regulação de postura e tônus muscular.

Alteração na imagem corporal pode acontecer devido à relação do sentido


visual com o sensório-motor correspondente ao esquema corporal. Assim, pro-
mover ganhos na consciência corporal através do estímulo das capacidades per-
ceptivas é importante.

A visão também tem função no sistema proprioceptivo e vestibular, dessa forma


o deficiente visual pode apresentar dificuldades no equilíbrio, por tanto, atividades
que estimulem o balaço corporal, saltos, deslizes, giros, que explorem o sentido
cinestésico são positivas.

Para os déficits na orientação espacial, é indicada a utilização de pistas sensoriais


para estimular o domínio espacial, incentive o reconhecimento do ambiente.

Devido à propriocepção do contato dos pés com o chão, o aluno com defici-
ência visual, possui uma dificuldade de perder esse contato, por isso alterações na
marcha são comuns. É necessário garantir segurança nos deslocamentos iniciais,
incentive deslocamentos diferentes, transposição de obstáculos diferentes.

Conforme discutido anteriormente, o baixo condicionamento físico da pessoa


com deficiência visual leva à necessidade de criar oportunidades para realização
de atividade física. Incentive o engajamento do seu aluno!

Em relação ao maneirismo, que prejudica a interação social e gera risco de lesão,


é necessário oferecer outros estímulos vestibulares e proprioceptivos para tentar
reduzir esse comportamento da pessoa com deficiência visual.

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A orientação e a mobilidade da pessoa com deficiência visual são itens de extrema
importância. As principais técnicas são a autoproteção, guia vidente, locomoção inde-
pendente (com o uso de bengala longa e emprego das técnicas de Hoover) e Cão-guia.

Para atender militares cegos, egressos da segunda guerra na década de 40, Richard
Hoover criou uma técnica de locomoção através da exploração de sensações tá-
teis pela ponta da bengala. Criou também um modelo padrão de bengala, longa e
branca com a extremidade vermelha ou amarela em forma de alerta, que é utilizado
até hoje. Atualmente, a bengala branca é um símbolo de independência e autono-
mia, o seu dia internacional é em 15 de outubro.

Para a locomoção com guia vidente, observe nas imagens algumas dicas básicas
em diferentes situações. A pessoa com deficiência visual deve segurar no braço
do guia na altura do cotovelo, no punho ou mesmo no ombro, dependendo da
diferença de estatura entre ambos.

Caminhando Juntos– Manual das habilidades básicas de Orientação e Mobilidade.


Explor

Disponível em: http://bit.ly/2UzoX7m

É importante entendermos que a Educação Física deve buscar formação e atuar


como agente estimulador na utilização de habilidades e de técnicas de orientação e
de mobilidade, proporcionando para a pessoa com deficiência visual a participação
plena em atividades sociais, escolares e profissionais.

Se tratando de inclusão, a áudio-descrição tem um papel de destaque, é um


recurso de acessibilidade que permite as pessoas com deficiência visual assistir e
entender melhor filmes, peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras,
musicais, óperas e outros, ouvindo o que pode ser visto por profissionais com for-
mação específica.

Não podemos esquecer da tecnologia assistiva, que também tem contribuído


para a inclusão. Temos pesquisas com olho biônico, implante na retina com recep-
tor de sinais elétricos que emite pulsos para o nervo óptico (ex.: Argus 2), óculos
inteligentes que através de um aplicativo móvel, consegue identificar situações visu-
ais problemáticas e fazer o auto ajuste das imagens (ex: Relúmĭno) e os aplicativos
que ajudam na locomoção (ex: Soundscape).

Vamos aprender agora um pouco sobre as modalidades esportivas para o defi-


ciente visual.

O futebol de 5, exclusivo da deficiência visual, é a modalidade em que a equipe


brasileira é a melhor do mundo desde a sua primeira participação nas paralimpí-
adas em 2004. São 5 jogadores em cada time, o goleiro é vidente e os demais
jogadores utilizam venda nos olhos. Há um chamador para auxiliar e a bola possui
guizos, são utilizadas as regras de Futsal com pequenas diferenças.

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UNIDADE Deficiência Visual

Explor
Conheça as regras do Futebol de 5, disponível em: https://youtu.be/PsNeLD1N2Pg

No goalball, os atletas são ao mesmo tempo, arremessadores e defensores.


As equipes são formadas por três titulares e até três reservas; todos vendados.
A bola possui guizos e é mais ou menos do tamanho da de basquete. A equipe
brasileira masculina é prata nas paralimpíadas de 2012 e bronze em 2016.
Explor

Aprenda a ensinar: goalball – Transforma, disponível em: https://youtu.be/u7Zv_3P8woo

O judô, também é uma modalidade paralímpica para os deficientes visuais.


O Brasil tem medalhas em diferentes categorias nas últimas paralimpíadas. Antônio
Tenório, foi ouro em 2004 e 2008.
Explor

Judô Adaptado, disponível em: https://youtu.be/WGXBzfFimUs

A natação, assim como o atletismo e o basquete em cadeira de rodas, está pre-


sente no programa oficial de competições desde a primeira paralimpíada em 1960.

Na natação as adaptações para o deficiente visual são feitas nas largadas, nas
viradas e nas chegadas. Os nadadores recebem um aviso do “tapper”, por meio de
um bastão com uma ponta de espuma, quando estão se aproximando das bordas.
A classificação utilizada é: S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13.
As classes sempre começam com a letra S (swimming) e o atleta pode ter classifi-
cações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM=costas, borboleta, peito
e crawl).

Há também o ciclismo com diferentes provas, a classificação do deficiente visual


é chamada tandem, a bicicleta tem dois assentos: na frente vai um ciclista não-
-deficiente visual e no banco de trás, o atleta com deficiência visual.

JMD (270118) – Paraolimpíadas vai incluir deficientes visuais nas competições de ciclismo.
Explor

Disponível em: https://youtu.be/pqa9FZBGmak

No atletismo, os atletas com deficiência visual tem a classificação nas provas de


pista T11, T12, T13 e nas provas de campo F11, F12, F13. Os atletas das classes
B1 e B2 possuem um atleta-guia que corre ao lado ligado a uma corda no punho
ou na mão. Nas provas de saltos e de lançamentos são utilizados sinais acústicos
e orientações verbais do guia. O Brasil conquistou várias medalhas no atletismo
em 2016 nos jogos paralímpicos.

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Explor
Atleta-guia Newton Vieira de Almeida Júnior, disponível em: https://youtu.be/OqCjTiOLXiA

É importante ressaltar que existem outras modalidades esportivas, não paralím-


picas para a pessoa com deficiência visual.

O powerlifting é um tipo de levantamento de peso que consiste em três movi-


mentos: supino, agachamento e o terra, valendo a melhor tentativa de 3 chances
para cada movimento.

O volbol é um exemplo de que muitas atividades esportivas podem ser adapta-


das para que as pessoas com deficiência visual possam praticá-las com segurança.
Explorem no vídeo as informações sobre um exemplo de adaptação do voleibol
para a pessoa com deficiência visual.
Explor

Volei adaptado para cegos, disponível em: https://youtu.be/b5iGI-wXRfI

De fato, outras atividades podem ser adaptadas com segurança para o deficiente
visual. Adaptações com pandeiros e delimitações tornam possível os diferentes es-
tímulos do simples andar de bicicleta para o indivíduo.
Explor

Projeto esportivo ensina ciclismo para deficientes visuais: https://youtu.be/GSlCWBkxZ-c

Vale discutirmos ainda a múltipla deficiência surdo-cego, no qual o indivíduo


possui as duas deficiências. Neste caso, você irá precisar utilizar os conhecimentos
outros conhecimentos.
Explor

Os desafios da surdo-cegueira, disponível em: https://youtu.be/jYSXJMyp-Tc

Adapte o jogo “detetive, vítima e assassino” para incluir uma pessoa com deficiência visual.

Concluindo, fica evidente que o profissional de Educação Física deve promover


estímulos adequados e com segurança para o desenvolvimento da pessoa com de-
ficiência visual, proporcionando maior orientação e mobilidade nos diferentes espa-
ços, bem como o aumento de repertório motor e maior convivência em sociedade.

Você Sabia? Importante!

Pesquisadores da Universidade de St. Andrews, na Escócia, sugerem que não são neces-
sários dois olhos para uma visão tridimensional (VISHWANATH & HIBBARD 2014).

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Instituto Benjamin Constant
http://bit.ly/2ZJRZX4

Livros
Atividade física adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais
GORGATTI, M. G.; COSTA, R. F. Atividade física adaptada: qualidade de vida para
pessoas com necessidades especiais. 2. ed. rev. e ampl. Barueri: Manole, 2008.

Filmes
Além dos Meus Olhos (Eye on the Sparrow)
Ano: 1987;
País de Origem: EUA;
Duração: 94 minutos;
Direção: John Korty.
Janela da Alma
Ano: 2001;
País de Origem: Brasil;
Duração: 1h 13min;
Direção: João Jardim e Walter Carvalho.

Leitura
A Variação da Acuidade Visual durante Esforços Físicos em Atletas com Baixa Visão
OLIVEIRA FILHO, C. W. A Variação da Acuidade Visual durante Esforços Físicos
em Atletas com Baixa Visão. Dissertação de Mestrado, Universidade de Campinas,
2002.
http://bit.ly/2ZN3GfA
Seeing in 3-D With Just One Eye: Stereopsis Without Binocular Vision
VISHWANATH; H. Seeing in 3-D With Just One Eye: Stereopsis Without Binocular
Vision. Psychological Science. 24(9). 1673-1685, 2014.
http://bit.ly/2ZN3IUK

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