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Processamento Auditivo

Processamento auditivo são os mecanismos e processos do sistema auditivo


responsáveis pelos seguintes fenômenos comportamentais: localização e lateralização
sonora; discriminação auditiva; reconhecimento de padrões auditivos; aspectos temporais
da audição, incluindo resolução temporal, mascaramento temporal, integração temporal e
ordenação temporal; desempenho auditivo na presença de sinais competitivos e
desempenho auditivo com sinais acústicos degradados. (ASHA, 1996/2000)

Distúrbio do processamento auditivo

Um distúrbio do processamento auditivo é uma deficiência observada em um ou


mais dos comportamentos auditivos citados anteriormente. (ASHA, 1996/2000)
DPA não é um rótulo de uma entidade patológica única, mas sim uma descrição de
déficits funcionais e pode ser observada em uma população clinica variável coexistindo
com outros distúrbios, como por exemplo, TDAH, distúrbio de aprendizagem, distúrbio do
desenvolvimento de linguagem. (CHERMAK E MUSIEK, 1997)

Tipos de Disfunção

Distúrbio neurofisiológico (65-70%); atraso maturacional (25-30%); doenças


neurológicas e degenerativas (5%) (CHERMAK E MUSIEK, 1997).

Prevalência

Crianças (2-3%); adultos (10-20%); idosos acima de 60 anos (70%) (YELLIN,


2004).

Manifestações

 Comporta-se como tivesse uma deficiência auditiva periférica;


 Disperso;
 Desempenho verbal defasado;
 Requer organização em sala de aula;
 Dificuldade em seguir tarefas complexas;
 Habilidade em leitura e soletração reduzida;
 Histórias de otite ou seqüelas otológicas;
 Pobre habilidade musical, motora grossa e fina (BELLIS, 1996).

Manifestações – Comunicação oral

 Fala com alteração fonoarticulatória;


Troca de R/L;
 Dificuldade na linguagem expressiva;
 Dificuldade em regras da língua;
 Dificuldade em entender palavras com duplo sentido (PEREIRA,1996).

Manifestações – Comunicação escrita

 Inversão de letra, disgrafia;


 Dificuldade na consciência fonológica (PEREIRA,1996).

Manifestações – Comunicação social

 Agitação;
 Dispersão;
Tendência ao isolamento (PEREIRA,1996).

Manifestações – Desempenho escolar

Alterações de leitura;
 Dificuldade em matemática (soluções de problemas) (PEREIRA,1996).

Manifestações – Audição

Limiares auditivos normais;


Memória auditiva comprometida (PEREIRA,1996).

Terapia para Distúrbio do Processamento Auditivo

Pesquisas tem demonstrado que tanto a plasticidade como a maturação são em parte
dependentes da estimulação, uma vez que a estimulação e a experienciação ativam e
reforçam vias neurais especificas. (AOKI E SIEKEVITZ,1988; CHERMAK E MUSIEK,
1992).
Por esta razão, recomenda-se a implementação de um programa de intervenção nas
desordens do processamento auditivo, assim que o diagnóstico tenha sido confirmado, para
assegurar máxima eficiência (AOKI E SIEKEVITZ,1988; CHERMAK E MUSIEK, 1992).
A terapia deve fornecer a criança oportunidade para aprender a escutar com atenção
e a processar os estímulos verbais para que possa compreender a conversação em diferentes
situações e ambientes (PEREIRA, 1996).
A abordagem de terapia recomendada é a unissensorial com treinamento especifico
das habilidades auditivas seguindo a hierarquia que estabelece quatro níveis de
complexidade crescente (EDWARDS E ESTABROOKS, 1994).
1. Detecção;
2. Discriminação;
3. Reconhecimento;
4. Compreensão.

Nível 1: Detecção

Habilidade em responder à presença e ausência do som.


Atenção aos sons: a criança deve aprender a ficar atenta aos estímulos verbais e
fornecer respostas aos sons.

Localização da fonte sonora: a criança deve ser treinada a localizar sons verbais
produzidos em diferentes direções (lado D/lado E, encima/embaixo, frente/trás) a diferentes
distancias.

Nível 2: Discriminação

Habilidade de perceber semelhanças e diferenças entre sons verbais. A criança


aprende a responder diferentemente a diferentes sons.

Nível 3: Reconhecimento/identificação

Habilidade em identificar estimulo verbal que pode ser realizada apontando figuras
ou palavras escritas que o representem ou repetindo o que foi ouvido.
O reconhecimento pode ser realizado identificando-se aspectos supra-
segmentais (freqüência, intensidade e duração) e aspectos segmentais da língua
(vogais, consoantes, palavras e frases).

Nível 4 : Compreensão

Habilidade de entender o significado da fala respondendo a questões, seguindo


instruções, parafraseando e participando da conversação.
Histórias Sonoras

Restão do pessoal da teoria: Vcs acham que precisa explicar as historias sonoras...

Objetivo Geral:

Adequar as habilidades do processamento auditivo.

História 1 Grupo Adriana

1. Objetivo Específico

Trabalhar a habilidade de ordenação temporal para sons não verbais.

Estratégias
 Identificar os sons encontrados na história, apresentados de forma isolada.
Posteriormente, o paciente deverá ouvir alguns sons da história em seqüência
para descrever a ordem em que eles apareceram.
 Escutar a história completa sem apoio visual e contá-la aos terapeutas. Ao final,
mostrar a história com as figuras para verificar o desempenho do paciente.
 Apresentar uma seqüência de sons ao paciente. Ele então deverá indicar as
figuras referentes aos sons.
 O paciente escutará alguns sons e deverá elaborar uma nova história respeitando
a ordem em que eles foram apresentados.

2. Objetivo Específico
Promover discriminação auditiva com competição sonora.

Estratégias
 Mostrar várias figuras, uma de cada vez, e pedir ao paciente para que
identifique o som correspondente, dentre os sons apresentados, sendo que
haverá ruído de fundo (rádio fora de estação) durante todo o processo.
 Apresentar alguns sons da história com ruído competitivo e pedir para que o
paciente os identifique.

História 2 Grupo Poli

1. Objetivo específico

Estimular a identificação e o reconhecimento de sons não verbais.

Estratégia
 apresentar separadamente os sons presentes na história e pedir para que o
paciente aponte a figura correspondente ao som.

2. Objetivo específico

Trabalhar memória seqüencial e compreensão.

Estratégia
 apresentar todos os sons da história em seqüência e pedir para que o paciente
relate o que entendeu da história de sons.

3. Objetivo específico

Trabalhar a atenção seletiva.

Estratégia
 apresentação da história completa e em seqüência com ruído de fundo. O
paciente terá ordenar as figuras correspondentes à seqüência da história na
medida em que esta é apresentada.

4. Objetivo específico

Trabalhar a memória verbal

Estratégia
 a história será narrada e gravada previamente pelo terapeuta. Este irá apresentá-
la ao paciente pedindo conte quantas vezes determinada palavra apareceu na
historia.

História 3 Grupo Juliana

1. Objetivo específico
Identificar e reconhecer os sons da história.

Estratégia
 Os sons serão apresentados isoladamente, sem apoio visual. A cada som
apresentado, os terapeutas devem investigar por meio de questões dirigidas ao
paciente, se houve a compreensão desses sons e, em seguida, terapeutas e
pacientes deverão discutir que o que eles representam. Os terapeutas devem,
além disso, questionar em que situações e locais pode-se ouvir aquele
determinado som e pedir para que o paciente repita o mesmo.

2. Objetivo específico
Associar o som a seu representante concreto

Estratégia
 Primeiramente, os terapeutas apresentarão os sons ao paciente e retomarão o
significado de cada um. Depois, devem ser mostradas e explicadas ao paciente,
várias figuras selecionadas, cada uma representante de um som contido na
história. Feito isso, deve-se pedir ao paciente que associe as figuras a seus sons
correspondentes. Caso o paciente apresente dificuldade, os terapeutas poderão
auxiliá-lo.

3. Objetivo específico
Compreensão da história

Estratégia
 Apresentar fragmentos sonoros da história e discutir com o paciente todos os
acontecimentos relacionados, a este fragmento, por meio de perguntas
direcionadas.
Exemplo: “Essa é a história do Pedrinho, um menino muito sonhador. Um dia ele
sonhou... (música marcha soldado)”.
- O que o menino estava fazendo?
- Onde o menino estava?
- O que aconteceu enquanto ele estava dormindo?
- O menino sonhou que era o quê?
- O que o soldadinho estava fazendo no sonho?
Para cada trecho, novas questões devem ser levantadas, sendo que o tamanho do
trecho a ser apresentado, bem como as perguntas a serem realizadas serão
determinados pelos terapeutas e pelas dificuldades apresentadas pelo paciente.

4. Objetivo específico
Otimizar a compreensão, a memória e estimular a criatividade.

Estratégia
 A parte auditiva da história será apresentada por inteiro. A partir dela, o sujeito
irá colocar em seqüência as figuras que foram anteriormente trabalhadas na
terapia. Após a seqüencialização, o sujeito deverá recontar a história, podendo
até, ao final desta atividade, dar continuidade à narrativa.

Está faltando a Historia do Grupo Carol e Luanda.

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