Você está na página 1de 3

UNITPAC – Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos

Medicina

TEMA: Paisagem Sonora

ALUNO: Rubia de Souza da Silva


MÓDULO: TIC’S
PROFESSOR: Mário de Souza Lima
PERÍODO: 2º

Araguaína/ TO
Março/2023
Como, do ponto neurofisiológico, realizamos a localização de uma
fonte sonora?

O som é um tipo de energia mecânica, resultado da transmissão de energia de


partículas de ar em vibração, de uma fonte sonora em direção a partes mais distantes.
A orelha externa possui a função de coletar e encaminhar as ondas sonoras até a
orelha média, auxiliando na localização da fonte sonora, que consiste na impressão de
volume sonoro causada pela aplicação de pressão sobre as orelhas. De forma geral, a
audição humana utiliza vários indicadores para localizar uma fonte sonora no espaço.
A percepção da direção dos sons é um fenômeno que ocorre de maneira
inconsciente e está presente desde cedo no ciclo de vida humano, sendo uma função
relacionada com a sobrevivência. Para que ocorra a percepção da direção do som deve
haver a discriminação de diferenças muito sutis de intensidade, frequência e tempo.
Geralmente, a localização sonora espacial depende da análise das diferenças, com
fontes sonoras acontece, sobretudo, pela influência de características físicas da onda
sonora, que geram diferenças no espectro dessa onda entre as orelhas, as chamadas
diferenças interaurais. Assim, dois fatores principais aparecem, as diferenças de fase
entre as orelhas, diferença interaural (DTI) e as diferenças de intensidade entre as
orelhas, diferença de intensidade interaural (DII).
O padrão de comparação das pressões entre as orelhas direita e esquerda é a
diferença de intensidade interaural (DII), com limiar de aproximadamente 0,5 dB (9-
11). A localização por DII é melhor quando a frequência do som possui ondas com
comprimentos inferiores ao diâmetro da cabeça – 17,5 cm (2000 Hz) – provocando
uma diferença de pressão entre as orelhas, denominado efeito sombra. Entretanto,
este só tem bom funcionamento para frequências superiores a 4000 Hz (comprimento
de onda aproximadamente duas vezes menor que o diâmetro da cabeça). Este tipo de
localização é mais eficiente quando a sombra resulta em uma diferença interaural de
mais de 20 dB. A excitação auditiva varia logaritmicamente, então, a intensidade
sonora deve ser medida através do logaritmo da pressão ou da intensidade de energia.
RELAÇÃO TEÓRICO – PRÁTICA
Por volta dos 6 meses de idade um bebê já é capaz de localizar os sons a sua
volta, caso isso não ocorra é um forte indicativo de problemas auditivos. A verificação
em adultos, se dá por meio do exame físico e devem ser realizados testes para a medir
a capacidade auditiva, de diferenciar sons, entre outros fatores. Caso o paciente tenha
alguma dificuldade nesse processo, pode-se gerar hipóteses acerca de defeitos ou
deficiências em uma das partes do ouvido: externo, médio ou interno. Logo, o estudo
sobre os sistema audito não pode ser negligenciado, pois está intimamente
relacionado com a percepção de localização e mundo, de luta ou fuga, infindamente
importante na vida e sobrevivência do ser humano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROCHA, Luciana et al. Localização de fontes sonoras: a importância das diferenças dos
limiares auditivos interaurais. 2018.
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma abordagem Integrada, 7ª Edição. Artmed,
2017.
GUYTON, A.C e Hall J.E. – Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 14ª ed., 2018.

Você também pode gostar