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MUSICOTERAPIA

A Musicoterapia, na verdade é a terapia que tem como propósito, por meio dos
componentes como ritmo, melodia e harmonia, auxiliar no tratamento dos distúrbios de
natureza orgânica , psíquica, emocional e cognitiva, entre eles inclui-se as crianças com autismo.
Os contributos da musicoterapia trazem ao universo da criança com autismo efeitos que
tendem a agir no âmbito da interação social, das relações interpessoais, da transmissão de
informações, do conhecimento, da criatividade entre outros benefícios.
A destacar a música como instrumento norteador a ser aplicado pelo musicoterapeuta
é importante compreender que ela atua na mente humana harmonizando os hemisférios
cerebrais e consequentemente equilibrando o pensamento, emoções e sentimentos, por isso é
que durante a anamnese realizada pelo profissional, sempre se pergunta quis ritmos, ou
música a criança autista que fará terapias tem preferência.
Essa técnica tem haver com os sentimentos e emoções que a música desperta na
criança, em especial nos autistas, onde eles(as) sempre tem preferência por essa ou aquela
música, ou ritmo musical. É preciso considerar ainda que há autistas ainda com
hipossensibilidade em que tem muita dificuldades em conseguir processar os estímulos
externos, de forma que ele precisa de um contato maior com os itens que manipula para
conseguir trabalhar com ele.
A intervenção terapêutica, seja em qual campo for busca sempre resignar conceitos e
reatar relações emocionais com os elementos que se apresentam e que se mostram
dificultosos para os indivíduos. Os espaços internos por serem construídos por imagens e
sensações, permeados pelos mais diferentes afetos, tendem a ligar-se a aspectos que
possibilitem a expressão desses elementos internos. A música tende a ligar a criança com
autismo para além do universo em que ele está inserido.
A musicoterapia consiste em um modelo de intervenção que se utiliza da música como
um recurso central para reduzir alterações de comportamento e de desenvolvimento. Os
musicoterapeutas costumas utilizar de instrumentos e vozes para que a criança possa ser
envolvida com os cantos e simultaneamente realizarem atividades que promovam as habilidades
de ritmo, escuta, revezamento, combinação, compartilhamento, por meio de movimentos
estruturados. O campo da música costuma fascinar alguns indivíduos com TEA (Transtorno do
Espectro Autismo) possibilitando a associação de melodias a um interesse maior da criança e
a sua atenção social.
Cabe destacar ainda que a estrutura base do neurônio e parte dos elementos que o
compõem, serve de fundamento para as constantes modificações do corpo. Diferentemente do
que se pensava, o sistema nervoso, desde a sua pequena porção celular - o neurônio até as
grandes redes sinápticas está em constante alteração, e transformação morfológica e
fisiológica. O desempenho ao longo do ciclo de desenvolvimento humano, é passivo de
modificação, tanto no nível celular quanto no nível das conexões mais complexas.
E, é justamente por meio da musicoterapia que se busca o desenvolvimento das redes
sinápticas nos autistas onde cada uma das crianças atendidas nas sessões de musicoterapia
tem uma especificidade diferente uma da outra, por isso o profissional da musicoterapia
precisa está atento as suas necessidades e ao seu desenvolvimento, que está sempre em
constante modificação.
Infelizmente, a realidade das famílias brasileiras é bem aquém das condições financeiras
necessárias a essa terapia (musicoterapia) que cientificamente comprovada, traz diversos
benefícios ao universo da criança com autismo.
A musicoterapia surge como uma das variantes disponíveis a evolução da comunicação
dos autistas, tanto os verbais, quanto os não-verbais. Atualmente há indicação de profissionais
como neurologistas e neuropsiquiatrias referendando a musicoterapia como uma terapia
essencial ao desenvolvimento dos autistas. Por essa razão, Brites (2019) classifica a
musicoterapia é um modelo de intervenção que se utiliza da música como recurso central para
reduzir alterações de comportamento e de desenvolvimento. Muitas pessoas com TEA tem um
fascínio particular pela atividade musical e podem associas as melodias a um maior interesse e
atenção social. A sonoridade provida pela música, contribui consideravelmente ao
desenvolvimento dos autistas, elevando a sua autoestima e socializando-o ao universo atual.
A música tem de fato a capacidade de interagir ao universo da equidade os
considerados “normais e anormais”. Dentro desse prognóstico Benenzo (1988) nos certifica que
“O ser humano não é corpo e mente, ou corpo mais mente, nem psique e soma, ou psique e
alma, nem matéria e espirito, é um todo e a Musicoterapia ( que praticamente, entre todas as
especialidades medicas utiliza elementos abstratos que não se veem e que somente se
percebem como transtorno do tempo) é a técnica que mais se dirige a totalidade do indivíduo”,
ou seja, a música é o complemento da alma do ser humano.
Profissionais graduados em Terapia Ocupacional foram os primeiros a buscas a estudar
os benefícios da Musicoterapia e sua aplicabilidade com autistas, posterior a isso, profissionais
de outras áreas como educadores, buscaram especialização em Musicoterapia e passaram a
desenvolve técnicas que pudessem contribuir com o universo dos autistas, sendo uma opção de
tratamento.
A princípio Benenzo (1988) ressalta que “A comunicação terapêutica difere da ordinária no
fato de que o terapeuta não obtém na gratificação do prazer de comunicar-se como seu
paciente, mais da satisfação inerente a ganhar a vida e colocar em prática a sua habilidade. É o
processo da comunicação dentro do grande mundo do contexto não verbal”, logicamente que os
autistas não-verbais tem sido o foco maior dos musicoterapeutas, pois o universo da música
tem contribuído para o desenvolvimento da fala dos autistas. Quando se fala em Musicoterapia
é preciso desmistificar essa história de que a música é somente entretenimento e diversão, a
música de fato aborda diversos elementos que podem desenvolver nos autistas além dos
elementos auditivos, a concentração, a interação e socialização de variante importantes ao seu
progresso. A música ultrapassa gerações e entrelaça o ser humano de tal forma que lhe
proporciona elementos essenciais ao seu desenvolvimento, por essa razão os autistas se
adaptam tão bem as terapias em que a musicoterapia está envolvida.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RUUD, Even. Caminhos da musicoterapia. São Paulo. Editora Summus, 2010
BENENZO, Polando. Teoria da Musicoterapia: contribuições ao acolhimento do contexto não
verbal. São Paulo: Summus, 1988.
BRITES, Luciana. Mentes Inicias. São Paulo: Editora Gente, 2019.

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