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FACULDADE CIDADE DE JOÃO PINHEIRO

RAFAEL FERREIRA BARBOSA PRATES

GILMAR ANTONIASSI JUNIOR

A MÚSICA COMO RECURSO PSICOTERAPEUTICO NA


INTERVENÇÃO DE GRUPOS COM PACIENTES DO CENTRO DE
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
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JOÃO PINHEIRO - MG
2022

RAFAEL FERREIRA BARBOSA PRATES

AVALIAÇÃO DA ADEQUABILIDADE DAS AMOSTRAS DE CITOLOGIA


REALIZADAS NO MUNICÍPIO DE PATOS DE MINAS - MG ATRAVÉS DE
LAUDOS DE UMA CLÍNICA ESCOLA.

A MÚSICA COMO RECURSO PSICOTERAPEUTICO NA


INTERVENÇÃO DE GRUPOS COM PACIENTES DO CENTRO DE
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

JOÃO PINHEIRO - MG
2

2022
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As políticas de saúde mental brasileiras da atualidade originam se de


mobilizações e lutas visando mudanças no cenário de exclusão e aprisionamento
das pessoas com transtornos mentais. A partir do processo de ampliação da
Reforma Psiquiátrica (RP) surge a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que
passa a integrar o Sistema Único de Saúde a partir de 2011 com a finalidade de
articular os pontos de atenção a saúde para com as pessoas em sofrimento metal
e/ou usuárias de drogas; sendo a prestação de serviço estruturada em Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS), podendo ser de três tipos (I, II e III, CAPSi, CAPISad)
integrando o serviço com as equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF),
consultórios na rua, residências terapêuticas (COSTA et al, 2015).
A política é fundamentada pela Lei Federal nº 10.216, de 6 de abril de 2001,
que dispõe sobre a proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e
redireciona o modelo assistencial em saúde mental no Brasil, e pelos princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento atual mostra que o
Brasil conta com 2.742 CAPS habilitados e estruturados em 1.845 municípios ao
redor do país, tendo unidades em todos dos estados e Distrito Federal. Essa
capacidade instalada soma investimento de incentivo de custeio anual de R$
1.234.308.138,00 nessa modalidade de serviço (BRASIL, 2022).
Os CAPS ofertam serviços especializados de saúde mental que apresentam
um caráter aberto e comunitário, ou seja, torna seus pacientes seres inseridos na
comunidade e que funcionam em regime de porta aberta, não existindo a
necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento para ser acolhido no
serviço. Apresentam uma equipe multiprofissional composta por psiquiatras, clínicos,
pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais,
equipe de enfermagem, farmacêuticos, a depender da modalidade do CAPS. O
indivíduo que se adentra ao CAPS pode realizar atividades individuais ou coletivas,
como as oficinas envolvendo arte ou música (SECRETARIA DE SAUDE DO
DISTRITO FEDERAL, 2022).
A música é algo presente na humanidade a milênios, sendo vista como uma
ferramenta de lazer, expressão das emoções e atualmente até mesmo é vista como
ferramenta terapêutica. Assim como é mencionado por Medeiros et al., (2021) que
afirmam que as atividades referenciadas a música vêm a conceder boas interações
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sociais e vivencias entre aqueles envolvidas nesta. Além de trazer as sensações de


satisfação e prazer durante suas realizações.
A música entra consegue fazer com que surjam memorias e sentimentos a
muito tempo esquecidas. Ela produz emoções que podem ser positivas, jocosidade,
deleite e entusiasmo dentre outras, mas também existe a capacidade de fisgar suas
emoções antagonistas, algo negativo que pode estar remetente aquela música,
trazendo em mente situações ou memorias que vem a levar um estado de
melancolia, aflição, amargor ou angústia (DONDA; LEÃO, 2021).
Na Grécia antiga se era utilizada a música modal como forma de
expressão na sociedade, onde por meio dos modos gregos (estes que são uma
forma de influenciar as emoções por meio das melodias) vinham a demonstrar aquilo
que sentiam de forma clara (RAMOS, 2008). A partir disto, vem a se facilitar a
compreensão de quais emoções e sensações querem ser transmitidas com base
nestas melodias.
A música tem a grande habilidade de inspirar as pessoas. O ato de cantar
enquanto é acompanhado por gestos, bater de palmas, dança e entre outras ações
que são valorizadas pelas crianças, vem a desenvolver o senso rítmico e além disto
também auxiliam no processo de aprendizagem na escrita e na leitura do mesmo.
Pode-se haver uma diminuição da tensão e da ansiedade provocadas por situações
estressantes, assim tornando um melhor estado emocional. A música apresenta
grandes benefícios quando se trata de um recurso psicoterapêutico pois ela auxilia
no desenvolvimento das habilidades linguísticas e estimula a relação interpessoal
melhorando o social (OLIVEIRA et al, 2021).
Dado isso, a utilização da música enquanto recurso terapêutico no processo
de intervenção grupal provoca uma conexão entre os pares favorecidos por um
objetivo comum que pode atuar como um motivador para vida (ROCHA; CARDOSO,
2017). Desde o primeiro momento em que a humanidade apendeu a manipular os
sons, a música veio a se tornar uma ferramenta terapêutica, assim, sendo uma
forma de tratar os ditos “loucos” da época. O reconhecimento desta teve o seu auge
por volta do século XX, vindo a ser reconhecida como disciplina e profissão. Apenas
em 1914 a música veio a ser reconhecida como uma possibilidade terapêutica real.
O médico Van O’Neill Kane utilizava fonógrafos em suas cirurgias para acelerar e
distrair os pacientes antes e durante as anestesias (SILVA et al, 2018).
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Os dados históricos demonstram a importância desta ferramenta, vindo a se


tornar um dos principais métodos de tratamento terapêutico na atualidade (SILVA et
al, 2018). A música tem o poder de atingir o corpo físico podendo modificar as
emoções. Ela apresenta uma eficácia comprovada por estimular efeitos ao ser
humano, tanto nos aspectos psicológicos, sociais somáticos, cognitivos e inclusive
os espirituais (JESUS; FERREIRA, 2019).
A música apresenta respostas fisiológicas nos pessoas que as escutam,
podendo alterar a pressão arterial, frequência respiratória e cardíaca, alterando a
temperatura corporal, os parâmetros bioquímicos no sistema endócrino/imunológico,
criando variações emocionais, demonstrando ser eficiente em casos de ansiedade,
depressão, estresse, distúrbios de humor e até mesmo na dor física ocasionada por
um possível adoecimento psicossomático (FILHO et al, 2019; IBIAPINA et al., 2021)
uma vez que Jesus e Ferreira (2019) afirmam que a música é um fenômeno capaz
de atingir o corpo e modificar as emoções.
Segundo estudos de Uggion e Castro (2022) música serve como objeto
mediador na psicoterapia enquanto um agente facilitador do acesso às memórias
afetivas por fazer parte da cultura humana e estar presente no cotidiano da vida das
pessoas. E no campo da saúde a música possui uma importância terapêutica para
promover o relaxamento e aquecer para atividade grupal (JESUS; FERREIRA, 2019)
sendo capaz de contribuir para que as pessoas organizem suas ideias e harmonize
mente e corpo (SILVA et al., 2018).
Contudo, existe uma relação próxima entre a música e a manifestação de
experiências, uma vez que o estímulo musical está associado à modulação
emocional que promove a expressão verbal e corporal no ser humano, que por sua
vez está ligado à dimensão cognitiva que integra elementos do pensamento, do
sistema representacional, da memória e da organização de informações, construídas
a partir das experiencias, do significado, do sentido para si e da singularidade
individualizada do ser (LARA; MARTÍNEZ, 2015).

Hipótese da Pesquisa:
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A partir dos estudos de Donda e Leão (2021) e Medeiro e et al., (2021)


imagina-se que a intervenção musical pode ser um agente libertador para os
pensamentos das pessoas portadoras de transtorno mental, pois assim, a música é
capaz de produzir emoções, podendo trazer sentimentos e até lembranças positivas
para os participantes do grupo psicoterapêutico pois as atividades que são
vinculadas a música, de maneira geral proporcionar boas interações aos membros e
permitem vivenciar a sensação de liberdade do pensar e sentir.

JUSTIFICATIVAS

A pesquisa ora proposta, tenciona compreender sobre os benefícios e


as vantagens da musicoterapia como um método terapêutico complementar; o tema
ora proposto dar-se-á pela pouca evidência de estudos no tocante a musicoterapia
como recurso para psicoterapia no Brasil. Por ser a música uma das formas mais
antigas da humanidade expressar seus sentimentos, angústias e realizações, e por
observar estas expressões em relatos de pessoas sobre a comoção a respeito à
letra musical, melodia, som e voz, que surgiu o interesse em pesquisar sobre o uso
da música como recursos psicoterapêutico, buscando assim poder enaltecer as
evidências sobre a musicoterapia.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

A presente pesquisa objetiva-se analisar a utilização da música como recurso para


processo interventivo com grupos de pacientes atendidos no Centro de Atenção Psicossocial
de uma cidade da região do noroeste do Estado de Minas Gerais, Brasil.

Objetivos Específicos

⇒ Identificar o perfil dos participantes da pesquisa.


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⇒ Identificar os fatores positivos e negativos do uso da música na prática


terapêutica em grupos.

METODOLOGIA ou MATERIAL E MÉTODOS

O estudo será realizado na Unidade do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)


de uma cidade da região do noroeste do estado de Minas Gerais, Brasil, com
estimativa de 47.990 habitantes em 2021 (IBGE, 2022).
A presente pesquisa atenderá aos princípios éticos segundo as Resoluções
do CNS Nº. 466/2012 e Nº. 510/2016 para pesquisa com seres humanos.
Para tanto, a pesquisa será submetida, através da documentação necessária
para análise ética e acompanhamento do Comitê de Ética em Pesquisa da
Faculdade Patos de Minas. Somente realizada após a aprovação do CEP/FPM
através do CAEE sob parecer número (em análise do CEP-FPM).

Riscos
Ainda que se prese a confidencialidade a fim de se preservar a identidade doa
laudos, a pesquisa possui o risco de identificação dos mesmos. Assim como, da real
veracidade dos dados que serão preenchidos na tabela apenas os dados
necessários as pesquisa.
Segundo a portaria do CONEP 466/12 e Resolução 510/2016 toda pesquisa
oferece risco, a seguinte pesquisa possui risco de exposição dos dados pessoais
contidos nos laudos das pacientes como o nome, cartão SUS, endereço, telefone e
nome da mãe, todavia o pesquisador sendo o único que irá ter acesso a estes dados
se compromete em manter as informações pessoais em completo sigilo sem
fornecer nenhum dado nos resultados da pesquisa ou durante sua realização.
Dessa maneira, mesmo havendo riscos estes serão minimizados com uma
explicação ampla dos objetivos e, dos benefícios que são maiores que os riscos.
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Benefícios

auxiliar os pessoas portadoras de transtornos mentais no CAPS e estimular o


CAPS na região de João Pinheiro – MG a realizar mais projetos semelhantes que
busquem auxiliar seus pacientes. A partir da música trazer conforto e segurança aos
indivíduos que utilizam do CAPS, podendo estimular seu senso criativo, cooperativo
e a inteligência musical. Ao se basear em Donda e Leão (2021) e Medeiro e et al.,
(2021) pode-se imaginar também que a música será uma ferramenta libertadora
para estes sujeitos.

CRONOGRAMA

4 CRONOGRAMA

ATIVIDADE INÍCIO FIM


Elaboração do Plano Junho/ 2022 Junho/ 2022
Levantamento Bibliográfico Junho/ 2022 Outubro/ 2022
Elaboração do Projeto de Pesquisa e
Janeiro/ 2022 Junho/ 2022
encaminhamento do CEP
Coleta de Dados Julho/ 2022* Julho/ 2023*
Análise dos Dados e Redação do Artigo Agosto/2022 Novembro/2023
Relatório Final Encaminhado ao CEP Março/ 2022 Março/ 2023
* Logo que aprovação do CEP.

Orçamento

Identificação Tipo Valor em Reais


(R$)
Folhas de papel A4 e xerox Custeio realizado R$5,00
pela própria
equipe
Cartuchos de tinta para impressora Custeio realizado R$5,00
pela própria
equipe
Canetas Custeio realizado R$5,00
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pela própria
equipe
Ligações telefônicas Custeio realizado R$5,00
pela própria
equipe
Total em R$ Custeio realizado R$20,00
pela própria
equipe

REFERÊNCIAS

ALEXANDRE, Bruno Santos. O ensino de filosofia entre a “história da filosofia” e a


“filosofia”: uma questão não esgotada. Educação e Filosofia, [s.l.], v. 32, n. 66, p.1-
16, 30 dez. 2018. EDUFU - Editora da Universidade Federal de Uberlândia.
http://dx.doi.org/10.14393/revedfil.issn.0102-6801.v32n66a2018-02.

AMARAL, Ana Lúcia. Significados e contradições nos processos de formação de


Professores. In: DALBEN, Ângela. et al. (org.). Convergências e tensões no
campo da formação e do trabalho docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases


da educação nacional. Lei. Brasília, DF: Planalto, Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 05 jul. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para


Educação Básica. 2001, Brasília: MEC. 562p. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-
pdf&Itemid=30192. Acesso em 06 de Jul. 2019.

GELAMO, Rodrigo Pelloso. O ensino da filosofia no limiar da


contemporaneidade: o que faz o filósofo quando seu ofício é ser professor de
filosofia? São Paulo: Editora UNESP, 2009. 178 p.
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ANEXO 1
Carta de Intenção
A pesquisa irá investigar sobre “A contribuição do ensino de Filosofia para
professores atuantes na educação básica”. Solicito sua colaboração para responder
o questionário que irá contribuir na coleta de dados da pesquisa e seu conhecimento
sobre o Tema. Agradeço sua participação, os dados serão usados para finalidade
cientifica e sua identidade será preservada.

QUESTIONÁRIO
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ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


(Resolução CNS Nº. 466/2012)

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