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APLICABILIDADE DA MÚSICA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO

PSICOLÓGICO

Ederson Zahner
Elizângela Carraveta Modena
Paula Vanzetto
Pedro Zaffari

Revista Avaliação Psicológica

RESUMO: O estudo objetiva identificar quais são os efeitos terapêuticos da música em


pacientes adultos. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, exploratório, realizado com X
psicólogos em Porto Alegre, RS. Os profissionais responderam a entrevista semiestruturada e
foi realizada análise de conteúdo de Bardin. Colocar resultados e conclusão (depende do
texto) (máximo 150 palavras)

Palavras-chave: Acompanhamento terapêutico; Música; Psicologia

ABSTRACT:

Keywords: Therapeutic follow-up; Song; Psychology

RESUMEN:

Palabras clave: Seguimiento terapéutico; Canción; Psicología


A música sempre foi um elemento importante da experiência humana, desde os
tempos imemoriais.Don Campell 2001:19. O papel da música acompanha atualmente
espaços importantes na história da sociedade e também de cada indivíduo. O recurso é
utilizado desde o ninar de uma criança até datas importantes como; casamentos,
formaturas e afins. Além disso, a música está presente no contexto social, muitas
vezes com o intuito de unir pessoas e ditar o “clima” das ocasiões. Por isso, existem
ainda diversos estilos musicais como jazz pagode, rock, funk e outros, que são
utilizados em situações adequadas para cada um. A música é parte importante também
da história da construção da sociedade de tal importância que ganhou a missão de
contar estas histórias de cada uma através dos “Hinos” de cada cidade ou país.
Fica claro que este recurso ganhou espaço na vida do ser humano e tem grande
influência em sua personalidade e forma de viver a vida. Por ser um fator importante é
utilizado como recurso em terapias que envolvem saúde física, bem-estar e saúde
mental. Ainda que sejam poucos os dados que comprovam a eficácia da música nos
processos terapêuticos, a mesma tem poder sobre o ser humano e é este poder que se
quer promover através deste artigo.
Segundo Sekeff, 2002, existem registros que comprovam a existência da música
como terapia desde 1500ª.C. Neste período a música ainda era vista como um meio de
comunicação com o “além”, utilizada por “feiticeiros” que eram considerados como
bruxos ou médicos na época, realizando rituais que contavam com músicas, danças e
sons diversos. Porém, o primeiro marco importante da sua relevância foi ainda no
século XX após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) onde hospitais que recolhiam
os veteranos de guerra começaram a contratar músicos para contribuir com a
recuperação dos doentes, auxiliando na condição mental e física dos mesmos.
Uma pesquisa feita na Faculdade de Fernando Pessoa por Armando Jorge da Silva
Cardoso (2010) teve como método a aplicação de um questionário para enfermeiros
das unidades de internação do Hospital local. Tendo como resultados os efeitos
positivos que apareceram nos pacientes com a frequência do uso da música na
unidade. O relaxamento foi o ponto mais relatado, seguido por bom comportamento,
comunicação/socialização e concentração/atenção. O gênero musical mais utilizado
nesta pesquisa foi em primeiro lugar o Erudita, após o pop, rock e música ambiente.

Seguindo esta lógica outros estudos foram feitos no âmbito da saúde física
relacionando a música com o bem-estar e diminuição de dor. Dentre estes estudos
destaca-se Fernanda Silva (2005) que realizou uma pesquisa com adolescentes
portadores de Cancro e verificou que a exposição a música lhes ofereceu momentos de
distração, redução do sofrimento e maior equilíbrio físico e emocional. Outro destaque
se dá a Good (1995) que estudou 84 pacientes pós operados em cirurgia abdominal e
verificou que 89% deles referiu diminuição de dor e ansiedade ao serem expostos a
mesma. Zimmerman et al. (1989) verificou também a redução de dor em pacientes
oncológicos ao serem expostos a música.
O recurso musical no âmbito da saúde mental tem se tornado cada vez mais
relevante, segundo Andrade e Pedrão (2005) a música pode reconstruir identidades,
integrar pessoas, reduzir ansiedade e proporcionar a construção da auto-estima
positiva. Sendo assim, outros estudos foram feitos submetendo pacientes que sofrem
de transtornos ou doenças mentais para comprovar a eficiência da música no
tratamento. Alguns casos de depressão, insônia, dependência química, ansiedade, anti-
socias e agressividade foram trazidos por Don Campbell (2001) como casos de
sucesso na utilização do deste recurso. Estudo feito com esquizofrênicos também
trouxe relevância de melhora terapêutica. Martinez (1998). Assim como de autistas em
especial crianças. Padilha (2008).

Na busca por novos complementos para a saude mental e que trouxessem efeitos
terapeuticos para a psique principalmente dentro do campo clinico, observou-se o
interesse e investigação pela musicoterapia e seus efeitos terapeuticos e resultados de
bem estar.

Moreno(1990) dizia que a fundamentação catartica de sua teoria psicodramatica se


dava atraves da expontainiedade bem como Nietzche acreditava que ‘’a arte é a única
força superior oposta a toda vontade de negar a vida, é a única força que não somente
percebe o carácter terrível e enigmático da existência, mas que o vive e deseja vivê-
lo’’( Luiz Henrique, 2018).

Dentro dos apanhados artisticos a musicoteria tem se mostrado eficaz em produção de


bem estar, autoestima e felicidade segundo Rosemyriam Cunha(2008) em diversos
ambientes de atuação e areas como: hospitalar, educacional e em areas sociais
produzindo efeitos positivos para a saude mental dos mesmos, em areas hospitalares
com populaçãos portadoras de doenças mentais observou-se o seguinte relato ‘’A
musicoterapia, no atendimento às pessoas internadas em hospitais gerais, pode
propiciar, além de um espaço para a comunicação de anseios, medos e esperanças, o
contato com as possibilidades afetivas e lúdicas que a música possibilita. Muitas vezes
o paciente pede que o próprio musicoterapeuta escolha a canção que será executada.’’
(ROSEMYRIAM CUNHA, 2008, p.90)

Foi feito um estudo com 12 pacientes com transtornos mentais no Hospital Dia, que
tinha como intuito avaliar a eficacia da musicoterapia e seus efeitos para a saude
mentais dos pacientes e observou-se segundo o estudo em 2018 que a musicoterapia
pode gerar uma integração entre o ser e suas emoções e pode ser usada como
ferramenta terapeutica com a proposta de auxiliar a promoçao de bem estar.
REFERÊNCIAS

Zimmerman, L. et al. (1989) Effects os music in patients who had crhonic câncer pain.
Western Journal of Research, v.11, n3, p.298-309.

Sekeff, ML. (2002) Da música, seus ursos e recursos. São Paulo. Editora UNESO.172 p.

Good, MA. (1995) comparison of the effects of jaw relaxation and music postoperative pain.
Nursing Research , v. 44, n.1, p. 52-7, 1995.

Andrade P.L.P; Pedrão, L.J (2005) Algumas considerações sobre utilização de modalidades
terapêuticas não tradicionais pelo enfermeiro na assistência de enfermagem psiquiátrica.
(postado em 2010)

Martinez, L.R.D; Murrow, E; Ortega, H; Rascon, ML; Ramirez, I. Valencia, M (1998).


Evolucion de um programa de rehabilittación del paciente esquizofrênico. (LILACS)

Padilha, R.V.; Kristensen, C.H. (2006), Estudo exploratório sobre medo e ansiedade em
pacientes submetidos em cateterismo cardíaco, Universidade do Vale do Rio Sinos
(UNISINOS). Revista PUCRS (Consultado em 24.02.2010)
DADOS DO PERIÓDICO

Periódico: Revista Avaliação Psicológica – Revista Eletrônica

Endereço eletrônico: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_serial&pid=1677-


0471&lng=pt&nrm=iso

Qualis: B1

Diretrizes para autores: http://pepsic.bvsalud.org/revistas/avp/pinstruc.htm#05

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