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EQUOTERAPIA

Uma das abordagens complementares/alternativas ao desenvolvimento do portador de


autismo, a equoterapia se apresenta em condições de desenvolver além das especificidades
motoras, as habilidades sensoriais, a linguagem e a interação com o meio em que está inserido.
E dentro desse campo de visão da necessidade e dos estudos já coletados acerca da importância
da Equoterapia para os autistas que Brites (2019) esclarece que “A equoterapia é um modelo de
intervenção que se utiliza o cavalo como centro de suas estratégias e modalidades. O animal
pode ser utilizado como um instrumento cinesioterapêutico, onde as oscilações levam ao
equilíbrio e ao arranjo postural, pedagógico, onde há uma reeducação para conduzir o trote, de
inserção social e também a prática de esporte. O cavalo deve ter perfil dócil, idade avançada e
ser habilitado a atividades com um número de grande de pessoas”.
Esse perfil de um cavalo dócil certamente por uma necessidade de ser condizente com a
necessidade do que os autistas precisam, uma vez que se não tiver esse perfil de um animal
dócil de fácil interação e manuseio, comprometerá a sessão de Equoterapia e consequentemente
o desenvolvimento do autista.
No universo dos autistas a Equoterapia tem se mostrado uma das mais completas
terapias para o desenvolvimento além do psicomotor. Syllas (2018) aponta para uma grande
necessidade, a de que “Gestores e profissionais de centro de equoterapia necessita de adequada
sensibilidade e metodologia específicos para usufruírem do indiscutível potencial do cavalo, ser
consciente, que se movimenta e se relaciona. Movimento e relacionamento formam a base
conceitual da equoterapia, na qual a qualidade do movimento do cavalo é essencial, justamente
com sua integridade mental e social”.
A equoterapia como uma possibilidade de terapia as pessoas com Transtorno do
Espectro Autismo, embora não disponível a todos os autistas, tem contribuído
consideravelmente com o desenvolvimento cognitivo e psicomotor e consequentemente com o seu
desenvolvimento.
Garantir ao autista que sua integridade física e emocional permaneça intacta, é um dos
focos principais do que se propõem fazer durante a Equoterapia, para somente a partir desse
momento trabalhar outras habilidades que ainda não foram percebidas ou trabalhadas por
outras intervenções ou profissionais.
Dutra (2017) A equoterapia envolve movimentos tridimensionais, ou seja, três seixos
distintos para cima e para baixo, parra frente e para trás, estímulos estes que fazem conexões
neurais que antes não existiam. Desenvolvem controle postural, o equilíbrio, a emoção,
autocontrole, atrapalha a ansiedade, e independência e autoconfiança.
É notório esse desenvolvimento no autista quando o conjunto que o cerca está preparado
e apto a realizar as intervenções necessárias. Dessa maneira, a Equoterapia, vem ganhando
espaço e notoriedade como uma ferramenta interdisciplinar capaz de desenvolver nos autistas,
habilidades natas.
Os órgãos públicos precisam prover as famílias que não tem condições de arcar com
o ônus financeiro da equoterapia, pois não se pode negar ao autista o direito ao
desenvolvimento, tão pouco travar as suas habilidades.

Referência Bibliográficas
BRITES, Luciana. Mentes Inicias. São Paulo: Editora Gente, 2019.
DUTRA, Flávia Barbosa da Silva. Aspectos da deficiência: educação, esporte, e qualidade de vida.
Curitiba: Appris, 2017
SYLLAS, Jadach Oliveira Lima. O cavalo na equoterapia e na interface equitação/reabilitação.
Jundiaí: Paco Editorial, 2018.

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