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LUDOTERAPIA

A ludoterapia tem se apresentado nos últimos anos como uma das alternativas de
intervenção precoce no universo das crianças com autismo, mas sua aplicabilidade dentro desse
propósito ainda é pouco difundida, muito em razão da não compreensão dos seus benefícios e
de profissionais que possam atuar nesse campo especifico. Para isso é preciso compreender
que a utilização dos instrumentos lúdicos ou a compreensão das manifestações lúdicas no ser
humano, nos seus diferentes contextos sociais pode extrapolar a preocupação clínica, levando
ao estudo das manifestações e aplicações da brincadeira simbólica dentro de um contexto de
estimulação e intervenção preventiva da socialização infantil.
Nessa perspectiva os brinquedos passam a ter uma finalidade especifica no
desenvolvimento das habilidade e competências inatas das crianças com autismo, promovendo
por meio da ludoterapia processos contínuos de socialização, interação e aprendizagem. A
atitude lúdica diz respeito a uma disposição mental considerada livre por excelência, tendo por
paradigma o brincar da criança que flui em liberdade e o prazer de se entregar aos seus
objetos de relacionamento, entretenimento e divertimento. Brincando a criança desenvolve
potencialidades, ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua,
cria, deduz, estimula, e desenvolve a capacidade de concentração, favorecendo o equilíbrio físico,
cognitivo, social e mental.
Notadamente, com as crianças autistas não poderia ser diferente, o brincar traz
ganhos consideráveis, quando orientado por um profissional, ludoterapeuta, que mesmo quando
proporciona um brincar livre e um brincar coordenado, esses proporcionam diversas
possibilidades do brincar. Muitos podem até considerar o brincar das crianças com autismo,
diferente, mas mesmo esse supostamente brincar diferente pode ser orientado a uma
aprendizagem sensorial. O brincar e a imaginação são ferramentas importantíssimas na
construção da resiliência.
O brincar permitirá o aprendizado das expectativas para interações sociais mais
eficazes. é a prática da autonomia moral, ser governado por si mesmo e não por outros, e é
justamente esse brincar que o ludoterapeuta desperta na criança, principalmente por esta
interligado a atividade cerebral.
Essa atividade cerebral despertada pela ação do brincar que é posta em prática nas
sessões de ludoterapia com as crianças com autismo, e quanto mais precocemente essas
crianças tiverem contato com a ação do brincar, mais rapidamente essas crianças conseguiram
desenvolver-se em meio as terapias.
Dentro desse campo de visão em que o brincar se apresenta como uma das
possibilidades de aprendizagem a pessoa com Transtorno do Espectro Autismo, vislumbra-se
um processo educacional e terapêutico, mais leve e solto, sem que o individuo perceba aquilo
que está sendo cobrado dele, visto que tudo o que é proposto é sempre muito lúdico e
divertido.
Essa aprendizagem oriunda desse processo lúdico acontecerá de forma normalmente,
em que a empatia está enraizada no profissionalismo e senso humanitário do profissional que
utiliza ferramentas lúdicas para o processo terapêutico da criança, adolescente, adulto com
Transtorno do Espectro Autismo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AFFONSO, Rosa Maria Lopes. Ludoterapia: investigação clínica através do brinquedo. Porto Alegre.
Artmed, 2012.
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