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FAM

PROFESSORA: LUCIANA LEAL PINTO

PSICOMOTRICIDADE E APRENDIZAGEM: JOGOS E RECREAÇÃO

BACABAL
2024
1 PSICOMOTRICIDADE E APRENDIZAGEM: JOGOS E RECREAÇÃO

Compreender a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento global


da criança é essencial para garantir que elas possam se desenvolver adequadamente e
evitar possíveis distúrbios de aprendizagem.
Por isso, a utilização de jogos e brincadeiras lúdicas pode ser uma excelente
ferramenta para auxiliar no processo de aprendizado, contribuindo com o
desenvolvimento dos movimentos, habilidades cognitivas, afetivas e sensoriais.
Durante o ensino da disciplina “Psicomotricidade Jogos e Recreação na
Educação”, você aprenderá sobre a importância da psicomotricidade para o
desenvolvimento infantil, além de conhecer técnicas para a aplicação de jogos e
brincadeiras lúdicas que ajudarão no desenvolvimento global das crianças.

1.1 CONCEITO DE PSICOMOTRICIDADE

A psicomotricidade é uma técnica que tem como objetivo promover o


desenvolvimento cognitivo e afetivo através da realização de movimentos organizados e
integrados, podendo ser indicada para todas as pessoas, principalmente para crianças e
adolescentes.
A Psicomotricidade pode ser desenvolvida através de atividades e brincadeiras
que envolvem a motricidade, onde tem um conhecimento maior através de seu corpo,
fazendo com que possua um grande domínio e que favoreça na sua aprendizagem.
Os elementos básicos da Psicomotricidade como a lateralidade, discriminação
visual, coordenação motora fina(aquela que trabalha com os movimentos mais delicados
que fazemos com as mãos, como desenhar, escrever, pegar objetos pequenos, costurar,
entre diversas outras coisas. Está diretamente relacionada aos pequenos músculos que
possuímos nas nossas mãos e dedos) coordenação motora grossa, esquema corporal,
discriminação auditiva, devem ser trabalhadas para que desenvolva noções, ideias,
conceitos e espaços favorecendo o desenvolvimento, esses elementos mal estruturados
podem prejudicar o ensino aprendizagem do indivíduo desfavorecendo seu desempenho
psicomotor e intelectual.
Com o desenvolvimento mal estruturado da criança pode trazer problemas como
na escrita, e na leitura entre outros relacionados ao seu mau desempenho. Cabe a cada
profissional ajudar, pois a má formação é muito grave para a formação da criança, é
importante que a escola auxilie de maneira favorável dando recursos para os
profissionais trabalharem com apoio e união.
Nas séries iniciais é a fase da escola onde é mais trabalhado o sistema
psicomotor dos indivíduos, pois é através das experiências com seu corpo que é
formado de maneira organizada seu esquema corporal e seus conceitos.
As atividades lúdicas e jogos são muito importantes para o desenvolvimento e
sua percepção e conscientização se adaptando com o comportamento psicomotor
auxiliado com o seu movimento corporal.
Com o desenvolvimento motor a criança busca um comportamento prazeroso,
sendo importante trabalhar todas as funções onde está relacionada com a
psicomotricidade que possa se expressar por meio do seu corpo, principalmente
colocando limites respeitando tempo e espaço.
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na
escola primária. Ela condiciona todos os aprendizados pré-escolares; leva a criança a
tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu
tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus gestos e movimentos. A educação
psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança,
permite prevenir inadaptações difíceis de corrigir quando já estruturadas.
Pode-se afirmar, então, que a recreação, através de atividades afetivas e
psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das pessoas, expresso na
interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo,
promovendo a totalidade do ser humano. Isto é, uma prática pedagógica que visa
contribuir para o desenvolvimento integral da criança no processo ensino aprendizagem
buscando estar sempre condizente com a realidade dos educandos.
Assim fazendo com que o professor observe melhor o seu ambiente escolar
assumindo uma postura de auxiliar corretamente essas crianças, compreendendo melhor
seu importante papel em sala de aula.
2 O QUE É LUDICIDADE NO ENSINO E APRENDIZAGEM

Para iniciarmos o entendimento de RECREAÇÃO E JOGOS E SEUS


BENEFÍCIOS PARA A PSICOMOTRICIDADE”, faz-se necessário o entendimento do
conceito de LUDICIDADE.
Logo, a ludicidade é um termo muito utilizado na educação, sua origem vem
da palavra latina “lúdus”, que significa jogo. No entanto seu significado vai muito além
dos jogos e brincadeiras, uma vez que ela possibilita a aprendizagem dos alunos.

Tomando por base os escritos, as falas e os debates, que tem se desenvolvido


em torno do que é lúdico, tenho tido a tendência em definir a atividade lúdica
como aquela que propicia a plenitude da experiência. Comumente se pensa
que uma atividade lúdica é uma atividade divertida. Poderá sê-la ou não. O
que mais caracteriza a ludicidade é a experiência de plenitude que ela
possibilita a quem a vivencia em seus atos. (LUCKESI, 2005, p. 2)

Diante dessa afirmativa, as atividades lúdicas além de servirem de suporte


para aprendizagem devem oportunizar ao aluno momentos de descontração, bem-estar e
ser prazerosa capaz de quebrar a rotina do quotidiano escolar. As atividades precisam
propiciar um desenvolvimento saudável, possibilitando um momento de aprendizagem
intencional, envolvidos todos os autores do quotidiano da sala de aula, evidenciando
assim, uma evolução durante a alfabetização. Logo, a ludicidade pode ser vista como
um fator que amplia a visão do cidadão acerca do seu desenvolvimento cognitivo, uma
vez que está relacionada com a sua aprendizage m, auxiliando na construção do seu
caráter, já que utiliza regras para poder ser realizada.
Os jogos e brincadeiras apresentam definições diferentes. Uma vez que o
brinquedo é visto como um instrumento que serve de apoio à brincadeira e, a
brincadeira tem conotação estruturada a partir de suas regras, e o jogo já seria tanto o
objeto como as regras durante a brincadeira. Diante do contexto em que está inserida a
ludicidade, percebe-se que o lúdico pode ser considerado em todas as vertentes como,
jogo, brincadeira, representação e brinquedo, porém é preciso entender que estes não
são componentes das atividades lúdicas, mas sim instrumentos que representam a
ludicidade no processo de alfabetização. A ludicidade é tida como parte que integra a
formação do homem, além de conseguir que ele evolua no processo de alfabetização e
letramento, ajuda-o na sua integração social, no seu relacionamento interpessoal e
intrapessoal em todas as fases de sua vida.
2.1 O LÚDICO E SEUS ELEMENTOS CONSTITUINTES: BRINCADEIRAS,
JOGOS E EXERCÍCIOS LÚDICOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM

2.1.1 AS BRINCADEIRAS

Durante a infância, uma maneira de estimular a criatividade é através das


brincadeiras e, a escolha deve ser feita pelas próprias crianças. Isso se dá ao fato que
além de permitir que a criança tenha autonomia, preserva a motivação inerente à idade.
Não esquecendo que o educador também pode fazer uma pré-seleção, a fim de utilizar a
ludicidade em um contexto de variedades, de oportunidades que proporcione um grau
de execução convincente, oportunizando a evolução e o aprendizado, de maneira
prazerosa para a criança. (CUNHA, 2004).
As brincadeiras podem envolver boa parte do desenvolvimento das crianças,
desde que retrata acontecimentos do dia a dia, acareando o real com o imaginário, para
que as capacidades e habilidades despertam de forma que não seria possível sem as
brincadeiras. No entanto é importante salientar que a brincadeira é algo que a criança
não pode ser vista como algo conato, uma vez que tem conotação social e precisa que
haja aprendizagem durante a sua prática (VYGOTSKY, 2006).
Para Almeida (1998):

A brincadeira além de contribuir e influenciar na formação da criança,


possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente,
integra-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe
em uma produção séria do conhecimento. Sua prática exige a participação
franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista
o forte compromisso de transformação e modificação do meio (ALMEIDA
1998, p.57).

Logo, pode se afirmar que, através da brincadeira é possível que as crianças se


envolvam em um mundo que as permite agir, sentir e pensar de um jeito diferente, e as
ajudam a se adequarem a suas realidades. A importância do lúdico vem do momento em
que a criança consegue se relacionar nos mais diversos níveis de escolaridade, e isso vai
refletir direto no seu processo de ensino-aprendizagem dentro da sala de aula.
Portanto, sabe-se que a brincadeira tem um significado bastante positivo no
desenvolvimento dos educandos, principalmente durante o processo de alfabetização,
pois a brincadeira ajuda a criança a desenvolver seu cognitivo, tornando-se útil como
prática pedagógica, ajudando o docente a facilitar a aprendizagem, principalmente de
alunos com mais dificuldades de acompanhar o conteúdo escolar.
A brincadeira é o momento em que as crianças fazem descobertas, e obtém o
pensamento crítico acerca da sua realidade. Durante as brincadeiras elas podem
extrapolar os limites da imaginação, criar um mundo novo, no qual elas são as
protagonistas, e adquirindo para si todo conhecimento que as brincadeiras propiciam.
Mozzer (2008, p. 50) é enfático ao dizer:

Ao brincar, as crianças exploram e refletem sobre a realidade cultural na qual


vivem, incorporando e, ao mesmo tempo, questionando as regras e papéis
sociais. Assim, é na brincadeira que elas podem ultrapassar a barreira da
realidade, transformando-a e agindo sobre a mesma através da imaginação
(MOZZER,2008, p 50).

Compreende-se, portanto, que no contexto escolar, podem-se usar as


brincadeiras seguindo finalidades, tais como: a diversão voltada para o desenvolvimento
de algumas habilidades, que podem ser usadas durante o processo de alfabetização, a
fim de assegurar para a criança uma aprendizagem mais expressiva.
É na escola que as crianças aprendem a utilizar a ludicidade como ferramenta de
aprendizagem na alfabetização. Nesta conjuntura a ludicidade aliada com a teoria traz
melhoria a aprendizagem, porém é essencial que os professores tragam jogos e
brincadeiras capazes de despertar o interesse do seu aluno.
Logo, é preciso que a escola realize brincadeiras que oportunizem o
aprendizado, com liberdade que possibilite o desenvolvimento de habilidades que serão
utilizadas na vida. A brincadeira quando incorporada ao processo de ensino-
aprendizagem, modifica o comportamento da criança, dando-lhe motivações,
oportunidades de evoluir suas habilidades, durante as práticas das atividades lúdicas,
bem como sua compreensão em relação ao conteúdo.

2.1.2 OS JOGOS

Durante o processo de alfabetização os jogos tornam-se uma ferramenta eficaz,


que auxilia tanto na cognição como na identificação acerca dos pensamentos e
sentimentos das crianças. Cabe ao professor perceber o que as crianças exprimem e
expõe no cotidiano.
Os jogos além de divertir, favorecem a melhoria nas habilidades motoras, com
isso o jogar passa a ter extrema importância na vida das crianças, pois por meio do
mesmo, elas passam a ter contato com variadas situações, desenvolvendo não somente a
linguagem, mas estimula o desenvolvimento afetivo e cognitivo, cognitivo, motor,
social e moral.
De acordo com Jesús Paredes Ortiz (2005, p.10):

Os jogos não têm fronteiras, pois é uma ideia que expande rapidamente,
considerando no jogo uma ferramenta que ajuda o processo de ensino-
aprendizagem. Já que durante o jogo a criança é incentivada a tomar
decisões, elucidando conflitos e conseguindo ultrapassar os desafios. Para
isso ocorra é importante o meio físico e social, no qual será possível a
evolução do pensamento e adição de novos conhecimentos de maneira em
que a ludicidade proporcione prazer e aprendizagem (JESÚS PAREDES
ORTIZ,2005, p. 10).

A imaginação das crianças é estimulada durante os jogos, por isso é tão


importante que eles sejam utilizados durante o processo de alfabetização, uma vez que
eles incentivam os alunos na resolução de problemas, deixando-os capazes de lidar com
suas dificuldades que aparecem na aprendizagem. O jogo quando valorizado pode ser
visto como algo natural.
Para Ramos, Ribeiro e Santos (2011, p. 42) enfatizam algumas das cooperações
da ludicidade na aprendizagem:

Que o desenvolvimento integral das crianças se dá através das atividades


lúdicas, tanto emocionais como sociais. Considera também o jogo como algo
cultural, permitindo a inclusão da criança na sociedade, além disso, afirma
que o jogo é fundamental para a saúde física e mental.

Em vista disso, o jogo impulsiona a criatividade do aluno, cabe ao professor


saber utilizá-lo como recurso pedagógico, criando circunstâncias de aprendizagem
lúdica que associam os jogos e as capacidades sentimentais, sociais e cognitivas, com
seus conhecimentos e aos conteúdos referentes diversas áreas de conhecimento
(FRANÇA, 2000).
Teixeira (2014, p. 18) ressalta que: “na aprendizagem a criança aprende o que a
interessa, e com que lhe dá prazer, e assim o jogo se faz importante na aprendizagem
lúdica, por ajudar na aquisição do conhecimento”.
Assim sendo, o jogo é apenas um conforto ou uma forma de entretenimento que
ajuda a criança a liberar sua energia, deve ser visto como um recurso que colabora com
a evolução do aluno em relação aos conteúdos das disciplinas. Sendo assim o jogo não
possui somente o caráter lúdico, uma vez que por meio dele o docente consegue
desenvolver a aprendizagem significativa do seu aluno. É com auxílio do mesmo que as
aulas saem do normal, ou seja, ficam dinâmicas, interessante e despertam a atenção e o
interesse do estudante, pois durante os jogos que a criança consegue se relacionar com
seus colegas, até mesmo aquelas mais tímidas.
De acordo com Fortuna (2000, p.2) “o jogo deve ser entendido como uma parte
real e, o real se dá através da ideia que se faz o jogo”, ou seja, ele é visto pelas crianças
como uma imitação da vida real, e ainda destaca que por ser uma atividade que simula a
realidade.
Dentre alguns conceitos para o jogo, Murcia (2005, p. 74) explica:

É um meio de expressão e comunicação de primeira ordem, de


desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e sociabilizador por excelência. É
básico para o desenvolvimento da personalidade da criança em todas as suas
facetas. Pode ter fim em si mesmo, bem como ser meio para a aquisição das
aprendizagens. Pode acontecer de forma espontânea e voluntária ou
organizada, sempre que respeitado o princípio da motivação.

Diante disto, a escola deve usar o jogo como recurso pedagógico, uma vez que
ele é imprescindível ao desenvolvimento do aluno. Os jogos favorecem na construção
da identidade pessoal, bem como ajuda as crianças a aceitar suas qualidades e defeitos.
Durante a alfabetização, é necessário que o lúdico esteja presente no processo de
ensino-aprendizagem de forma incisiva, ou seja, os jogos precisam fazer parte do dia-a-
dia da escola, criando oportunidades aos alunos aprenderem prazerosamente. E por
meio dos jogos estimularem seus alunos a desempenharem atividades lúdicas que mais
chamaram a sua atenção (TARDIF, 2002).

2.1.3 OS EXERCÍCIOS LÚDICOS

Durante os exercícios lúdicos as crianças se permitem desenvolver a sua


imaginação e isso a ajuda no avanço das brincadeiras e jogos. Para que as atividades
lúdicas ocorram, é preciso ser ajustada conforme a idade da criança, pois os exercícios
lúdicos se diferem de acordo com idade.
Segundo Pinto e Tavares (2010):

Sendo assim, a criança passa a ser a protagonista de sua história social, o


sujeito da construção de sua identidade, buscando uma autoafirmação social,
e dando continuidade nas suas ações e atitudes, possibilitando o despertar
para aprender (PINTO e TAVARES, 2010, p. 232).

Desta forma, o professor tem que atentar para a idade dos discentes ao aplicar as
atividades lúdicas, bem como a capacidade da turma ao participar do momento da
ludicidade. E ainda conseguir fazer com que seus alunos se envolvam prazerosamente
nas atividades que foram propostas.
O exercício lúdico quando utilizado de forma imprópria, não favorece o
processo de alfabetização, e ainda contribui para uma reação negativa por parte dos
alunos, podendo mudar até seu comportamento. Tal mudança pode ser de forma
agressiva, o que pode variar de acordo com a sua motivação em participar da atividade
lúdica.

O sucesso na aprendizagem de crianças aumenta quando se desenvolve, nas


dinâmicas de grupo, a autopercepção das capacidades de cada integrante do
grupo e o respeito às diferenças, considerando o aprendiz com problemas
psicomotores, sensoriais, de atenção e de linguagem (RAGO, 2009, p. 124).

É imperativo ao docente utilizar os exercícios lúdicos como uma ferramenta que


o ajude promover a aprendizagem de maneira efetiva. E não apenas o jogo pelo jogo,
possibilitando que a criança transforme a sua realidade consoante aos seus ensejos e
interesses.
De acordo com Borges e Rubio (2013):

A escola deve ser considerada como um espaço de aprendizagem,


entendemos que o jogo utilizado como metodologia no ambiente escolar
poderá contribuir consideravelmente, no processo de aprendizagem da leitura
e escrita, além de influenciar nas relações sociais (BORGES e RUBIO, 2013,
p. 2-3).

Isto posto, faz-se necessário que os professores empenham-se para tornar as


aulas mais dinâmicas, o que exige mais afinco por parte deles. Porém para isso
acontecer é imprescindível que os docentes tenham fundamentos na ludicidade. Durante
a formação dos professores seria importante se houvesse uma disciplina voltada para a
ludicidade, uma vez que os docentes utilizam exercícios lúdicos em sala de aula.
Os docentes precisam utilizar as atividades lúdicas como contribuição para o
processo de alfabetização. O lúdico serve como colaborador para a melhoria de
resultados por parte dos professores interessados em garantir as mudanças dentro da sua
sala de aula.

3 JOGOS E RECREAÇÃO DE PSICOMOTRICIDADE

A Psicomotricidade está relacionado com fatores essenciais da vida humana,


bem como a coordenação motora até funções psíquicas. É importante notar que, desde a
primeira infância este estímulo deve ter lugar, em casa ou no ambiente escolar.
Eventualmente, todos os contextos devam ser apresentados a esses incentivos.

3.1 O QUE SÃO JOGOS E BRINCADEIRAS DE PSICOMOTRICIDADE?

Os jogos de Psicomotricidade têm influência total na vida das crianças,


especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento. Portanto, os jogos podem
aplicar-se desde o primeiro contato com os objetos. Mas, é importante destacar que a
presença de um adulto é essencial, para monitorar essas brincadeiras e conduzi-las da
maneira correta. À principio, o que não podemos esquecer é o fato de que as atividades
de jogo precisam de incentivos com objetos que despertem interesse na criança. Ou seja,
objeto motivacionais. Veja agora abaixo, alguns jogos simples para se fazer na escola,
por exemplo.
3.2 JOGOS E BRINCADEIRAS DE PSICOMOTRICIDADE

3.2.1 PINTURA

(Ima
gem de divulgação)

A pintura, por si só, é uma atividade bastante útil, pois, além da coordenação
motora da criança, também exerce sua criatividade. A pintura também estimula sistema
tátil, fazendo com que a criança perceba o corpo através da pele. Não use a pintura
apenas da forma convencional “lápis e papel”, deixe que a criança explore o seu corpo
através da tinta.

3.2.2 Pular corda

(Imagem de divulgação)

Os movimentos realizados durante este jogo, que é extremamente agradável, são


responsáveis por estimular a coordenação motora grossa ( aquela que envolve grandes
músculos, como braços, pernas e pescoço) . Contudo, os braços, as pernas e os pés são os que
mais terão movimento com a brincadeira. É uma atividade que trabalha planejamento
motor, habilidade extremamente necessária para todas as nossas atividades de vida
diária.

3.2.3 JOGAR AMARELINHA

Jogos e brincadeiras de Psicomotricidade são ótimos para a infância. Imagem: Divulgação.

Esta atividade promove o desenvolvimento dos movimentos, raciocínio lógico,


refina a coordenação visuomotora, bilateral, equilíbrio, noção espacial, entre outros. No
entanto, essencial na vida de uma criança, mas é importante avaliar a idade para essa
brincadeira, pois antes dos 5 anos o pequeno ainda não tem tanta firmeza nas pernas e
nem todas as habilidades estão maduras. Portanto, é aconselhável que apenas as crianças
brincarem maiores. Antes da faixa etária recomendada adapte a atividade com
criatividade.

3.2.3.1 COMO JOGAR

Depois de desenhar o diagrama no pátio, as crianças determinam uma ordem


entre eles para as jogadas. A primeira jogada vai para a área chamada de céu e de lá se
lança a pedra. A criança deve cruza o padrão pulando com os dois pés, quando tem uma
casa ao lado da outra, ou com uma. Quando chega onde está escrito o inferno, terá que
retornar e pega a pedra, todavia sem pisar na casa marcada. Logo após isso, repita o
mesmo procedimento sem pisar ou jogar a pedra na borda se isso acontecer, perde a vez.
4 JOGUE A BOLA NA PAREDE

(Imagem de divulgação)
Esta brincadeira pode ser um aquecimento para as demais, além disso, estimula
a prática de jogos que fazem parte da infância. Como jogar a bola que tem uma
influência total sobre o desenvolvimento dos músculos e todo o corpo.
Jogar a bola na parede estimula a criança a perceber os seus reflexos, trabalhar
a antecipação dos movimentos, se proteger de situações de perigo para não se machucar,
além de proporcionar estímulo na propriocepção (responsável pela imagem corporal
interna da criança). E para deixar ainda mais interessante, pode se colocar um alvo,
trabalhando também a coordenação motora grossa e fortalecimento de região escapular,
importante para desenvolvimento de escrita.

5 BRINCAR DE COLORIR

(Imagem de divulgação)
Todas as crianças adoram a cor, e esta atividade é muito importante para o
desenvolvimento da coordenação motora e da percepção da criança com o espaço em
que se insere, bem como a pintura do inicio do texto. Também é considerada um pré
requisito da escrita, pois precisa da noção espacial adequada.
Contudo, o que muda é que nessa brincadeira pode-se usar lápis de cor e ter um
desenho já feito. Visto que a pintura a criança terá que usar sua imaginação. Lembre-se
que nos primeiros anos é extremamente normal ela não ficar entre as linhas, isso
começa a se aprimorar por volta de 4 anos.

Desenho para colorir. Imagens: Divulgação.

Pegue uma folha de papel já desenhada e uma caixa de lápis de cor, pois são
excelentes componentes para estimular a criatividade da criança. Baixe os desenhos
para imprimir no site desenho e colorir.

6 CIRCUITOS PSICOMOTORES

jogos de Psicomotricidade (Imagem de divulgação)


Para considerar um circuito é preciso ter várias atividades dentro de uma só. Ou
seja, estimular diferentes áreas cerebrais de acordo com a faixa etária. Um exemplo de
circuito pode ser: Colocar bambolês para pular dentro e fora (trabalhando conceitos de
lateralidade, noção espacial, dimensão, percepção visual); passar por debaixo de um
pedaço de madeira como uma minhoca (trabalhando fortalecimento de região
escapular), finalizar com subir em uma escada (restante do fortalecimento em membros
inferiores, percepção visual figura fundo) e acertar na cesta de basquete.

7 PASSA ANEL

Essa brincadeira pode ser feita a partir de 5 anos, basta que tenha um anel.
Contudo, é preciso de no mínimo quatro participantes no jogo.

(Imagem de divulgação)
7.1 COMO JOGAR

Recebe-se o anel e passa para os outros que estão sentados em um banco, um ao


lado do outro, com os braços apoiados no colo e as palmas das mãos coladas. A criança
que está com o anel passa as mãos entre as de seus companheiros, escolhendo um deles
para receber o anel.
Faça isso algumas vezes, pode até fingir que você coloca nas mãos de alguém.
Quando você decidir parar, abre as mãos mostrando que estão vazias. Questionem os
outros em quem está o anel. Se acaso o eleito obtém a resposta correta, tem o direito de
passar o anel. Trabalho sobre os problemas temporários que são apresentados na leitura
e na escrita e na consciência de segmento da extremidade superior; fixação da esquerda
para a direita.

8 BANDEIRINHA

(Imagem de divulgação)

A partir de 7 anos de idade, pode ser no pátio ou quadra. Para iniciar é


necessário duas bandeiras de diferentes cores com 4 participantes já se podem iniciar as
brincadeiras.

8.1 COMO JOGAR

O grupo é dividido em dois, cada um escolhe um campo e coloca a sua


“bandeira” no centro da linha de fundo do campo do adversário. O objetivo é recuperar
a bandeira sem ser tocado.
9 QUEIMADA

Jogos e brincadeiras de Psicomotricidade (Imagem de divulgação)

Para a brincadeira de queimada a criança pode ter a partir de 7 anos. O local


pode ser o pátio, bem como a quadra de vôlei. Com uma bola e no mínimo quatro
participantes podem iniciar a brincadeira.

9.1 COMO JOGAR

O grupo é dividido em duas equipes, cada uma com seu próprio campo.

10 GOL DE PANO (PANOBOL)


(Imagem de divulgação)

Há várias atividades para serem feitas em conjunto, podendo ter regras ou não,
uma delas é a gola de pano. Estende se um pano entre várias crianças e uma bola é
colocada no centro. Nas pontas é feito um orifício para que a bola possa passar. O
objetivo é que faça o gol do lado contrário do seu time, trabalhando habilidade de
coordenação, integração bilateral, força, concentração, agilidade.

11 JOGOS DE PSICOMOTRICIDADE E SEU DESEMPENHO PARA TODA A


VIDA

Além de fazer bem à Psicomotricidade, essas atividades podem significar um


ganho incomensurável na vida de uma pessoa, já que também desenvolvem interações
sociais. Uma criança que pratica tais brincadeiras tende a fortalecer a sua percepção das
coisas ao seu redor e ser mais feliz. Outro detalhe que vale a pena destacar é a
coordenação do corpo.
O uso de tecnologia não deve ser associado com as brincadeiras psicomotoras,
pois é um momento em que a criança tem de descobrir o mundo com o seu próprio
corpo e assim desenvolver habilidades que utilizará para o resto da vida.
Como todos sabem, a escola desempenha um papel muito importante na
aplicação dos jogos de azar (ou de perda) para estimular a Psicomotricidade da criança e
também a autorregulação. Mesmo em casa, os pais podem trabalhar do que através de
jogos pequenos para estimular o seu desenvolvimento.
REFERENCIAS

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Fitness, Belo Horizonte, jan. 2009.

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ARRUDA, Durcelina Ereni Pimenta; BORGES, Sandra Núbia de Oliveira.


Aprendizagem no momento com o brincar. IV EDIPE – Encontro Estadual de
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BEAUCAIR, João. Reflexões e proposições sobre o brincar. ABC educativo. São


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BERTOLDO, J. V.; RUSCHEL, M. A. de M. Jogo, brinquedo e brincadeira: uma


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