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TERAPIA OCUPACIONAL

Um dos recursos mais utilizados, mais ainda pouco disponível a realidade da maioria
das famílias que tem em seu âmbito um autista, a Terapia Ocupacional é cientificamente
reconhecida como uma atividade complementar ao cotidiano dos autistas.
No entanto, é preciso destacar que a realização de atividades complementares como a
Terapia Ocupacional, é apenas mais uma atividade de alinhamento e condicionamento da pessoa
com autismo, uma vez que as sessões de terapia Ocupacional giram em torno de 50 minutos,
podendo ser desenvolvida diariamente, dependendo do diagnóstico e indicação médica.
Por essa razão, Pádua & Magalhaes (2003) esclarece que a atividade humana tem uma
dinâmica própria, oferece sensações, dificuldades, solicita resoluções, estimula e provoca novas
ações e novas reflexões. A atividade carrega consigo a potencialidade de transformação e em
terapia ocupacional, essa potencialidade poderá ser desenvolvida ou não, de acordo com os
objetivos, as técnicas e o suporte de quem a utiliza. Notadamente, a Terapia Ocupacional
trabalha e desenvolve nos autistas, técnicas próprias de alinhamento, levando em consideração o
autista ser um ser único e jamais comparável com outro autista, mesmo tendo características
parecidas.
A troca de experiência e compartilhamento de novas ideias entre os terapeutas
ocupacionais é extremamente importante no universo das pessoas com deficiência, em especial
os autistas que necessitam de acompanhamento contínuo para o desenvolvimento de situações
e ações corriqueiras para nós, mas que para eles é um grande paradigma.
Infelizmente, a Terapia Ocupacional, tão importante as pessoas com Transtorno do
Espectro Autismo não estão disponível a todos que dela necessitam. Dentro de um contexto em
que os menos favorecidos não tem acesso, dada a inviabilidade dos custos financeiros a pequena
e quase inexistente oferta dessas terapia na rede pública, o que compromete consideravelmente
o desenvolvimento desses indivíduos.
Diante dessa transformação pela qual o universo autismo vem passando Pádua &
Magalhaes (2003) acredita que “As experiências desse caráter são inter e transdisciplinares por
concepção e trazem em sua construção todos os benefícios, questionamentos e inquietações
próprios dessa forma de pensar e agir, necessário que cada profissional e que cada pessoa
envolvida esteja disponível intelectual e emocionalmente para que o trabalho se efetive”. O que
certamente, auxiliará no desenvolvimento das habilidades mais complexa do universo autista,
mas que precisam ser cuidadas e trabalhadas de maneira ímpar.
Nessa percepção da Terapia ocupacional como mais um mecanismo disponível ao
universo dos autistas, idealizamos a Terapia Ocupacional como um alento, mas não a solução
final, uma vez que o autista passa somente 50minutos numa sessão, e o restante do tempo em
no seio familiar. Nessa proporção, a família deve ter a consciência da sua parcela de
compromisso e responsabilidade para o desenvolvimento do autista como um todo.
Essa integração entre família e terapeutas ocupacionais se justifica pelo bem-estar do
ser humano com autismo, onde cada um segmento trocará/compartilhará informações
importantes para a elaboração de ações concretas ao seu desenvolvimento.

Referência Bibliográfica
PADUA, Elisabete M.M de & MAGALHÃES, Lilian V. Terapia Ocupacional: Teoria e Prática. Campinas,
SP: Papirus, 2003.

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