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Um amplo estudo realizado na Suécia mostra que fatores ambientais são tão
importantes quanto a genética como causa do autismo. Estes fatores – não
analisados pelo estudo – poderiam incluir, segundo os autores, o nível
socioeconômico da família, complicações no parto, infecções sofridas pela mãe
e o uso de drogas antes e durante a gravidez. Os autores da pesquisa
trabalham no King’s College de Londres e no Instituto Karolinska de Estocolmo.
Eles se disseram surpresos ao descobrirem que a genética tem um peso de
cerca de 50%, muito menor do que as estimativas anteriores, de 80% a 90%,
segundo o artigo publicado no Journal of the American Medical Association –
JAMA. O resultado partiu da análise de dados de mais de 2 milhões de
pessoas na Suécia entre 1982 e 2006, e é o maior estudo já realizado sobre as
origens genéticas do autismo.
Prevalencia
Por décadas acreditou-se que o autismo era uma condição rara, porém hoje
encontramos taxas de até 60 casos para 10000. Os dados mostram que este
aumento é, em grande parte, devido à combinação de fatores, incluindo a
melhora na avaliação e o alargamento do conceito de autismo
Diagnóstico
Instrumentos diagnósticos
ABA
A análise aplicada do comportamento (ABA) é a ciência de mudança no
comportamento na qual procedimentos da aprendizagem operante são
aplicados para melhorar o comportamento socialmente adaptável e a evolução
de novas habilidades através de práticas intensas e reforços deliberados. A
ABA utiliza um processo que começa com o desenvolvimento de planos de
tratamento, mostrando o motivo e a função de excessos e deficiências de
comportamento, seleção de técnicas apropriadas, e modificação e avaliação
contínuas do tratamento através de coleta de dados sistemática. As avaliações
funcionais de comportamento são um conjunto de avaliações de estratégias
que fornecem informações sobre as variáveis associadas com um
comportamento específico. As técnicas de aprendizado operantes usadas na
intervenção da ABA para crianças com TEA são:
o Reforço positivo: uso de prêmio, lanche, comida, brinquedos para
aumentar comportamentos desejáveis;
o Moldagem: recompensa por aproximações ou componentes de um
comportamento desejável, até que esse comportamento almejado seja
alcançado;
o Desvanecimento: redução de instruções para aumentar a
independência;
o Extinção: remoção de reforço, mantendo um problema comportamental;
o Punição: aplicação de estímulo indesejável para reduzir problemas
comportamentais;
o Reforço diferencial: reforço de uma alternativa socialmente aceitável ou
a falta de um comportamento;
Esse tratamento é visto como de primeira linha, principalmente para crianças
que possuem TEA no início da infância. No entanto existem contradições, pois
estudos mostraram que crianças mesmo depois de dois anos da intervenção
ainda possuíam TEA, salvo algumas exceções obviamente.
EIBI
Com isso criou-se uma estratégia chamada Intervenção Comportamental
Intensiva Precoce (EIBI) no qual seria uma evolução no modelo ABA. A EIBI
utiliza abordagens de ensino operantes para reduzir problemas
comportamentais e formação de julgamento discreto para desenvolver novas
habilidades, como atenção, imitação, recepção, etc.
As principais características do EIBI são:
o Foco no desenvolvimento precoce (crianças com menos de 5 anos de
idade);
o Intensidade (instruções individuais ou em pequenos grupos, de 20 à 40
horas por semana);
o Métodos direcionados à adultos;
o Abordagem sistemática (dividindo habilidades em componentes
básicos);
o Caráter abrangente (ex. os objetivos incluem comunicação, socialização,
comportamentos adaptativos, comportamentos problemáticos).
TEACCH
TCC
DEFITS MOTORES
Os défices motores partilham uma longa história com as características da PEA, no entanto, não
constituem o cerne dos défices, como acontece com os défices na comunicação e sociais que,
até há bem pouco tempo, eram vistos em áreas separadas na pesquisa da PEA (Martin, 2014).
No entanto, cada vez mais a literatura aponta para problemas motores significativos na PEA
(Fournier, Hass, Naik, Lodha & Caraugh, 2010), que podem ser um dos preditores mais úteis
num futuro diagnóstico (Miller, Chukoskie, Zinni, Towsend & Trauner, 2014; Teitelbaum et al.,
1998; Bhat, Galloway & Landa, 2012), já que na infância, os défices motores são claros e ainda
não estão mascarados por outros mecanismos compensatórios (Teitelbaum et al., 1998).
Recentemente, as dificuldades motoras atribuídas a indivíduos com PEA têm sido examinadas,
desde os atrasos motores numa idade precoce até défices de coordenação motora (Martin, 2014).